sábado, 21 de maio de 2011

125 MIL MILHÕES EM SEIS ANOS!

«Dívida externa Vamos ter de pagar 125 mil milhões em seis anos»

Para pagar cerca de 20 mil Milhões de Euros por ano é inevitável que o Estado terá de se locupletar com muitos bens adquiridos ou a adquirir dos Portugueses. 

Como é o caso dos bens móveis, ou seja da casa. O IMI será o detonador dessa locupletação, esperemos que não seja o detonador de nenhum movimento social mais violento!

PÓSTROIKA


20 PARA MIL CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO: VERGONHA E NOBREZA DE ANTIGO REGIME!

«Louçã explicou, assim, que quando se pergunta "onde é que está a dívida, que problemas é que tem a economia, porque é que nos últimos anos cresceram os problemas, porque é que se fizeram construções desnecessárias, a resposta está aqui: "20 pessoas com mil cargos de administração, cruzando grupos diferentes, cruzando todo o mapa da economia".
"É um pequeno grupo de turbo-administradores que voam de empresa para empresa. Chamam a isto trabalho talvez mas certamente a isto chama-se renda", condenou.»
Que diferença entre isto e a Nobreza de Antigo Regime?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DISCURSO SOCRETINO

«DISCURSO SOCRETINO
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE
Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA, linha a linha»

ELITE PREDADORA 2

«Por cada um destes cargos recebem, em média, entre 297 mil e 513 mil euros.
"Cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de mil lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas", lê-se no relatório anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal, ontem divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O caso mais extremo refere-se a um administrador que pertencia aos órgãos de administração de 62 empresas. "A acumulação de funções patente nestes números poderá ser um motivo de reflexão para os accionistas destas empresas", escreve o supervisor.»

MOVIMENTO DEMOCRACIA REAL

As manifestações que decorrem há dias em Espanha, organizadas pelo movimento Democracia Real Já, estão a espalhar-se por toda a Europa e hoje deverão chegar a várias cidades europeias, entre as quais Lisboa, Porto e Coimbra. 

Quando os cidadãos se alienam da política o resultado é o controlo da política por parte de gente com poucos escrúpulos. Este movimento é assim o reacordar dos povos, sendo que a democracia não se adaptou à globalização e à nova cidadania dos direitos culturais. Se os cidadãos se fragmentam hoje por direitos culturais, em direitos de nova geração, como é possível esta não segmentação a que estão sujeitos os velhos partidos políticos. 

Gostas de uma parte da agenda ou do programa de um partido, mas não gostas de outra? Como compatibilizar os gostos que se espalham e espelham por muitos partidos, como individualizar a política? E é por isso que nunca como hoje se justifica a nova democracia real directa e amplamente participativa de rede!

PAÍS DE PARTIDOS, PAÍS DE EMIGRANTES

«Portugal está com níveis de emigração salazaristas» Cabeça-de-lista do BE pela Europa considera que existe uma «verdadeira expulsão dos portugueses»
 
Todos nós sabemos como este processo se gerou. Uma preocupação excessiva com a democracia construída e supervalorizada em cima dos partidos políticos, com criação de estruturas partidárias nas autarquias, no Estado Central, no sector empresarial do Estado, na convivência entre grandes empresas e as clientelas partidárias e de repente... já só há país partidário. Todos os outros são infocidadãos, excluídos dos contratos do Estado, dos empregos (alguém ainda se lembra de concursos de emprego?). A juntar a isto uma forte tendência para o autoritarismo com ASAES que destroem tecido produtivo em acções policiais e não pedagógicas, com exagero da posição do fisco retirando direito de defesa aos cidadãos (como se os não pagadores fossem criminosos!) e voilá: um país que regride e em cuja história ficará marcada duas décadas tão terríveis para a nação Portuguesa como os anos 60. E quem vai raramente volta, perdendo-se os mais capazes da sociedade Portuguesa.

VADER DO FRAQUE E ANTÓNIO MENDONÇA

ELITES CORPORATIVAS: VERGONHA

«CM: «Procuradora com álcool perdoada»
Apanhada com 3,08 g/l em contramão. Colega da magistrada considera ilegal detenção em flagrante pela Polícia Municipal»
 
Será possível? Se o é que diferença entre a justiça Norte - Americana e esta justiça reles que se faz em Portugal. 
 
