sábado, 24 de março de 2012

OLHAR ATENTO II O CONGRESSO E A PARTIDARITE

«Já levamos 37 anos de espectáculo partidário. Fizeram bem, os sociais democratas, em chumbar a figura do “simpatizante”, contrariando, assim, as intenções dos mal intencionados que se encontram no PSD. Esta figura podia dar lugar a ações positivas e/ou negativas para com o partido. Pela negativa podia ser uma ameaça aos interesses dos militantes. Sim, no PSD, a regra é igual a qualquer outro partido: primeiro os interesses dos militantes e depois, muito depois, o interesse pelo país. Tal como no passado, também agora a regra é a mesma, em todos os partidos. Não é o programa, nem as linhas programáticas do partido que são as razões de fundo. Na verdade são razões de interesse pessoal, particularizadas no interior do partido, que põem em causa a presença de independentes no elenco governamental e nos lugares de decisão na estrutura do estado. O PSD, pela mão de Passos e Relvas, já começou a trilhar o mesmo caminho. Mudem-se as leis do estado e, com essa mudança, haverá outras que irão ao encontro da vontade da maioria dos portugueses. Que se agitem, novamente, as mocas de Rio Maior !»

OLHAR ATENTO

Normalmente no mundo imaculado e cínico do círculo do poder, a audição para reflexão daquilo que pensam os excluídos e outsiders do círculo é tomado como uma perda de tempo.
Assim, não analisem, por pura perda de tempo, nem tentem perceber o que está por detrás deste comentários de cidadãos anónimos cada vez mais informados e esclarecidos.
 «Este é outro jogo sujo dos políticos e empresários deste país...sempre que fazem um esboço, tem logo um jogo sujo...se der fazes...senão der ? ganhas nas indemnizações. há 37 anos que fazem fortunas com estes esquemas...não fazem nada segundo a lei...mas deixam tudo armadilhado para terem lucros fabulosos a custa deste povo aparvalhado...humilde...cobarde...e atrasado... »

«Tretas, tretas e mais tretas... se os contratos têem cláusulas ilegais ou abusivas para o Estado, não paguem e deixem que os contratos sejam apreciados em tribunal. Agora a conversa do "temos que indeminizar por causa dos outros..." não pega. E os contratos com os contribuintes que o governo rasgou sem hesitação?!?!?»
   

TEIXEIRA DOS SANTOS E A SUPERVISÃO DO PARQUE ESCOLAR: "TACHE-SE!"

O curioso deste tache-se não de taxe-se mas do outro tacho, é que a iniciativa ou pelo menos o assentimento parte de um governo que ainda há pouco afirmava, e bem, a completa vacuidade do ministério de Teixeira dos Santos.
Ou será que à boa maneira da política Portuguesa acautela-se o futuro dos brilhantes gestores e administradores de empresas em regime actual de governança pública?

sexta-feira, 23 de março de 2012

TEIXEIRA DOS SANTOS, O COMPETENTE MINISTRO AO QUADRO DE HONRA

Não tenho dúvidas que a situação se irá agravar cada vez mais, responsabilidade do independente funcionário  de Bruxelas, Vítor Gaspar que com a arrogância própria dos privilegiados se julga "O Economista na Terra". 

Como a responsabilidade e os resultados é coisa pouco importante para os competentes ministros das finanças, mesmo quando falam e apregoam 0 mérito, Gaspar aponta agora Teixeira dos Santos, o ministro da bancarrota portuguesa, a um lugar dourado na PT com o incrível argumento da competência - haverá melhor forma de provocar os pobres Portugueses que já só fazem uma refeição por dia?

Portugal é verdadeiramente uma coutada de gente pouco estimável e descarada!  

O MÉRITO DO ÚLTIMO MINISTRO DAS FINANÇAS PRÉ-BANCARROTA

Se alguém duvidasse do país que tem, basta olhar esta prova de mérito do país da elite cor de rosa, laranja, ...
« Ex-ministro da Finanças vai para a PT
Fernando Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças de José Sócrates, é um dos nomes apontados pelo banco público para a administração da PT, confirmou o Expresso. »

A CHIBATA DO NEO-CONSERVADORISMO DE PASSOS


O que distingue este jovem polícia de um qualquer energúmeno? 
A xibata e a farda!

