sábado, 25 de julho de 2009

PAÍS PUTREFACTO

Louçã acusa Sócrates de tráfico de influências

«Acontece, no entanto, que voltou a convidá-la para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da saúde, seja num qualquer lugar de Governo. Isso mostra-nos o desespero em que está o PS», disse Louçã.

«Mostra-nos uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio. Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias», defendeu Francisco Louçã.

Se isto for verdade caro concidadão, é este o país que quer para os seus filhos?


FADO DESTINO DE UM POVO FEITO DE POVOS MENINOS


Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!

Pátria de Guerra Junqueiro e o nosso fado destino

O PINTO E O SOUSA E A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO PROMETER

De Sócrates se pode dizer que há o Pinto e o Sousa.

Do Pinto vimos entraves à actividade económica, polícias de costumes, desempregados despojados de subsídio, destruição do aparelho produtivo.

Do Sousa assistimos às promessas inversas: licenciamento zero, subsídios aos jovens (não se esqueça dos menos jovens entre os 50 e a reforma!), ...

Afinal quem se candidata? O Pinto ou o Sousa? ... afinal ainda estamos à espera que cumpra aquilo que prometeu. Não aumentar impostos! e criar empregos como quem cria farturas! Embora saibamos como (nas suas palavras) a política é dinâmica e se pode desenvolver como nas barraquinhas das feiras!

Ah, como é fácil para Pinto de Sousa, a insustentável leveza de prometer! Prometo, logo sou eleito, para infernizar mais a vida dos pobres Portugueses!



A RECONDUÇÃO A UMA NOVA ÉTICA

O problema político não é, e cada vez menos pode ser, um questão de estética oportunista ou de feitura de flores.

O problema político numa sociedade cada vez mais interventiva, com formas de intervenção que criam cada vez mais redes efectivas de afectos e partilhas, é cada vez mais um problema de ética verdadeiramente republicana para quem quer perder este amargo sabor dos descendentes do poder.

Quando éramos mais novos tudo parecia resoluvelmente simples. O que não nos parecia certo era porque estava errado e podia ser mudado como quem afasta do caminho uma nuvem carregada. Hoje percebemos que as diferenças fazem-se muito mais notadas que as semelhanças e não é fácil fazer do homem um ser muito mais comunitário e sociável.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

PORTUGAL MONUMENTA HISTÓRICA

«... Na verdade, este homem frágil e pequeno, mas dono de uma energia e de um carácter inquebrantáveis era um exemplo de fidelidade a ideais e a valores que contrastavam com o pântano da vida pública portuguesa.»

Isto dá vontade de morrer!, exclamara ele, decepcionado pelo espectáculo torpe da vida pública portuguesa, que todos os seus ideais vilipendiara.

Tempo de lembrar e aconselhar às novas gerações, que não se atenham ao espectáculo miserável, pantanoso e decadente da intriga e da luta política sem quartel, sem ética e valores e bebam bem das palavras de um nossos maiores, Alexandre Herculano, decepcionado pela índole e ambição humana: isto dá vontade de morrer!

Só, assim, no ideal cívico e comunitário, longe da guerra civil surda, conseguiremos quebrar este círculo de eterna decadência e frustração.

A SOCIEDADE DE CUSTOS

«Alargamento da baixa médica poderá custar 70 milhões de euros à Segurança Social» por Vieira da Silva

Já há muito que sabíamos que a segurança social com Vieira da Silva, já não era bem segurança social, mas um modus horribilis de contornar a despesa pública.

Todos os sectores neste Portugal Socratiano, mesmo aqueles que os Portugueses pagam directamente para, ficaram reféns da ditadura das finanças.

Pena que a segurança social não se tenha centrado apenas nos três elementos fundamentais da segurança: a segurança na doença, no emprego e na reforma mesmo que para isso tivesse que acabar com as isenções, reformas escabrosas e duplicadas que por aí andam e que essas, sim, matam a sua sustentabilidade!

I HAVE A DREAM! FAZER DE CADA PORTUGUÊS UM CIDADÃO DE PRIMEIRA!

A vida e os discursos do reverendo doutor Martin Luther King Jr. passaram ontem no espaço de Winfrey Oprah entre o assomo, o arrepio e a incredulidade do verbo fácil de um homem que sem dúvida podia ser a alma gémea de Mandela.

Em Portugal o discurso de Martin teria pouca visibilidade, porque para além de Portugal ser um país pouco solidário e sociabilizado, o individualismo gritante e o pedantismo elitista irritante, onde o sonho de um país onde todos os homens fossem iguais, esbarra com a ideologia mater do Portugal dos pesadelos: o elitismo dinástico sucessivo, muito mais grave que qualquer falsa barreira do politicamente ideológico!

