sábado, 3 de março de 2012

ESTADO DE EMERGÊNCIA OU ESTADO DE ESBULHO?

«IMI
Finanças recebem milhares de reclamações por reavaliações de casas
As Finanças estão a receber milhares de reclamações de contribuintes revoltados com a reavaliação das casas. Nalguns casos o aumento do IMI chega aos 700%. Reclamar custa 204 euros e o dinheiro só é devolvido se o proprietário tiver razão.»
A reforma do arrendamento bem como o agravamento do IMI parecem uma e a mesma coisa. 
Para quem argumenta que as rendas não se podiam manter ao nível que estavam e que vão prover mobilidade, como se Portugal fosse os Estados Unidos,  acrescenta-se uma não opção através do aumento dos IMI's que irão agravar ainda mais as rendas.

Afinal toda a política gira à volta de um e só um objectivo: manter as clientelas partidárias que se sustentam do esbulho dos seus compatriotas providas de alimento.

Passem para cá as vossas casas, parecem dizer a uma só voz!

A SOLUÇÃO FINAL (AUSTERIDADE BURRA?) DE PASSOS, O ULTRALIBERAL?

«Triplica número de portugueses à procura de trabalho em Londres.
Por dia, a única agência de emprego portuguesa na capital britânica recebe cerca de 80 a 100 portugueses que tentam arranjar trabalho.»

Como social democrata não estou com Passos, que infelizmente demonstra ser um liberal (ultra?) falho de ideias e sem uma visão de estadista. Aliás basta olhar o entreolhamento de Passos nos conselhos Europeus, de orelhas baixas como se a pedir desculpa por ter nascido Português, para se perceber que a estratégia de passos é errada e desprovida de inteligência. 
Quando Seguro diz que é necessária austeridade inteligente tem uma atitude de bom senso, não se podendo assacar a responsabilidade deste pela loucura despesista do anterior inquilino "filósofo".
Ninguém nega a necessidade de ajustamento e reformas da economia Portuguesa; ninguém nega o estado de necessidade e emergência em que vivemos, mas definitivamente os senhores que nos trouxeram até aqui não serão os que nos tirarão dela.
A democracia precisa de se renovar com os melhores dentre nós nos diferentes sectores da sociedade, com aqueles que conhecem a realidade Portuguesa, feita de pobreza e dificuldades, com a sociedade civil que não vive no servilismo e nos bastidores do amiguismo decadente, e institucionalizado, de quase todos os que não sabem o que é uma micro, pequena e média empresa. 
É triste assistir-se a uma ministra (mesmo que simpática) como Assunção Cristas, feita nova agricultora, que nem destrinçará as variedades das couves, como é triste assistir-se a um académico como Santos Pereira que arrastado pelo princípio de Peter foi lançado às feras de um país que conhecia pela rama.         

AINDA A AGRESSÃO AOS FUNCIONÁRIOS DO FISCO

«Barnabé: quando o país cair na anarquia, estas pequenas escaramussas nada representarão. Espera-se ataques com bombas às repartições de finanças, bancos, seguradoras, polícia, etc...»
«Zé sem nada: Se as leis dos impostos fossem justas e bem aplicadas ainda podia ter pena destes senhores e senhoras. Mas eles até tem protecçao contra os erros que cometem. Assim, acho bem q o povo lhe dê no focinho. Afinal porque razao aquele senhor tem a casa penhorada? Será por culpa dele ou dos novos impostos , cortes de subsidios ou desemprego ? Será que a culpa não é do Estado porque desbaratam o n/ dinheiro? Como é possivel ( o sr Portas prometeu alterar isto e nada fez depois de estar no poleiro ) as pmes continuarem a pagar i IVA antes de receber as facturas e se nao pagarem na data ( aquilo que nao devem porque ainda fazem um favor ao Estado por serem cobradores de impostos que trabalham a borla ) são multados no valor de 20% do imposto e depois ainda pagam juros e podem ficar com os seus bens penhorados? Vamos revoltar-nos contra isto.»
«JUSTICEIRO: OS funcionários das finanças são uns caciques que recebem chorudas comissões do estado para roubar o povo. O comtribuinte nunca tem razão, sofre coimas por tudo e por nada e nunca consegue um diálogo esclarecedor com estes gajos. Indeferem sempre qualquer exposição ou recurso e convindam o contribuinte a fazer impugnação judicial se tiver dinheiro para pagar taxa de justiça e se tiver pacìência para esperar muitos anos. Não se admirem se forem mais espancados ou se as repartições forem mais vandalizadas. É O POVO A FAZER JUSTIÇA!!!» «AJAR A execução do estado aos contribuintes demora cerca de 30 dias. A execução dos contribuintes aos seus devedores, demora ANOS..... é para terem equidade..... e não indeferirem os pedidos prestacionais dos contribuintes nem as reclamações graciosas a que os contribuintes muitas vezes com razão veem recusadas por meros caprichos..... Será eta a forma de recompensar.»

