sábado, 14 de fevereiro de 2009

FRUTOS PODRES!

«"Mudam-se os tempos mas não se mudam as vontades...
Uma pequena nota no
El País causou-me mal-estar. A Procuradoria Geral espanhola pediu um ano e meio de prisão para um homem que roubou “meia barra de pão”. O autor da nota, Joan Carrach, adianta que na Inglaterra do século XIX roubar uma laranja era um passaporte para a Austrália. “Mudam-se os tempos mas não se mudam as vontades”...Os outros, os assaltantes de primeira gema, não precisam de ter medo de ir para a Austrália ou para a prisão. Gozam com o pagode! » transcrito e subscrito do QUARTA REPÚBLICA!

Muito vezes ponho-me a pensar de quem é a responsabilidade deste estado de coisas! E chego à triste e vã resposta que o povo é o responsável! Pela sua inacção, indiferença, inércia com algo de cobardia! Os outros do tempo daqueles que recebiam um conduto para a Austrália, também de tempos a tempos emolduravam os candeeiros de bem maiores trapaceiros! A mim que sou também fruto dos tempos da inacção, sobram-me no entanto sonhos (e somente sonhos)onde os vilões caem como laranjas podres, dependurados de árvores em processo de desinfestação!

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?

Com a devida vénia de WEHAVEKAOSINTHEGARDEN :
EntreAmoresEdesamores: de um lado José Sócrates travestido de socialista mas muito aderente a outros istas, do outro lado M.F.Leite, genuinamente perdida num mundo de espinhos!
Dois amores, não me parece, mas duas valentes dores de cabeça! Verdadeiramente correcto só o nome do blog, WEHAVEANGRYHUNGRYANDKAOSINOURGARDEN!

CÍNISMO POLÍTICO!
OU ESTA A LUSTROSA PÁTRIA VOSSA AMADA!

«O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, esteve presente nas visitas de hoje e Cavaco Silva perguntou-lhe se «nunca quis aprender a tocar».
Isaltino respondeu-lhe que não toca mas canta, embora «só depois das duas da manhã».

O que perguntar a Isaltino de Morais, autarca modelo e modelo de cidadão? Só de facto aquilo que Cavaco perguntou, e de facto, num estado muito mais escorreito e lustroso Isaltino teria já muito que cantar e quem sabe contar, depois das duas da manhã!

Um dos aspectos mais tenebrosos da política à Portuguesa é o facto de perante indícios de comportamentos incorrectos, muita gente invariavelmente responder com silêncio, indiferença ou mudança de tema. Este facto a mim incomoda-me pelo que significa de uma sociedade não só tolhida pela indiferença, mas acima de tudo tolhida pelo exemplo e pela má consciência de uma grande maioria!

Que nunca Portugal seja tocado por meteoritos senão telhados desabarão como castelos de cartas!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O INIMIGO PÚBLICO Nº1!


«Carga fiscal sobe de novo em 2010!»

Mas alguma vez deixou de subir? Ou alguém tem dúvidas que quanto mais sobe, mais Portugal míngua? A quem interessa esta constante subida da carga fiscal? A que País? A quem produz? A quem vive do Estado? A quem o parasita? Cria este constante aperto dos agentes económicos um Estado mais equilibrado e mais justo?

DE PORTUGAL A NOSSA SENHORA!

http://www.sedes.pt/blog/?p=711

A este certeiro post de André Barata no BlogSedes, apenas podemos acrescentar:

Menos ministério e mais escola.
Menos finanças públicas e mais finanças privadas.
Menos leis e mais diálogo/concertação.
Menos corrupção e mais simplificação/transparência.
Menos ilusão e mais concretização.
Menos monopólios e mais mercados atomizados.
Menos concentração e mais participação.
Menos arrogância e mais humildade.
Menos megalomania e mais micromania.
Menos betão e mais estado da natureza.
Menos acumulação e mais distribuição.
Menos Estado e mais sociedade civil.
Menos homens providenciais e mais homens normais.
.…
Mais democracia e menos auto-clepto-cracia.
...