Como dizia alguém em Portugal o drama são as elites predadoras. Predadoras do denominado elevador social (como se a estratificação social fosse um dado eterno), predadoras de uma democracia plena. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

EXPORTAR A TRIPLICAR

«A minha empresa exporta 80% do que produz!
S eu fosse alemao que tivesse investido em Portugal de certeza que a minha empresa não pagava metade dos impostos que actualmente paga.
Se o estado me desse, sim, desse, 1 milhao de euros eu triplicava o valor exportado ao fim do 1º ano. Dava um salto de muitos anos. E podiam controlar o que quisessem que o meu interesse é fazer crescer a empresa e ver máquinas a trabalhar.
Se o estado pode dar dinheiro aos partidos, aos ciganos, aos que roubaram o BPN, ás fundaçoes, aos institutos, etc... porque não me dão a mim que exporto e dou emprego a 18 pessoas trabalhadoras e honestas?»

PORTAS, PASSOS, COELHO E TSU

O líder do CDS afirma que opta por uma «posição prudente» em relação à redução da Taxa Social Única (TSU) por não querer vir a arrepender-se do que diz. «Em altura de campanha às vezes dizem-se coisas que não são financiáveis e realizáveis», afirmou durante uma conferência organizada pelo «Diário Económico», que contou com a presença de gestores e empresários.

Portas tem razão! Mas face à razoabilidade de Passos, penso que o segundo saberá extrair também essa ilação. A não ser que Passos tire um Coelho da cartola! Reformas num máximo de 2000 ou 2500 €, contrabalançando a diminuição da TSU forte para as empresas! Ganhava a equidade nacional e a competitividade empresarial!

REESCALONAMENTO DA DÍVIDA

Inevitável!

BRUXELAS CRITICA PREÇOS DO GÁS

Já toda a gente percebeu que o maior problema de Portugal são os interesses estabelecidos e protegidos de poucos que tudo secam à sua volta. As instituições internacionais têm esta vantagem. A de apontar sem peias os estrangulamentos de Portugal. Como já alguém disse uma burguesia predadora deu sempre cabo de Portugal.  

«Bruxelas ataca preços de gás regulamentados em Portugal

A Comissão Europeia solicitou hoje "formalmente" a Portugal que harmonizasse a sua legislação nacional com as regras da União Europeia (UE) em matéria de preços regulamentados aplicáveis ao consumidor final de gás.
"Se Portugal não cumprir as suas obrigações jurídicas no prazo de dois meses, a Comissão poderá submeter o caso ao Tribunal de Justiça", adverte o executivo comunitário em comunicado de imprensa.
A legislação da União Europeia (UE) relativa ao mercado interno da energia prevê que os preços sejam estabelecidos primariamente pela oferta e a procura.
"Os preços ao utilizador final fixados por intervenção estatal colocam obstáculos à entrada de novos operadores no mercado e, por conseguinte, privam os consumidores e as empresas do seu direito de escolher os melhores serviços no mercado", considera a Comissão Europeia.»

ESPIRÍTO AUTORITÁRIO, ANTIDEMOCRÁTICO E NEGAÇÃO

«Não gostei do que disse», começou por responder Sócrates.
 «Desculpe, eu não lhe reconheço nenhuma autoridade moral para dizer que as suas palavras correspondem melhor aos seus atos do que as minhas», respondeu, visivelmente irritado.»

FAZER O ÓBVIO: DIMINUIR DRASTICAMENTE AS DESIGUALDADES

Desde sempre defendi que Portugal só é viável num quadro de alteração, diminuição abrupta, das desigualdades. Quanto mais desigual o país se torna mais pobre e empobrecido. Mas para acabar com a desigualdade não é necessário um ataque contínuo a quem "produz empresas " e  "produz emprego " mas é necessário criar um verdadeiro ambiente de concorrência. 

