sábado, 15 de janeiro de 2011

O QUE PENSAM ALGUNS DOS CANDIDATOS DO REGIME DE ESTADO

«ATÉ DÁ PENA, VER GENTE HUMILDE, SEM EMPREGO, SEM ESPERANÇA, A BATER PALMAS A ESTES CANDIDATOS DA CONTINUAÇÃO DA... DESGRAÇA E MISÉRIA !!! CADA POVO TEM O QUE MERECE...»

A GAFFE DE CAVACO OU O TIRO NO DEDO DO PÉ DA VELHA POLÍTICA

Diminuir os salários de quem trabalha no sector privado?
Mas esses foram diminuídos sr. Presidente da República!
Já ouviu falar nos recibos verdes, os quais deixam mais de 50% do seu rendimento em sede de IRS e segurança social, do qual não usufruem por não terem nem direito a subsídio de desemprego nem direito a subsídio de doença?... senão ao fim de 30 dias de doença?
Ou enganou-se e queria apenas distinguir os gestores das empresas públicas?
É que, Profº Cavaco, há uma certa diferença entre o sector público não transaccionável e o transaccionável, o sector que sustenta o público, não lhe parece?
Que raio de demagoga confusão é esta? 
Que raio de demagogia é essa, de falar na reforma de 800€ da sua mulher? 
Há quantos anos a srª não trabalha? 
Taxar o sector privado mais ainda, para duplicar a despesa da PR, essa instituição que gasta duas vezes mais que a casa civil do rei de Espanha?

Portugal, este país pouco Europeu e muito Tunisino!

A VERDADE SEGUNDO TRICHET E AS CAPITAIS ONDE SÃO ENUNCIADAS

«Trichet: Estados devem reduzir dívida e problema não é do euro»
Meia verdade ou a verdade segundo Trichet e o EuroMarco?

TUNÍSIA: OS MESMOS TIQUES, A DIFERENTE ACÇÃO DE REVOLTA

«Num país onde o ditador Ben Ali e a sua família ainda controlam a economia após uma vaga pouco transparente de privatizações, o trabalho está reservado àqueles que têm sorte ou aos que gozam de relações privilegiadas com a diminuta e poderosa elite de Tunes. Na Tunísia, como em outros tantos países, não são as qualificações ou o mérito que determinam o sucesso. É antes o nome, o casamento ou a filiação partidária.
No desemprego, Bouazizi viu-se forçado a vender frutas e legumes nas ruas da sua cidade natal do centro-oeste, Sidi Bouzid, para alimentar a família. Mas não tinha a necessária licença de comércio, difícil de obter no labirinto da burocracia e corrupção tunisina. A 17 de Dezembro de 2010, a polícia confiscou-lhe a banca e a balança. Segundo testemunhos locais, terá sido agredido e humilhado pelas autoridades.»
Encontra alguma diferença nas relações privilegiadas, no mérito, na burocracia e na corrupção entre a Tunísia e Portugal? 

LEIS SOCIALISTAS

«Quando filhos vão à segurança social dizer que os pais se vão suicidar por não terem como pagar, a resposta é : pois que se suicidem que quem pagará a conta serão vocês os filhos».

É esta a herança do "socialista Sócrates": um estado desumano que sendo pago pelos Portugueses, o parasita por leis absurdas sem a menor ponta de humanidade.

E é por isto também que a fundação Héritage considera Portugal em baixa, no índice de liberdade para o trabalho e para o negócio.»

PERCEPÇÃO DA DEMOCRACIA POR TUGACHATO

«Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis»
O que é facto é que na Tunísia estes inocentes imbecis até se fartaram!

FÓRMULA RESOLVENTE REPESCADA

Repesquei  esta minha fórmula resolvente de há dois anos que aplaudiria quatro anos de orçamento zero.

A actualização da fórmula actualmente utilizada pelo governo poderia ser agora: X= +impostos directos+impostos indirectos+taxas-salários.

A resultante desta fórmula será um X=-economia+desemprego+emigração+endividamento-independência nacional.

Daqui a dois anos cá estaremos para ver o resultado, aproveitando para aplaudir o professor Português de uma Universidade Canadiana, ontem entrevistado na Sic notícias de que não gravei o nome, mas que brevemente atirará cá para fora mais um livro que este desgoverno não lerá.

 

FÓRMULA RESOLVENTE PREVISTA HÁ DOIS ANOS  

Há quem ache que esta fórmula não resolve nada X= impostos cada vez mais altos! ... porque ocasionam menos actividade económica e logo menor valor absoluto de impostos, como aliás se comprova pela queda brutal, expectável, das receitas fiscais. Desde que as receitas fiscais se tornaram não um meio para mas um fim para sustentar a existência de falsos organismos de modernidade, que o resultado é mais decadência e menos economia produtiva.
Para mim a fórmula resolvente é muito simples e resume-se no X= - impostos indirectos. Para quem acha que isto é utópico pela rigidez da despesa ainda se poderia optar por isto. X= - impostos indirectos + impostos directos (os dos escalões mais altos).
O resultado seria neutro, não porque não pudesse até ser positivo, mas para isso era preciso que Teixeira dos Santos e todos os notáveis comilões do orçamento, quisessem abdicar de serem fautores de grande desigualdade, ou quisessem estes notáveis (quais administradores que apresentam resultados negativos há trinta anos, a necessitarem de despedimento) perceber que há vida para além do déficit e que o controle em ambiente de depressão mata feroz e rapidamente a vida à sua volta!
De outro modo, a sua ilimitada gula há-de os deixar tão à míngua como aqueles a quem se habituaram, em ambiente pouco simbiótico, a parasitar!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

HOTEL DE CÁSULAS OU HOTEL DE JAULAS?

