quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O RESULTADO!

Inquérito

MELHOR nacional 2008

Nélson Évora (23%, 128 Votes)
Francisco Louçã (11%, 61 Votes)
José Sócrates (8%, 48 Votes)
Manuel Alegre (8%, 46 Votes)
Jerónimo de Sousa (8%, 44 Votes)
Ana Drago (8%, 43 Votes)
Maria de Lurdes Rodrigues (7%, 42 Votes)
Quique Flores (6%, 36 Votes)
Ana Gomes (5%, 29 Votes)
Aníbal Cavaco Silva (4%, 24 Votes)
Mário Nogueira (4%, 22 Votes)
Pedro Passos Coelho (3%, 15 Votes)
Paulo Portas (2%, 14 Votes)
Manuela Ferreira Leite (1%, 8 Votes)
Fernando Teixeira dos Santos (1%, 7 Votes)

Vale a pena determo-nos uns segundos neste inquérito patrocinado pelo Arrastão. Porque vai à frente Nelson Évora? Presumivelmente porque salta mais longe que todos os outros, sendo o seu salto símbolo dos saltos diários dos Portugueses, seja no salto do trabalho para casa, seja nos constantes saltos para equilibrar o orçamento familiar!

As outras figurinhas com excepção de Quique Flores, que alimenta as frustrações semanais em catadupa, são apenas exemplo isso: ornamentos da nossa mais profunda desilusão!

PARA REFLECTIR II

«Revista Focus: não pode ser verdade»

«Conheci há momentos uma jovem que está a terminar o curso de jornalismo. E o que me contou não dá para acreditar. Que esteve a estagiar na revista Focus e que gostaram muito do seu trabalho. Convidaram-na a ficar mas ... de borla! Que a revista apenas tem na redacção dois jornalistas efectivos. O resto é exercido por estagiários a recibos verdes precários que entram e saem em catadupa. Deve ser devido à "dieta do pensamento" dos responsáveis da revista...»

Quando se governa, por efeito de assessores que constróiem cortinas e gaiolas douradas, esvaziando a sociedade civil e o tecido económico com uma visão despesista e controlista do estado (embora só aparentemente dirigida às pequenas e médias empresas!) ou se possui ou promove a expensas próprias uma visão torpe e desfocada da realidade, alicerçada em um grande «bigo» presumidamente identitário, o resultado só pode ser um: este, bem denunciado pelo PPTAO!

Aliás a inteligência económica deste governo, face à apregoada diminuição em 2,5% do IVA Inglês e dos demais que se lhe seguirão, só merece deste governo uma resposta: «vamos arranjar um modo original que não passa pela diminuição do IVA!, Teixeira dos Santos dixit!».

Ou seja, «pela baixa do IVA não, porque o objectivo não é atacar a crise económica, o objectivo é este meu interesse doentio em poder, mesmo que destrua o resto da economia Portuguesa, em cumprir o que me propus face à diminuição do deficit público. Assim, terei sempre alguma coisinha para dirimir em praça pública, e me posicionar para a medalhinha ou comenda que me será atribuída pós-ministério!», pensará dos Santos, um dos "melhores" e mais originais ministros das finanças de 19 dos 27 (mesmo que tenha sido este objectivo alcançado à custa do aumento das receitas e da extorsão pública!).

Aliás é curiosa a resposta do comissário do pelouro à pergunta da associação das pequenas e médias empresas da possibilidade do pagamento do IVA ser feito contra o recebimento e não como actualmente da facturação, a que o comissário respondeu «não haver qualquer impedimento por parte da comissão!».

PARA REFLECTIR

«Metade dos deputados em part-time
Em 230 deputados, existem 115 que acumulam função com outras profissões»

«Portugueses insatisfeitos com qualidade da democracia
Estudo mostra que cidadãos nacionais estão desinteressados da política
Os portugueses estão descontentes com a qualidade da democracia e desinteressados da política, constata o Inquérito Social Europeu, na edição de 2006, que apresentado esta quinta-feira em Lisboa.
O ESS (na sigla em inglês), desenvolvido em 23 países europeus, comunitários e fora da União Europeia, indica que só os russos, húngaros, ucranianos e búlgaros estão mais descontentes que os portugueses com o funcionamento da democracia e politicamente mais desinteressados. No extremo oposto encontram-se a Dinamarca, a Suíça e a Finlândia.»

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A PROPÓSITO DE MUSEUS

«Por isso, os museus são uma fundamental responsabilidade do Estado moderno. Pensar na sua rentabilidade económica directa ...» «Transformá-los em repartições do Estado, não lhes outorgando a autonomia e o dinamismo de que necessitam é o resultado de um pensamento pré-moderno, centralizador e paroquial.», diz neste post Delfim Sardo.

Dinamizá-los na autonomia, sem esperar de mão estendida do estado mais verbas, e exigindo do Estado investimento na aquisição de património museológico disperso, de acordo!

Mas será que não é possível fazer mais e melhor com aquilo que existe actualmente? Será que não é possível dar vida aos nossos museus, a exemplo aliás do que acontece em Inglaterra, na Irlanda, fazendo dos espaços organismos actuais vivos, alegres, modernos, com espectáculos, com cruzamento de tecnologias multimédia, onde o actual conviva com o antigo, despidos de literais fungos, bolores e ambientes conventuais!