E não é com as actuais GALP, EDP e outras, que Portugal consegue criar num mercado pequeno, concorrência. Como é necessário regular eficazmente um mercado de capitais que tomba normalmente para o mesmo lado, sequestrando e sugando os pequenos accionistas e favorecendo administrações. Como é necessário pôr verdadeira ordem no sector empresarial público privatizando as que dão prejuízos e mantendo as que dão lucro eventualmente na órbita do Estado. Num mercado pequeno até o monopólio se pode transformar em oligopólio. Não são pois questões ideológicas embora sejam questões éticas que separam o Portugal pobre do com futuro. São questões de índole técnica, para além das éticas, do conhecimento do funcionamento do mercado.  

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O QUE TEM A COMPETITIVIDADE A VER COM A CRISE MUNDIAL?

«Portugal cai três lugares no ranking da competitividade
Em 59 países, Portugal ocupa a 40º posição»
Sobre o desempenho da economia portuguesa, o estudo destaca os seus pontos fortes e fracos. Do lado das fragilidades, o IMD aponta o fluxo de investimento directo, as exportações de bens e a taxa de desemprego, entre outros.

Em termos positivos, o IMD sublinha as receitas de turismo, a inflação e a taxa de emprego, entre outros.

No que respeita a eficiência empresarial («business efficiency»), destaca a percentagem de mulheres empregadas, os activos da banca ou a remuneração dos gestores como factores positivos, enquanto as fragilidades assentam no empreendedorismo, a experiência internacional, as PME ou a adaptabilidade das empresas.»
Isto sim devia estar a ser discutido!

terça-feira, 17 de maio de 2011

NÃO TRADUÇÃO DO MEMORANDO DA TROIKA

A não tradução do memorando da Troika para Português é mais um episódio da falta de respeito deste Governo para com os Portugueses. 
O que está em causa nestas eleições é a continuação de um governo que se apropria de Portugal como coisa sua e que face à hipótese de ganhar com maioria relativa já se preocupa com a hipótese de o PR indigitar um governo de maioria PSD-CDS.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A UE E O SEU NOVO PRINCÍPIO ORIENTADOR: AS BOAS VONTADES DA USURA

«Rehn: «Resgate de Portugal ajuda Alemanha»
Comissário Europeu diz apoio financeiro «não seria possível sem boa vontade da Alemanha»

QUE DIFERENÇA ENTRE ESTE DOMINIQUE E O OUTRO O TRANSFORMISTA?

Decididamente não me identifico (nem a grande maioria do povo Português) com a Europa de... Dominique Strauss-Kahn.
A Europa daqueles que rapidamente esquecem as suas raízes e que se acobertam num cinismo requentado e de desprezo pelas dificuldades que causam aos povo. Que se julgam Deuses na Terra e que desprezam, cobardemente,  aquilo que já foram. Como é bom o "estatuto  " de sermos mais iguais que outros.  Continua a Europa e o Mundo no nós e os outros, nós os que saltamos os degraus ou apanhámos o elevador social (nem que seja à custa da miséria dos outros ou de pálidas democracias) e que vemos o mundo pelas palas e vidros foscos dos nossos Porsches de gama.

A Luta é decididamente nestes tempos de confusão muito pouco socialista! O povo, mesmo aquele que não apanhou o elevador social mas apanhou o elevador da formação, é que ainda vive num mundo de fantasia! Aprende-se pouco com a história e os ditos socialistas, hoje, são os neo - liberais do passado, os novos ricos do presente!

AS TAXAS DA UE E DO FMI: DIVERGÊNCIA DE CONTABILIZAÇÃO OU AUSÊNCIA DE POLÍTICA?

«O empréstimo a Portugal e porque é que 3,25% = 5,5%

Ricardo Reis

Portugal vai receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros, um terço vindo do FMI e dois terços da UE, a pagar nos próximos 7,5 anos.

A taxa de juro cobrada pelo FMI será 3,25% nos primeiros três anos, e 4,25% no restante, enquanto que a UE anuncia a sua taxa de juro hoje, mas já indicou que estará entre 5,5% e 6%.

Dois estranhos comentários a estes factos dominaram a imprensa desde que o acordo foi assinado. Primeiro, houve algum nervosismo e expectativa em redor do valor das taxas de juro. No entanto, a taxa cobrada pelo FMI segue uma regra rígida que qualquer pessoa pode consultar no website do Fundo. A UE, por sua vez, anunciou que iria copiar o procedimento do FMI. Logo, não havia praticamente nenhuma incerteza acerca da taxa de juro.