CORTAR A GORDURA E NÃO APARAR OS OSSOS

 «Bruxelas aconselha Portugal a não baixar salários Joaquín Almunia diz que cortar nas remunerações para promover competitividade não é próprio dos países europeus»
Nos salários de baixo e meio, não, nos de topo indexados a partidos políticos e a monopólios, sim!
Mas para isso era necessário que o sistema político se altere e que políticos de nova geração tenham uma postura diferente dos políticos actuais!

LÍDIA CAIO, OPINIÃO PÚBLICA, A GERAÇÃO DOS 40

Se tivesse de votar em alguém para governar Portugal, votava em Lídia Caio.
Uma ouvinte que se fez ouvir no opinião pública de hoje da SIC, reflectindo sobre o verdadeiro Estado da Nação. Sres. políticos responsáveis dos últimos anos, tenham vergonha e ouçam esta senhora!

OS VENDILHÕES DA INDEPENDÊNCIA E DO PAÍS

DN:«China compra dívida em troca de entrada em bancos e empresas»

Dívida: «Amigos são para as ocasiões»... mas por que preço?China, Venezuela, Angola, Líbia e Timor são os «amigos» de que fala o economista Daniel Bessa

Se isto realmente acontecer bem podemos dizer que Sócrates e cia são autênticos traidores a Portugal!

O CASO CARLOS CASTRO VERSUS O ESTADO DA NAÇÃO

O caso Carlos Castro, como o Estado da Nação, são na similitude consequência de dois elementos perturbadores da sociedade portuguesa dos nossos tempos.

A ambição sem limites e sem valores e a paixão delirante no amor e na política.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SERRASQUEIRO O SARRAFEIRO

O deputado democrata-cristão Telmo Correia afirmou que o Governo «não tem política económica nem sensibilidade social», limitando-se a promover marketing.
«Os senhores parecem cada vez mais uma junta de colocação de crédito», disse.
Será que estes socialistas sem socialismo não se apercebem aquilo que estão a fazer. Razão tem o deputado democrata-cristão Telmo Correia quando afirma que o Governo «não tem política económica nem sensibilidade social», limitando-se a promover marketing. «Os senhores parecem cada vez mais uma junta de colocação de crédito», disse»

DIFERENTES TIPOS DE FRAUDE NA INTERNET


Numa caixa de comentários de um site Brasileiro[1] encontrei esta pérola:Trabalho com e-commerce há 2 anos, vendemos pela internet há 4 meses, e de cada 10 pedidos que os clientes fazem, 6 são tentativas de fraude… onde pessoas com números de cartões clonados entram e compram…”.
Do mesmo modo como a Internet possibilita aos consumidores e homens de negócios a fruição de um imenso mercado global, do mesmo modo a fraude, transposta do mundo físico, instala-se e adapta-se à Internet. Não sendo fácil o ataque a servidores institucionais, sejam bancários sejam de índole estritamente comercial, a fraude direccionada a privados concentra-se, normalmente a montante, na exploração de fragilidades dos utilizadores, seja através de brechas de segurança, seja via correio electrónico. Fenómenos como o ciberterrorismo poderão, eventualmente, também, ser catalogados como fraude, sendo normalmente objecto do ataque “instituições de Estado”.
  Diferentes tipos de fraude de fenómenos como o phishing[2], não mais que tentativas de adquirir informação sensível como usernames, palavras – chave, detalhes de cartões de crédito - através da simulação de identidade de entidades confiáveis para o utilizador com utilização de falsos Websites. Mas, também, o aparentado pharming, as fraudes em leilões online e a fraude de contrafacção através de comércio electrónico e hacking, convivem com os seus instrumentais como as “viroses”, os malwares[3], os spams, o keylogging e outros produtos maliciosos. Menção para o Keylogger[4], programa spyware introduzido pelos “Trojans” que regista a nossa digitação enquanto vítimas de putativas fraudes, capturando senhas, números de cartões de crédito e conexos dados sensíveis.
No campo dos investimentos, a oferta fraudulenta chega à manipulação no mercado online (através de investimentos inexistentes ou à má representação da oferta de produtos ou serviços), aos esquemas em pirâmide transpostos do espaço físico[5]. As fraudes são particularmente dolorosas, também, nos pagamentos online, sendo um forte motivo inibidor do e-commerce e do próprio e-banking: esquemas fraudulentos nos pagamentos como o paypal, aos inválidos números de cartões de crédito ou débito.
 Os mecanismos que abalam a confiança do consumidor alargam-se, também, a todos os esquemas fraudulentos de pedidos de taxas em avanço, taxas em serviços não fornecidos, solicitação de apoios financeiros para caridade (e outras práticas solidárias), esquemas de eliminação de dívidas, solicitação de compra de período de férias (ou outras utilizações de time - share) e outras oportunidades virtuais de negócio. Fenómenos de corrupção, apropriação indevida de bens, fraude nas vendas, fraude em contratos ou de procuração, crimes de propriedade intelectual (que dividem os internautas nos prós e contras da liberdade de acesso igualitária, versus a defesa da propriedade dos bens intelectuais), lavagem de dinheiro, estão também devidamente sinalizados nesta transposição de muitos dos crimes comuns do espaço físico para o hiperespaço. Instrumentos e veículos do Scam (golpe) fraudulento online, os cavalos de Tróia, vírus, spam, normalmente através da utilização do e-mail, com o objectivo de “pescar” através de formulários falsos, informações sobretudo financeiras - nomeadamente número de contas e de cartões de crédito. Sendo mensagens similares às de mensagens originais de empresas, estão muitas delas providas de ligações (links) para sites de cópias das verdadeiras organizações.
Em jeito de conclusão direi que sítios como o do F.B.I, o do CERT, http://cartilha.cert.br/, e da rede nacional de ensino e pesquisa do Brasil, http://www.rnp.br/cais/fraudes.php[6], exibem através de listagens por “catálogo” de fraudes identificadas, uma verdadeira taxonomia da fraude: mensagens de bancos para activar supostos módulos de protecção, com direccionamento através de ligações para “pescar” dados; mensagem de amigos com fotos cujo link introduz Trojans, cavalos de Tróia maliciosos; mensagens de promoções, de cartões de natal, mensagens de ofertas e presentes; interacção de acesso com solicitação de actualização obrigatória; introdução de procedimento interno de segurança com reintrodução de dados, etc. 
A indução de instalação de códigos maliciosos e o acesso a páginas fraudulentas que permitam o furto de dados, através da “engenharia social” baseada na interacção do correio electrónico e mais recentemente nas redes sociais como o Orkut, o Facebook, o Mensager e muitos outros “veículos” recentes da Internet desdobra-se, assim, até ao recebimento de produtos não condizentes com os comprados, até aos golpes da Nigéria (os Advance Fee Fraud, recompensa de transferências internacionais de fundos com pagamento antecipado de – fees - quantias que… se evaporam), ao banco falsificado, às páginas de comércio electrónico e e-banking falsificadas e a todos os tipos de fraude já listadas e identificadas.