Muito preocupante o que se lê aqui. 

Muito preocupante por responsabilidade de um estado que não quis cortar nas verdadeiras gorduras do estado mas inundar e esbulhar o povo de impostos. A situação irá-se agravar com perda de deduções em IRS, com aumento do IMI, com perda de subsídios que davam para pagar o IMI e outras prestações fiscais...

O país está à beira da implosão e não será por via da repressão ou da violência que se resolverão os problemas!

FUNCIONÁRIOS DO FISCO AGREDIDOS: O DESESPERO DE UM ESTADO FISCAL DE ESBULHO?

«Paulo Ralha acredita que as agressões são estimuladas pela situação de crise que o país atravessa, por existirem muitos contribuintes que não conseguem pagar as suas despesas e se sentem injustiçados e retaliam, além do sentimento generalizado de revolta contra os sacrifícios pedidos pelo governo, entendendo como rosto do Estado a Autoridade Tributária.»
Quando se ultrapassa a pressão fiscal para  além do possível, justo, mesmo imaginável, o desespero por ficar sem casa e sem quaisquer bens de subsistência, pondo em causa a  sobrevivência física, à beira da indigência, pode levar a actos tresloucados.

Como se deve defender o estado, que somos todos, que passou de um extremo ao outro?

Através de repressão ou percebendo que há muitos limites que já foram ultrapassados?

É que em nome de uma sociedade que preza a coesão e o valor humano, há que flexibilizar e humanizar a actual desumanidade fiscal e impossibilidade de acompanhamento desta pressão fiscal louca, suicidária e insustentável sobre uma parte substancial da população Portuguesa!

Nesse sentido há que dizer claramente ao estado que basta desta esquizofrenia fiscal sem sentido e para  além do razoável!

NACIONALIZAR OS PREJUÍZOS, PRIVATIZAR OS LUCROS: SERÁ ISTO VERDADE?

«Estamos a olhar para as oportunidades. Nas águas e nas operações aeroportuárias», disse o presidente da Andrade Gutierrez no final de almoço da Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira, em Lisboa, em que foi homenageado juntamente com o 'chairman' da CGD, Faria de Oliveira.
O responsável disse que a empresa quer, para isso, encontrar parceiros locais com quem possa concorrer às privatizações.
Otavio Marques referiu ainda que a entrada em Portugal será fundamental para a empresa se expandir internacionalmente.
«Estas são empresas competitivas para ir para outros países a partir daqui», afirmou»
A frase nacionalizar os prejuízos, privatizar os lucros, é uma das frases mais emblemáticas de uma certa esquerda.
Mesmo para indivíduos que acreditam nos mercados, quando eles são verdadeiramente concorrenciais, esta frase que parecia tirada a papel químico e feita com orientação ideológica, não deve deixar de ser analisada com sentido crítico e factual.
O que é certo é que em Portugal há uma tendência estranha para nacionalizar prejuízos, levados a conta dos cidadãos e privatizar os lucros levados a crédito de corporações que se não manifestam no mercado da concorrência.
Assim, ficamos à espera de uma explicação para este factual, porque isto parece verdadeiramente ser a história de muitos momentos Portugueses, e qual a bondade da sua efectivação. 
Sob pena de darmos razão a "uma certa esquerda" que considera que as vantagens da arrecadação de verbas das privatizações diluem-se em poucos anos com a perda de dividendos para o estado e ter-mos de dar-lhes a mão no argumento de um país de elites políticas fraudulentas - inimigas do povo e a necessitar de uma cura de ganância e sentido comum nos estabelecimentos prisionais ainda não privatizados.

