terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO: A GRANDE FANTOCHADA

Nuno Ribeiro da Silva, comentando o fim das tarifas reguladas a 1 de Janeiro de 2013, disse à Lusa que, "chegada a hora da verdade", o que se verifica é que "a actuação do Governo e do regulador sectorial [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] é chocante", considerando que o processo de conclusão do mercado livre de electricidade e do gás "encaminha-se a passos largos para não passar de uma fantochada para a 'troika' ver".
O presidente da Endesa Portugal frisa, em declarações por escrito, que "é urgente que o Governo clarifique se pretende ou não cumprir com os desígnios com que se comprometeu", e que caso decida avançar com a liberalização que "os vícios da sua acção recente sejam rapidamente expurgados".
Neste País a liberalização serve para manter sectores protegidos à custa sempre dos mesmos: os consumidores e os contribuintes em geral.
As reformas estão sempre alienadas no interesse de alguns. O apregoado liberalismo de Passos não é mais que um intervencionismo encapotado, focado quase exclusivamente na liberalização e desregulamentação do mercado de trabalho. Fazer o óbvio, a separação dos interesses entre política e economia, continua  a estar sequestrado pelos interesses inconfessáveis, os mesmos que vão mudando de forma para se manterem no essencial.
Ou alguém duvida que os Catroga's e quejandos não visam blindar os sectores de renda, colocando uma mão nas empresas - que irão pescar os amigos nos tempos políticos rotativos do pousio do poder?  

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