quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TVI: MULTA SEM SEGREDOS

«Casa dos Segredos: TVI condenada a pagar multa»

Eu que sou pela liberdade de informação regozijo-me pela primeira vez pela atribuição de uma multa. 

É que mal ou bem a TVI e as televisões tem um papel formativo nas nossas populações mais jovens e menos informadas. Valer tudo em televisão é prestar um mau serviço apenas em prol do valor do dinheiro e da sustentabilidade de um projecto televisivo. É por isso que se torna perigoso projectos exclusivos sem um farol público que alumie com peças de teatro, culturais, uma informação de qualidade, etc... 

É que não há país que singre no actual panorama global sem uma população educada para o bom gosto, para a cultura e artes e não para a falta de gosto e ordinarice. 

O EFEITO GENERALIZADO DO AUMENTO DAS RENDAS: PASSOS É UM HOMEM INTELIGENTE?

Aumento exponencial das desigualdades e aumento vertiginoso do custo de vida que diminui a competitividade geral do país.

Não era o aumento da competitividade que nos propúnhamos, Passos?

GOVERNAR É IR CONTRA O INTERESSE DOS REPRESENTADOS?

Um governo não deveria servir para acomodar os interesses de todos?
Deveria!
Então, porque nunca isso acontece?
Porque há esta mania que um governo para governar deve governar contra as pessoas?

LEI DAS RENDAS : MAIS UMA INSENSIBILIDADE SOCIAL DO COELHO

«Quem também não escapará à actualização das rendas serão as empresas e o comércio, de acordo com a edição desta quinta-feira do «Diário Económico», que cita fonte do primeiro-ministro. Os comerciantes perderão os contratos vitalícios e serão sujeitos à livre negociação das rendas aos valores de mercado e à agilização dos despejos»
Num país miserável, com salários e reformas miseráveis, a actual actualização das rendas habitacionais e comerciais é um tiro nos pobres.

Em zonas do interior onde o pequeno comércio alimenta com preços baratos gerações de empobrecidos e reformados, a actual lei das rendas é de uma total insensibilidade social e não previsão das consequências. 

Passos quer fazer de Portugal um país igual com gente e condições diferentes nem que tenha de matar uns milhões de pessoas à força. 

SALAZARINHO OU SALAZARZINHO?


«Vítor Gaspar tem alcunha de 'Salazarinho' entre os colegas»

Como o Salazar Beirão será que Gasparzinho se prepara para congelar o nosso desenvolvimento por quarenta e oito anos?   

PROMISCUIDADE ENTRE POLÍTICA E EMPRESAS CONTINUA

«Passos Coelho reúne com chineses que compraram parte da EDP na sexta-feira de manhã»

MÉDICA, ARMANDO VARA, OURIVESARIA, AUMENTO DAS RENDAS

«Não tem dinheiro para a renda de 1000 euros nem para os comprimidos que tem de tomar por causa de um nódulo pulmonar», disse o filho José Moreira ao Correio da Manhã.
O pai da médica de 48 anos confirmou que Mónica Moreira era a médica envolvida no caso de Armando Vara, que «revoltou os utentes do centro de saúde ao passar-lhes à frente» para pedir um atestado, para poder fazer uma viagem.»
Ligar tudo isto pode parecer estranho, não fosse esta combinação uma combinação letal e um exemplo do que poderá acontecer em 2012. 
O governo de Passos está-se a assumir como o governo que vai, baseado numa agenda ideológica do liberalismo e da desregulamentação total como vantagem,  fazer  Portugal implodir do ponto de vista social.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TO BE OR NOT TO BE WITH THE EURO?

A polémica à volta da manutenção à volta do Euro está para lavar e durar. Se para alguns, como Ferreira do Amaral, Portugal não tem hipóteses de se manter na zona Euro pela diferença de competitividade entre os países deste espaço regional, para outros a saída deste espaço com base no argumento dos ganhos de competitividade via desvalorização cambial pertence à geração dos empresários vão de escada e dos economistas “vão de escola”. É verdade que a qualidade das nossas exportações tem aumentado e a diversificação das mesmas já passa até por bens tecnológicos imateriais de grande valor acrescentado pelo que a resolução dos deficits através de nova moeda e da impressão de 10% do PIB não resolve a situação.

«E claro, depois volta e meia os governos podem sempre imprimir mais umas notas para ver se os motoristas da CP lá se decidem a arrancar o comboio. Resolve-se logo os défices, imprime-se 10% do PIB todos os anos e até se pode dar uns aumentos de 5% à maralha que eles são burros, e não vêem que compram cada vez menos com mais.»

Portugal é hoje um país mais dotado formativa e tecnologicamente. A realidade das zonas monetárias comuns assenta, no entanto, nas lógicas de polarização das periferias para as zonas centrais de escala. Os apoios recorrentes através de massivos fundos de coesão ou de fundos estruturais a essas zonas são, assim, necessários sob pena dessas zonas geográficas penarem longo anos antes de se verificarem os reequilíbrios propagados pela economia neo – clássica. E numa altura em que os capitais migram para o Sul e para as zonas de recursos naturais, nem os capitais afluem às zonas de periferia dos espaços geográficos desacreditados e em perda no confronto do global, nem os países nessas faixas parecem possuir meios para co-participar em projectos que tragam a cana de pesca e não o peixe (A solidariedade é pois, assim, um bem essencial numa moeda única e na criação de uma sentida unidade Europeia). Resta, assim, que emigrem os recursos humanos da periferia para o centro, o que num espaço federal como os EUA (com a mesma bandeira e sentimento colectivo de pertença) não é dramático. 

