sexta-feira, 15 de julho de 2011

STIGLITZ

«A Europa precisa de descobrir uma estratégia de crescimento e não uma estratégia de austeridade e se o puderem fazer, então os problemas de défice serão resolvidos», frisou o Prémio Nobel de Economia 2001.»

EFEITO NUNO CRATO?

«Exames/Secundário: Negativas a Matemática A sobem de 13% para 20%»

GASPARZINHO

Mesmo para quem deu algum crédito a este governo a declaração com base na lista de privatizações assusta e desencontra.
Assusta, porque muitas daquelas empresas não deveriam ser privatizadas ou sendo-o só por via da concessão.
Desencontra porque concessionar monopólios naturais é assustador num país que já praticamente não possui centros de decisão nacionais. Além disso empresas como a TAP que valem pela imagem de Portugal, serão compradas para serem aos poucos desmanteladas.
Privatizar nestas condições é criminoso pela natureza da conjuntura e pelo preço historicamente baixo das acções.
Ou muito me engano ou este governo vai ser o coveiro final de Portugal. Gaspar, infelizmente não me merece confiança. 
Entre o técnico e o  político, vai a distância que separa uma decisão certinha de uma decisão acertada. Demos-lhe os 80%, mas não um cheque em branco, nem um mandato para serem mais papistas que o papa. Aliás ninguém entende como Portugal poderá superar a crise atirando crise para a recessão. Muitos Portugueses votaram nesta maioria pelo corte da despesa pública, nada mais! 

E sr. Ministro, desenvolva o seu raciocínio de forma mais rápida e assertiva, sob pena de ficar conhecido pelo ministro mais lento da UE.

A INJUSTIÇA DO IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO

Marques Mendes critica PELA INJUSTIÇA o Ministro das Finanças por não ter englobado dividendos, lucros de empresas e de capital.

Mas a não tributação deste imposto tem na sua génese pela certa a percepção do governo que é necessário diminuir salários.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CUMPRIU-SE O DIFICULTISMO

«JN: «Recorde de chumbos no 9º ano»
60 por cento reprovam no exame de Matemática e 44 por cento tiram negativa no teste de Português»

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A MÁ IMAGEM DO NOVO MINISTRO DAS FINANÇAS: SUBSERVIENTE QUASE SERVIL NO TRATO... COM OS PODEROSOS!

Não gostei de ver as imagens do Ministro das Finanças no Eurogrupo. Tímido, subserviente, inseguro, com um cumprimento que dá aos seus pares uma imagem de pequenez, de inferioridade. 

Sabendo nós que o mundo hoje é um imenso mar de tubarões, mesmo no seio das Uniões e Aliados; sabendo nós que ainda há como diz Jerónimo Sousa muita carne do lombo como a TAP, a REN e outros últimos anéis que nos dão algum poder e consistência como Estado, ver o nosso novo ministro das Finanças tão servil a Bruxelas, ao poder do número das populações ou do poder económico/financeiro,  inquieta-me.

Inquieta-me sempre esta falta de dimensão estadista que se assiste nos políticos Portugueses. Quando aparecerá um estadista com as virtudes de Salazar e sem os seus defeitos de autocrata Provinciano?

TAP. NACIONALIZAR É IGUAL A TRAIR OS PORTUGUESES?

«Reestruturar precisa-se!
A empresa, se for privatizada, vai ser vendida barata, mas mesmo assim as empresas portuguesas - que estão descapitalizadas - não têm hipóteses de concorrer. Lá se vão os mercados de África e do Brasil para os estrangeiros de mão beijada. Uma empresa que tem mais de 60 anos e é a maior exportadora nacional é vendida por meia dúzia de patacos aos estrangeiros. Os estrangeiros acabam com ela na primeira oportunidade (é só dar prejuízo). Lisboa passa a ser um aeroporto de segunda. Os portugueses coçam a barriga e ficam satisfeitos. Só sabemos dar tiros nos pés. Já liquidámos a nossa indústria pesada...»

terça-feira, 12 de julho de 2011

PORTUGAL 2011

«Sem ajudas do Estado cerca de metade dos portugueses seriam pobres.
Os dados avançados hoje pelo instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em 2009, 43,4% das famílias portuguesas estariam em risco de pobreza se não beneficiassem de subsídios do Estado.»

ORTODOXIA FINANCEIRA

Há em Portugal uma obsessão por soluções que não congregam todos. Soluções estafadas, de gente estafada com as mesmas soluções e que nos trouxeram até aqui.

