sexta-feira, 18 de maio de 2012

ENTRE FERREIRA LEITE E PASSOS COELHO

«Tudo o que seja alterar ou violar, não cumprir este contrato, é algo que é extremamente delicado, direi que de alguma forma perigoso e que se tem que levar a que não haja uma definitiva quebra de confiança entre os cidadãos e o Estado».

Sobre a consolidação orçamental, defendeu «categoricamente que, se não houver crescimento económico, não há a possibilidade de se conseguir consolidar as contas públicas».
Entre PC e FL vai um espaço enorme de experiência e bom senso. Sempre achei que foi um erro não ouvir FL, uma voz verdadeiramente social democrata. Os Portugueses pouco atentos acharam-na velha. 
Mas velhas e imberbes são as receitas de Passos.
O futuro dará razão a MFL. 
E depois. Que consequências? 
Como de costume nada e isso é que é o busílis. 
É que o povo Português aposta sempre no cavalo errado.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

GERAÇÃO RAPAZOLA

«Em Portugal, há uma geração de políticos que gosto de brincar com tudo. Com a Pátria, com os portugueses, com o dinheiro dos contribuintes que através do seu trabalho honesto fazem (tanto quanto possível!) pela vida. Eles brincam porque tratam o País como se fosse a sua loja maçónica (a que legitimamente pertencem, desde que não interfira com os interesses de Portugal) ou o seu clube restrito de amigos - no fundo, comportam-se como se fossem gestores de condomínio de um grande espaço, sobre o qual dispõem de um poder absoluto e isento (julgam eles!) de críticas. Mas Portugal é uma Nação secular e com uma História que a todos nos orgulha - não, não é o clube privado desta geração de líderes que nasceu a contar fichas de militantes nas secções partidárias, nunca se dignou a pensar o futuro da respectiva freguesia (quanto mais do País!) e inventaram nomes ou usaram o nome de pessoas que já nem sequer se encontravam entre nós para "medir forças" nas votações internas dos partidos. Miguel Relvas é um modelo clássico, inequívoco desta nova geração de "políticos funcionais" que nos levaram ao abismo. E que são a causa imediata, estrutural e real da crise nacional e europeia (principalmente). Só que Miguel Relvas e os seus pares devem perceber, de uma vez por todas, o seguinte: há limites para a brincadeira. Já aumentaram impostos para níveis sufocantes, já retiraram subsídios de férias e de Natal, empobrecendo os portugueses, andam à deriva quanto ao desemprego - mas atenção: não nos vão negar o respeito pelos nossos direitos, liberdades e garantias mais elementares! É que ter comissários políticos a chefiar as secretas, tendo acesso à informação detalhada de todos os portugueses, à nossa vida privada, podendo utilizá-la para chantagear tudo e todos para alcançar os seus objectivos, isso ultrapassa todos os limites razoáveis! Isso é um atentado contra o Estado de Direito Democrático!»
Por João Lemos Esteves

UM RAPAZOLA A QUEM CHAMARAM PM

Por Daniel Oliveira

Daniel Oliveira é nesta crónica duro. Muito duro! Mas a dureza que utiliza, esbate na leveza de um PM que nos defraudou a quase todos, verdadeiros sociais democratas incluídos.
Passos tem de mudar rapidamente de agulha sob pena de obrigar o PSD a mais vinte anos de jejum do poder.
Em Itália os pequenos empresários já se começam a suicidar por um ataque do fisco sem precedentes. 
O ajustamento e a chamada austeridade é necessária nas economias europeias, mas não o esbulho feudal que mata a democracia.  

O QUE COBRAM A PASSOS OS PORTUGUESES



«Como é claro que o é. O Peter Step Rabbit deveria ter feito aquilo que se prometeu: Acabar com os Institutos, Fundações, acabou? Não. Acabar com as rendas da EDP/PPP. Acabou? Não. Não tem capacidade de fazer nada. já queimou o credito politico que tinha disponível para fazer algo. Razão tinha a "velha" em não querer o gajo. Não tem experiência de vida»