Bibliografia

br., C. (11 de 07 de 2007). Cartilha de Segurança para Internet. Obtido em 10 de 01 de 2011, de http://cartilha.cert.br/
Investigation, F. F. (2011). Common Fraud Schemes. Obtido em 10 de 01 de 2010, de http://www.fbi.gov/scams-safety/fraud/internet_fraud/internet_fraud
RNP. (2011). Catálogo de fraudes. Obtido em 10 de 01 de 2011, de RNP: rede nacional de ensino e pesquisa: http://www.rnp.br/cais/fraudes.php
Wikipédia. (2011). Keylogger. Obtido em 10 de 01 de 2011, de Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Keylogger
Wikipedia. (2011). Pharming. Obtido em 06 de 01 de 2011, de http://en.wikipedia.org/wiki/Pharming
Wikipedia. (2011). Phishing. Obtido em 06 de 01 de 2011, de Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Phishing


[1] http://info.abril.com.br/noticias/internet/fraudes-na-internet-dobraram-em-2009-13032010-0.shl
[2] Formas, ou “iscos” mais comuns do phishing: 1) ataques baseados na cache DNS, sistema de nomes de domínio, numa rede, fazendo com que o URL, endereço WWW, de um site aponte para um servidor diferente do original; 2) criação de URL’S falsas; 3) formulários de e-mails com formatação HTML (http://pt.wikipedia.org/wiki/Phishing ).   
[3] Malwares como o Trojan Horse (ou cavalo de Tróia), que em última instância permitem a um hacker controlo remoto sobre um determinado sistema operativo (http://en.wikipedia.org/wiki/Trojan_horse_%28computing%29).
[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/Keylogger
[5] Também denominados de esquemas Ponzi, dada a autoria do seu mais antigo e célebre utilizador: Carlo Ponzi.
[6] A “taxonomia da fraude” chega ao ponto de listar não só o tipo, como expõe toda uma “colecção de imagens” de phishing scam e de malwares veiculados por meio de spam (e-mail não -solicitado).

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O DELÍRIO. COM TAXAS A ESTE VALOR?

«Sócrates diz que colocação da dívida foi «um sucesso»

FUNDIÇÕES POR FUNDAÇÕES

Ver aqui porque em Portugal se tem trocado fundições por fundações.

Num país onde não há inocentes, uns por acção, outros por omissão, a omissão passou a reacção, embora apenas da palavra, quando os bolsos tilintaram mais baixo.

Fundições por fundações é processo que já vai longo e tem vindo em crescendo, pena que os Portugueses só agora tenham dado por ele e percebido que não precisamos de fundações (apenas as que não recebem € ou benesse do Estado seja de subsídios seja de isenção de...) mas sim de Fundições!

TAXONOMIA DE PRIMEIRO MINISTRO

«Sócrates, com a sua falta de sentido de Estado, a sua ignorância, o seu voluntarismo pacóvio, a sua teimosia irresponsável e, porventura mais importante, a sua falta de patriotismo e de convicção sobre o interesse geral, iludiu durante seis longos anos todos os reais problemas da economia através de um optimismo bacoco e inconsciente. Não o fez apenas por ignorância, mas para servir os interesses da oligarquia do regime, através da especulação fundiária e imobiliária, das parcerias público-privadas, dos concursos públicos a feitio, das revisões de preços e de uma miríade de empresas, institutos, fundos e serviços autónomos, além das empresas municipais. Regabofe pago com recurso ao crédito e sem nenhum respeito pelas gerações futuras.»
O dramático é mesmo agora continuarem a aumentar-se exponencialmente os serviços do Estado, como o verificado hoje em taxas relacionadas com o sector da saúde!
Definitivamente aprender alguma coisa com os erros está distante das preocupações dos responsáveis!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A VERDADE DA MENTIRA

«Somos um país toxicodependente da despesa pública e ameigado à Tradição do Mau Governo, que está sempre a prometer corrigir os erros mas que constantemente neles volta a recair.»