AS FÉRIAS DE PASSOS

É, de facto!
País onde se extremam posições, do “és por mim ou contra mim” da política, da falta de capacidade para ouvir, da falta de espírito crítico (do bom, como o bom colesterol, não do negativo e/ou do acrítico)  do cinismo hipócrita dos interesses, onde se vive num faz de conta arrepiante e num individualismo gritante.
Ontem à pergunta de dinheiro para férias em feira de turismo de um país de turismo, Passos respondeu naquele modo insensível, contraditório, pouco conhecedor das realidades e pouco social - democrata que o caracteriza (e que bem enganou meio mundo social democrata que pede e bem a devolução do voto) que temos que adaptar as nossas necessidades às nossas possibilidades – verdade Palassiana que ninguém nega.

Entretanto, no país que procura aumentar a competitividade, as autoridades tudo fazem para a diminuir, aumentando impostos, coimas, taxas, escarafunchando e locupletando-se com coimas ardilosas de más leis, exigindo aos pobres devoluções de verbas atribuídas pelo estado. E é o fisco com interesses próprios pelos prémios, a avaliar a propriedade por cima, para mais arrecadar em IMI, o qual irá manter as corporações políticas no seio autárquico (e que permitirá esbulhar dezenas de milhar de proprietários já incapazes de pagar os aumentos brutais dos custo ocasionados pelo estado)... custos de contexto que em vez de diminuírem para prover competitividade à economia, aumentam.

A hipocrisia é gritante, a contradição total (mesmo em casa onde não há pão), a desumanidade e o assobiar para o ar total, perante o empobrecimento sem retorno de uma parcela substancial da população Portuguesa, perante o empobrecimento ocasionado pelo exílio dos recursos humanos mais dinâmicos, perante centenas de milhar, senão já milhões de afectados, sem qualquer tipo de protecção social (como irão viver milhões, jovens e crianças com pais sem emprego e qualquer subsídio – para além do anúncio da caridadezinha, em gerações muitas vezes com mais formação que muitos dos seus pais),  num país onde as quebras de consumo atingem os dois dígitos (só ontem soube-se que o sector auto teve quebras de mais de 40% com previsões de despedimento de dezenas de milhar de trabalhadores - brevemente chegará à AutoEuropa - porque não há empresa que queira "sobreviver" num país onde não à vestígio de escoamento dos seus próprios produtos - e que pode funcionar como colateral de amortecimento de quebra em mercados externos.
Como defendo quase desde o início, desde que o social democrata? Passos adoptou a cartilha neo - liberal: assim não, sr. Passos Coelho! Cortes salariais em rendas, cortes nos desperdícios do estado, cortes nos ordenados do não transaccionável impossíveis de manter numa economia fragilizada quase sempre pelo peso do estado, sim.

Mas a saída de muitas empresas do radar do estado não significa mais energia privada, se o estado se mantiver alegremente a "produzir" mais uma panóplia infernal de obrigações... 

Este ajustamento, necessário, perante um estado falido por uma anterior gestão delirante e fantasista, que restringe simultaneamente o consumo, como o investimento, devia ter sido seguido por uma diminuição e profunda reforma fiscal que diminuí-se os verdadeiros impedimentos, que não permitem o regresso à sustentabilidade pelo transaccionável.

As asneiras do ajustamento à bruta sucedem-se (no meio de algumas medidas positivas, como o meter em ordem os abusos remuneratórios, etc…), como foi o caso do aumento do IVA em bens que não traziam dependência externa (e que está a diminuir as receitas do estado não beneficiando a ninguém e empobrecendo quem podia fazer dar um novo impulso em bases mais sólidas e sustentáveis, caso do sector dos ginásios, da restauração, dos pequenos negócios, … ) e que serviam de amortecedor em sede de IRS, segurança social, IVA... da queda negativa de algum consumo (dos bens inferiores), em contraponto à queda positiva do consumo de muitos bens importados acessórios.
E o CUSTE O QUE CUSTAR (quando se sabe que este ano duplicou o número da mortalidade idosa – a desesperança também mata - o que era previsível - experimente o sr. de Passos viver com 200 € por mês - já que os idosos morrem de esperança e de fome e brevemente de frio, quando começarem a ser postos pelos senhorios a viver na rua) é uma frase criminosa, própria de um ser pouco humano, insensível, frio e cínico, não de um verdadeiro social democrata, sr. Passos Coelho!
E cá estaremos para analisar o índice de Gini sobre o aumento das desigualdades que empobrece a sociedade Portuguesa como um todo, quando assistimos a cortes radicais nos salários e aumentos de lucros nas empresas privatizadas sem concorrência (do oligopólio ou do monopólio) sem qualquer ganho importante para a sociedade como uma comunidade.