Algo que a existência de um amor e filiação soberana e a inexistência de um verdadeiro sentimento de pertença Europeu, de verdadeira babilónia de cidadania Europeia não parece mostrar como caminho.           

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A RIA E O LIVRO

 ... e afinal não era Pessoa,
nem o mar,
ali tão perto,
eram apenas palavras
que nos confortam,
seja ao longe
seja ao perto.

Pudesse eu ter uma ria,
assim num dia perfeito,
que as lágrimas do meu Portugal
eram só e apenas poemas
que desaguavam no mar.

JOSÉ CASTRO CALDAS

«José Castro Caldas, professor e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, teve ao longo da vida sempre presente a preocupação da intervenção social.»

O que diz Castro Caldas.? Que aquilo que se está a fazer vai agravar quase tudo e nada resolver. Mas isso é Castro Caldas que não é tão brilhante como os futuros prémios Nobel da Economia, Passos Coelho e Vítor Gaspar, ex-aqueo.

A ECONOMIA DE GASPAR

«Turismo
Hotéis da Galiza pagam portagens a turistas portugueses»
 «depois das ditaduras da espanha e portugal voltamos a estar de costas voltadas . galiza e portugal perdem com as portagens mais do que o governo ganha com essas receitas. perde-se emprego, comércio, liberdade de movimentos e paresce que voltamos a outra ditadura ainda pior: a dos mercados e a da fome que traz como prendinha natalicia.»

O FADO SOCRETINO E PASSISTA DE PORTUGAL

«Mais de 100 mil portugueses emigraram este ano
Não há números concretos, mas saídas do país estão a aumentar. Suíça. Angola e Brasil são alguns dos destinos».
A história de Portugal é feita de empobrecimento. Empobrecimento que não cria sustentabilidade. E isto dura há séculos e é um fenómeno que parte de dentro. 

PERGUNTA DE UM MILHÃO DE EUROS

«Como é que conseguimos viver num país permissivo com a corrupção, a desonestidade e a irresponsabilidade política, com uma democracia submissa aos interesses partidários e com uma justiça que não funciona?»

O MODELO FEDERAL EUROPEU: QUE FUTURO?

«O modelo federal americano não é exportável para a Europa, por um motivo muito simples: os EUA formam inequivocamente uma nação, a Europa não, nem poderá formar. A nossa realidade não tem nada que ver com a das 13 colónias no séc. XVIII. Em primeiro lugar, a Europa é formada por Estados totalmente soberanos (nenhum dos estados americanos algum dia o foi, com excepção do Texas (em teoria) e do Havai). Alguns destes Estados são milenares (nós somos quase) e muitos deles correspondem a nações estáveis há séculos (seguramente o nosso caso). Em segundo lugar, a Europa é um local extraordinariamente diverso. Basta atentar no número de línguas faladas no continente. Aqui seremos mais parecidos com a Índia, mas não nos podemos esquecer que a Índia esteve submetida a um poder comum e centralizado durante um período razoável. Esta é a terceira razão, a Europa nunca foi uma entidade unificada (o Império Romano não vale, era uma união mediterrânica). E todos sabemos os efeitos desastrosos que a tentativa de submeter a Europa a um poder único tiveram no passado... Em quarto lugar, a Europa não teve de travar nenhuma "luta de libertação" contra um inimigo comum. E isto tem muita importância, basta ver a estratégia de Bismark para a unificação alemã após a guerra franco-prussiana. Portanto, amigos, querem destruir o "projecto" europeu? Então a melhor estratégia é mesmo insistir no "federalismo". Não iria durar muito...»

DERRUBAR O GOVERNO É PATRIÓTICO

«Lei das rendas permite despejar 100 mil famílias»
Pobres têm período transitório e idosos escapam a despejo. Governo aprova lei esta semana.»

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MUNDO CORRUPTO

«...a política há muito que se tornou no campo de expressão dos lobbies financeiros. Os ditos “partidos de governo” que se alternam ano após ano, nos países que compõem a União Europeia são hoje pouco mais que joguetes destes interesses que financiam as campanhas eleitorais e que empregam os políticos quando estes se “reformam” da política ativa. A moralização da política é assim uma das prioridades das nossas sociedades, por forma a obviar à ocorrência destas cumplicidades. Mas a agilidade e a devida dotação de meios das policias e dos tribunais é ainda mais importante, porque urgente e porque mais produtiva a curto prazo. Mas não chegam. É preciso também que sejam completamente proibidos todos os financiamentos partidários, de empresas ou particulares e que todos os partidos políticos dependam unicamente dos orçamentos de Estado. E que se estabeleçam regras muito restritivas quanto ao tipo de carreiras e ramos profissionais que os antigos políticos podem exercer após o abandono da sua carreira política ativa.» Daniel Oliveira