O EFEITO COMBINADO SÓCRATES TEIXEIRA DOS SANTOS

O Jornal de Notícias destaca "População aumenta cada vez menos", escrevendo que a "crise e o desemprego afectam fluxo migratório e o país vai ficando mais velho e empobrecido".
A nova emigração, agora de qualificados, é sem dúvida efeito combinado das políticas Sócrates - Teixeira dos Santos.

Quando Sócrates chegou ao poder, tinha à sua mão Luís Campos e Cunha que estranhamente ou não bateu com a porta. O sorriso tímido de Teixeira dos Santos estava à mão e Sócrates não o desperdiçou.

A política seguinte de ardor patriótico para reposição do déficit público tornou-se assim a mãe de todas as batalhas. Como em Bagdade as boas intenções excederam-se em malévolas consequências. Ao grito tudo contra eles, os pobres agentes económicos, sucedeu-se a luta a bombas de fragmentação contra tudo o que parecia fiscalmente mexer. Recorreu-se a uma nova brigada de destruição: a ASAE em forma de força rápida de intervenção contra todos os que não cumprissem as vírgulas da boa educação! Bombas de vácuo sugaram as empresas, IVAS bestiais funcionaram como bombas de fragmentação contra micro e pequenos empresários mal armados e pouco espojados. A arma canhão contra os zagalotes e as pressões de ar, a bomba penhora, iria aturdir gerações de desenrascas na arte de bem sobreviver da guerra económica. Munições foram distribuídas às grandes corporações, afinal eram elas que iriam locupletar no futuro às carradas os alinhados e bem comportados dos actuais senhores do poder. Cumpriria-se, assim, Portugal que há muito vive estranhas formas de concubinagem.

Hoje é vê-los partir com saudades do futuro. O resultado é o deserto, terra queimada, chorosa, arrastada de desabafos dos pés de gente desanimada e sem vontade, substituída pelo Estado Big Brother que tudo sabe e tudo seca. Qualificados e não qualificados, chorosos de ver a sua pátria madrasta, a mátria de Natália Correia, transformada em verdugo das novas e velhas gerações.

No futuro restarão eles, os outros, amuralhados nos BdP e suas dependências, nababos surdos, cegos e mudos às ilusões de um povo, que centenariamente é despojado da sua condição de ser Português.

O FIM DA ERA DO PETRÓLEO



Aproxima-se a passos largos o fim da era do petróleo. Um nova revolução industrial está à nossa beira.
Sendo um dos aspectos positivos da política de Sócrates, porque nem tudo é negativo, é imperioso que os senhores que se seguem abracem sem medo a continuação dessa política que desagravará a balança comercial Portuguesa, limpará as nossas cidades, e poderá criar um novo cluster de competitividade.
Os Portugueses com a sua apetência para abraçar o que é tecnologicamente novo, farão o resto!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O PAÍS DAS BESTAS

Fisco penhorou quase 50 mil casas no primeiro semestre

Quando se olha para este número pergunta-se: são todos os Portugueses relapsos ou as dificuldades do dia a dia fazem com que medidas desumanas estejam a matar e a destruturar de um modo bestial a sociedade Portuguesa?

ESTA A PÁTRIA MINHA AMADA

«O ex-conselheiro de Estado Dias Loureiro paga 10 mil euros/semana por casa de férias. "Empresário está a descansar na Quinta do Lago.»

Tinha por Dias Loureiro alguma empatia intelectual e simpatia pela pessoa. Como muitos parece, no entanto, que pensa mais no seu umbigo que na comunidade de afectos.

Assim vão os mui dignos, solidários e patriotas conselheiros Acácios do Portugal democrático!

UMA OPORTUNIDADE PARA O FADO DESTINO OU QUEBRAR COM O FADO DOS COMENDADORES ACÁCIOS

Qual a diferença entre a mulher da direita e a da esquerda?

Qual a diferença entre um povo próspero e feliz e um povo pobre e acabrunhado? Uma oportunidade ... !

Resposta ao novel Conselheiro de Estado Vítor Bento:

Caro Conselheiro Vítor Bento

Concordo plenamente consigo que mais que penumbras e sombras é preciso luz e neutralidades.
Mas talvez também concorde comigo que a nossa geração, e os que se querem diferentes desta nossa geração, não tem feito deste lugar um lugar apetecível para muitos terem acesso a um raio de sol.
Mais que o institucionalismo retrógrado que tem feito da nossa sociedade uma sociedade enfadonha de Comendadores Acácios preocupados com a sua fortuna, precisamos não de novos messias mas sábios ouvintes que saibam mais ouvir que reflectir a imagem. Porque o povo quando se desconhece e teme fala com urros mas quando em convívio transporta consigo sabedoria, porque para banir definitivamente as fogueiras é preciso definitivamente acabar com os pestilentos caixotes de lixo da desfortuna. Para que no fim possamos constar nos manuais da história como exemplos solidários de vida e não tenhamos de encolher os ombros a cada esquina com um angustiante: é a vida!