É pedir de mais?

MAIS UM TIRO NO PORTA-AVIÕES DO ESTADO DE IRRACIONALIDADE

Roubar é feio, com o beneplácito do 31 da Armada: subscrevia tudo, não pedia é desculpa porque quem tem de ser desculpar é o infractor, não os pobrezinhos das migalhas!

«Reza a lenda que Robin Hood roubava aos ricos para dar aos pobres. É verdade que o nosso suposto “Estado Robin Hood” também rouba. No entanto, não dá aos pobres. Rouba para alimentar uma enorme máquina ineficiente, cheia de vícios e privilégios insustentáveis, que vive, em larga medida, à custa do produto do roubo. No fundo, depois da apropriação pela máquina pública, pouco mais sobra do que umas migalhas para os pobres, para fingir que temos um Estado social.
Peço desculpa por utilizar o verbo “roubar”, mas parece-me que quando o Estado exige que alguns dos seus cidadãos entreguem quase metade do rendimento lícito do seu trabalho a um monstro ingovernável, sem contrapartidas à altura (leia-se, pelo menos, Educação, Saúde e Justiça de qualidade) e ainda se atreve a dizer que é pouco, é difícil encontrar outro verbo para caracterizar a situação.
Não tenhamos dúvidas: um Estado só pode ser verdadeiramente social se centrar o seu objecto precisamente nesta componente e não nas mais variadas que absorvem o produto da receita fiscal. Ou seja, um Estado liberal mais facilmente é, realmente, social, do que o suposto Estado social em que nos querem convencer que vivemos.
Talvez assim, o Estado possa deixar de roubar para, com critério, passar, de facto, a ajudar quem necessita da sua solidariedade.
publicado por Francisco Proença de Carvalho às 09:17»

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SISTEMA UNIVERSITÁRIO SUECO
ALGUNS ELEMENTOS COMPARATIVOS


II. L'accès aux universités :
a) Conditions d'admission à l'Université
Les étudiants désireux de s'inscrire dans une Université suédoise doivent avoir passé un examen validant la fin de leurs études secondaires. Il est également possible de s'inscrire après une expérience professionnelle de quatre ans, auquel cas le candidat doit être âgé d'au moins 25 ans, et prouver qu'il a suivi une formation secondaire complète en anglais et en suédois. Outre ces critères, il est possible que le nombre de places offertes par les institutions ne corresponde pas au nombre de postulants, ce qui laisse le droit aux établissements de refuser les étudiants excédentaires, en fonction de leurs résultats antérieurs ou de tests spécifiques.
b) Frais d'inscriptions et de scolarité
Les frais d'inscription et de scolarité sont en général inexistants
, puisqu'il s'agit d'une condition nécessaire pour que les institutions puissent recevoir les financements publics.
c) Aides aux étudiants
Le système de bourses développé au plan national combine des critères sociaux d'éligibilité, ainsi que des critères de mérite. Il s'agit d'un système combinant des bourses et des prêts remboursables, permettant au total de couvrir un coût de la vie étudiante généralement estimé à 750 euros par mois. Pour attirer les étudiants étrangers, des systèmes d'aides financières permettant de venir étudier en Suède sont développés, avec des accords bilatéraux développés entre la Suède et le pays d'accueil.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

Diz César: até tu Brutus queres replicar a asneira tantas vezes cometida!
Responde Sócrates: a César o que é de César, a Sócrates o que é de Sócrates! A Coelhone o que é de Coelhone! Ou não sabes que é ano de eleições e há que compor o ramalhete?