O POVO É SERENO

Alguns de nós, felizmente ainda ou já, não gostam do beija mão, do salamaleque, do crédito a conta de favor, do espírito reverencial e reverencioso muitas vezes replicado do pior que tinha a segunda república ou o estado velho do estado novo. 
O que não se pode confundir com educação, respeito, amizade, até e sempre no contraponto.

Não conheço Rocha Vieira, apenas o caudal de histórias que ficarão para a história e o respeito que tenho pelo mais nobre da instituição militar, que em termos de hagiografia bate aos pontos fortemente (com as necessárias e serão certamente muitas) necessidades prementes da angiografia biográfica da nossa vida política (e factos são factos, ou não fossemos um povo triste, com líderes tristes mesmo que muitas vezes delirantes, que se perdem na extraterritorialidade da sua condição de amnésicos representantes -  novamente com as poucas excepções de quem se perde na tradução). 
No fim o povo é sereno, e justo, na... avaliação!

MEDIÇÃO DE VARIÁVEIS: INVESTIGAR CIENTIFICAMENTE A CAPACIDADE DE LIDERANÇA DO PRIMEIRO-MINISTRO

Antes de me concentrar numa análise ao(s) caso(s) concreto(s) por nós explorados (ainda que de uma forma ainda precária e pouco definitiva), não fui capaz de resistir a analisar uma das dimensões de uma medida usada em investigação de comportamentos, nomeadamente na Capacidade de Liderança segundo a teoria plasmada em (Sekaran: 171), dimensão que responde a muitos dos nossos receios quando validamos qualquer tipo de responsabilidade na condução de uma organização até a... um povo! 

Um dos trabalhos de grupo focou-se no mediático Mourinho, que ultrapassa as fronteiras do desporto e se torna uma espécie de “case-study” de sucesso através de uma conjugação simbiótica multivirtude, onde sobressai a “Capacidade de Liderança”. A escala expandida em (Sekaran:170), “least preferred co-worker scale”, se pode confirmar se os funcionários estão orientados para as pessoas ou para a tarefa (ou trabalho), é por outro lado uma daquelas escalas intervaladas de 16 itens que se adequava até à investigação da capacidade de liderança de um… primeiro-ministro. Seria interessante, até extensiva a um avaliação de candidatos (neste período onde mais que os olhos, ou as palavras, convêm ver os corações), o preenchimento mensurável da percepção de cada um de nós sobre uma das dimensões das “características” que se pedem a um primeiro. 

Como seriam mensurados os pares itens na dimensão co-trabalho? , ...(agradável, desagradável), (amigável, rude), (rejeitador, aceitador), (solidário, individualista), (entusiástico, abatido), (tenso, relaxado), (distante, fechado), (frio, quente), (cooperativo, não cooperativo ou individualista), (suportável, hostil), (aborrecido, interessante), (conflituoso, harmonioso), (seguro, hesitante), (eficiente, ineficiente), (depressivo, alegre), (aberto, reservado) e que ilação de "   fiabilidade"   nos daria? Escala esta em que todos os itens se parecem correlacionar, pelo que parece definitivamente uma "  reflective scale". 

E se uma nova dimensão para a construção da resposta à capacidade de liderança fosse acrescentada, a dimensão credibilidade, com itens como este: (realista, irrealista ou delirante). Será que se manteria a correlação entre itens de " reflective scale"  ou a escala já seria mais do campo da "  formative scale"  ?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A POSTURA DO UNANIMISMO

Há homens, e mulheres, que só se revêem no unanimismo. Qualquer expressão ou acto contrário ao seu, é tomado como uma afronta ao seu Deus. Mas não há Deuses maiores e menores. Há apenas Deuses... e por contrário demónios! E esses Deuses convêm, que repousem em nós, sejam considerados Deuses menores ou Deuses maiores.
Nunca me verão abjurar os dez mandamentos, bem como adorar o bezerro de ouro.
Aqui, os maniqueísmos ficam à porta, na exacta medida da máxima humanidade!

PORTUGAL LAPIDAR

Há quem tenha o mau hábito de não ouvir o que os seus compatriotas dizem. 
Nas estradas que percorrem, as imagens que passam revelam vultos, mas a imagem que fica é a sua, vibrantemente espelhada nos vidros.
Um compatriota meu acha isto, e quem sou eu para o contrariar?

«Mário Soares "Ó xô guarda, desapareça"
OBRIGADO
Mário Lino "Jámé"
OBRIGADO
Almeida Santos "suponha que dinamitam uma ponte"
OBRIGADO
Sócrates "Engenheiro técnico"
OBRIGADO
António Guterres "3% do PIB, ora 3 X 6 18..."
OBRIGADO
António Pinho "Corninhos"
OBRIGADO
Ricardo Rodrigues "mete o gravador ao bolso"
OBRIGADO
Carlos César "temos aqui uns fundos dos açorianos"
OBRIGADO
Santos Silva "é preciso malhar na direita"
OBRIGADO
Fernando Gomes "Administrador da GALP"
OBRIGADO
Jorge Coelho "Administrador Mota Engil"»

IVA NO DESPORTO: MINISTÉRIO DAS FINANÇAS NÃO ACERTA UMA. HÁ ALGUMA MASSA CINZENTA AÍ DENTRO?