A REPÚBLICA DOS DELÍRIOS OU I'M THE POWER

«PS: "Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu" - Sócrates» ou «a acção do Governo é mais apreciada no estrangeiro que aqui»

Há de facto um gap entre o capital que dá visibilidade e aparente prestígio a um governante fora de portas e o sentir daqueles que diariamente com ele ou as suas políticas convivem. Sócrates potencia esse capital de conhecimento porque é um profissional do artificio e da comunicação. Quando Blair aumentava o seu capital fora de portas já o seu prestígio e um enorme cartão amarelo aflorava intramuros.

Nietzscke
ou Maquiavel, por outro lado, não diriam melhor. As frases do primeiro para além de insuportavelmente portadoras de um comportamento narcísico e delirante, revelam que a obsessão do deficit antes tão criticada, foi levada a extremos tais que liquidou a base de sustentação de centenas de milhar de famílias. Dezenas ou centenas de milhar de micro ou pequenas empresas sustentáculo de centenas de milhar de famílias foram levadas na voragem de um Estado que fez da pressão fiscal, em forma de impostos, taxas e coimas, o leitmotiv da sua megalomania. Sócrates governou para os números não para as pessoas, liquidando um frágil tecido empresarial que era o sustentáculo de muitos, deixando sem rede mais de um milhão de pessoas - os pequenos empresários, os inúmeros independentes ... hoje sem sustentáculo e sem qualquer apoio do Estado.

A leitura de comentários à expressão Imperial de Sócrates, revela bem da revolta que grassa na sociedade Portuguesa com este primeiro-ministro. Desde megalómano até outros mimos levados pelo desespero de quem viu o Estado comer-lhes a subsistência, Sócrates faz bem em sair rapidamente de cena, porque se não corre o risco de se ver a braços com a maior revolta social desde a 1ªRepública.

A pressão fiscal e penal deste governo sob tudo o que mexia, já há muito que indiciava o que ia acontecer. O que é triste é que não só Sócrates deixa um país de pessoas empobrecidas e sem capacidade de prover o seu dia a dia, como destrói o capital de um partido, como o socialista, que foi sempre uma reserva de esperança para muitos postos à margem e que se deixou enredar nas malhas de um projecto personalista de um carácter megalómano e fantasista.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

TEMPO DE MEA CULPAS OU O EFEITO OBAMA OU BOA ALMA

«Teixeira dos Santos reconhece não ter sido um governante virtuoso: «Digo desde sempre que uma correcção virtuosa das contas só é feita pelo lado da despesa», pois agiu precisamente ao contrário. Sócrates assume hoje na SIC que foi um erro ter encerrado as urgências da forma que o fez assumiu "humildemente" o erro de ter apostado pouco na cultura»
Emendar a mão é fácil, desprendido, não dá sentimentos de remorsos e está ao alcance de um mea-culpa seja ela sentida ou cinicamente interessada e apontada.

E o que dirão as centenas de milhar a quem Teixeira dos Santos, se calhar mais que Sócrates, estragou a vida e atirou para o limbo da agonia e do desespero?

E é por isso que o meu político perfeito é o homem simples, ponderado, humilde, com sentido humanístico ... e com algum tempo para se sentar e reflectir de preferência à beira de um lago que reflicta a sua imagem!

AFINAL HÁ POBREZA EM PORTUGAL?

Sendo CV um blog de inelutável abertura, não concordando por não concordar ou concordando por concordar, a análise deste economista por nos parecer mais condizente com a realidade com que deparamos do dia a dia, dos 9.500.000 que não vivem no país circular de maravilhas do Portugal maravilhoso irá aqui ser plasmada. E não, isto não é uma resposta a Vítor Bento com quem em muito se concorda, com excepção da sua estranha forma de achar que Portugal é um país de centenas ou milhares ou pior que as evidências não têm consciência social. Afinal para que serviria o estudo dessa pouco ciência economia se não fosse para resolver o problemas das maiorias?

COM SÓCRATES AUMENTOU A POBREZA
Eugénio Rosa
Com o governo PS de José Sócrates cresce aumento da pobreza em Portugal. “São os dados oficiais que confirmam o aumento de pobreza em Portugal, e desmentem a propaganda governamental veiculada de uma forma acrítica por muitos órgãos de informação portugueses.
Eugénio Rosa* - 21.07.09

RESUMO
A pobreza está a aumentar em Portugal, mesmo entre os trabalhadores com emprego, e também entre os desempregados, as famílias com filhos e os jovens. Mas só agora é que Sócrates descobriu que existem famílias a viver abaixo do limiar da pobreza e promete introduzir no programa eleitoral do PS, para obter votos, um subsídio para essas famílias como divulgaram os órgãos de informação.

