Mas era a minha empresa, o meu esforço, o meu suor! Não vivia de apoios, de esquemas, nem de tráfico de influências ou favores.
Era apenas uma empresa, uma pequena empresa feita de carinho, de produtividade, de suor. Mas este suor foi pouco face à empresa de ser empresa em Portugal. Porque do outro lado estavam um multidão de gente gananciosa e mesquinha apostada em nada fazendo, ou melhor fazendo nada de palpável e utilitário, parasitar!
Os senhores da banca, na sua magistral capacidade de enriquecer, manipular, e nos empobrecer; os senhores do fisco na sua imensa capacidade de extorquir, destruir e feudalizar; os senhores dos monopólios e dos oligopólios na sua imensa capacidade de explorar, deprimir e destruir; os senhores do governo e dos partidos na sua imensa capacidade de não ouvir, confundir e tudo irrepresentativamente dominar!
Afinal o que é isso de produtividade? É alguma manha para contrariar a felicidade de criar, ou um novo jogo nas mãos de um povo suicidário?