quarta-feira, 18 de março de 2009

DÍVIDA EM CRESCENDO, CRESCIMENTO DO PRODUTO EM DECRESCENDO

EM ALTA, ABEL MATEUS critica lógica dos grandes investimentos. EM ALTA, TAMBÉM, CRAVINHO!

Aquilo que Abel Mateus aqui diz «Portugal arrisca-se a ser um cheque sem cobertura por causa do endividamento» é o que qualquer não cego que queira ver há muito vê e pensa. A lógica da rentabilidade dos projectos é algo que só Sócrates com as enormes lacunas devidas a uma formação insuficiente produzem.

Aquilo que Abel Mateus diz é aquilo, façamos justiça, que tem sido a matriz do pensamento do PCP desde sempre: é fundamental optar pela economia produtiva líquida e deixarmo-nos de projectos megalómanos que só empobrecem todos. Felizmente que outros partidos como o PSD e o CDS já resolveram dar mais visibilidade a esse pensamento estratégico. É preciso assim que o façam e que todos os projectos tenham uma óptica de criação de manutenção de valor desfasada de interesses partidários ou pessoais.

O TGV é o exemplo de mais uma fuga para a frente no endividamento e juros acrescidos a tirar ao crescimento económico produtivo. Alguém acredita que o TGV se vai, no mínimo, pagar a si próprio. E a que custo? Das transportadoras aéreas? Ou da acumulação de dívida? A óptica destes investimentos é, assim, em linguagem pura e dura a continuação da sonegação de riqueza nacional por parte de alguns. Infelizmente daqueles que deviam ser os primeiros a defender o futuro dos Portugueses mas que paulatinamente endividam o País e hipotecam o seu futuro.
Será que poderemos na altura pedir a penhora dos bens destes senhores como reversão de dívida Nacional?

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