Segundo, emergiram críticas ferozes à UE. A taxa do FMI seria boa enquanto que a da UE seria má e incomportável. O FMI seria um amigo, enquanto que os europeus seriam uns agiotas. O FMI seria um órgão sério e independente, enquanto que a Europa estaria hoje governada por calvinistas do Norte da Europa determinados em punir os católicos prevaricadores. Pode até ser tudo verdade, mas a taxa cobrada pelo FMI e pela UE é... a mesma, idêntica, igualzinha.

Como pode ser, pergunta o leitor, se uma taxa é 3,25% e a outra é 5,5%? A resposta é que estas duas taxas se referem a dois tipos de empréstimos diferentes. Compará-las é comparar maçãs com laranjas. Quando as convertemos para a mesma unidade, elas são a mesma taxa.

Comecemos pela taxa do FMI. O custo de financiamento do FMI é hoje cerca de 0,5%. O FMI recebe fundos dos Estados membros, que por sua vez se financiam vendendo dívida pública. O custo de financiamento do FMI é uma média ponderada das taxas de juro da dívida pública de três meses na zona Euro, no Reino Unido, nos EUA, e no Japão, e por isso muda todas as semanas com as flutuações nestes mercados.

A este custo, o FMI acrescenta um prémio (ou 'spread') determinado por uma fórmula que qualquer calculadora de bolso pode resolver num instante. O prémio depende exclusivamente do tamanho do empréstimo em relação ao tamanho do país. Não depende da seriedade dos nossos problemas, de sermos portugueses, ou de haver boa ou má vontade política. Nem sequer depende da crise pois a fórmula está fixada há décadas. Para o tamanho do empréstimo a Portugal, o prémio é 2,75% nos primeiros três anos, e 3,75% nos anos seguintes. Logo, 0,5% mais 2,75% resulta nos 3,25%. Não há surpresa ou qualquer mistério nesta taxa.

Já a taxa da UE é determinada numa reunião do Ecofin, onde se sentam os ministros das finanças de todos os países. Não há nenhuma regra escrita, até porque há dois anos não se colocava sequer a hipótese de existirem estes empréstimos. Mas, desde o resgate da Irlanda, já há mais de seis meses atrás, o Ecofin anunciou repetidamente que ia seguir exactamente o mesmo procedimento que o FMI. Ou seja, adicionar 2,75% ao custo de financiamento.

Não tem nada a ver com Portugal, simpatias políticas, religião, ou agiotagem, ao contrário do que disseram alguns comentadores que tinham obrigação de estar melhor informados. É o mesmo prémio que o do FMI! A discrepância entre as taxas do FMI e da UE deve-se exclusivamente custo de financiamento da UE estar algures entre 2,75% e 3,25%. Chegado aqui, o leitor provavelmente tem algumas questões.

Primeira questão, porque é o custo de financiamento da UE mais alto que o do FMI? Por três razões. Primeiro, a taxa de juro a três meses na Europa é hoje cerca de 1,2%, bem acima das taxas no Japão, EUA ou Reino Unido, e logo do FMI. Segundo, a taxa do FMI é numa moeda especial (SDR) e não em euros. Como Portugal vai pagar em euros, existe uma diferença devido à esperada evolução da taxa de câmbio do euro, e um risco associado a este câmbio.

Terceiro, a taxa do FMI muda todas as semanas; a da UE está fixa para os próximos 7,5 anos. Esta diferença é enorme. O empréstimo do FMI custa agora 3,25%, mas daqui a três anos pode-nos custar 7% ou 8%. A taxa do FMI parece boa, mas é porque vem com o grande risco da subida esperada das taxas de juro nos próximos anos. Se o leitor for a qualquer banco amanhã e pedir uma hipoteca, também lhe vão oferecer duas hipóteses: empréstimo a taxa variável, LIBOR mais 'spread', ou empréstimo a taxa fixa. Vai ver que a segunda opção tem uma taxa bem maior. Mas um gestor bancário responsável vai avisá-lo que a LIBOR pode subir, e muito, nos próximos anos, pelo que a opção taxa fixa é mais cara mas menos arriscada.