sexta-feira, 2 de março de 2012

BIOGRAFIA DO ACTUAL REPRESENTATIVO MINISTRO DA ECONOMIA ALEMÃO

«Philipp Rösler (*24 de Fevereiro de 1973 [1] em Khánh Hưng, hoje chamado Sóc Trăng, Vietname), é um político alemão de origem vietnamita, pertencente ao partido liberal FDP. Desde 13 de Maio de 2011 é o presidente do seu partido. Uma vez que este formou uma coligação com o partido cristão-democrata (CDU) presidido por Angela Merkel, Rösler tornou-se vice-chanceler do governo alemão. Simultaneamente é Ministro de Economia, depois de ter sido Ministro da Saúde. [2] Antes de ingressar ao governo federal, foi Vice Primeiro Ministro e Ministro da Economia, Trabalho e Transporte no Estado de Baixa Saxónia, Nascido no Vietname, Rösler foi adoptado por um casal alemão quando tinha poucos meses de vida. É médico de profissão, é casado com uma médica e é pai de gémeos. [3] Fez o serviço militar e é oficial miliciano (capitão médico)[4]. Philipp Rösler é, na Alemanha, o segundo presidente de partido que não é de ascendência alemã, sendo o primeiro Cem Özdemir, de origem turca, co-presidente do partido Aliança 90/Os Verdes e deputado do Parlamento Europeu.
Na acirrada discussão alemã sobre a melhor política para resolver a crise do endividamento e da estabilidade do Euro na Europa, Rösler tomou em Setembro de 2011 uma posição contrária de Angola Merkel, sugerindo a modalidade de uma "insolvência ordeira" para a Grécia, e da saída temporária deste país da Zona do Euro. Deste modo provocou fortes tensões no seio do governo, mas esperava ganhar votos para a FDP, na eleição estadual de Berlim, de 18 de Setembro. Sucedeu,porém, que a FDP obteve nesta eleição apenas 1,9% dos votos e elegeu nenhum deputado - portanto um resultado ainda mais baixo do que os resultados semelhantes verificados nos meses anteriores em diferentes outras eleições. Um das consequência foi um reacender do debate sobre a qualificação de Rösler para as funções que desempenha a nível federal.[5]»

MEIN KAMPF, MY BATTLE OR MY STRUGGLE

A minha luta através das palavras no microescópio da nossa importância teve um final feliz. 
Afastada a besta, Mein Kampf, my battle ou my struggle não parece no entanto poder-nos deixar cruzar os braços. 

É que a nossa luta pela democracia e pela decência, tem de ser diária e constante contra os homens lobos dos homens, os anéis de Frodo que mudam os homens postos perante o poder e contra a incrível arrogância de quem se julga o paterfamílias ou a matterfamílias de toda uma população ou uma comunidade, como se o mundo fosse feito de homens e mulheres providenciais.

DITO E FEITO POR JOSÉ LIMA

RUI TAVARES, UM DEBATE,UMA OPINIÃO SENSATA

SERÁ KRUGMAN DESCONCERTANTE?

Relativamente ao ponto 1 a 3 percebe-se bem Krugman - talvez ele não consiga é perceber, como muitos de nós, este país. Quando Krugman fala em baixar salários, fala em baixar os salários de uma economia não transaccionável que há muito parasita a verdadeira economia, cuja formação de preços e custos se faz na economia concorrencial e não na economia de estado de partidos (de bolhas partidárias) em que vivemos - e das suas mordomias.