Segundo o INE, entre 2007 e 2008, a taxa de risco de pobreza, ou seja, pessoas que auferem um rendimento inferior ao limiar de pobreza (384,5 euros/mês – 14 meses) aumentou em Portugal de 10% para 12% entre os empregados (+20%); e de 32% para 35% (+9%) entre os desempregados. Em relação à população empregada pode-se falar já com propriedade de “pobreza no trabalho”, ou seja, trabalhadores que têm emprego, mas cujo salário que obtêm não é suficiente para viver com um mínimo de dignidade. Congelar salários ou reduzir salários, como defendem alguns, seria aumentar ainda mais a pobreza mesmo entre aqueles que têm emprego. O que é preciso é subir significativamente o salário mínimo, e fazê-lo cumprir, para combater o aumento da pobreza entre os que têm trabalho. Relativamente aos desempregados, a dimensão da pobreza é ainda maior do que aquela que revelam os dados anteriores do INE. Efectivamente, em Maio de 2009, a taxa de desemprego em Portugal atingia, segundo a OCDE, 9,3% o que correspondia a 520.316 desempregados. Nesse mês o número de desempregados a receberem subsídio de desemprego, segundo o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, era apenas de 323.916, o que significava que 196.400 não tinham direito a subsídio de desemprego. Dos 323.916 a receber subsídio de desemprego em Maio de 2009, 101.546, ou seja, 31,3%, recebiam um subsídio inferior a 351 euros/mês, ou seja, abaixo do limiar da pobreza que era de 384,50 euros. Portanto, se adicionarmos estes 101.546 que recebiam um valor inferior ao limiar da pobreza aos 196.400 que não tinham direito ao subsídio de desemprego, obtém-se 297.946, o que corresponde a 57,3% do total de desempregados estimados pela OCDE. Isto significa que, pelo menos, 57 em cada 100 desempregados ou não recebiam subsídio de desemprego ou recebiam um valor inferior ao limiar da pobreza. E a situação real é ainda é pior pois o desemprego efectivo atingia já em Março 624.300 portugueses. É devido a estes números que afirmamos que a taxa de pobreza entre desempregados é superior aos 35% divulgados pelo INE.

Perante a pressão da CGTP-IN e dos partidos políticos da oposição para que o governo alterasse a lei do subsídio de desemprego que publicou para abranger mais desempregados, já que a actual está a excluir um elevadíssimo número de desempregados do direito ao subsídio de desemprego, o governo aprovou recentemente o Decreto-Lei 150/2009, que é uma autêntica burla, pois a alteração feita é claramente insuficiente, e não é no subsídio de desemprego mas sim no subsídio social de desemprego. Antes, um desempregado tinha direito ao subsídio social de desemprego se o rendimento mensal per-capita do agregado familiar fosse inferior a 80% do salário mínimo nacional; agora, devido a alteração feita pelo governo, o desempregado tem direito se o rendimento for inferior a 110% do IAS, que corresponde a 460 euros. Os efeitos desta medida são reduzidos. O próprio governo já admitiu que isso poderia beneficiar, quanto muito, 15.000 desempregados. Muda-se uma pequena coisa para que tudo, no essencial, fique na mesma.

Este governo não se cansa de afirmar na propaganda oficial que está extremamente preocupado com o apoio às famílias e aos jovens. No entanto, os dados que o INE acabou de publicar desmentem também esse apoio às famílias e aos jovens. Entre 2007 e 2008, a taxa de pobreza, ou seja, com rendimentos inferiores a 384,5 euros /mês (14 meses), das famílias com filhos aumentou de 18% para 20%, e dos jovens com idade entre os 0-17 anos subiu de 21% para 23%. São dados oficiais do INE que confirmam o aumento de pobreza em Portugal, e desmentem a propaganda governamental veiculada acriticamente por órgãos de informação portugueses.

A pobreza está a aumentar em Portugal, mesmo entre os trabalhadores com emprego, e também entre os desempregados e entre as famílias com filhos. São os próprios dados oficiais do INE divulgados em 15.7.2009 que revelam isso. Isto contrasta com a mensagem que alguns jornais pretenderam fazer passar (ex. Diário Económico de 16.7.2009) manipulando para isso apenas alguns dados seleccionados da informação “Rendimento e Condições de Vida 2008” do INE.