Tem este jovem condições emocionais e intelectuais para ser polícia?
Não, não têm! 

A responsabilidade, no entanto, não é só sua, mas da falta de uma educação e consciência cívica e democrática generalizada e do medo que os políticos instalados têm da potencial insurreição protagonizada pelos verdadeiros donos da democracia, o povo. 

Medo que está entranhado na classe política no poder, perante a percepção do desespero 

(150.000 emigrados no último ano; 1.200.000 Portugueses desempregados; dezenas de milhar de PME's em risco de falência; inexistência de qualquer tipo de apoio social; milhões sem capacidade de prover as suas necessidades básicas; velhos e doentes a morrer sem apoios de saúde; percepção da usura pelos dividendos; falta de transparência na alienação de bens públicos; falta de financiamento à economia e ao empreendedorismo; esbulho fiscal às famílias ...) 

que as suas medidas ocasionam na maioria  da sociedade Portuguesa e que estava contido nas ameaças veladas feitas por PPC.

ELA ESTEVE LÁ E VIU TUDO!

OS POLÍCIAS DE MACEDO


A carga violenta da polícia sobre tudo o que mexia no dia de greve, e a sua fúria descontrolada própria de jovens arruaceiros tirados de um bairro de lata dos mais violentos,  revela a má consciência deste governo pelas aleivosias que faz ao seu povo, numa agenda anti contestatária de um governo e de um ministro que rapidamente internalizou tiques pouco democráticos do governo anterior. 

Ainda agora me pergunto se a fúria dalguns daqueles jovens polícias batendo indiscriminadamente em jovens mulheres, não revelam um total descontrolo emocional de quem em vez de querer bater naqueles manifestantes viu em flash as suas dificuldades de vida colocadas por um governo que surripia salários, apoios e subsídios.
 
Surpreendente também é como a polícia, ausente da violência criminosa das ruas, é tão célere e numerosa em aparecer em ambiente de contestação democrática. O carácter violento da polícia deste regime pouco se diferencia, assim, com a polícia de regime autoritário, provinciana e trauliteira doutros tempos.

A cultura de violência, longe de uma cultura de apoio à população e pedagógica, é definitivamente a mesma! 

E, aliás, a violência tem bem a face fechada, austera e pouco simpática do ministro Macedo, personagem que sempre me pareceu um dos indivíduos mais intratáveis deste governo... ou não me recorde ele uma figura sinistra dos primeiros álbuns da série de banda desenhada, Black and Mortimer.

A UMA DESVALORIZAÇÃO SALARIAL...DESVALORIZAÇÃO FISCAL NO MESMO MONTANTE!

Por mais que Gaspar pense que a sua política de ajustamento à bruta está certa, continuo a pensar - e os resultados dão-me razão - que estamos perante o "erro de Gaspar".

Teria sido tão fácil ter travado o endividamento sem o recurso a aumentos de taxas que diminuíram os impostos, através de uma desvalorização equilibrada que tivesse extirpado as gorduras sem extirpar a pouca carne restante.

A política de Gaspar é de facto deliberada na sua componente de desvalorização salarial. 
O para além da Troika é que é uma singulariedade de Gaspar, que está a ter mau resultado - por desconhecimento real da realidade Portuguesa, dos equilíbrios frágeis de uma parte substancial da sociedade.

É que como a trabalho igual, salário igual, a uma desvalorização salarial, desvalorização fiscal de igual montante...  e não o seu contrário.

quinta-feira, 22 de março de 2012

INCOMPREENSÍVEL

«EDP e REN: novos accionistas recebem dividendo de 180 milhões
Estado deve arrecadar cerca de 35 milhões relativos ao capital que manterá nas empresas»

Incompreensível!

AO CUIDADO DO MACEDO

«Já caído no chão, “e não obstante gritar aos agressores a sua condição de jornalista, continuou a ser brutalizado pelos mesmos agentes”, descreve ainda a carta de protesto enviado à PSP.
José Sena Goulão foi assistido no local pelo INEM e, posteriormente, conduzido numa ambulância ao hospital de S. José. Durante a intervenção policial, também ficou ferida uma repórter de imagem da Agência France Press.»

A INTELIGÊNCIA PASSONIANA

«Frustante e terrível para o futuro da nossa economia,quando Portugal mais precisa destes jovens para dinamizar a nossa economia, é quando o nosso governo os manda emigrar».

