quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A ESQUERDA QUE RASGOU POR EXCESSO AS SUAS BANDEIRAS

«A este propósito não resisto a acrescentar – não para si, claro – que a visão estreita destas coisas e o profundo desconhecimento que têm do funcionamento da economia, por parte de certos sectores ideológicos (que se pensam de esquerda), levou a que deixassem passar debaixo do nariz (e foram cúmplices de) o maior processo de transferência de rendimento a favor do capital (investido e transferido para o SNT), enquanto andaram atrás de gambozinos ideológicos, como este agora.»V.Bento.
Este parágrafo de VB é denunciador de um dos maiores paradoxos da história económica Portuguesa moderna e dos apaniguados ideológicos. Do mesmo modo da dificuldade de saber «onde está o Wally», medidas da denominada esquerda têm se confirmado como verdadeiras medidas de direita e vice versa.
O que falta é mercado, não reguladores de monopólio ou oligopólio, o que falta é dizer não a monopólios públicos ou monopólios privados.
A transferência de rendimento de que fala VB, processou-se por via de vários  monstros que criaram o monstro: monopólios privados e públicos, reguladores, custos de contexto acrescidos diários na economia, excesso de garantismo na justiça, excesso de público, excesso de penalidades, coimas, decretos leis, excesso de administrações, corporações,... no fundo um ambiente de emprego e não trabalho, um ambiente de não concorrência. A consequência está aí, clara: a implosão do FUNDAMENTAL transaccionável, por um Estado balofo IMAGEM DO NÃO TRANSACCIONÁVEL, a matar  uma bandeira de uma esquerda - que quer ser esquerda apenas porque se diz?
Os ST fecham quando não competem, os SNT mantêm-se porque engordam ou mantêm o peso à custa da pele e do osso dos ST.

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