sábado, 24 de outubro de 2009

LEALDADES INDEFECTÍVEIS, VIVER E MORRER DE CLUBITE EM PORTUGAL

O meu amigo barbeiro com a autoridade e a bem querença do simpatizante partidário, revolta-se contra os que não tendo ganho o país, esperam deste governo um governo feito à sua medida. Afinal, diz, os 36% dos Portugueses que votaram PS pelo seu programa esperam que ele se cumpra.

Obviamente caro barbeiro que estes 36% de Portugueses que esperam governar e alguns malhar nos outros 64%, agora então que possuem a arma canhão - não se vá ela voltar contra eles explodindo-lhe nas mãos - esquecem-se que muitos desses 36% , pela aparência das muitas romarias, votaram muito mais nas ... aparências e sensação de orfandade, que no programa de uma vida.

Quando se fala na necessidade de reformas, podemos anuir carneiristicamente com a cabeça e achar da necessidade das mesmas, mesmo que os bandidos sejam colocados fora das cadeias, mas quando se olha para a realidade da vida o que se vê: um país mais solidário, mais rico, menos desigual, ou um com cerca de 40% de pobres, tecido produtivo cada vez mais fragilizado, maior conflitualidade, mais de 10% de desempregados reais, possivelmente cerca de 20% verdadeiros, corrupção em abundância, divergência Europeia, violência e descrença generalizada?

Um verdadeiro socialista, porque humanista, e desprovido de lealdades sem substância real, Fernando Nobre, dizia qualquer coisa como: "tenho vergonha de viver num país que apresenta tal desumanidade nos números".

É que socialistas na ilusão e no sonho somos todos; alguns, ferrenhos, como massas ululantes de indefectíveis, mesmo que caia Carmo e Trindade, outros sempre prontos para medir a compasso a verdade do socialismo.


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