sexta-feira, 29 de abril de 2011

FERRAZ DA COSTA, OUTRO "SENHOR" DO ANTIGAMENTE

«Facilitar os despedimentos, diminuir o subsídio de desemprego a seis meses, rever a lei da greve e reduzir a carga fiscal sobre as empresas são sugestões.
As soluções do Fórum para a Competitividade para a "recuperação nacional" passam por constitucionalizar um processo severo de ajustamento orçamental, facilitar os despedimentos, limitar direito à greve, aumentar IVA acabando com taxas reduzidas, e baixar carga fiscal das empresas, a começar por uma "isenção das contribuições empresariais para a Segurança Social durante um período de cinco anos".
Para lidar com o actual volume de dívida, a primeira resposta desta associação ligada às empresas portuguesas e liderada por Pedro Ferraz da Costa, antigo presidente da CIP, é a "renegociação da dívida do sector público alargado junto de grandes credores e fornecedores renegociando prazos, taxas de juros e outras condições contratuais". A segunda é a "adopção de esquemas de poupança forçada, através do pagamento do Subsídio de Férias e de Natal em títulos da dívida pública a cinco anos". Subsídios que, acrescentam, devem condicionados à assiduidade»
Isto é tudo o que tem para oferecer Ferraz da Costa um outro responsável dinossauro ao que isto chegou? Interessante a sua menção, não constante na citação, à formação livresca desenquadrada da realidade, indo contra tudo o que foram as verdadeiras conquistas dos últimos trinta anos: a existência de um país mais formado e culto, fora do círculo da minoria de privilégio.  

Quer Ferraz da Costa o regresso ao liberalismo puro e duro do século XVIII, quando os trabalhadores eram simples peças de máquinas? 

Para um Gestor que não seja apenas gestor do seu próprio bolso, tais medidas são completamente idiotas e indiciadoras que estes senhores, que andaram sempre encostados ao poder à espera de benesses para passearem os seus Ferraris, não merecem nem consideração nem atenção dos Média.

Não está aqui em causa um país de gente preguiçosa, de gente que não queira trabalhar, está aqui em causa a reversão de tudo o que são conquistas (não de Abril) mas do mundo civilizado e não selvagem. As conquistas são as conquistas da responsabilidade social, conquistas que um certo patronato tem de entender serem das próprias funções das empresas: as empresas delegadas aos empresários como forma de responsabilidade social. A democracia e o país não são as centrais sindicais, que já poucos representam, ou as confederações patronais que só representam uma economia de antigo regime - onde estão os representantes eleitos dos independentes e das PME's empresas (mais de 80% do tecido produtivo Português)?

Poupança Forçada, aumento do IVA reduzido, limitar o direito à greve... mas este senhor já ouviu falar de DEMOCRACIA? O curioso é que são os "  meninos"   que nos trouxeram até aqui, que sempre negociaram com Deus e com o Demónio (houve-se dinheiro para exaurir dos cofres do Estado!) que dão palpites de como nos arrastar, agora, até ali: ao INFERNO da fome e da miséria crónica!

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