segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O PRIMEIRO CAMPONÊS

«... A sua estudada pose dos anos vindouros será construída na base do instinto de sobrevivência: "Quem quiser singrar na política, em Lisboa, e venha da província, tem de ser muito mais talentoso do que as pessoas de lá. Todos o observarão, para ver se sabe estar, se tem modos, se sabe pisar." Esta desconfiança de camponês marcar-lo-á, para sempre, nas difíceis relações com um mundo mediático que considera hostil. O rapaz que passeava na burra da tia Lucinda, em Trásos-Montes, transforma-se no cosmopolita que encomenda fettuccines no restaurante Mezzaluna. O Zezito que se agasalhava no casaquinho de malha transforma-se no eng.° Sócrates, de blaser Hugo Boss sobre T-shirt escura. E, agora sim, está na sua verdadeira pele. «

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