Perante uma terrível reportagem da BBC sobre a desestruturação social em movimento, o comentário acima será verdadeiro?

AS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS DA TESE DO BOM E HUMILDE ALUNO

Se a situação correr mal, como é previsível, face ao agravamento em plano inclinado da situação económica - social, o que servirá de justificação a Bruxelas, quando Bruxelas tiver consciência do caminho próximo futuro - Mas foram vocês que disseram que o programa estava bem delineado e a dar frutos!

Esquece-se Bruxelas que em Portugal a preocupação da dita classe política é só consigo própria (uma meia democracia frágil) e com os seus interesses presentes e futuros. O povo, que deviam representar, é um empecilho iliterata (a teoria do mérito sem igual de um mundo individualista e passadista, sem accountability e assessment) a quem se têm de mentir olhos nos olhos, apenas 1 vez de quatro em quatro anos. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

O INIMIGO DESTE PAÍS II

O inimigo deste país é quem não estuda os dossiers adequadamente, quem toma decisões precipitadas, quem funciona em agenda ideológica.
E já agora: cuidado com a maçonaria de Miguel Relvas!

O INIMIGO DESTE PAÍS É QUEM NÃO DEIXA OS OUTROS TRABALHAR

«O inimigo deste país é quem não deixa os outros trabalhar. PSD acusou a CGTP de querer privar os trabalhadores «do direito a trabalhar»

Isto é aparentemente verdade.

Mas funciona em muitos sentidos, até num sentido de um governo que toma medidas desproporcionais e de sufoco totalitário como a criminalização dos erros nas declarações fiscais, esquecendo-se que uma medida destas afecta como sempre os mais frágeis da sociedade (em termos sociais). Demonstram além disso um desconhecimento da complexidade das regras e declarações fiscais, que exigem uma literacia económica e fiscal que não está ao alcance de todos (com remissões para decretos leis, etc...) 

É que estas medidas constrangem e inibem mais o cidadão cumpridor, mas assoberbado de todas as complicações criadas pelo estado, que os relapsos voluntários habituados a golpadas. O alardear da afirmação da libertação da sociedade civil funciona, na prática, sempre no seu contrário.    

CEGUEIRA PARTIDÁRIA

Uma das coisas que mais me choca na política à portuguesa é ver alguns bons Portugueses, gente com experiência e conhecimentos em posições que extravasam da mera lealdade política, com uma intensa fé e um arreganho próprio de lides futebolísticas.

O desligamento desta gente da realidade nua e crua é dramático para um país que se prostituiu na partidarite e que perdeu o sentido de colectivo nacional. 

AS DÚVIDAS DA COMISSÃO


«Venda do BPN pode ficar mais cara ao Estado que a liquidação (SIC)

A Comissão Europeia considera que a reprivatização do BPN pode ficar mais cara ao Estado do que a liquidação.»

REDUÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO COM REDUÇÃO DO SALÁRIO, E REABSORÇÃO DOS DESEMPREGADOS, JÁ!

Para alterar o actual estado de coisas em Portugal era preciso muita imaginação, singulariedade e capacidade de inovação.

E isto não seria inovar, contrariando a tendência actual para a demência da contracção pela austeridade que só trás mais desemprego e por via disso uma espiral de descontrolo das contas públicas - apesar dos contínuos cortes?
«Os países nórdicos responderam de forma inteligente com a redução do horário de trabalho. Nós respondemos atirando a responsabilidade do desemprego da esquerda para a direita. Ou então para a crise. [...] Parte do problema poderia ser resolvida com a promoção da redução voluntária do horário de trabalho, e do salário, bem entendido, absorvendo com essas horas algum do desemprego. Muitos aceitariam receber um pouco menos, ficando com mais tempo livre para si e para os seus. [...] Não é milagrosa, mas é uma solução.»