Portugal precisa de se redescobrir no modo de atacar os problemas, não deixando ninguém para trás, envolvendo todos.

O problema seminal de Portugal não é como resolver a dívida mas como criar riqueza - no longo prazo. Se a primeira é seminal no curto prazo, as soluções para a mesma com base no aumento dos impostos pressupõem um agravamento generalizado de difícil recuperação pelo efeito que tem de destruição do resto do tecido empresarial.

Duas opções estão postas em cima da mesa: a diminuição dos custos unitários de trabalho e o aumento da produtividade. O aumento da produtividade é o wishful thinking de quem tem fé num futuro a mais longo termo, a diminuição dos custos de trabalho parece necessária no actual contexto mas que consequências terá na frágil economia interna?

ASSASSINA IRMÃO PARA DEFENDER A AVÓ

«Assassina irmão com stique de hóquei por bater na avó»

Este drama familiar de enorme dimensão mostra uma sociedade a implodir. 

Num momento em que os assaltos já se processam à metralhadora está na altura da polícia sair dos seus casulos e de se modificar imediatamente as leis penais - não no sentido do agravamento das penas, mas no sentido da eficácia e do imediatismo das mesmas.

Quanto a este caso que a justiça seja misericordiosa com este jovem, vítima da ineficácia da sociedade, da justiça e do drama que o marcará (matar o irmão em defesa da família)  para toda a vida!

 

WAKE EUROPA: THIS IS WITHOUT NO DOUBTS A SPECULATION CASE

Se os bancos nacionais passarem nos testes de stress está na altura da Europa em uníssono dar um murro na mesa e dizer que o SMI está pejado de energúmenos que se fazem passar por agências mandantes. Há uns pobres economistas que acham que a razão de todos os problemas são nacionais e das soberanias, olhando para um mundo financeiro que já não existe mais. Há tese da conspiração? Sim se a conspiração for vista não como interesse da grande soberania, mas do capital financeiro (não visto numa perspectiva datada marxista mas numa perspectiva do próprio capitalismo).

segunda-feira, 11 de julho de 2011

MOOD'S FASHION: WEAR IT, RATING IT!


PRICE €: 0


PRICE €: 0

ALARGAR O PERÍODO DE REDUÇÃO DO DEFICIT

«Activistas sindicais pediram esta segunda-feira, na Batalha, o alargamento do período da redução do défice «para pôr termo à recessão e incentivar o crescimento económico», num encontro que marcou o início da semana de luta da CGTP.
«Dirigentes, delegados e activistas de várias organizações afectas à União dos Sindicatos do Distrito de Leiria, filiada na CGTP... Havia outros caminhos alternativos. Bastava cobrar 1 por cento nos movimentos da Bolsa», que foram em 2010 de «145 mil milhões de euros», refere a resolução, lamentando que a opção tenha sido «tirar aos trabalhadores e reformados e dar ao poder financeiro»
Que resposta se pode dar a esta pretensão? 
Que fundamentação para não a dar a nível da Europa?

COMISSÁRIA VALENTE

«Comissária europeia quer desmantelar "cartel" das agências americanas “A Europa não pode permitir que o euro seja destruído por três empresas privadas norte-americanas”, defende aViviane Reding.»

Ao contrário de VB penso que há que incomodar o oligopólio do rating. Porquê?
Pelas ligações perigosas que anunciam e pela percepção que num mundo de sobreprodução o capital financeiro volta-se para a especulação e o jogo financeiro.

Do mesmo modo que é mais produtivo investir o capital no não transaccionável, num mundo onde a produção se concentra a Oriente em poucas mãos, não será ingenuidade pensar que é só o mercado a procurar melhor renda? E que melhor maneira do que usar as frágeis notações como arma de percepção de subida ou descida de risco?