«Isto é um empate e um contra-senso. Como é que é possível que para assistir a um jogo de futebol se pague 6% de IVA e ensinar uma criança a nadar seja taxada a 23%?», questionou José Luís Costa.
Para o presidente da AGAP, o contra-senso é tanto maior quanto os monitores são actualmente obrigados a ser licenciados, mas ao mesmo tempo os seus serviços são taxados a 23%.»

O IDIOTA DA MEDIDA
Não se sentem completamente idiotas ao taxarem uma aula de aprendizagem de natação a 23%, enquanto o mais saudável "  desporto de bancada  "   é taxado a 6%? 

A IDIOTA TAXA DOS CRUZEIROS: FAZER O ÓBVIO, FAZER O ÓBVIO, A RECEITA DE LULA!

Esta taxa de cruzeiros é o exemplo acabado de como não bate a bota com a perdigota do simplex e do apoio à economia.
Enquanto faz loas à necessidade premente de apoiar a economia, a locupletação voraz do Estado dos ignorantes e parasitas da economia, tira com duas  mãos aquilo que dá com uma. 
Não há economistas de empresa no Estado capazes de perceber que esta medida vai ter o efeito contrário ao desejado?
Quem é o alguém no Estado, o inimigo dentro de portas, que aposta no afundamento da economia Portuguesa?
Façam lá as contas, seus ignorantes, do prejuízo para a economia nacional!
«Os últimos a juntarem-se ao coro de protestos contra os €3,2 e €1 por cabeça foram os associados da Associação de Hotéis de Portugal: "A ser cobrada, esta taxa terá no futuro um efeito perverso, pois os potenciais ganhos com a aplicação da mesma poderão induzir uma quebra muito superior nas receitas turísticas, com o decréscimo de passageiros a desembarcar para visitar Lisboa, considerada uma das principais escalas dos navios de cruzeiro no Continente", argumenta a AHP.»

ACAVACADO

A história relatada por Daniel Oliveira e visionada por nós, demonstra o distanciamento de quase todos os políticos Portugueses (da esquerda à direita) no Portugal actual.
Já sabíamos que a Cavaco falta uma dimensão de proximidade com o outro, já sabíamos que Cavaco está gasto, acomodado e descrente de um povo que precisava de verdadeiras referências e não autoelogios, não sabíamos é que Cavaco não tinha no bolso uma palavra mais amiga ou dez euros para matar o desespero desta cidadã. 
E ainda há quem pense que não precisamos de gente Nobre na política, que esperamos não se deixe corromper pelo anel de Frodo.
«Uma senhora aproxima-se do Presidente da República e fala-lhe de pobreza. Da sua pobreza. Cavaco Silva começa por atacar os adversários, que o criticaram por usar a pobreza em campanha. Depois responde: "vá a uma instituição de solidariedade que não seja do Estado".
Para quem não se recorde: o cidadão Cavaco Silva ocupa um cargo. Ele é o chefe de Estado. Ou seja, ocupa o cargo máximo do Estado. E explica à senhora que não deve, para resolver o seu problema, procurar a entidade que ele dirige e para a qual pagamos impostos para, entre outras coisas, combater a pobreza.
Cavaco Silva, o Presidente, não representa o Banco Alimentar contra a Fome ou a Caritas. Representa o Estado. E demite esse mesmo Estado, naquela frase, das suas funções sociais. E com isso demite-se ele próprio das suas obrigações.
Para quem não se recorde: o cidadão Cavaco Silva é candidato a um cargo político. Mas não responde com escolhas e soluções políticas concretas pelas quais tem responsabilidades, mesmo que de representação. Responde, mandando a senhora procurar a caridade de outros. Cavaco não se limita a demitir-se do seu papel de homem de Estado. Demite-se do seu papel de político.
Esta episódio vale mais do que mil discursos. Cavaco expõe o seu programa contra a pobreza: a caridade. O papel que reserva para o Estado no combate à pobreza: a demissão. E a sua utilidade como político: nenhuma. Se é para termos um chefe de Estado que manda os portugueses que sofrem os efeitos mais dramáticos da crise bater em porta alheia, o mais longe possível do Estado que ele representa, para que precisamos nós dele?»

VEÍCULO DE TRANSFERÊNCIA DE DINHEIRO PARA UM LADO QUALQUER?

VER, OUVIR E GOVERNAR

As caixas de comentários das notícias deviam ser leitura obrigatória para muitos políticos.  Ouvir, mais que falar para o nosso umbigo, é que nos permite ir percebendo o nosso-outro mundo.

Este comentário de um agricultor faz-nos perceber que é no trade-off entre a produção (o transaccionável) e alguns serviços (o não transaccionável),  nesta razão de troca desequilibrada que está a resposta a muitos dos nossos problemas.