A CURVA DE LAFFER...PERDÃO, DE GASPAR

«De acordo com o documento, a receita fiscal nos dois primeiros meses do ano desceu 5,3% para 5,63 mil milhões de euros. Nesta rubrica destaque a quebra das receitas fiscais com IRC em 46% para 158,2 milhões de euros, do IVA em 1,1% para 2,86 mil milhões de euros e do imposto sobre veículos em 44,6% para 75,8 milhões de euros. Nos impostos indirectos, que sofreu uma queda de 9%, apenas as receitas com o IRS subiram 0,3% para 1,668 mil milhões de euros. A receita não fiscal, por seu turno, subiu 5,5 % para 628 milhões de euros.»
Nem com avisos bem antecipados para a realidade de equilíbrios muito pouco estáveis, isto vai.
Um dos principais defeitos do homem político, ou do técnico que veste a pele do decisor de última instância político, é não ouvir ninguém e pensar que mi mundo es su mundo.

terça-feira, 20 de março de 2012

O QUE GANHA VERDADEIRAMENTE A ECONOMIA NACIONAL COM EMPRESAS NO MONOPÓLIO E OLIGOPÓLIO COMO A GALP?

Numa altura em que a economia estrangula com os preços brutais dos impostos, para pagar altas taxas de juros e amortizar os empréstimos aos credores, do preço da electricidade, do gás, dos combustíveis, podemos reflectir sobre o que ganha a economia nacional com descobertas de petróleo de monopólios quase naturais como a Galp. 
Qual o contributo para a economia nacional, já que muitos impostos são pagos noutros territórios e os lucros pouco acrescentam às suas populações?
Obviamente que na óptica destas grandes multinacionais privatizadas e portanto a "mando" dos accionistas, o interesse público é algo que não está nos seus horizontes.

GASPAR SUMIDADE COMO MACROECONOMISTA, NULIDADE COMO MICROECONOMISTA?

Gaspar diz não a uma estagnação da subida do ISP a partir de um plafond de sustentabilidade. 
O problema é que esta subida sem plafonamento fiscal afecta não só as receitas fiscais do imposto ISP (quebra de 11% em 2011) como afecta a montante o emprego e os valores do IRS.
As únicas conclusões que se podem extrair são
  1. ou há uma agenda escondida de quanto pior melhor;
  2. ou Gaspar não estudou microeconomia devidamente;
  3. ou as medidas, como se provou ontem com um exemplo no prós e contras relativamente a um acessment Francês sobre a alteração de um feriado com 15 páginas de critérios, a contrastar com a inexistência de um estudo para destruição de 4 feriados nacionais, revelam da insustentável leveza nacional do "porque sim". 
  4. ou Gaspar quer a tudo o custo um brilharete com dados macroeconómicos exclusivos, não sendo a percepção exterior do seu sucesso consentânea com o sucesso do país.
Se nenhuma destas hipóteses for verdadeira, então que Gaspar se explique recorrendo de preferência à não irracionalidade e colo do: "porque está no memorando!".

COMBATER O LIBERALISMO PARA GANHAR UMA SOCIEDADE LIBERAL

MENTIR VAI DAR DIREITO A PRISÃO?

«Mentir no IRS vai passar a dar prisão»

Mais uma lei desproporcional, desnecessária, criadora de um estado policial e claustrofóbico, que vai dar novos poderes ao Estado e à administração Fiscal para decidir discricionariamente,  não porque mentir não seja um pecado, mas porque a mentira pode ser inocente e esbarrar numa legislação muitas vezes contraditória e complexa. 

O estado Português levado por uma ânsia de tudo penalizar e legislar, legisladores tipo carniceiros, afasta sem dó nem piedade o cidadão mais simples e humilde, excluindo-o da liberalidade porque diz pugnar. A luta política dos agentes políticos cria um Portugal esquizofrénico e paradoxalmente anti liberal (do melhor sentido da liberalidade),  onde tudo é punido de forma desproporcionada, criando no cidadão um sentimento de medo, torpor, capacidade de desprendimento e iniciativa própria, contrária aos apregoados valores da liberdade e do empreendedorismo com segurança pessoal. Alguém já se perguntou se esta não é uma das medidas que pelo excesso não é contrária à apregoada competitividade e iniciativa? Claro que os chicos espertos dos descontrutores políticos, far-se-ão de desentendidos naquela capacidade que faz a sociedade civil os ver como vómitos públicos,  e enviezarão a resposta dizendo se o que se pretende é não penalizar a mentira? 

A pergunta que muitos fazem é: e mentir para ter acesso ao poder ou os danos causados pela falta de competência e irresponsabilidade de quem assume cargos públicos, também se vai enquadrar neste legislação? 