Segunda questão, de onde vêm os 2,75%-3,25%? Uma fonte é o empréstimo a 7,5 anos que a UE pediu no mercado para financiar o resgate à Irlanda em Janeiro. Pagou 2,89%. Outra fonte é ir a um banco de investimento e pedir que lhe vendam uma conversão do empréstimo em SDR a taxa variável por um empréstimo em euros a taxa fixa. Os irlandeses fizeram isto em Dezembro e pediram-lhes de preço entre 1,5% e 2%. Ora, 1,2% de taxa de juro na Europa, mais este preço para nos livrarmos do risco do câmbio e da subida das taxas de juro dá 2,7%-3,2%.

Terceira questão, mas 5,5% não é muito? Sim, até porque implica que mesmo que equilibremos as contas públicas, o crescimento económico em Portugal vai ter de ser em média cerca de 3,25% por ano nos próximos oito anos para podermos pagar a dívida. A última vez que conseguimos esta proeza foi no ano 2000.

Quarta questão, mas a Europa não podia cobrar menos? Com certeza que sim. Qualquer taxa acima dos 3,25% de custo de financiamento é possível. Nada obriga a Europa a seguir a regra do FMI. Aliás, a UE tem o seu futuro em jogo no sucesso destes empréstimos pelo que tem muito mais interesse do que o FMI em cobrar uma taxa de juro baixa. Mesmo no curto prazo, este empréstimo serve tanto para nos ajudar como para ajudar os bancos europeus que emprestaram a Portugal e estão agora em apuros. Poderia ser do interesse de todos que a taxa fosse mais baixa. Espero que seja isso que aconteça nos próximos meses.

Concluo com as três lições deste ensaio. Primeiro, é um disparate dizer que a taxa de juro da UE é mais alta do que a do FMI porque 5,5% é maior do que 3,25%. São taxas diferentes. Segundo, não há nenhum mistério ou conspiração por trás da taxa da UE, que está desenhada para ser igual à do FMI, quando convertidas para a mesma unidade. Terceiro, que a UE pode e deve cobrar menos pelo empréstimo. Portugal, Irlanda e a Grécia deveriam passar os próximos meses a lutar acerrimamente por esta redução.
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Ricardo Reis, Economista»

Este interessante artigo de Ricardo Reis que " desmonta " os motivos da diferença nas taxas FMI/UE, sendo do ponto de vista factual pão pão queijo queijo, esquece no entanto aquilo que este gestor Europeu não esquece. 

É que a Economia nunca vem solta e numa União que se preza(e) não pode haver prémios de falta de solidariedade, ou seja a União não é feita para acomodar os interesses económicos de alguns esquecendo uma importante variável das uniões económicas e aduaneiras: a dos ganhos de comércio de alguns face às perdas para outros! Sem este acrescento de contabilização a União passa a ser uma fraude generalizada prejudicadora dos Estados (ou Regiões?) mais periféricas!   

PORTUGUESES A PENSAR EM VOZ ALTA

«E vai continuar a cair. O pilim do FMI e da UE como de costume vai ser água em cestinho, que as elites portuguesas não conseguem pura e simplesmente conter-se, é mais forte que elas, há 800 anos que vivem de rendas sobre miseráveis e esbanjar quando há é-lhes tão natural como a sua sede de inutilidades, modas e luxos que invejam aos europeus. Os novos portugueses estão formatados para um mundo que já não existe nem vai voltar a existir e só quando atingirem o fundo do poço é que mudarão. Entretanto imaginam que "isto" é passageiro e que mais tarde ou mais cedo vamos voltar a um mundo de crescimento eterno em que não será preciso PARTILHAR recursos com o resto da humanidade, nem adoptar um estilo de vida sóbrio. A parte boa é que tanto as elites como as classes populares portuguesas são exímias em fazer muito com pouco quando a necessidade aperta. Dão-se mal é com demasiados recursos - desencabrestam e afidalgam-se julgam eles, quando de facto deslumbram e piram da mona.
Como disse o Lula - o mundo não estava preparado para um Brasil comendo 3 refeições diárias. A Ásia tb já almoça e se África começar a tomar o pequeno almoço»

