terça-feira, 5 de março de 2013

RUI MOREIRA, A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E O POPULISMO

Rui Moreira, um gestor de bom senso, cujas opiniões muitos gostam de seguir, tem agora - esperemos que não por aparecer como candidato a uma câmara municipal - tem da democracia participativa uma visão de perigo populista.
Não concordo, ou não fosse a democracia Suíça um dos grandes exemplos de participação via constante auscultação. 
Um certo elitismo, em democracias onde os seus representantes não representam e não respeitam coisa nenhuma? 

2 comentários:

rui moreira disse...

A democracia inventou o sistema representativo
que, não sendo perfeito, é seguramente melhor do que
qualquer dos outros de que se tem conhecimento. Claro
que as novas tecnologias desafiam a nossa imaginação, e
há quem acredite que no futuro será possível encontrar
formas referendárias de participação imediata. Essa
forma de participação comporta, no entanto, riscos
muito elevados que a sociologia explica. A democracia
directa, que tem sido ensaiada em referendos e em
petições, é presa fácil dos demagogos e, por isso, um
terreno fértil para as ditaduras.Há, no entanto, óbvias razões que recomendam
que se aperfeiçoe o sistema representativo em função
de critérios razoáveis e democráticos, respondendo-se
assim aos anseios da população. O aprofundamento
da democracia exige que se contrarie o desamor dos
cidadãos pela política. Não se trata de reinventar a
política, que é uma ideia pretensiosa, mas de aproximar
a política da cidadania, de recuperar o debate ideológico,
de responsabilizar os políticos pelas suas promessas, de
os aproximar dos seus eleitores, através de uma relação
entre o eleitor e o eleito que não se expresse apenas no
momento em que se deposita o voto na urna.



Foi isto que escrevi no meu livro "Ultimato". abraço
Rui Moreira

Bmonteiro disse...

Bravo Rui Moreira.
Pudesse votar aqui de Lisboa, aí teria um voto mais.
De um passado que nos levou a uma breve conversa na sede de determinada candidatura a eleições recentes para a PR.
Pese determinada, destinada a não ganhar,
a bem do Regime.
Quanto ás autárquicas, conto seja mais fácil e possível.
O que lamento, é que do recente jantar de almirantes e generais, não tenham saído um ou dois, para desafiarem os eleitores de Oeiras ou Lisboa, por ex.
Não estive no jantar.

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