João César das Neves escreveu na segunda feira

"O erro económico de José Sócrates está em acreditar que o investimento público é bom em si mesmo. O primeiro-ministro demonstra uma fé cega na virtualidade imperativa dos projectos: basta anunciá-los e gastar dinheiro para a economia arrancar. Esquece que todo o dinheiro que gasta vai tirá-lo ao bolso dos contribuintes. Tal como o investimento privado, os projectos do Estado têm de ter utilidade e justificação. Aliás até têm de ter mais, pois usam o dinheiro dos pobres.
Apostar milhões em obras faraónicas nunca resolveu nenhuma crise.Pior ainda, na ânsia de realização, esquecem-se os custos lançados sobre as próximas gerações. Além das enormes despesas de manutenção, ao garantir aos concessionários das futuras auto-estradas mínimos de tráfego que nunca vão ser cumpridos, o actual Governo hipoteca os orçamentos nacionais no horizonte previsível. Tal política raia os limites da infâmia."

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A VACA NACIONAL! OU
PRODUTIVIDADE IMPOSSÍVEL, RIQUEZA IMPROVÁVEL!

«EU POR MIM NÃO BAIXO OS BRAÇOS!»

De facto não baixa! Como esta criação de emprego público, emprego público sobre emprego público ao melhor estilo Maoísta: abrir buracos para os tapar depois! Aliviar dos alforges o "burro" nacional, isso está fora de questão!

«(…) a questão crucial do tratamento e protecção dos respectivos dados pessoais,exigem que a prestação deste novo serviço público seja assegurada, com carácter de exclusividade, pelo Estado, através de uma entidade empresarial própria –uma empresa pública, a SIEV, SA, – que garanta a idoneidade e a legitimidade de todos os procedimentos.»

E assim, de dispositivo em dispositivo até à estatização total da … produtividade! Alguém ainda se lembra dela, essa força da natureza que só existe quando não se nos carregam demasiado os ombros? Paralelismo do Aroniano dos cinzentos anos do «Guerra impossível, paz improvável», poderemos sempre exclamar nestes rosa anos: «Produtividade impossível, riqueza improvável!»

Para quem queira participar do take off, e ter motivo para se levantar todos os dias com os ossos aquecidos, voos Tap e Taag, todos os dias! Muuuuhhhh … a embarcar!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A VIA REALISTA DA MANUTENÇÃO DO PODER

Sócrates diz agora que promete desagravar as classes médias, depois de as ter levado nos últimos três anos ao inferno. Louçã fala em exercício por parte de Sócrates do poder frio e calculista!

Perante isto Sócrates ficará na história do início do segundo milénio Português como tempo de tradição do poder maquiavelista, aquela tradição que diz que são as boas armas que fazem as boas leis, repudiando totalmente os idealistas para quem é através da justiça e dos valores que se exercita o poder e mesmo dos racionalistas, como Adriano Moreira, para quem a via média do poder é tributária não só da visão maquiavélica do poder mas também da via realista não Socratiana e desumanista!

O seu nome é que me parece não figurará na história, a não ser uma breve passagem para ilustrar tempos de regressão, com o exemplo dos elefantes brancos ao abandono em terra desértica e devastada e do exemplo do típico político demagogo e derivista cujo único objectivo é protelar-se no poder, dizendo hoje o mundo e o seu contrário!

ANGOLA AGRADECE E QUE TENHA MUITO SUCESSO!

«JN: «80 mil portugueses escolheram Angola». Procura é cada vez maior. Negócios e trabalho para fugir à crise.»
ANGOLA AGRADECE!
Fogem os mais capazes, aqueles com mais motivação e empenho, aqueles que ajudarão Angola a tornar-se um país mais rico mais rapidamente!
Angola agradece, na exacta proporção de um pequeno rectângulo que fenece amordaçado por falta de visão, excesso de intervenção de um falso socialismo popular que liquida em primeiro as classes populares e que fará de todos colectivamente mais pobres!