Os baixos salários e o desemprego são fonte crescente de pobreza em Portugal

Uma das mensagens que o governo e as entidades patronais, e os seus defensores, têm procurado fazer passar é que quem tem emprego é um privilegiado, como se ter trabalho não fosse um direito que cabe ao Estado garantir como estabelece a própria Constituição da República. No entanto, como revelam os próprios dados do INE, em Portugal o trabalho também é, para muitos trabalhadores, fonte crescente de pobreza. O quadro seguinte, construído com dados constantes da informação do INE “Rendimento e Condições de Vida - 2008” em Portugal, revela que a pobreza aumentou não só entre os desempregados mas também entre a população empregada.





Segundo o INE, entre 2007 e 2008, a taxa de risco de pobreza, ou seja, pessoas que auferem um rendimento inferior ao limiar de pobreza (384,5 euros/mês considerando 14 meses) aumentou de 10% para 12% entre os empregados (+ 20%), e de 32% para 35% (+9%) entre os desempregados.

Em relação à população empregada pode-se falar com propriedade de “pobreza no trabalho”, ou seja, trabalhadores que têm emprego, mas cujo salário que obtêm não é suficiente para viver com um mínimo de dignidade. Segundo o INE, 12% dos empregados, que corresponde a 612.000 portugueses, repetimos com emprego, auferem um rendimento inferior a 384,5 euros por mês.

Dramática é também a situação dos desempregados em que o risco de pobreza aumentou, entre 2007 e 2008, de 32% para 35%. Portanto, em 2008, segundo o INE, 35 em cada 100 desempregados tinha para viver um rendimento mensal inferior a 384,5 euros (14 meses), o que é uma situação inaceitável sob o ponto de vista social. Mas estes dados do INE ainda não traduzem a verdadeira dimensão da pobreza neste sector da população constituída por todos aqueles que perderam o emprego, que está crescer de uma forma rápida, e que este governo nada tem feito para atenuar as crescentes dificuldades que enfrentam para viver.

O desemprego é fonte importante e crescente de pobreza em Portugal

O quadro seguinte, construído com dados divulgados pelo INE, pela OCDE e pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, revela que um elevado número de desempregados não têm direito a subsídio de desemprego.



No fim do 1º Trimestre de 2009, o número de desempregados a receber subsídio de desemprego era apenas 301.080 segundo o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Isso significava que existiam 194.720 desempregado que não tinham direito ao subsídio de desemprego se utilizarmos os números do desemprego oficial. Se utilizarmos o desemprego efectivo, que incluem também os “inactivos disponíveis” mais o “subemprego visível”, o número de desempregados sem direito a receber subsídio de desemprego já subia para 323.220. Se utilizarmos a taxa de desemprego calculada pela OCDE para Portugal – 9,1% em Março – o número de desempregados sem direito ao subsídio de desemprego já atingia os 208.047. Números esses que dão bem um ideia da dimensão da pobreza que atinge os desempregados em Portugal.

Mais de 31% dos desempregados com direito ao subsídio de desemprego recebem um valor inferior ao limiar de pobreza e valor do subsídio e o valor do subsídio diminuiu entre 2008 e 2009

Para além de existir um elevadíssimo número de desempregados que não recebem subsídio de desemprego, uma parcela ainda importante dos que têm direito a subsídio de desemprego recebem um valor muito baixo, como revela o quadro seguinte construído com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.



Em Maio de 2009, segundo o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, existiam 323.916 desempregados a receber subsídio de desemprego, sendo o subsídio médio de apenas 458,21 euros. No entanto, 31,3%, ou seja, 101.546 recebiam um subsídio inferior a 351 euros, ou seja, ao limar da pobreza que era de 384,50 euros. Portanto, se adicionarmos estes 101.546 que recebiam um valor inferior ao limiar da pobreza aos 196.400 que não tinham direito ao subsídio de desemprego estimados com base nos dados da OCDE (ver última linha do quadro II), obtém-se 297.946, o que correspondia a 57,3% do desemprego estimado pela OCDE. Isto significava que, pelo menos, 57 em cada 100 desempregados ou não recebiam subsídio de desemprego ou recebiam um valor inferior ao limiar da pobreza.

Por outro lado, e como revelam também os dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social tem-se verificado uma redução do valor do subsídio médio que passou, entre Abril de 2008 e Maio de 2009, de 464,54 euros para 458,21 euros, o que agravou as condições de vida mesmo dos desempregados com direito a subsídio de desemprego .