Parece-nos bem que não, que será mais uma excepção do estado excepcional de partidos. Se não sabe bem se vive em união de fato (outra anormalidade de bichos políticos este acordo ortográfico gizado no silêncio dos gabinetes), vista o seu melhor fato e atravesse, se necessário a pé, para outras fronteiras onde o cidadão não se sinta constrangido num ambiente cada vez mais claustrofóbico, bafiento e Salazarento. 

A liberdade e a simplicidade dos actos (não atos), decididamente, cada vez menos está a passar por aqui, levada por pretensos decisores políticos, gente que não é feliz nem deixa o seu povo o ser.

JORGE RANGEL

Ontem no Prós e Contras, este senhor, Jorge Rangel, endereçou as perguntas mais importantes que todos os Portugueses de bem gostariam de ver respondidas.

LEI DA CÓPIA PRIVADA

«Cópia Privada
Proposta do PS é votada hoje na Comissão de Educação, Ciência e Cultura
A proposta de revisão da Lei da Cópia Privada do Partido Socialista (PS) é votada hoje na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, terminadas as audições aos grupos interessados no processo.
A proposta dos socialistas chegou a ser apresentada no Parlamento, mas levantou dúvidas e foi remetida para a Comissão de Educação, Ciência e Cultura, para ser discutida na especialidade.
Foi constituído um Grupo de Trabalho para analisar a proposta de revisão da Lei da Cópia Privada e ouvidas várias entidades, entre elas a Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL), que promoveu uma petição pública contra o projeto de lei do PS, e a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).
Se for aprovado em comissão, o projeto-lei segue depois para o plenário, para ser votado por todos os deputados.
A proposta da autoria do PS, e apresentada pela ex-ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, tem estado envolta em polémica devido a acusações de várias associações de não terem sido ouvidos os envolvidos e por apresentar lacunas, segundo algumas entidades.»
Enquanto o povo Português é chamado ao ajustamento, à competitividade e à concorrência no mercado, outros divertem-se na AR a criar dificuldades acrescidas ao mesmo e a alimentar os lobbies. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

O ATAQUE ANTI-SEMITA EM TOULOSE

Há umas semanas Nikola Sakorzy dizia: «há demasiados estrangeiros em França!»
Hoje um acto anti-semita mata várias crianças e adultos enquanto na televisão uma Francesa Judia fala em  agressões anti-semitas diárias nas ruas de Paris e das cidades Francesas.
Como humanista com raízes Cristãs, mas acima de tudo como cidadão do mundo com memória histórica digo: preparemo-nos para combater esta nova onda de um tempo histórico de regresso de antigos fantasmas, o racismo e a xenofobia, numa Europa em crise económica mas também social e de valores, agora que novas gerações sem memória chegam ao palco da vida. 

AUMENTO DO FOSSO ENTRE RICOS E POBRES NA UE

«O fosso entre países ricos e países pobres da Zona Euro vai agravar-se nos próximos anos, revelou um estudo publicado esta segunda-feira pela consultora Ernst & Young, que coloca Portugal entre os países que terão menos crescimento económico.

Assim, enquanto Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal deverão registar apenas um crescimento de 0,2 por cento, até 2015, os restantes doze países da moeda única crescerão nove por cento no mesmo período, segundo a mesma previsão.»
Com base nesta previsão pode-se perguntar que interesse têm para os países mais pobres da União o projecto Europeu? 
A abertura e a canibalização pelos países mais ricos que vêem actualmente a União como uma vantagem competitiva do seu próprio espaço geográfico sem a solidariedade da uniformização económica e social?

ESTALEIROS DE VIANA: A AGENDA ESCONDIDA!

«Estaleiros de Viana reprivatizados a 100%
Governo quer concluir o processo em quatro meses»
Está explicado porque o governo deixou cair a negociação com a Douro Azul.
O futuro dirá se a opção foi a mais correcta! 

NÃO PODE HAVER CRESCIMENTO ECONÓMICO COM DÍVIDAS DEMASIADO ELEVADAS!

