sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DADOS DO 3 TRIMESTRE DA ECONOMIA PORTUGUESA: OS EMPRESÁRIOS HERÓIS E OS POLÍTICOS VILÕES.

Os recentes dados sobre a economia Portuguesa, crescimento de 0.4% e 1,5% face ao trimestre do ano passado, são simultaneamente encorajadores mas estranhos. 
Estranhos quando outros dados revelam uma queda enorme da produção industrial, menos 4%. 
No entanto, se assim for, com os verdadeiros heróis a darem uma bofetada de luva branca nos políticos vilões, o governo devia repensar a medida IVA para o próximo ano, reformulando-a e deixando cair 1%. 
Ganhava de certeza o país!

Portugal cresceu 0,4% entre Julho e Setembro, face aos três meses anteriores, e 1,5 por cento face ao terceiro trimestre do ano passado.

MARQUES MENDES E AS EVIDÊNCIAS

Marques Mendes disse aquilo que já todos sabemos. 
O Estado vive acima das suas possibilidades! 
Nada que qualquer economista já não soubesse. 
O problema é haver demasiados homens de filosofia e direito a desgovernar Portugal.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CARRILHO

"Os líderes políticos que pensam que, porque ganham eleições, representam toda a sociedade e têm um mandato que podem executar de qualquer modo vivem num mundo que já desapareceu há muito, e acabam, mais tarde ou mais cedo, por pagar duramente essa ilusão", sublinha, advertindo para a "necessidade de se compreender que liderar não é, de todo, impor-se à sociedade".
Até porque "liderar é compreender, explicar e convencer", diz Carrilho, citando Nelson Mandela quando, no seu recente Arquivo Íntimo, escreve que "é um erro grave para qualquer líder ser excessivamente sensível às críticas, conduzir discussões como se fosse um professor a falar para alunos menos informados e inexperientes. Um líder deve incentivar e acolher um intercâmbio de pontos de vista livre e sem restrições".
E deixa um recado:"Portugal precisa de um governo empenhado. E empenhado em todas as áreas da governação, capaz de aglutinar as ideias e as forças que consigam contribuir para elaborar um plano contra o cerco em que vivemos", conclui.»
Subscreve-se!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O INCUMPRIMENTO DO SR. SARAIVA

«bordalo pinheiro , manta rota | 10/11/10 08:01
Uma selvejaria é o que este antigo sindicalista propõe. Não está em causa a legitimidade do despejo, mas dar apenas um mês para a pessoa resolver o problema que está na origem do incumprimento ou mudar-se juntamente com a família para outro local é uma selvejaria. Este tipo, que na cabeça só deve ter uma máquina registadora, lembra um ditado dos nossos avós: não peças a quem pediu, não sirvas a quem serviu.»
O sr. Saraiva vive fora do seu tempo. Deve querer ver acampamentos de Portugueses nos jardins das nossa cidades. 
O poder de facto deslumbra e desboca!  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

UMA REALIDADE CHAMADA ANGLEX

«Tal como a maioria dos trabalhadores da fábrica da Anglex no Barreiro, Júlia, 47 anos, pouco mais sabe fazer. A funcionária disse à TSF que a partir de agora a vida «vai ser difícil», sobretudo tendo em conta a sua idade.
Lídia, com 65 anos, vai directa para a reforma, enquanto Mendes, de 60 anos, vai para o fundo de desemprego e a partir daí pensa ir para a reforma. «Trabalho de certeza que não vou ter com esta idade», confessou.
Criada em 1991, a Anglex tem tido prejuízo há mais de dois anos. «A área da comercialização está muito mal, já apareceram novos concorrentes no mercado e não temos capacidade para aguentar mais», disse à TSF o porta-voz da administração.
Juan Gonzalez acrescentou que em 21 anos de casa nunca houve ajudas do Estado para nada.
«O Ministério da Economia devia ter um telefone de emergência para o empresário (...) Nunca tivemos ajuda do Estado porque não temos a consciência de ser subsidiodependentes, nem temos experiência em angariar subsídios em jantares ou almoços, nós gostamos é de trabalhar», afirmou.
Perante este cenário, o encerramento da fábrica é a única solução. Os 15 funcionários vão ser indemnizados e até ao final do ano toda a produção vai para stock em Espanha.»

- Está, lá! A verba dos subsídios à produção que foi toda para a empresa dos seus amigos financiadores...
E ainda há quem ache que o problema de Portugal não é um problema ético!

domingo, 7 de novembro de 2010

MARCAS DO TEMPO

"  As pessoas colocam-se a elas próprias acima de tudo. É o processo incessante da busca da felicidade pela felicidade".

INSIDE JOB, POLITIC E FINANCE SYSTEM

"Inside Job" era um título muito adequado: em calão americano significa um roubo cometido por alguém dentro da instituição, que é o que aconteceu neste caso.
A história e os impactos da crise de 2008
Chuck Prince, CEO do Citigroup até final de 2007, disse um dia: "temos de dançar até a música parar". Na verdade, "a música já tinha parado quando ele disse isso". A observação, feita por George Soros no documentário de Charles Ferguson, mostra como a indústria financeira norte-americana viveu até ao colapso, no último trimestre de 2008. Filmado nos Estados Unidos, Islândia, Inglaterra, França, Singapura e China, "Inside Job" põe a nu as "relações corrosivas que corromperam a política, a regulação e a academia", como refere a sinopse do filme, e a "progressiva desregulação do sistema financeiro desde 1980". Narrado por Matt Damon, o documentário de Ferguson tem um "elenco" de luxo, com 42 personalidades: Dominique Strauss-Kahn (director do FMI), Christine Lagarde (ministra francesa das Finanças), Paul Volcker (antigo presidente da Fed e actual presidente do Economic Recovery Advisory Board), Eliot Spitzer (ex-procurador geral do Estado de Nova Iorque), os economistas Kenneth Rogoff e Nouriel Roubini, assim como académicos, consultores, escritores e conselheiros, e até Kristin Davis, a "Madam" que angariava prostitutas para os banqueiros; muitos outros recusaram participar. Dividido por fases históricas, o filme começa por mostrar como a Islândia passou de um país próspero a nação em falência e do papel da evolução do sector financeiro nesse processo. A indústria, que começou a ruir nos EUA, teve no anúncio de falência da Lehman Brothers o primeiro grande alerta ao mundo. "Estávamos a ver um ‘tsunami' a aproximar-se", diz Lagarde no filme.»
Cá como lá a simbiose política - finanças  criou este mundo cão que está prestes a explodir.
Passos tem razão quando fala em criminalizar. Porque o que se pretende não é criminalizar políticos conscientes, o que se pretende é criminalizar políticos inconscientes que desviam recursos das mãos de quem os produz, para uma click de "  bandidos" que se juntam em verdadeiros gangs de putativos políticos.