terça-feira, 8 de maio de 2012

PORTUGAL EMPAREDEDADO

No século XVII o Padre António Vieira tinha a ambição de desenhar uma História do Futuro.
Uma História do Futuro que desse peso específico a Portugal e desse alma às profecias de um Quinto Império.
As misérias de Portugal estavam já no entanto na seiva que alimenta esse corpo chamado Portugal: a corrupção, a intolerância, a mesquinhez. 
Ontem um dos homens da luta lembrou fora de horas que se define como um homem de direita e de esquerda. 
Mas que vivemos tempos estranhos.
Temos o pior da esquerda, que é um estado que esmaga a iniciativa dos cidadãos e que todos os dias, mas todos os dias mesmo, inventa novas maneiras de os esbulhar do pouco que já têm, (ontem foi uma nova idiotice do governo dito liberal, um seguro de renda),
e o pior da direita que é a redução da pessoa humana às migalhas do assistencialismo que esmaga a dignidade humana.
E é, aí, que Portugal tem de se reequacionar. 
Na de que a todo e qualquer homem podem-lhe tirar tudo menos a dignidade.
E muitos, e cada vez mais, sentem que depois do pão é o que nos tentam tirar todos os dias.

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