Depois de ultimamente ter visitado Queluz, Mafra, a Pena, Óbidos, mas também museus em Stirling, Limmerick, Dublin, York, Edimburgh and so on, apercebo-me de como não podemos continuar a atirar dinheiro para cima daquilo que com vontade, imaginação, promoção, autonomia e criatividade permitiria ser auto suficiente e não mais um encargo para o depauperado Estado Português!

Quando será que os Portugueses aprenderão que viver sistematicamente encostado ao Estado é um princípio de manutenção de pauperização profunda, de desigualitarismo e compadrio retrocessional?

Como diria alguém deixem-nos arregaçar as mangas e trabalhar, afogem o paternalismo, dêem-nos "crédito", voz e autonomia, não nos passem é a vida a levar mangas para alpacas, depauperizando e nivelando a dignidade humana para que se possa cerzir Portugal!

FRAUDE PSEUDO SOCIALISTA


DREN ameaça professores com processos disciplinares.
A directora regional de Educação do Norte garante que será «inflexível» se detectar professores a pressionar colegas a boicotar o processo de avaliação de desempenho e avançará com processos disciplinares contra estes docentes.
Em declarações à TSF, Margarida Moreira garante: «Se for uma situação de coacção não hesitarei». Aliás, disse, na segunda-feira já esteve reunida com alguns colegas e avisou-os: «É melhor não continuarem por aí».
Da leitura dos «prós e contras» da última noite-madrugada, duas ilações se podem tirar. A primeira é a falta de inteligência no processo; a segunda é que essa falta de inteligência só terá como fim último a destruição daquilo que dizem defender.

Que sociedade é esta que cria dificuldades a si própria, com governantes que mais parecem estar votados a alimentar uma surda guerra civil.

E o que dizer deste estilo agressivo pouco próprio de um regime democrático desta senhora responsável pela DREN, de seu nome Margarida Moreira?

Como esta gente se enquadraria igualmente bem em qualquer regime totalitário!

Se este estilo Socratiano continuar a fazer escola, estilo tapar com agressividade as inúmeras impreparações e insuficiências, tempos graves e pouco democráticos se aproximam a passos largos!

Para os detractores do estilo Guterres, quantas saudades devem hoje sentir!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

DISSONÂNCIA COGNITIVA

Curioso este post e esta dissonância cognitiva! Dado que se parece muito verdadeiro no palco das vaidades dos actores, a força do seu princípio parece em Portugal, por maioria de razão e de visão, directamente proporcional à afirmação unisonante cognitiva, do peremptório e sem mácula!

Ainda há alguém que ouça sem reservas o que o outro tem para dizer? Não seria nessa diversidade que nos poderíamos afirmar? Mas é aquilo que, verdadeiramente do alto da nossa cátedra, praticamos todos sem sobranceria e quantos vezes desprezo?

A examinar, e examinarmo-nos, cuidadosamente!

A GUERRA CIVIL DA INFORMAÇÃO



A propósito disto, ou de quando os
os jornalistas se tornaram elementos comunicadores de propaganda.

Há uma cadeira, educação para a ética, que nas faculdades de comunicação social ou de jornalismo, deviam ter precedência sobre todas as restantes, só estando o discente apto à passagem literal depois de uma espécie de omissão de inquérito sobre o seu carácter, sentido de ética e assumpção da percepção da palavra comunicar. Afinal há muito mais áreas para exercer o verbo avaliar que a corporação dos professores!

Aliás os estatutos das Faculdades de Jornalismo e Comunicação Social, deviam ser fornecidos à priori, a todos os putativos candidatos a profissão tão nobre, com um pedido de auto percepção informativa se tal seria possível de cumprir, devendo realçar de uma forma rigorosa e transparente que comunicação não é deturpação ou manipulação de informação, mas a nobre arte de bem transmitir factos do nosso quotidiano.

E é por esse motivo que as nossa televisões, com as excepções que confirmam as regras, se têm tornado espaços exíguos de boa informação, bem como espaços de olhares vagos, tristes, amordaçados, impotentes e outros profícuos de enorme desinformação e mediocridade.

O MUNDO DA BOATARIA

"O mundo da imprensa é um mundo da boataria", por Miguel Júdice.

Não há nada mais pungente do que ver almas aparentemente brilhantes a completarem o círculo e a retrocederem no índice do brilhantismo humano. O brilhantismo, produto do carisma humano não se mede na necessidade de afirmação e comparação constante face ao outro, no sucesso, no mediato, no autoapanágio humano. A simplicidade, o desmaterialismo, vive connosco no tempo em que de curvados endireitamos a vista e começamos a ver mais longe, dentro do nosso e dos corações dos outros.

Ao mundo, o que excede hoje em autocomprazimento pessoal, sobeja em desprendimento e simplicidade secular. Ao mundo o que sobeja hoje é um comunitarismo novo, não fundado em lutas de classes ou relações de conflito, mas na dialéctica do homem com o seu semelhante, dialéctica de afirmação da felicidade fundada no enobrecimento da irmandade da entreajuda.

O que é que isto tem a ver com a boataria? É esta a dialéctica dos homens novos, ou é assim que se constrói um melhor futuro?