... Álvaro afirma peremptoriamente como forma de justificar a manutenção de uma economia anémica à espera de uma descida mágica do endividamento excessivo! Permita-me discordar parcialmente caro Álvaro! Obviamente que a dívida tem de ser contida, principalmente se não reprodutiva, mas já ouviu falar em Modigliani, caro professor? 
Os limites ao endividamento e a necessidade de endividamento como forma de alavancar as empresas, faz parte do corpo da teoria das finanças empresariais e dos mercados financeiros. O endividamento por acesso aos mercados aumenta a taxa de rentabilidade do capital das empresas, pelo que o endividamento em si tem, até aos limites da solvabilidade das empresas, um efeito positivo na sua rentabilidade.
No quadro do endividamento nacional é óbvio que a utilização de capital em investimento pouco reprodutivo é um fardo de sustentabilidade para as gerações futuras e pode levar à insolvabilidade. 
Mas mesmo num quadro de endividamento demasiado elevado, a única solução é investir, com maior rigor é certo, crescimento que crie mais margem para amortizar as dívidas.

E OS GANHOS DE COMPETITIVIDADE PÁ? OU PERDIDOS NA TRADUÇÃO!

Os mercados já o anteciparam, por mais que a negação de Gaspar, conhecido como o Salazarinho deste nobre país de duques e barões , que destrói riqueza via sistema fiscal (a uma desvalorização salarial, que visa ganho de competitividade para a nossa economia - substituto da desvalorização de política monetária - não devia estar sobreposta uma desvalorização fiscal como contraponto que não estrangulasse famílias e empresas?), o não admita.

Mas tal como Teixeira dos Santos, responsável máximo das finanças, num tempo "percepcionado económica e financeiramente criminoso", que parece ter passado incólume pelos pingos da chuva (brevemente será premiado e condecorado por "bons" serviços prestados à pátria pelos resultados da necessidade do propalado mérito?), também este Gaspar zarpará para as instituições académicas ou internacionais com a carreira ainda mais lançada, num mundo onde o que parece contar é o networking, doméstico ou internacional, da ambição individualista e pessoal.

Assim, o que vai parecendo e transparecendo é que o espírito das medidas da Troika foram mal traduzidas por um governo ignorante do país que, ao se perder na tradução, enveredou por um rigor onde falta o contraponto das actuais medidas fraticidas (contraponto esse assnalado no espírito e corpo do memorando da Troika, como a descida da taxa social única, ...).

Mas, essas, são para as calendas Portuguesas (que as Gregas já demonstraram o seu efeito) porque não fazem parte do ADN de um país político de bom senso, nem para a tão propalada genialidade arrastada de um ministro das finanças, cuja genialidade parece ter ficado apenas plasmada nos organismos internacionais.

AJUSTAMENTO MAIS RÁPIDO VIA DRACMA?


«É quinta-feira e, como em todas as quintas-feiras, há uma manifestação no centro de Atenas. Desta vez são os trabalhadores da metalurgia e dos estaleiros navais. Protestam, em frente da entrada do Ministério da Economia na Praça Syntagma, contra o fim do salário mínimo único para todo o sector, de cerca de mil euros.
A partir de agora, diz Alexis, um dos mais jovens manifestantes, "cada um tem de negociar com a sua empresa, arriscando-se a perder metade do que ganha, e já há seis meses de salários em atraso nalgumas empresas". "Estamos a atingir o limite", avisa. A manifestação, seguida atentamente pela polícia de intervenção, tem várias centenas de participantes e é pacífica. Mas as palavras de ordem, bem ensaiadas e em rima, são gritadas por todos.
...O empréstimo agora aprovado garante o financiamento da Grécia até 2015, mas, como avisa Ghikas Hardouvelis, "deverá ser preciso um novo empréstimo, já que vai ser muito difícil nessa data voltarmos aos mercados". Por essa altura, seria bom que os gregos, ao menos, já começassem a acreditar que é possível sair da crise.
O jornalista viajou a convite da Comissão Europeia»
Este artigo de Sérgio Aníbal, publicado no jornal Público, tem a vantagem de fazer perceber que a estratégia do caso Grego foi completamente errada no quadro da zona Euro e que possivelmente qualquer ajustamento económico terá muito mais vantagem se efectuado no quadro dos velhos instrumentos de política monetária, ou seja na desvalorização de moeda própria.

As desvantagens da manutenção da Grécia na zona Euro são por demais evidentes, já que as mudanças necessárias são lentas e criam um quadro de depressão e de mudança muito lenta comparativamente aos instrumentos de desvalorização da moeda. 