A SOLUÇÃO NÃO ORTODOXA DE VB

«In 1995, the Exchange Rate Mechanism (ERM) was at the brink of collapse. Market pressure was forcing some countries to raise interest rates to domestically unbearable levels. A succession of devaluations – or even withdraws from the Mechanism – have failed to calm down the markets. And so have the orthodox set of instruments contemplated by the Mechanism.
Collapse was eventually avoided by a bold adoption of a very unorthodox response. Fluctuation margins – set at 2.25% from the central parities – were then allowed to widen to 15%, which, in practice, meant that the Mechanism was suspended in favor of a temporary regime of floating exchange rates. But the solution, unorthodox as it was, succeeded in removing from the system any possible focal point for a speculative attack. (A massive intervention by the Bundesbank in favor of the French Franc – not an orthodox procedure of the German central bank, either –, also helped do deal with the situation).
Without any focal point to polarize possible speculations, market pressures eventually abated and the ERM gradually reverted to its normal rules. Moreover, the nominal convergence required to start the European Monetary Union (EMU) was able to pursue and the euro was created on schedule.
The EMU is now living another exceptional circumstance that can only be properly addressed by getting out of the orthodox framework and resorting to an unorthodox solution.
A group of countries, from the so-called EMU periphery, are now facing an unsustainable financial situation – not only on their public finances, but also on their whole economy –, which is virtually shutting them down from the capital markets. The more unsustainable their situation is perceived, the more their debt yields increase. And the more yields increase, the more unsustainable the situation becomes, replicating the same vicious circle, and self- fulfilling prophecy, faced by the ERM by the mid 90s.
If not contained in time, such a vicious circle will easily spiral and soon most of the system could be driven into its vortex. A cascade of likely sovereign defaults – its end known to none – can then be easily triggered.
Under the present circumstances, and like in 1995, such a vortex can only be stopped if all possible focal points for speculative attacks are removed from the system. And such a purpose can only be achieved by pooling all government financial needs for the next 12-36 months into a single entity, while domestic adjustment programs are given time to work and convince the markets of a reverse of the situation.
For that purpose, a European Fund, guaranteed by all the EMU governments, should be allowed to issue debt on behalf of the European Union up to a very large amount (v.g. €2 trillion). Governments that so wish, and subject to the meeting of certain goals of medium term macroeconomic adjustment programs – previously agreed upon with the European authorities –, could draw quarterly on the Fund to serve their current needs. Failing to meet the goals on time, and until they were met, would disqualify the Government for drawing on the Fund and eventually lead to its “invitation” to restructure their debts. Fund financing should be granted at rates not seen as merely compounding the unsustainability of the underlying situation.
Given such possibility, the number of countries actually resorting to the Fund would end up being relatively limited, turning the Fund’s financial needs much smaller than its authorized borrowing limits. But the destructive vortex could be contained without spreading out of the periphery, the peripheral countries would be allowed time to “clean up” their financial situation and the European authorities would have the time and the peace to prepare a more resilient institutional architecture for the future.»

Um dos  pontos é saber se o quadro conceptual denominado de Ortodoxo, poderia sustentar uma construção de zona monetária de modo não ortodoxo.

A solução preconizada parece capaz de resolver o problema, não fosse:

1) a questão da resolução do Euro, ser uma questão de resolução política.
2) o quadro de financeirização dos players actuais mundiais ser muito diferente hoje de 1995.

O Vítor Bento consegue entender porque a Europa não se protege face ao dumping social e à manipulação do câmbio baixo do Yuan?
O Vítor Bento acredita que é possível em zonas polarizadas aumentar a competitividade (e as economias de escala?) nas periferias?
O Vítor Bento acredita que sem fundos estruturais constantes a periferia Europeia tenderá sempre a ter zonas mais pobres que as centrais?
O Vítor Bento acredita que a solução dar-se-ia se os Portugueses fossem Americanos da Vírginia que abandonariam o seu Estado para emigrar para zonas mais polarizadas? E a cidadania Europeia? É ela possível com culturas e falantes tão distintos?
O Vítor Bento acredita na autoregulação interna regional?

A globalização (inevitável) trouxe sem dúvida uma concentração da produção num número cada vez menor de players. Nunca como hoje o mundo precisou tanto de diminuir o tempo de trabalho, de melhor repartição, de bens culturais (turismo incluído) e bens sociais.

Ao invés, diminui-se o bem estar em nome duma competitividade que só destrói!


E o problema da sustentabilidade ambiental planetária? Resolve-se com uma pressão maior sobre os recursos escassos?

domingo, 10 de julho de 2011

O QUE É QUE LHE FALTA?

«As pessoas que acham que a falta de dinheiro as limita. De todas as coisas que podem faltar (paixão, criatividade, capacidade de persuasão, esforço...), o dinheiro é, sem dúvida, a mais banal e mais acessível»
Será? Ou fala quem tem a carteira cheia?

PANCADA NOS IDOSOS

Ainda muitos viviam na ilusão de sermos um país solidário! 
Solidários, sim, talvez na base, não no topo!
Basta olhar para o número de benfeitores e mecenas deste país, cujo mecenato se cinge a fundações abonadas pelo Estado.

Alguns mecenas, daqueles que dizem ter dinheiro para a família para as próximas 5 gerações,  até advogam que os utentes do SNS tem de pagar os pacemakers!