A sociedade Portuguesa tem esta dificuldade ainda muito de sociedade de Corte, monárquica, de não destrinçar rendimentos de 500 € (de consumo de produtos essenciais) dos ordenados (principescos que comparam em alta) que permitem consumos de bens acessórios normalmente importados e que pouco ou nada acrescentam à economia nacional. E é por isso que a mudança terá de ser acima de tudo uma mudança de mentalidades, de afastamento deste estado sequestrador e esbulhador da sociedade civil por efeito poder de irrepresentação, um estado que terá de ser frugal e disciplinado na sua superestrutura, um estado que terá de manter o essencial mas repelir o acessório. Será que os partidos anquilosados e viciosos do poder alguma vez o aceitarão?

A confusão talvez esteja no facto de não devermos falar em baixar salários, mas sim em baixar rendas (aproximando salários), sejam elas derivadas de falta de concorrência por efeito estado sequestrado.

Afinal nas empresas do calçado transaccionável, como noutros sectores em expansão, que dão cartas lá fora, ninguém poderá falar em cortes de salários, já que as empresas são competitivas internacionalmente e a cada salário cada produto.

PAÍS INÍQUO

Não há como não ficar indignado logo pela manhã.

"Capitalistas" do escalão mais baixo da autarquia Setubalense são chamados à devolução de verbas brutais recebidas a mais por responsabilidade da Câmara: de 485 € para 520 € multiplicado por dois anos, enquanto se ouvem as empresas como a REN, Estradas de Portugal e quejandas a anunciar cada vez mais lucros.

Dói-me a mim, tanto como a eles, ver pobres trabalhadores assalariados camarários a chorar frente à Câmara de televisão sem saber como vão pagar... possivelmente o fisco tomando para si as suas pobres casas.

Que país estamos a construir com esta desumanidade gritante de uma classe política totalmente irresponsável, desumana e mal formada?

Dói também, e que se preocupem os responsáveis actuais e anteriores, ver 1000 GNR aos gritos perante aquilo que lhe foi prometido... e eles tem as armas nas mãos.

Dói também saber que nas ruas geladas de Genebra, Luxemburgo, Frankfurt e tantas outras cidades Europeia se arrastam cidadãos Portugueses qualificados à procura de pão, fazendo de estações de caminho de ferro e de viaturas a sua morada, fugindo à miséria do CUSTE O QUE CUSTAR de políticos garbosos mas vácuos de ética, empatia, inteligência e cidadania! è que dói ouvir pela manhã Vítor Gaspar, o visionário, o ás da economia, preocupado com perdas de 60 milhões de euros em Janeiro com receitas da Segurança Social e do IRS, responsabilidade de aumentos de IVA suicidas, a que muitos avisaram antecipadamente terem um  efeito mais destrutivo que eficaz. Dói saber que a teimosia e a panache desta gente que nunca ouve nada nem ninguém, tem reflexos brutais na vida do dia a dia das pessoas e que a sua responsabilidade ulterior será um lugar numa instituição internacional por onde se passeiam, enquanto país sangra.  

Dói também ouvir as notícias diárias sobre um estado que dispara sobre tudo o que mexe: agora, as coimas perante o não pagamento de taxas moderadoras em quintuplicado, sem fazer uma tentativa primeira de contactar os putativos infractores, quando muitos deles por deficiência dos serviços nunca foram contactados para o pagamento. Agora a Segurança Social com filas desde as 5 horas da manhã, para não atender cidadãos ao esgotarem-se às dez as suas senhas, ...
Dói ver que os responsáveis e as clientelas políticas, que se acolitam no emprego das autarquias já "rasgaram" o fim das verdadeiras gorduras do estado, ao negarem ou minimizarem junção ou extinção de Concelhos e  freguesias, empresas municipais, sorvendo e tomando para si as poucas reservas de gordura dos cidadãos que deviam servir - mas de que se servem!   

É este o país que os políticos na sua cegueira partidária "clubista", anteriores e actuais, desejam? Um país cada vez mais empobrecido, empedernido, desumano, iníquo?

Se for para continuar assim, contem comigo para estar na primeira linha da mudança, pelo direito à indignação já não das palavras, mas dos actos! 