A burla da alteração feita pelo governo à lei do subsídio de desemprego

Perante a pressão da CGTP-IN e dos partidos políticos da oposição para que o governo alterasse a lei do subsídio de desemprego que publicou (Decreto-Lei 220/2006) que está a excluir um elevadíssimo número de desempregados do direito ao subsídio de desemprego o governo aprovou o Decreto-Lei 150/2009, que é uma autêntica burla, pois altera não o subsídio de desemprego mas apenas o subsídio social de desemprego. E a alteração feita é muito pequena pois limita-se mudar a chamada condição de recursos. Um desempregado, em certas condições tinha direito ao subsídio social de desemprego se o rendimento mensal per-capita do agregado familiar fosse inferior a 80% do salário mínimo nacional; agora, depois da alteração, passou a ser inferior a 110% do IAS, que corresponde a 460 euros. Os efeitos desta medida são reduzidos. O próprio governo já admitiu que isso poderia beneficiar, quanto muito, 15.000 desempregados.

A pobreza aumentou entre as famílias com filhos e entre os jovens

Este governo não se cansa de afirmar na propaganda oficial que está extremamente preocupado com o apoio às famílias e aos jovens. No entanto, os dados que o INE acabou de publicar desmentem esse apoio às famílias e aos jovens



De acordo com os dados divulgados pelo INE, entre 2007 e 2008, a taxa de pobreza (rendimentos inferiores ao limiar de pobreza que é de 384,5 euros /mês) das famílias com filhos aumentou de 18% para 20%, e dos jovens com idade entre os 0-17 anos subiu de 21% para 23%. São os dados oficiais que confirmam o aumento de pobreza em Portugal, e desmentem a propaganda governamental veiculada de uma forma acrítica por muitos órgãos de informação portugueses.

* Economista

A PROPÓSITO DO BEIRUTE NÃO É PARA TODOS DO DANIEL OLIVEIRA

Definitivamente Beirute é a imagem do neo-liberalismo e da contradição do momento: construir anárquica mas enormemente e nada construir e dormitar placidamente.

Excelente, no entanto, para estiolar e desfazer dos pontos negros e das barrigas de cerveja!

A PROPÓSITO DE VÍTOR BENTO E DO FAZ O QUE EU DIGO NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO


Conselheiro de Estado! Nem mais! Muito fez por isso Vítor Bento nos últimos tempos, muitas aparições e maiores intervenções. A mais desastrada: a da imposição para a baixa dos salários dos Portugueses; a mais conseguida: todas as outras, a bem da economia Portuguesa. Pena os aumentos do seu salário milionário para a maioria dos Portugueses não estarem conforme o seu pensamento. Vítor Bento é definitivamente um neoliberal pragmático e realista, um economista de um Portugal algo passadista e com alguma falta de imaginação. Um homem do: faz o que digo, não faças o que eu faço! Afinal, muito bem, porque tudo legal! Afinal o fundamental em Portugal não é o mérito com a ética do exemplo, porque essa dá o nome de inveja, mas a teia bem urdida do Estado e do estado dos conhecimentos: há que sobreviver , pois claro, e de preferência com o privilégio da apregoada , mas neste caso merecida, superioridade técnica!

Vítor Bento é por outro lado indubitavelmente um homem bom, competente na sua profissão, inimigo do desperdício e da má utilização marginal do capital investido e dos salários demasiado altos da população Portuguesa! Terá razão na sua condenação dos grandes projectos? Não sei, nem me parece que alguém em consciência saiba, sei apenas que águas passadas não movem moinhos mas demasiada água pode destruir o maquinismo!

Pena é que os economistas não sejam como os engenheiros que se regem todos pelos mesmos cálculos na sua profissão.


Pessoalmente é um homem bem pago, um privilegiado entre os seus iguais sem falar dos demasiado desiguais do Portugal fado como destino, funcionário em banho Maria do Banco de Portugal.

Cavaco é um tradicionalista. Cavaco gosta dos funcionários do Banco de Portugal. É um mundo à parte. Bons salários, reformas acumuladas e duplicadas, enquanto o povo morre e sufoca com reformas ordinárias e cada vez mais minguantes tiradas a ferro do seu trabalho. Já não chega agora subir a pulso para o Olimpo das mordomias. Economistas, arquitectos e muitos outros sobem o Tejo para outras paragens à procura de um porto seguro onde sejam reconhecidos pelo mérito. O seu erro: terem nascido depois de tempo ou não serem filhos dos deuses do Olimpo. A teia, no entanto, confronta-se com a globalização e a massificação do conhecimento. Mas Cavaco rebela-se contra este Estado de coisas e apela a que não nos resignemos.

