sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

REGULAÇÃO DESIGUALITARISTA

Porque nada melhor do que manusear os instrumentos de (o) mercado no caldo de cultura da economia global, esta notícia intervenção do nosso embaixador em França, Seixas da Costa, dá uma imagem das diferentes posturas, interesses e caminhos perante varáveis de sentido aparentemente idêntico. Diz ele do antigo ministro das finanças de Gordon Brown:


O problema dos modelos é que a aceitação de muitos dos seus mecanismos, num mundo global, ainda sofre dos particularismos globais. Vide o caso singular de um mercado altamente "regulado" Português, noticiado hoje: "92% dos contratos públicos foram feitos por ajuste directo". Estando o povo Português pelos "ajustes" com isto, o que dizer de um mundo que vive no espartilho dos recursos escassos base da economia, num modelo de consumo sem sustentabilidade, num modelo de distribuição casuístico com pouca ponta de igualitarismo. Fica entretanto, aqui, a imagem da regulação como variável de espectro largo, eficácia com mais ou menos utilitarismo versus a ineficácia colectivista igualitarista: "coletes de força regulatórios". 
 Afinal Davos é apenas o espelho do multiespectro dos agentes de alto gabarito e ainda há quem pense que o determinismo se joga apenas no tabuleiro do colectivismo.

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