quarta-feira, 24 de março de 2010

FITCH, PEDIDO DE DEFAULT A ESTES MENSAGEIROS DAS SOMBRAS

Se há casos em que se não deve matar o mensageiro, este não é o caso das agências de notação na avaliação do risco dos países.

A diminuição do rating de longo prazo para Portugal  de AA para AA- exigiria uma acção concertada por dois motivos: o primeiro por cheirar fortemente a manipulação dos mercados; a 2ª, derivada da primeira, por parecer desfasado no tempo o risco de avaliação da Fitch. Num cenário de "travamento" - estrangulamento do défice através do PEC e do orçamento para 2010, cheira a conluio com o objectivo de agravar o juro da dívida Portuguesa. E isso por mais que o mensageiro se ache no seu direito de exercício livre no mercado, não parece aceitável! 

Assim era bom que as empresas de rating se eximissem de fazer avaliações de países pela manipulação que parece existir. 

Default pois com elas!

4 comentários:

ricardo disse...

É claro que as agências de rating estão contra nós.
Agora que o país estava a sair airosamente da crise e finalmente tinhamos um futuro brilhante à nossa frente, vêm estes mentirosos prejudicar a nossa prosperidade.
Sujiro ao governo que aproveite esta oportunidade para arruinar estes especuladores, mobilizando as nossas abundantes reservas financeiras e compre a dívida portuguesa em circulação agora que ela baixou de preço.
Haja Deus!

causa vossa disse...

Ricardo

Todos sabemos que a situação do país não é famosa, que a gestão dos últimos 15 anos foi desastrosa por más opções. Mas também todos sabemos que a crise, mais do que lamentos e bota abaixismo, necessita em algum momento de acção e cabeça fria.
E muito menos precisa de agências de notação que nem sempre se mostram competentes e muitas vezes mostram indícios claros de manipulação de mercados. Ou será que deveremos achar que os mercados de capitais são da dimensão ética da Madre Teresa de Calcutá?

ricardo disse...

A ética dos mercados é a ética da vida.
Compete a cada um de nós e aos governantes agir responsavelmente para não sermos confrontados com a realidade tarde de mais.
Neste momento agir responsàvelmente seria utilizar estas notícias como um alerta geral e como catalizador para mobilizar os cidadãos para o caminho que temos que fazer(com os mercados também) para sairmos do buraco em que nos metemos.
Denegrir o mensageiro das más notícias é o caminho da demagogia e não o da inteligência.

causa vossa disse...

Anota-se a sua opinião, mesmo se a achamos demasiado Naif relativamente ao que são hoje as forças financeiras em presença. Verá também, Ricardo, que não escamoteio a responsabilidade de todos nós, mais não seja por suportada numa fraca qualidade da democracia. Inteligência e pragmatismo, também e sim, mas sem nos vergarmos ao aproveitamento de quem manipula os mercados financeiros internacionais. Aliás o PEC, na minha modesta opinião, PECA por uma medida que teria posto em execução até pelo menos 2013: o fim do subsídio de Natal!

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