segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TEIXEIRA DOS SANTOS "O ANIMAL ECONOMICUS"

Teixeira dos Santos em entrevista : “Estamos a apanhar o vento de feição de Bruxelas”

Se Sócrates como primeiro-ministro é o responsável máximo pela situação actual do País, deve-o com certeza não só ao seu carácter truculento e à sua impreparação para ser primeiro-ministro, mas deve-o também, em muito, à incompetência gritante do ex-responsável da CMVM, comissão que "permitiu" em co-responsabilidade com o banco de Portugal, os desacatos e a roda livre de administradores de sociedades cotadas e a sua manipulação dos mercados para obterem ganhos próprios, tudo à custa dos pequenos aforradores e accionistas.

A política financeira de Teixeira dos Santos e a sua obsessão quase "criminosa" de abaixamento do deficit orçamental, alicerçada quase exclusivamente num consecutivo aumento da carga fiscal perante empresas e particulares já de si fragilizados, foi um rude golpe para com a economia Portuguesa e para os Portugueses, que do sector público às empresas privadas viram consecutivamente o seu poder de compra não ser, pelo menos, reposto face à inflação.

A gravidade da situação económica Portuguesa não é mais perceptível porque o baixo grau e a anemia com que é confrontado com esta crise, dilui um pouco a percepção da própria crise.

E contudo ela nota-se no comércio pré-natalício e na tristeza e apreensão das pessoas. Alguns, os cínicos do costume, afirmarão: mas já quase não há vagas para as viagens de Natal!

Talvez não, mas um País de quase onze milhões de pessoas, não se constrói com uma minoria de 200 ou 500 mil pessoas!

Enquanto Portugal não assentar mais a sua visão de curto, médio e longo prazo mais na sua política económica do que na política quase exclusivamente financeira, à volta sempre com a preocupação do deficit, a miragem de um país evoluído apesar de um aumento das qualificações (e como é estranho esta alusão sistemática, vertigem e paradoxo pelas qualificações de Sócrates, quando o mercado Português não escoa aqueles que já tem mais qualificações, ou a qualificação máxima está na razão inversa de um Estado controlador, asfixiador, paternalista, que quer dirigir ele próprio os destinos dos agentes económicos sistematicamente cometendo erros de avaliação e de investimento estratégico - nota positiva apenas para a diminuição da dependência energética!).

Urge perguntar o que tem feito este governo pela diminuição das disparidades regionais, pelo ordenamento do território, pela assumpção de políticas mais abrangentes e orientadoras em detrimento das mais interventoras deixando simultaneamente interesses privados mesquinhos em constante promiscuidade com o Estado!

Urge também perguntar o que este governo tem feito pelas pessoas? Muito pouco com a sua arrogância "canhão" e com a sistemática perseguição aos cidadãos através de um máquina fiscal iníquia e em roda livre!

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