quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

JERÓNIMO E O REGIME AUTOCRÁTICO DE PRIMEIRO MINISTRO

«Jerónimo de Sousa, destaca a existência de quase 700 mil desempregados, «muitos dos quais sem subsídio de desemprego» e chama a atenção para o «trabalho precário e sem direitos imposto às novas gerações» e para o encerramento de empresas, «que criam um drama económico e social em vastas regiões do país» e que resultam de «uma política de direita prosseguida há vários anos».
O dirigente do Partido Comunista acusa o poder dominante de desenvolver uma política que impõe «sacrifícios a quem vive do seu trabalho, da sua reforma, dos seus pequenos rendimentos», ao mesmo tempo que «favorece os lucros dos grandes grupos económicos».
PS, PSD e CDS merecem críticas de Jerónimo de Sousa: «Querem prosseguir os ataques aos direitos dos trabalhadores e agravar ainda mais a exploração, querem ir mais longe na privatização da saúde, do ensino e na destruição da Segurança Social, querem tornar mais apelativa a especulação e lucro, em detrimento de uma aposta na produção nacional, na nossa indústria, nas nossas pescas, na agricultura e no mundo rural».
Estes partidos, aponta ainda o líder comunista, pretendem também «comprometer o país com novas aventuras militares enviando soldados portugueses para guerras ao serviço dos interesses dos Estados Unidos e da Nato».
«Num tempo em que se vão distribuindo umas migalhas pelos que menos têm» e em que «se apela ao conformismo, à resignação, em que se procuram impor as injustiças e desigualdades como sendo algo de natural», Jerónimo de Sousa insiste que «nem o país está condenado ao atraso» nem os portugueses estão «perante a inevitabilidade de uma vida pior».
Mesmo para os não comunistas, para aqueles que acham que não são as relações sociais de produção e o materialismo histórico a única "história",  não custa reconhecer que o diagnóstico do partido comunista pela pena de Jerónimo nos elementos com fundo a vermelho são certeiros. A laranja, uma meia verdade. Política de direita ou regime de deriva autocrática baseada num projecto pessoal de primeiro ministro? A verde a anulação de todo o esforço de credibilidade, na velha postura do orgulhosamente só nós, onde em toda a seara só apenas joio sem um único grão de trigo!  

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