Mesmo que seja para uma mudança, a curto prazo revitalizadora, para que quase tudo no médio prazo fique na mesma!

quinta-feira, 1 de março de 2012

CUSTE O QUE CUSTAR

«Portugal
Quase duas mil empresas fecharam só em Janeiro»

Falências estão a aumentar e o número de novas empresas está a diminuir em Portugal, segundo dados avançados à Renascença pela empresa e-informa.
 
 “O que é triste é que este ano é a primeira vez que vejo situações em que são mulheres que vêm de Portugal à procura de trabalho, que deixaram os filhos em Portugal. Já faz oito anos que trabalho com os sem-abrigo e é a primeira vez que vejo que esta situação acontece.”

SERÁ ISTO MENTIRA?

«Dívida Pública Europeia = Bancarrota a prazo (a situação francesa)

“Em 2001, só o reembolso dos juros da dívida de França (46,9 mil milhões de euros) terá representado a segunda maior despesa orçamental do Estado, após a Educação, muito à frente da Defesa e da Segurança. Por si só, os juros absorverão a totalidade dos impostos sobre as empresas.”
O Ano de 2012 será terrível! Divida Pública: Como os Estados se tornaram prisioneiros dos Bancos
Alain de Benoist
Finis Mundi, número 3

Quando o pagamento de juros de divida externa passam nos orçamentos de um grande pais (como a Franca, neste caso) ultrapassam rubricas estrategicamente tão centrais às mais centrais funções de soberania, como a Educação ou a Defesa então estamos numa situação terminal. A prazo (curto) a saída é clara e passa pelo Incumprimento total ou seletivo, com os credores a assumirem as consequências dos riscos que aceitaram ao realizarem os empréstimos.
A situação resulta dos efeitos da terceira globalização, aquela que se instalou no mundo como “pensamento único” e que escancarou as fronteiras do Ocidente aos produtos baratos do Terceiro Mundo, sem assegurar que nos locais de fabrico se respeitassem as mais basilares regras de humanidade, ambiente ou respeito pelos direitos laborais. A selvajaria capitalista conseguiu assim – por múltiplos dumpings simultâneos – deslocalizar a industria europeia e dos EUA, para a China, engordando assim as multinacionais e exaurindo de Capital o Ocidente (como recentemente alertou o Nobel da Economia, Paul Samuelson). A deslocalização, perda de Emprego e de exportações só podia ser compensada pelo embaratecimento massivo do crédito. E foi isso que aconteceu. Com as consequências que agora estão à vista de todos.»
POR QUINTUS

SACRIFICADOS!

«O desemprego deve ser a principal preocupação a nível nacional», disse o secretário-geral da UGT, João Proença, citado pela Lusa, em reação aos números do desemprego em Portugal, divulgados pelo Eurostat.

De acordo com o organismo de estatísticas da União Europeia, Portugal atingiu em janeiro, em comparação com dezembro de 2011, uma taxa de desemprego de 14,8%, mais duas décimas que no mês anterior, e que coloca Portugal ao lado da Irlanda, no terceiro posto dos países com taxas de desemprego mais elevadas.»
Quando se vê que os três países intervencionados são os com maior taxa de desemprego, percebe-se que o tipo de intervenção da Troika com base na austeridade não é o melhor caminho para países com dívidas importantes.

Quando a isto se junta um fervor por uma mão invisível que vai resolver os problemas no futuro, percebe-se que para o actual PM o problema não é o seu povo, sacrificado no altar da arrogância e do orgulho, mas a sua credibilidade perante o exterior. Sempre a mesma gestão de carreira dos políticos, cujo amor não é ao seu povo, CUSTE O QUE CUSTAR.   

DESEMPREGO ITALIANO BATE RECORDE

«Desemprego em Itália bate recorde em Janeiro. Dados oficiais revelam que taxa alcançou máximo histórico de 9,2%»

O egoísmo Alemão e a ignorância de Merkel estão a destruir a Europa. 
Quem devia sair do Euro e da UE eram os Alemães que não percebem que a unidade Europeia não se mede pelo seu bem estar.