O CONVERGENTE SÓCRATES

É culpa da crise internacional, diz Sócrates. Com a sua "esquizofrenia", prosápia e arrogância "batida" com a sua enorme ignorância o resultado da governação Sócrates parece estar espelhado nisto:

«Depois de Malta, Chipre, República Checa e Eslovénia é agora a vez da Eslováquia superar Portugal no processo de convergência com a média europeia. O país continua a perder posições de riqueza relativa na UE e estará em 2012 sensivelmente na mesma situação que estava em 1997. No próximo ano, Portugal que já é o segundo mais pobre da zona euro (atrás da recém entrada Estónia) ficará a ser o oitavo mais pobre ou mais distante da media europeia em termos de PIB per capita (em paridades de poder de compra).
Esta ultrapassagem - confirmando a tendência de previsões anteriores - é agora clara na estimativas de Primavera da Comissão Europeia, publicadas na passada sexta-feira em Bruxelas. Na origem está a profunda recessão esperada para o país este ano (2,2%) e no próximo (1,8%), altura em que será o único para da UE a produzir menos que no ano anterior.
No processo de convergência, Portugal cai dos actuais 72,5% da média comunitária em 2010, para 70% em 2011 e 67,8% em 2012, ano em que a Eslováquia - que se tornará o 19º país mais rico da UE, deixando Portugal no 20º lugar. O País acaba por anular a aproximação hesitante à UE feita nos últimos quinze anos, confirmando as teses de uma década perdida na participação no euro.»
Alguns Portugueses ainda parecem gostar disto: será porque se movimentam bem numa economia de corrupção? A dúvida aqui fica e é legítima face à realidade.

domingo, 15 de maio de 2011

ANGOLA, OS TRÊS D'S: DESENVOLVER, DESENVOLVER, DESENVOLVER

«Nova lei permite investimentos inferiores a um milhão de dólares em Angola»

Do mesmo modo que aqui ficou relatado a falta de inteligência de uma medida que afectaria o desenvolvimento de Angola, da mesma medida se aplaude a inteligência da aparente reversão e repristinação da  medida.
É que a Angola, como a qualquer país do mundo num tempo globalizado, não interessa se o investimento é feito por Angolanos ou por estrangeiros. O importante é criar riqueza para a distribuir através de emprego. Fica até a impressão que o realismo dá razão a José Eduardo dos Santos. É que será que este modelo de ascendente asfixiante de um só partido e de Presidencialismo quase vitalício não é, verdadeiramente, o mais adequado para Angola? 

QUANTO MAIS ME BATEM MAIS EU GOSTO DE TI!

A vitória do PS de Sócrates nas próximas eleições a acontecer, significa um voto de um povo sem valores, ignorante e alheado, para continuar a delapidação do erário público, a má utilização de dinheiros públicos, o empobrecimento de Portugal através da emigração.
Afinal significará que há muitos Portugueses que se reconhecem nos valores da mentira, da intrujice, da manipulação, da esperteza saloia, dos laivos de corrupção, do autoritarismo, da cobardia, do conservadorismo e da inconsciência. 
Se o PS de Sócrates vencer as eleições bem se pode dizer: tal artista, tal Povo!

Vai ser engraçado é depois vê-los a queixarem-se quando as medidas da TROIKA entrarem em acção, os inquilinos a serem despejados, os proprietários transformados em inquilinos, as reformas congeladas, o resto da subsidiação terminada e o futuro congelado, enquanto segue o seu caminho a falta de concorrência, os lucros predatórios dos grandes monopólios em conúbio corrompido com o poder, os ordenados e prémios escandalosos das clientelas em empresas falidas e destruidoras das PME's.  Há alturas que os povos precisam de ser corajosos e tomar decisões que incomodam uma vidinhas miseráveis e conformadas. É essa a diferença entre povos decadentes e povos vitoriosos.

E essa é uma dessas alturas em que o falso Socialismo tem de ser apeado pelos miseráveis resultados alcançados nos últimos 15 anos!

SOCIALISTAS E BOA GENTE