E o que tem feito os nossos políticos e alguns lobbies corporativos nos últimos anos?
Travar a entrada do bem estar social, através do bloqueamento de entradas de jovens com vocação em áreas como a medicina, assumindo-se como regulador negativo do mercado. 
«Nasci na agricultura e sei o que digo: este ramo de negócio só deu qualquer coisa antes do 25 de Abril em que o Salazar não deixava haver emigração para que os ricos tivessem mão de obra barata. Hoje é diferente. Moro numa aldeia agrícola e se quiser um homem para trabalhar não o encontro.
Há dias comprei 100 kg de milho por 35 euros. Se tiver de ir a um médico especialista pago 50 euros.Um homem que estudou à custa do povo e em 20 minutos leva 50 euros. 100 kg de milho têm de se semear, regar,colher,secar e depois vender. Não é por acaso que os agricultores reclamam ajudas. Se nós temos de pagar as ajudas estamos a comprar duas vezes o produto.»

KRUGMAN, O SPANISH PRISIONER E O DEGRADADO PORTUGUÊS

A leitura do texto de Krugman é um must e uma necessidade na percepção daquilo que está em jogo para todos os Portugueses, num tempo com FMI à vista que imporá aquilo que uma minoria teima em não querer ver.

A iliteracia económica de muitos dos nossos governantes e a falta de visão de futuro- e antecipação que se requer a um economista - que denotam as "  caixilharias"  de mau gosto e de pior qualidade, colocaram-nos nesta situação de mão dada com os restantes "  PIGS".
«Tentaremos comentar aqui um interessante artigo do economista Paul Krugman intitulado “The Spanish Prisoner” e publicado em finais de novembro do jornal New York Times e aqui traduzido pela nossa pena:
“A melhor coisa sobre os irlandeses neste momento é que eles são muito poucos. Por si só, a Irlanda não pode fazer muito para danificar o futuro da Europa. O mesmo pode ser dito em relação à Grécia ou a Portugal, que é geralmente visto como a próxima peça do dominó.”
» É verdade… No total, um “bail out” a estas três economias periféricas: Grécia, Irlanda e Portugal será equivalente a menos de 300 mil milhões de euros, isto é, menos de metade do Fundo Europeu de Emergência com os seus impressionantes 750 mil milhões de euros.
“Mas existe Espanha. Os outros são tapas, Espanha é o prato principal. O que é espantoso quanto a Espanha, numa perspectiva americana, é o quanto a sua história económica se assemelha à nossa. Como a América, a Espanha sofreu um grande aumento da dívida dos privados. Como a América, a Espanha caiu na recessão quando a bolha rebentou, e experimentou desde então um grande aumento do desemprego. E como a América, a Espanha viu o seu défice orçamental explodir à medida que as receitas se afundam e os custos da recessão disparam.”
» É verdade… existem duas semelhanças notáveis entre as economias norte-americanas e espanhola: um sector imobiliário que foi o “segredo” mal guardado do crescimento espanhol dos últimos anos e um setcor bancário alimentado por esta bolha. A crise de um, leva à crise de outro. E agora, estão em ciclo auto-alimentado e sem perspectivas de quebra a curto prazo e nada no orçamento recessivo vai resolver este problema.
“Mas ao contrário da América, a Espanha está à beira de uma crise de dívida. O governo dos EUA não tem problemas em se financiar, com taxas de juro de longo prazo inferiores a 3%. A Espanha, pelo contrário, tem visto os seus juros disparar nas últimas semanas, fazendo crescer os receios de uma bancarrota iminente.”
» No globo não há um problema de falta de liquidez. Não falta capital nos países do Golfo, nem na China, nem mesmo no Brasil ou noutros países ditos “emergentes”. Em todos eles se verificaram enormes transferências de Capital para os mercados financeiros americanos, financiando a sua dívida e os seus gigantescos défices comerciais. Esse dinheiro não desapareceu, continua a existir e tem sido aplicado nessas economias emergentes e nos EUA. Mas está a rarear na Europa… E a diferença é clara: só na Europa existe um Banco central estreitamente agarrado aos dogmas monetaristas, insistindo em manter uma moeda alta quando a China e os EUA embarcam numa guerra monetária. Só na Europa não existe um governo central que corresponda ao espaço monetário e onde economias completamente diferentes usam todas a mesma moeda.
“Porque é que Espanha está com tantas dificuldades? Numa palavra, é o Euro. A Espanha foi dos países mais entusiásticos na adopção do Euro, em 1999. E durante algum tempo as coisas correram bem: os Fundos europeus iam para Espanha, alimentando a despesa do sector privado e a economia espanhola conheceu um crescimento muito rápido. Nos melhores anos, o governo espanhol parecia ser um modelo de responsabilidade fiscal e financeira: ao contrário da Grécia, acumulou excedentes orçamentais e, ao contrário da Irlanda, tentou regular os seus Bancos. (…) e mesmo agora, os seus Bancos não estão em tão mau estado como os irlandeses.”