Com a desvalorização da moeda a perda salarial é de facto também muito grande pela inflação que gera, mas a economia é desvalorizada de modo mais equilibrado, sem tantas perdas no tecido económico, mantendo no entanto a porta aberta ao relançamento rápido via ganho de competitividade externa. As importações tornam-se mais caras, beneficiando a produção interna, ao contrário do processo de sobreausteridade por via do corte cego de salários e de recessão por via do consumo das próprias empresas nacionais. Num processo de desvalorização por via da moeda, as empresas nacionais parecem assim ser muito mais preservadas do que num processo de sobreausteridade no quadro de zona monetária comum.
A resolução da situação parece assim só se puder efectuar num quadro de crescimento e inflação.

EMPREENDEDORISMO E IMPOSTOS

«Não há empreendedorismo que sobreviva a um sistema fiscal ridiculamente caro e burocrata, nem a uma justiça tão injusta e lenta. A protecção aos monopólios e a falta de punições a cartéis e a grupos que suprimem a concorrência também minam toda e qualquer empresa/pessoa que pretenda empreender.

Se querem empreendedores, dêem-lhes condições. Comecem por baixar os impostos.»

domingo, 18 de março de 2012

O QUARTO REICH?

«Será realista falar na divisão entre duas Europas, a Europa rica do Norte, com a Alemanha como ponto de referencia principal, e a pobre mais representada, nesta data de crise, pela Grécia, Portugal, e Espanha?”

Na verdade, não. Como justamente escreve o mais recente “prémio personalidade Lusófona” do
MIL, Adriano Moreira, não só não era justo, mas hoje, países bem menos “periféricos” e “pobres”, como a Espanha, a Itália e até a Áustria e a França estão hoje também mesmo no centro da tempestade, sendo massacrados pelas agências de Rating e pelos anónimos “mercados”. “Pelo que subitamente parece que as contribuições que referi, com omissões, para o património imaterial da Humanidade, são ensombradas, pela visão menos lisonjeira, vinda do Norte. A Chanceler Merkel, que parece convencida de ter refeito o seu império ao Norte, não apenas pelo exemplo de criatividade e trabalho do seu povo, mas também pela generosidade dos ocidentais que ganharam a II Guerra Mundial, dispensaram gerações de alemães de despesas militares, aguentaram a liberdade da Alemanha Ocidental, criaram as condições de reunificação depois da queda do Muro de Berlim em 1989″ A Alemanha e os alemães de hoje (sim, porque as posições de Merkel representam apenas aquilo que pensa a maioria dos alemães) são acima de tudo ingratas. Esquecem desde logo que os países vencedores da Alemanha a dispensaram de pagar as compensações pelas perdas materiais e humanas terríveis que as divisões alemãs provocaram por todo o continente. As pontes, fabricas, empresas, portos, etc, etc, destruídas ou transferidas para a Alemanha nos países ocupados pelo Reich nunca foram compensados! A Grécia, em particular, viu o seu pais completamente destruído pelo invasor alemão, o ouro do seu Banco Central saqueado e enviado para Berlim e não foi compensada por estas perdas… Mas hoje tem que aturar a intolerância e incompreensão germânicas. “permitiu-se arriscar um conceito de identificação dos povos do Sul abrangidos pela fronteira da pobreza, dentro da crise global financeira e económica. No fundo viu-nos preguiçosos e amantes dos lazeres, dos feriados, subsídios, sol e férias, desejosos de reformas precoces sem perda de juventude, e parece animada por um criado novo diretório, já por vezes tentado sem êxito, e que seria o fim do processo europeu dos fundadores do movimento de unidade.” Esta visão que detêm a maioria dos alemães sobre os países do sul são profundamente racistas e reveladoras da natureza agressiva e xenófoba que apenas a má consciência da Grande Guerra mascarou durante algumas décadas. É esta opinião muito generalizada no norte da Europa que está na base da convicção dos norte-europeus de que o sul não é capaz de se governar a si mesmo e carece da tutela colonial-imperial para procurar aceder a um simulacro diminuído dos Estados prussianamente organizados do norte. Obviamente, estão errados e este erro desenvolveu-se no terreno da ignorância histórica e do autismo cultural. Mas está lá e não pode ser negado.»

O RESULTADO DAS GOVERNAÇÕES LIBERAIS

«Crescem os pedidos de ajuda às instituições que trabalham nas ruas (Lusa)»