quinta-feira, 23 de julho de 2009

A REPÚBLICA DOS DELÍRIOS OU I'M THE POWER

«PS: "Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu" - Sócrates» ou «a acção do Governo é mais apreciada no estrangeiro que aqui»

Há de facto um gap entre o capital que dá visibilidade e aparente prestígio a um governante fora de portas e o sentir daqueles que diariamente com ele ou as suas políticas convivem. Sócrates potencia esse capital de conhecimento porque é um profissional do artificio e da comunicação. Quando Blair aumentava o seu capital fora de portas já o seu prestígio e um enorme cartão amarelo aflorava intramuros.

Nietzscke
ou Maquiavel, por outro lado, não diriam melhor. As frases do primeiro para além de insuportavelmente portadoras de um comportamento narcísico e delirante, revelam que a obsessão do deficit antes tão criticada, foi levada a extremos tais que liquidou a base de sustentação de centenas de milhar de famílias. Dezenas ou centenas de milhar de micro ou pequenas empresas sustentáculo de centenas de milhar de famílias foram levadas na voragem de um Estado que fez da pressão fiscal, em forma de impostos, taxas e coimas, o leitmotiv da sua megalomania. Sócrates governou para os números não para as pessoas, liquidando um frágil tecido empresarial que era o sustentáculo de muitos, deixando sem rede mais de um milhão de pessoas - os pequenos empresários, os inúmeros independentes ... hoje sem sustentáculo e sem qualquer apoio do Estado.

A leitura de comentários à expressão Imperial de Sócrates, revela bem da revolta que grassa na sociedade Portuguesa com este primeiro-ministro. Desde megalómano até outros mimos levados pelo desespero de quem viu o Estado comer-lhes a subsistência, Sócrates faz bem em sair rapidamente de cena, porque se não corre o risco de se ver a braços com a maior revolta social desde a 1ªRepública.

A pressão fiscal e penal deste governo sob tudo o que mexia, já há muito que indiciava o que ia acontecer. O que é triste é que não só Sócrates deixa um país de pessoas empobrecidas e sem capacidade de prover o seu dia a dia, como destrói o capital de um partido, como o socialista, que foi sempre uma reserva de esperança para muitos postos à margem e que se deixou enredar nas malhas de um projecto personalista de um carácter megalómano e fantasista.

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