» É certo que o grande problema da economia espanhola é a bolha imobiliária e como esta contaminou toda a economia fazendo disparar a dívida privada e transmitindo uma falsa sensação de prosperidade. A Bolha afectou sobremaneira a Banca espanhola e já era identificada como tal por muitos economistas espanhóis em 2007, no auge da expansão económica espanhola. Então (e isso é total responsabilidade dos espanhóis e dos seus governantes) poder-se-ía ter regulado de forma mais eficaz a cumplicidade da Banca na expansão da Bolha e travá-la a tempo de ter evitado a sua detonação. Infelizmente, nada se fez…
“Durante a expansão, preços e salários subiram mais rapidamente em Espanha do que no resto da Europa, ajudando a criar um grande défice comercial. Quando a bolha estourou a indústria ficou com custos que a tornavam pouco competitiva comparada com a de outros países.”
» De novo e como em Portugal e na Grécia a adopção do Marco alemão, travestido como “Euro” induziu em economias muito diferentes da alemão uma serie de distorções que induziram uma falsa sensação de prosperidade devido à profusão de “crédito barato”. O problema espanhol aqui, é claro, como o de resto para todas economias periféricas: o Euro não é a moeda mais adequada às suas economias e mais não fez do que incentivar a subida descompensada dos padrões de consumo (à custa do crédito e intensificar o processo de tercialização das economias pela deslocalização das Indústria e da agricultura (esta última menos, em Espanha) que a Globalização e a sua adopção entusiasta por parte da maioria dos líderes europeus tinha desencadeado em começos da década de 90.
“E agora? Se Espanha ainda tivesse a sua moeda, como os EUA, ou como a Grã-Bretanha, poderia deixar cair a sua cotação internacional, devolvendo competitividade à sua indústria. mas com a Espanha no Euro, essa opção não está disponível. Pelo contrário, Espanha deve procurar formas de fazer uma “desvalorização interna”: cortando salários e custos”
» A alternativa a descer a cotação internacional do Euro é assim reduzir salários e a carga fiscal. Mas um e outro vão criar condições para que a economia entre numa severa recessão, já que o consumo privado cairá em flecha e que o Estado não poderá usar medidas keynesianas para compensar este declínio com medidas de estímulo… O Euro colocou assim as economias periféricas numa situação perigosa: para reagirem têm que entrar em Recessão ou… abandonar o Euro e recuperar a independência monetária.
“Mas uma “desvalorização interna” é um negócio muito sujo. Desde lado, é lenta. Pode levar alguns anos com alto desemprego para levar os salários para baixo. Além disso, quedas de salários implicam queda de rendimentos, enquanto a dívida se mantém a mesma. O que isto significa é que o futuro económico da Espanha nos próximos 10 anos é muito pobre.”
» Ou seja, para baixar os custos há que baixar os salários e esta solução “tradicional” implica arrastar Espanha e todas economias periféricas (como Portugal) para a Recessão durante pelo menos uma década e reduzir de uma forma muito significativa os rendimentos (e consumos) dos cidadãos dos países onde estas medidas recessivas forem aplicadas, com toda a perturbação social que inevitavelmente surgirá, com a redução da capacidade de intervenção dos Estados (devido à quebra de impostos e aumento das despesas sociais) e, sobretudo, com a evaporação de todos os ganhos em nível de vida dos últimos 20 anos. Esta é a alternativa a abandonar o Euro.
“A recuperação da América tem sido algo desapontante no que respeita ao Emprego, mas pelo menos conseguiu-se alguma retoma do PIB. A Espanha, por outro lado, nas recuperou. De todo. Será que a Espanha deve sair desta armadilha saindo do Euro e reestabelecendo a independência monetária? A resposta é: provavelmente não. A Espanha estaria hoje melhor se nunca tivesse adotado o Euro – mas tentar sair agora criaria uma grave crise bancária, com os depositantes a correrem para as suas contas. A menos que ocorra um colapso bancário algures num país da Zona Euro – o que é plausível para Grécia e cada vez mais possível para a Irlanda – é difícil ver como é que o governo espanhol queira correr o risco de se deseurizar.”
> é inegável: sair do Euro por vontade própria ou alheia (alemã) seria uma tempestade em mares já de si tempestuosos. O nível de dependência do crédito internacional é tão elevado hoje e os padrões de consumo tão distantes da independência produtiva, que uma saída brusca levaria a uma profunda recessão não só no país que saísse no Euro, como naqueles que o rodeiam. Mas o problema não é irresolúvel. O essencial aqui – para retomar a independência monetária e cambial – passa por travar o crescimento da dívida, incentivar a produção local e desencorajar as importações e começar a amortizar a dívida. Reencontrado o caminho da Produção (Primária e Secundária), de um Consumo sustentado e saudável e libertando as Economias do império dos Especuladores, é possível criar condições para deixar os alemães com o seu querido Marco-Euro, parece que muito adequado à sua Economia e tão inadequado às economias dos países periféricos.»

