quarta-feira, 6 de julho de 2011

BOICOTE À UNIÃO EUROPEIA: O FIM DA EUROPA COMO A CONHECEMOS

«A partir de Abril deste ano, a Holanda adoptou uma nova regra que na prática expulsa do seu território pessoas desempregadas há mais de três meses que não sejam nativos. Dos 200 mil imigrantes comunitários radicados no país, a maioria são polacos, e o resto são romenos, lituanos e búlgaros, que trabalham na área da construção e agricultura (são eles que apanham as famosas tulipas holandesas, segundo reza a anedota local).
Recentemente, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, alertou para o nascimento de "um novo fenómeno de eurocepticismo", que nada tem a ver com o tradicional de origem britânica. "Estou a falar de uma fenómeno que não se declara. Vejo o comportamento de políticos que dizem que apoiam a UE e mais integração, mas ao mesmo tempo tomam decisões para enfraquecer a UE", explicou Tusk, a um grupo de jornalistas em Varsóvia. E aqui inscreve também o mal-estar criado com a renitência em apoiar países como a Grécia ou Portugal. "As pessoas dizem às outras: vocês não são adequados, deviam sair da UE, deviam sair do euro. Preocupam-me essas tendências porque acredito que o caminho certo é outro, é mais integração", explicou.
A este respeito, o ministro de finanças polaco, Jacek Rostowski também salientou uma grande preocupação com "um crescente afastamento entre o norte e o sul", entre quem paga e quem recebe ajuda financeira. É um tema que marcará a presidência polaca da UE no próximo semestre mas que parece estar para durar.
Se os critérios de ajuda à Grécia protegem estas tendências proteccionistas, o sistema de Schengen foi desenhado numa lógica antiga, de maior solidariedade e por isso pode entrar em ruptura. "Os governos agora já não são livres de fazer o que querem com as suas fronteiras porque criámos regras europeias", explica Carrera, para quem a experiência recente "pôs Schengen claramente em risco". Em Setembro a Comissão vai justamente propor um mecanismo de coordenação de controlo de fronteiras, que evite posições unilaterais, criando um âmbito europeu de acção que dê coerência às excepções, respeitando critérios de proporcionalidade. Mas a bola está no lado dos governos.»

Penso que está na altura de reavaliar a nossa estada na zona Euro e na própria União Europeia face à xenofobia e nacionalismo que grassa no Norte Europeu.

Afinal temos 900 anos de história e saberemos renascer das cinzas mais fortes.

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