quinta-feira, 19 de abril de 2012

O QUE DIZ JORGE SOROS!

«Os dirigentes do Velho Continente estão a levar a Europa à ruína... a ortodoxia Alemã está a levar a Europa para a deflação... não se pode pagar dívida sem crescer»

GOVERNO ACTUAL. BURRICE OU ANTI PATROTISMO?

Ontem no negócios da semana todo o painel foi unânime em considerar uma asneira algumas das privatizações que se avizinham.
Falo da TAP naquilo que será uma tragédia com a destruição de um nicho importante de manutenção de Know - How de pilotos e técnicos, promoção do país, entrada de divisas, como podia falar da ANA. 
Bastava ver o que vai acontecer à Cimpor, que desaparece como grande multinacional Portuguesa, como basta ver a transferência de proveitos via dividendos que a própria EDP já está a fazer para a China.

GASPAR ENGANOU-SE?

«Numa conferência citada pelo «Wall Street Journal», o chefe da pasta da pasta mais crítica do país disse ainda que os cortes na despesa são preferíveis ao aumento de impostos, porque não afetam o crescimento económico. Assim, é necessário um nível baixo de tributação «para proporcionar incentivos certos ao crescimento».
Gaspar acrescentou ainda que Portugal está protegido, a curto prazo, das oscilações dos mercados pelo programa de assistência financeira.»
Saberá Gaspar que o seu governo que poderia ter alterado medidas do acordo firmado com a Troika de diminuição de despesa por aumento de receita, foi lesto no destruir da confiança dos Portugueses ao ter aumentado os impostos em áreas de pequenos negócios?

TAXAR O GRANDE COMÉRCIO OU IMPOR UMA % DE COMPRAS NUM RAIO DE 50 KM?

Em vez de taxar o grande comércio, taxa que vai ser  paga pelos consumidores, que tal mudá-la para a obrigatoriedade destas grandes superfícies consumirem produtos produzidos num raio de 50 KM?

VENTURA LEITE

Ventura Leite, ex deputado do PS mostrou que nem todos os deputados são cegos.

EFEITO PASSOS

«Dez por cento dos portugueses admite deixar a sua casa este ano
O Eurobarómetro de Dezembro revela que mais do dobro dos portugueses admite deixar a sua casa este ano do que no passado.
Perto de um milhão de pessoas admite deixar a casa onde vive ainda este ano, um cenário que é projetado por um estudo do Eurobarómetro realizado em Dezembro e que foi divulgado nas últimas horas.»

segunda-feira, 16 de abril de 2012

JÁ NÃO BASTA FALAR, É PRECISO NÃO NOS CONTRADIZERMOS NA OBRA

(Sobre a diversificação das geografias do comércio externo e o seu aumento quantitativo).
É interessante verificar como as crises e o instinto de sobrevivência trás à tona novas forças até agora aparentemente adormecidas (não se percebia realmente como muitas das nossas empresas, com produtos e serviços de excelência pareciam temer, ou estavam acomodados à globalização).
Falo dos agentes económicos, não dos políticos profissionais ou à procura de profissionalização em exercício, que estes parecem continuar estranhamente adormecidos nas suas cátedras de medidas incongruentes, muitas vezes contraditórias na prática e no discurso. 
Nesse aspecto Passos que têm virtudes e defeitos diferentes do senhor anterior (esperemos que o saldo esteja a seu favor, mas esse só o veremos pela resultante final do índice de felicidade Português) devia pelo menos assumir para si uma (das poucas?) virtudes (públicas) do senhor anterior: a sua capacidade para agregar e peneirar com uma pequena task force todas as medidas, de molde a evitar-se contradições de medidas incongruentes com o discurso.

É que custa muito ouvir Passos falar nos rentistas e depois ver que estes continuam incólumes, enquanto os atomizados vão dando à costa afogados pela maré de um estado cada vez mais castrador e que resolve todos os problemas com aumentos e proibições. 
É que a libertação da sociedade civil que Passos propõe através de um novo paradigma de "economia mecânica", não pode ter como consequência uma sociedade só liberta do Estado no topo e cada vez mais estrangulada na base.

PPP, CASOS DE POLÍCIA?

A leitura do modo como evoluíram as PPP são demonstrativas de serem aparentes casos de polícia. 
A economia da concorrência obriga a que os promotores assumam o risco dos seus investimentos. 
As autoestradas Portuguesas eram bem vindas se o investimento fosse privado, as portagens privadas com preços estabelecidos pelos concessionários (obviamente para seu bem respeitando as leis do mercado) e o prazo de concessão devidamente estabelecido.
Ganhavam os cidadãos através do Estado por terem melhores estradas, e os concessionários se conseguissem acomodar os seus legítimos interesses de conseguirem algum lucro no prazo concessionado.
Todas as outras negociações conexas para acomodar o interesse dos concessionários já não são PPP, são casos de polícia baseadas em favores ou trade - offs!
Curiosamente, como muita gente chama a atenção, este ajustamento está a ser o último que o estado está a querer fazer através dos seus governantes!

A situação actual contratual é difícil de reverter porque está blindada? 

Não parece, se se provar, o que parece fácil, que foi feito em bases perversas!   

O MERCADO

A racionalidade do mecanismo de mercado não é um superstição, mas apenas quando alguns fazem questão de não esquecer que tem aqui e ali que ser domada. 

É que a racionalidade do mercado é real e eficiente para o produtor e consumidor na atomização , nos grandes números, não quando o tipo de mercado passa de atomizado a englobado. 

Aqui a racionalidade do mercado passa para a lei do mais forte, e o interesse do produtor e do consumidor deixa de estar em linha.

SOCIAL DEMOCRACIA PRECISA-SE!

Ao ler-se estas afirmações de Passos Coelho, que deixam ficar mal o país na sua afirmação soberana (uma espécie de afastamento, de nojo do país, de masoquismo que denigre a imagem de Portugal e dos Portugueses no exterior) acumuladas com outras, percebe-se que Passos enganou os portugueses com uma ultraliberal e nada social democrata afirmação pré - eleitoral, questionando-se hoje muitos sociais democratas "pela perda do seu voto". 

Todos os Portugueses mais velhos sabem que as privatizações anunciadas, que não digam respeito à economia atomizada e verdadeiramente concorrencial, trarão mais abusos e rendas privadas em desfavor do consumidor e da afirmação da cidadania, monopolização da economia e não o seu contrário. Para os gestores de interesses privados dos grandes monopólios nacionais, este quadro é, no entanto, pessoalmente para futuro, positivo.