PORTUGAL 2009

QUANDO SE OLHA PARA ISTO FICA-SE COM A CERTEZA QUE O NOSSO SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL SÓ SERVE PARA UMA COISA! PARA MANTER REFORMAS FAUSTOSAS À CONTA DA MAIORIA DO POVO PORTUGUÊS. PERANTE ISTO VIEIRA DA SILVA MERECE O MÍNIMO DE CREDIBILIDADE? SOCIALISTAS? BAH!
«Procurar no lixo o pão para a boca
Restos dos supermercados que diariamente são colocados nos contentores de rua constituem a fonte de alimentação de várias famílias que, embora tendo um lar, enfrentam sérias dificuldades económicas
00h30m
CRISTIANO PEREIRA
São 19 horas em ponto de uma noite de Inverno onde não falta a chuva. Numa rua do centro de Lisboa, abre-se uma porta das traseiras do supermercado de uma cadeia bem conhecida dos portugueses. Em poucos minutos, uma empregada coloca uma dezena de contentores de lixo no passeio.
Escassos metros ao lado, uma senhora búlgara faz de conta que olha para a montra de uma sapataria. A porta das traseiras do supermercado fecha-se e, sem demoras, aproxima-se dos contentores, abre a tampa e desata a mexer no que está lá dentro. Tem fome. Não sabe falar português. Diz-nos apenas, os dedos todos na mão aberta: "Cinco filhos, cinco filhos". Também têm fome.
Num ápice, surgem dois senhores de sacos na mão, um idoso e outro de meia idade. Debruçam-se sobre o interior dos contentores, os braços agitados a revolver o lixo. Que lixo? Os restos do dia, as sobras daquilo que ninguém comprou. E muita comida com o prazo de validade esgotado: frangos ou coelhos inteiros, peixe ou hortaliças. Pão, croissants e outros bolos, então, - ui! - são às dezenas. Ainda embalados nos sacos, com o respectivo preço, código de barras e data de validade a expirar no próprio dia (atente-se que o lixo foi depositado às 19 horas, 120 minutos antes do horário de encerramento do supermercado).
O JN aproxima-se, observa, tenta a abordagem. Eles mostram-se desinteressados, os olhos sempre postos no contentor. Não parecem querer grande conversa. Desconfiam. E mexem e remexem em embalagens, sacos plásticos, caixas de esferovite. A senhora búlgara, convencida de que ali estamos para o mesmo, estranha ver-nos quedos e toma a iniciativa de estender o braço para nos dar um saco de croissants.
É esta a dura e crua realidade diária de muita gente: procurar a comida no lixo que os supermercados deixam na rua. Não são pessoas sem abrigo. É gente perfeitamente integrada na sociedade, mas que vive à rasca, no desemprego ou com parcas reformas. O fenómeno não é novo, nem tão pouco circunscrito a este estabelecimento em particular. É algo que acontece em todo o país, onde quer que a fome aperte. E há fome em muitos lados. Como na casa de um idoso, que diz receber 350 euros de reforma, não tendo orçamento para o mês inteiro. É isso que o faz vir aqui mexer em restos de fiambre, separar as fatias que se lhe deparem decentes de outras mais impróprias.
Não passam mais de quatro minutos até chegar uma senhora com os seus 70 anos e aspecto cuidado. Assusta-se com a presença de uma máquina fotográfica, mas aceita falar sob anonimato. É uma história como tantas outras: trabalhou durante décadas como empregada doméstica, nunca descontou, foi despedida e agora vive sem reforma:
"Enrolaram-me, sabe? Era muito ignorante", lamenta. "Há muita gente que vem aqui, mas diz que é para levar comida para os animais", observa, antes de criticar aqueles "que vêm aqui mexer e deixam tudo espalhado no chão". Diz-nos que o mais habitual é aproveitar para levar pão e massa. "Eu acho que não estou a roubar nada a ninguém", afirma, antes de nos perguntar: "Isto não pecado, pois não?". É que se for eu não venho cá mais". »