«vão ser sobretudo os assistentes técnicos e operacionais os mais afectados", isto é lapidar, ou seja o governo prescinde da mão-de-obra e deixa ficar os quadros intermédios, médios e as chefias, em vez de reduzir nas chefias que são excedentárias e cujos vencimentos são obviamente mais altos, sinceramente não estou a ver os quadros intermédios e médios a fazerem limpezas e todo o trabalho que faziam os assistentes operacionais e técnicos. Este governo é só tiros nos pés, parece um bando de gente que não tem cérebro, para eles há que reduzir a todo o custo não olhando a meios para o fazer, depois queixam-se que o número de desempregados aumenta e a receita fica aquém do esperado, é claro que todas as medidas têm consequências, é preciso é haver um estudo sério, rigoroso e competente antes de avançar, e o País tem pago um preço muito elevado devido á impreparação e falta de competência dos políticos para funções governativas pois não basta ter uma licenciatura para se ser membro do governo há que ter maturidade e experiência, e o resultado está á vista e o pior de tudo é que governam mal e não são julgados pelos erros que cometem»


«O problema é que o Estado não tem dinheiro para mandar as pessoas embora. Para além do mais, se o decidir fazer, temos que pensar no impacto económico que isso vai ter na economia, porque vão ser mais pessoas no desemprego, mais casas a entregar aos bancos, mais famílias destroçadas, menos consumo no sector privado e por aí fora. Na minha opinião, o Estado devia era acabar com a mama da classe política (como dito no comentário anterior) e com o fim do incentivo da economia, passando a deixar as empresas privadas serem competitivas, o que não tem acontecido. O Estado tem adjudicado um n.º sem fim de obras públicas em que os beneficiados são sempre as grandes empresas do sector privado português. Mais uma sugestão: já que não cumprem com maior parte dos acordos que fizeram com o povo português, não cumpram também com os pagamentos das parcerias público-privadas e não dêem mais do nosso dinheiro a essa gente (grandes empresas de construção e banca) que engordou à nossa custa. Desempregados já temos muitos e se é uma oportunidade, como diz o 1º ministro, ele e a equipa dele que dêem o exemplo».

PASSOS NA FEIRA DO LIVRO. EU ESTAVA LÁ!

Passos foi ontem verdadeiramente vaiado na Feira Do Livro de Lisboa.
Perante a geração com mais formação da história de Portugal, muita dela com mais formação do que o actual PM, Passos viu o amor que o povo lhe têm.
Há quem o ache arrogante, bétinho, provinciano, cobarde, teimoso ou impreparado para a função.
Cobarde não me parece que seja, já que enfrentou, embora com os guarda-costas que nós pagamos, os seus conterrâneos.  
Tudo o resto já me parece mais viável. Passos não têm estaleca intelectual, nem de formação, nem de conhecimento da realidade para ser PM. 
Como social democrata é um pobre social democrata, de uma ala que não me parece possível de se encaixar num partido da social democracia europeia.
Como economista e gestor falta-lhe a experiência de 360º capaz de perceber que meteu a "pata na poça" quando aumentou impostos e não atacou apenas cirurgicamente do lado da despesa sem efeitos no frágil equilíbrio da sociedade Portuguesa.
Como político falta-lhe a compreensão que a política como arte do possível não pode ser esvaziada do fazer o óbvio e puxar os seus concidadãos para cima.
Foi bem vaiado? Foi, porque está na altura de ouvir, mais do que teimar ou falar, muitos dos seus compatriotas que têm mais experiência e mais conhecimentos sobre a realidade do que aquilo que demonstra.
Não é PM quem quer, mas quem pode...

ESTADO DE ESPÍRITO DOS PORTUGUESES


«Lex T: Uma oportunidade? Mas você acredita mesmo naquilo que diz? Você pode ler os livros que quiser e tirar as conclusões que quiser, aliás parece que a prática corrente neste é procurar respostas em obras, muitas delas desactualizadas, para os problemas que surgem. Mas isso é um engano, cada caso é um caso diferente, e quanto a Portugal o desemprego é uma oportunidade para quê? Para os portugueses se endividarem mais com empréstimos para abrirem um negócio que vai acabar por falir devido à recessão, ficando as dividas por pagar? Ou uma oportunidade para para o governo se ver livre de mais alguns portugueses que imigrarão à procura de melhores condições e acabam por ou fazer trabalho escravo ou por serem considerados trabalhadores excepcionais. Será essas as oportunidades? É que olhando para os dias de hoje (e deixando para trás obras dos anos 30) não vejo mais nenhuma.»