quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SIC: JOSÉ GOMES FERREIRA, TIAGO CAIADO GUERREIRO...

Ontem disseram-se na SIC Notícias as coisas mais inteligentes que ouvi em Portugal. Cuidado com a privatização da TAP que estrategicamente vai matar a nossa economia de turismo (porque não se despedem as centenas que não permitem o regresso aos lucros da TAP?). 

Já algum inteligente deste estado de partidos parou para pensar que o sector da aviação é o mais concorrencial de todos e que se empresas como a Portugália e a AirLuxor não sobreviveram, é porque este sector nunca terá concorrência de interesse nacional em mercado liberalizado. Quando Ibéria, ou outras fizerem, à TAP, o que foi feito à SAAB (tomarem-lhe os mercados e extinguirem-na aos pedaços, para  além de obrigarem os Portugueses a deslocarem-se aos seus próprios Hub's) estaremos aqui para criminalizar e perseguir os autores de tamanha façanha antipatriótica e criminosa.

E o que dizer das águas? Privatizar vai ser igual a aumentar os preços!

Tiago Caiado Guerreiro colocou o dedo na ferida do problema nacional ao falar na distribuição que mantêm reféns pequenas e médias empresas e toda a elite parasitária que domina sectores monopólicos como a electricidade, o gás, os combustíveis, ... um verdadeiro feudalismo à Portuguesa que se mantêm há quinhentos anos!

Subir impostos, por outro lado, significa matar mais concorrência e é por isso que a Troika mais inteligente e séria que a partidocracia nacional chancelou o problema maior nacional: a concorrência, ou melhor a falta dela nos sectores que dominam as PME's (essas sujeitas a uma concorrência criminosa aduzida dos custos de contexto ruinosos do estado português). Alguém sabe nos partidos do poder (fora do poder parecem que sabiam) o que significa IVA's acrescidos, aumentos de IMI's ou outros no contexto nacional? O actual ministro das finanças não ouviu a Troika que não quer ouvir falar em aumentos de impostos, mas em aumento da competitividade/concorrência?

Mas srs. políticos: concorrência não é sinónimo de privatizar, mas afastar os entraves à concorrência. Isto faz-se com reguladores não sequestrados por partidos ou interesses monopolistas, não por privatizações - mesmo que impostas pela nossa condição de devedores.

Como gestor de PME's com um MBA que não significa "medíocre but arrogant", não percebo como se tomam medidas sem perceber/estudar o seu impacto.  É que muitos destes aumentos de impostos vão ter consequências no nível mais baixo de impostos a médio/longo  prazo pela destruição do tecido nacional. A sustentabilidade não se constrói, senão nos manuais, e muito menos num mundo rápido e de necessidade de massa crítica, por uma hipotética destruição criativa.

Será que se quer mostrar serviço imediato não querendo saber das consequências a médio/longo prazo?

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