Cavaco está-me a desiludir. Profundamente, que não totalmente! A política tem destas coisas, transforma homens humildes em seres infinitamente grandes mas com uma visão deturpada porque pejada de algas e lapas de outras visões, que vão pesando e obliterando na decisão. Pela lisonja, pela hipocrisia dos que o rodeiam. Não que não seja um homem sério, à sua maneira e à boa maneira Portuguesa do faz o que eu digo, não faças o que eu faço! Ou pelo menos que seja essa a sua e a nossa convicção. Mas é tão difícil resistir ao poder da lisonja e da adulação de número um. Afinal tem de se manter à tona de água neste lodo da política à Portuguesa.

Definitivamente, hoje, compreendo os caminhos da emigração e como Portugal será sempre um país pequeno, a duas velocidades, a dos esforçados e roubados cidadãos e a dos outros que se
autodenominam elites do poder! Afinal o futuro dos filhos dos pais do acomodado "republicano-monárquico" Portugal do presente, "chingado" futuro, joga-se nos tabuleiros deste regime , antigo, democrático não consolidado.

Que me perdoe Vítor Bento. Mas António Barreto era o meu nome, pela sua postura e alma totalmente independente! Parabéns ao conselheiro de estado Vítor Bento! A BEM DO ESTADO E DOS INTERESSES DO ESTADO QUE NÃO DA VERDADEIRA NAÇÃO DEMOCRÁTICA DE QUE GOSTARÍAMOS DE FAZER PARTE!

NOVO CARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS

terça-feira, 21 de julho de 2009

EXCESSO BOOMERANG OU MORTE DOS AGENTES ECONÓMICOS POR ESTRANGULAMENTO

«O mesmo adiantou que no final do ano este desequilíbrio será «muito superior ao previsto», refere a Lusa.

Numa reacção aos números hoje divulgados pela Direcção-geral do Orçamento (DGO), Francisco Louçã considerou também que o país está «a ficar estrangulado pela evasão fiscal».

Conforme disse Louçã à agência Lusa, «estes números revelam que a procissão ainda vai no adro e que o défice deste ano será muito superior aos seis por cento previstos e, em segundo lugar, que há uma crise permanente da estrutura das contas do Estado porque, não sendo surpresa que haja mais gastos porque aumenta o investimento público e as despesas da Segurança Social, por exemplo, já é verdade que Portugal tem um défice crónico de receitas fiscais».

O Bloco de Esquerda tem razão em muita coisa. Não tem é razão quando insiste em estrangulamentos por via de evasões fiscais.

Porque a verdadeira evasão fiscal é o estrangulamento brutal que os Portugueses sofrem por via dos impostos.

O Estrangulamento agora chama-se consequência do garroteamento dos agentes económicos, por uma política fiscal que levará o Estado, a ter de lançar impostos a si próprio, por ter abusado demasiado desta simbiose que se queria feliz para os dois lados.

Ou será que onde se lê evasão se deve ler pressão fiscal?


O TESTAMENTO VITALIS DA DEMOCRACIA À PORTUGUESA

A assunção de Arlindo de Carvalho como arguido vem novamente colocar na ordem do dia, o testamento Vitalis da democracia Portuguesa: a qualidade ética ou falta dela das elites Portuguesas, cuja arte de bem cabular em toda a sala da meninice, se transformou rapidamente na arte vital de bem enriquecer ao serviço do povo!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O NOVO SÓCRATES

Hoje Sócrates desceu à terra e teve um discurso com cabeça, tronco e membros e acima de tudo com postura humilde.

Com António Costa do Semanário Económico revelou que nem tudo foi negativo no seu consulado. A opção pelas renováveis, a procura de soluções de afirmação do Portugal exportador tudo isso é positivo.

Então o que falhou neste últimos anos? Para começar o seu gabinete de imagem e comunicação. Para intermediar, muita política espectáculo! Se fosse ele colocava um Sócrates autêntico e deitava fora a construção urdida. Tornava-me terra a terra, dialogante e humildemente autêntico. Ou não há essa humildade em Sócrates? A postura parece ser assim o ponto de viragem. Será que o gabinete de comunicação de Obama já começou a surtir efeito, ou Sócrates percebeu que um político não precisa de gabinetes de imagem, que faz tresandar a cinismo e oportunismo, precisa é de ser ... a imagem?

domingo, 19 de julho de 2009

SALGAR A CORRUPÇÃO

«A primeira: liquidar a lei da designação dos altos cargos da Administração Pública. Actualmente, as nomeações fazem-se, segundo a lei, pela “confiança política” do membro do governo. Os mandatos dos funcionários cessam com as eleições, isto é, com os novos governos. Com apoio de quase todos os partidos, a isenção e a competência dos Directores-gerais, Presidentes e equiparados, foram substituídas pela fidelidade partidária, pela gratidão política e pelos empenhos de vários tipos (partido, família, amizade, região, clube desportivo, loja, igreja, empresa ou lobby). São muitas centenas de funcionários superiores cuja dedicação à causa pública vem necessariamente em segundo lugar. Aliás, encontram-se hoje em campanha eleitoral, apoiando os seus ministros: se os seus mandatos são de confiança política, não há nada mais legítimo. Numa palavra: a corrupção é legal e tem apoio partidário e parlamentar.

