terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O LUGAR E O ESTADO DA UNIÃO

A propósito do improvável paradoxo de um blog

A dissecação à lupa da história da união Europeia de Pérez Bustamante e de Juan Colsa, embora numa tradução do Português inenarrável, é imensamente esclarecedora a este respeito, pois cingirmos os nossos olhos no estado de relações meramente de curto prazo e da luta de interesses, não nos deixa distinguir o essencial do longo prazo.

E, de facto, onde andaria o escudo e a libra Irlandesa por estes tempos, arrastado na mesma voragem da coroa Islandesa?

Se há algo que esta União falha é alguma falta de clarividência na abordagem e na tomada para si do cidadão Europeu, e esta faz-se na total transparência do "edifício" e das suas políticas e na defesa dos interesses das maiorias (não na dos interesses deslocalizados), na defesa de um Estado social forte e não meramente retórico (que queira colocar os Europeus a trabalhar 56 horas por semana, competindo com Chineses e Indianos na precariedade ou no dumping, ou a desprovê-los de instrumentos minímos de defesa face ao desemprego!).

A Europa só será uma construção de uma supra Estado não falhado, enquanto for igual a si própria nos seus fundamentos e quando conseguir superar e ganhar aos Estados, os afectos dos seus cidadãos! Para isso para além de não se poder deixar seduzir pela "diferença de alturas" das sua populações, seja em dimensão, seja em riqueza, tem de jogar taco a taco com os Estados Nacionais no palco da normalização da igualdade, justiça social, justiça e harmonização fiscal e não no seu contrário, a desmontagem do estado social - porque está por provar não ser possível a existência de um Estado social num palco mundializado de desigualdade e injustiça!

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