POLÍTICAS ACTIVAS DE EMPREGO

Seria interessante que Passos Coelho ouvi-se com atenção este novo senhor FMI (Abebe Selassie) sobre políticas activas de emprego.
Talvez percebesse que políticas activas de emprego significa não deixar a economia estiolar e com ela as receitas fiscais. 
É que isto de querer receitas fiscais escabrosas e de esbulho factual à custa da devolução de verbas atribuídas pela segurança social ao tempo, por coimas criminosas de não pagamento de taxas moderadoras por ineficácia das administrações, por multas a tudo o que mexa na estrada e pela manutenção do contrário que afirmam (um sistema fiscal e contra ordenacional Kafkiano e criminoso) não é nem democrático, nem amigo da motivação e produtividade.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ESTADO DE NOJO: CARTA AOS NOSSOS REPRESENTANTES

Srº Deputado
O srº, srª é com certeza uma pessoa inteligente, experiente de vida, não distraída, que acredita que só na simplificação a democracia é possível.
Aos cidadãos fala-se em simplificação, em melhoria de custos de contexto que dêem ao circuito económico e à cidadania uma folga para produzir, para criar, em ambiente com alguma alegria, motivação e segurança individual. Simplificação que não tem conteúdo ideológico e que portanto pode ser dissociado de um estado de guerrilha partidário, antecâmara de uma democracia psicótica, quase esquizofrénica e autista (palavra erradicada do hemiciclo, infelizmente que não a sua prática), que vive não para a resolução dos problemas dos seus representados, mas da ilusão do ganho excludente do seu adversário político.
Não venho relembrar que foi no século XIX que o desenvolvimento económico foi mais explosivo, quando a figura da empresa de responsabilidade limitada foi criada para dissociar o risco pessoal do empreendedor/investidor. Risco que hoje para o empreendedor putativo investidor está dentro de portas, não resistindo a uma falha, a um esquecimento, a um acidente de percurso que destrói uma segunda oportunidade, uma segunda tentativa.
Não lhe venho falar da confusão instalada sobre as virtudes do verdadeiro liberalismo (que respeita a cidadania, o cidadão como construtor do seu percurso de vida e que entronca no colectivo) versus um totalitarismo de estado que confunde liberalidade com liberalismo.
Venho-lhe falar desta nova exigência da ATA, a nova - velha autoridade aduaneira e fiscal: a exigência de um mail dos correios sob pena das costumeiras coimas que nos podem levar o pão e a casa (a quem aproveitará tanto este universo de "cumprimento" Kafkiano?).
Esta nova peça obrigacional, que se segue a muitas outras (e que faz do cidadão uma espécie de escravo do estado, própria do feudalismo) faz com que a ATA já não pareça se preocupar apenas com o cumprimento atempado e igual das nossas obrigações fiscais, mas com construir uma teia venenosa, armadilhada, complexa, que tomba inclemente e desproporcionadamente sobre o pobre cidadão contribuinte, que vive num inferno maior que o de Dante.  
É isto despiciendo? Não, não é, porque são estes actos impensados de decisores a querer mostrar serviço que matam a competitividade, a tal que não se constrói na intensidade mas nas boas e simples práticas. 
  «Universo Unome
pouca vergonha !
estado português está esgotado ! só vive do mais fácil e que custa menos fazer ! estado vive das multas ... 2012-02-27 12:18


António Pereira
?
Mas porque não podem ser avisados para o email pessoal? Porque tem de se criar um dos CTT? Já viram se a moda pega, criar um email diferente para cada serviço da net? Não há cabeça que resista. :D 2012-02-27 11:33

José António Marinho
República da Bananas
Se não estamos atentos isto fica pior que antes do 25 de Abril de 1974. Antes havia a PIDE/DGS, agora nem sabemos o que há, e que as há, há!! Só que a diferença reside em serem várias Pides e nem sequer sabermos de que lado é que elas aparecem. Ai que país este... 2012-02-27 11:13»
E é por isto, caro representante, que Portugal já nem leva a sério as suas instituições, nem acredita que haja futuro na sua terra.
Surpreenda-nos, por uma vez, e mostre que merece, por uma vez, a fidúcia que mesmo o desconhecendo lhe colocámos nas mãos e o poder de fazer-nos a vida num inferno ou sermos felizes na nossa terra.