A segunda: liquidar a maior parte das seis ou sete dezenas de Observatórios que existem na Administração Pública. Observatórios de tudo e nada, que se resumem a organizações de livre recrutamento dos amigos e fiéis e a casulos onde crescem fios e redes de interesses. Ao mesmo tempo, limitar drasticamente o número de assessores, adjuntos, consultores e conselheiros que cada gabinete governamental pode recrutar. Hoje, além dos quadros legais, são uns milhares deles, sem contar as empresas e as agências “subcontratadas”. São os locais ideais de reunião das células partidárias de cada ministério. São estas as fábricas de propaganda, eventos e inaugurações. São os alfobres das políticas de destruição dos adversários e de criação de factos políticos. São os viveiros dos futuros directores-gerais e quadros dos partidos. São os laboratórios de produção de interesses, de satisfação de pretensões e de invenção de intrigas. Aqui, a corrupção é lícita, avençada e remunerada a recibo verde. Aqui se faz o que a lei proíbe aos serviços de fazer. O partido que se comprometa a concretizar estas duas propostas merece a maioria absoluta.»


António Barreto fez no seu Retrato da Semana o Retrato da Década. Urge pois assim publicitar, a crédito de Álvaro Barreto e da esperança na Democracia ... próxima - futura?

O NOTÁVEL PORTUGAL

Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola

José de Oliveira e Costa:
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

Rui Machete:
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD

Armando Vara:
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP

Paulo Teixeira Pinto:
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de 'trabalho', Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:
Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Agora -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas 'patacas' como comentador RTP)

Celeste Cardona:
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD

José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES

João de Deus Pinheiro:
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português.

Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
Agora - Vogal do CA do BES

Ferreira do Amaral:
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.

... PRÓXIMO FUTURO ...

A FORÇA DO ACREDITAR

Já José Mattoso lembrava na sua identidade nacional que: os poderes políticos, sociais e económicos tem estado sempre nas mãos de uma minoria social intimamente dependente do estado e proporcionalmente mais reduzida que na maioria dos restantes países europeus. Assim a impossibilidade de assumir responsabilidades sociais e incapacidade de participar nas decisões. Se o sucesso está garantido para alguns, a improvisação, a habilidade, a pequena fraude, a economia paralela, a fuga aos impostos, a cunha, o clientelismo faz parte do dia a dia dos restantes...Ou a paixão, a intriga, ou o jogo ...

Feche-se Portugal às elites do poder simbióticas e redutoras, abra-se o país à democracia intensiva directa e teremos um novo Portugal!

De outro modo essas elites culturais, em défice de realidade, afastadas do povo, paternalistas, olhando o outro como rude, atrasado e ignaro, que tentam a tudo custo manter os privilégios minoritários, contradizendo a chegada à cultura e à literacia de vagas imensas, tornarão Portugal num país irremediavelmente decadente e em constante conflito consigo próprio.

TEMPO DE PROMESSAS, TEMPO DE DESCARAMENTO

Combate a desigualdades é prioridade
Pobreza: Sócrates quer novo subsídio para famíliasNova prestação beneficiará casais que trabalham e têm filhos, mas cujo rendimento é inferior a limiar da pobrezaO secretário-geral do PS, José Sócrates, revelou hoje que o programa eleitoral do PS vai incluir um novo subsídio para as famílias abaixo do limiar da pobreza e o reforço da rede de cuidados continuados.No encerramento do Fórum Novas Fronteiras 2009-2013 sobre polícias sociais, no Porto, José Sócrates referiu que a nova prestação social irá beneficiar os casais que trabalham e têm filhos, mas cujo rendimento per capita do agregado familiar é inferior ao limiar da pobreza.Segundo a agência Lusa, o líder socialista assumiu também o compromisso de continuar a combater as desigualdades sociais, aumentar o salário mínimo nacional e reforçar a relação com as instituições particulares de solidariedade social, nomeadamente no alargamento da rede de cuidados continuados.

O homem quer, o pobre sonha, a obra nasce!

Enquanto governo asfixiou as empresas, asfixiou os particulares, diminuiu pensões, desprezou profissões, colocou a economia nacional em estado de astenia larvar.

Como candidato é um mão largas, volta-lhe a consciência social, alargam-se as ventosas promessas.

Como Pedro e o Lobo, ou o sapo que queria ser boi, mentira, ambição de poder e peçonha tem perna curta!