O JOGO DA DÍVIDA ALIMENTADA

No jogo do mercado da dívida ao credor "  Compete"    inflacionar a colocação de dívida, ao devedor tentar colocá-la ao menor juro possível.
E é por isso que no actual quadro de indiferença da UE para com países como Portugal, ou de políticos em denial como Sócrates que jogam o seu futuro político, o propagandear da necessidade de Portugal se financiar abriu a caixa de pandora dos mercados, que  jogam no tabuleiro dos rumores da pressão. Haveria solução para Portugal? Sim, se a Alemanha abdicasse da sua política monetarista e não confundisse o Euro com o Marco ou Sócrates se demitisse e deixasse funcionar os mecanismo de resgate da UE.

Por outro lado quem viu ontem o Sessenta Minutos percebeu que a Economia Americana e os seus Estados federados estão à beira da implosão.

domingo, 9 de janeiro de 2011

CONSULTÓRIO EUROPEU

Reproduzido, com gosto e com um obrigado, de Ana Paula Fitas

«Do "dumping" proteccionista franco-alemão ao desmantelamento económico da UE...

Os mercados continuam a pressionar Portugal, sob influência da Alemanha e da França que, persistindo nos elos do eixo franco-alemão, exigem que o nosso país, à imagem da Grécia e da Irlanda, solicite intervenção externa dos Fundos Comunitários, deixando aberta a porta à entrada do FMI. A exigência, a que a revista Der Spiegel dá voz, aparentando uma análise económica que dissimula a intenção política dos países que querem reduzir a União Europeia a uma Comunidade Económica em que uma dúzia de Estados domina o mercado europeu (a quem interessou o alargamento apenas e só enquanto os Estados-membros garantiram o funcionamento linear da oferta e da procura, estimulando o consumo e promovendo o lucro dos seus accionistas) que viu na união política um instrumento interessante para a institucionalização de uma espécie de muralha de aço para a economia liberal... O esforço de demonstração da inviabilidade do projecto europeu comum e igualitário "inter pares" dos países mais ricos decorre, como bem sabemos, não de uma qualquer preocupação com o bem-estar das populações mas com o exercício concertado de nacionalismos proteccionistas contra os quais legislaram os que agora, subversivamente, os promovem... e se é verdade que muitas economias europeias estão ameaçadas, a realidade é que não podemos ceder à estratégia de usarem Portugal como um duplo exemplo: quer como condicionador do funcionamento de outras economias em dificuldades pelo medo da intervenção do FMI, quer como "caso" capaz de desdramatizar esta intervenção face ao eventual e mais que prevísivel período de sérias dificuldades com que a Hungria, a Bulgária e outros se irão defrontar no futuro próximo... veja-se a Roménia que acabou de ver disponibilizados 900 milhões pelo FMI e cuja população, já de si tão pobre!, nem imagina o preço que terá que pagar!... De facto, o eixo franco-alemão parece interessado em "salvar o coiro" do processo de desmantelamento desta união económica, assumindo sem reservas, através das exigências que fazem, que o interesse político da União Europeia não lhes interessa para nada e, naturalmente!, menos ainda, a Europa Social!»
Cara Ana Paula Fitas

Durante o longo sol Europeu decidi votar o meu tempo ao estudo Europeu. Aproveitei a carga económica e de gestão que me veio da aurora Europeia e a chamada captura do(s) regulador(es) à la Portugaise que me mataram o empreendedorismo. Afinal só há espaço para os mais fortes e incapazes! 

Adorei como todos os estudiosos de Estudos Europeus, a defesa do mercado único e a grande benção de um projecto onde a solidariedade estava plasmada no seu Direito - de Comunitário ao da UNIÃO Europeia. De um Eurocéptico desconfiado passei, e tornei-me,  num acirrado Euroentusiasta.

Depois da leitura dos globalismos localizados e dos localismos globalizados de BSSantos, torçi pela segunda vez o nariz.
Eis, então, que com o "  pequeno primo "   do subprime e de todos os "  brothers"  que lhe sobrevieram, converti-me quase definitivamente à tese do homem lobo do homem, e de Euroentusiasta caí novamente no Eurocepticismo. 

Terei retorno, ANA PAULA FITAS?

A CAPTURA DO REGULADOR E PORQUE PORTUGAL MORRE ÀS MÃOS DOS SECTORES DO GÁS, DA ELECTRICIDADE E DOS COMBUSTÍVEIS

Longe de mim querer crucificar os reguladores deste país, mesmo se os sectores onde estes reguladores se movem demonstrarem a total ineficácia da regulação, estilo o consumidor (e a deseconomia nacional é que paga).

O problema do regulador está em teoria naquilo que se denomina a captura do regulador: as empresas reguladas poderiam "capturar" o regulador, bem ao estilo de um thriller de Hollywood.

Os argumentos em favor da teoria da captura, segundo Mata, são de três tipos:

1)reguladores com simpatias pelo recrutamento efectuado em empresas reguladas - onde foram recrutados?
2) Orçamentos limitados do regulador em contraponto com as empresas reguladas, as quais apoiam as suas pretensões directa ou indirectamente através das suas associações empresariais com estudos e pareceres. 
3) Opções abertas de emprego dos reguladores em reguladas - e como é pródigo Portugal nessa movimentação horizontal e vertical de mobilidade e ascensão financeira.

Proximamente e num próximo episódio, farei uma deambulação pelos métodos de regulação, que talvez nos tragam surpresas.   

A FALSA ECONOMIA DE MERCADO E A INEFICIÊNCIA GERAL RESULTADO DAS POLÍTICAS PARTIDÁRIAS

Na parte V do seu Economia da Empresa, José Mata, um eminente economista autor deste excelente manual de Microeconomia, ou de Economia de Empresa, explica o objectivo central da política da concorrência: limitar a aplicação do poder de mercado das empresas.

Como já sabemos o poder de mercado das empresas tem a ver com a capacidade de empresas se afirmarem como capacidade para imporem a sua política de preços ao mercado.

Na UE nada disto pareceria ser possível. É que não só abusos de posições dominantes são penalizados e proibidos, que não as posições dominantes já que penalizaria as empresas só por serem eficientes.

A defesa da concorrência existe e é motivada pela procura da eficiência, já que qualquer microeconomista sabe que o chamado bem estar social está dependente do funcionamento efectivo dos mecanismo do mercado.A parcela para o consumidor ou a parcela de lucro extra para a empresa está assim dependente do modelo de mercado e do afastamento do monopólio e mesmo de oligopólios de preços concertados.

Curiosamente os partidos ditos mais à esquerda como o partido comunista, aqueles que defendem (e bem se pugnarem por essa defesa) os mais frágeis no tecido social, deveriam saber destrinçar o mercado em si da defesa da igualdade de oportunidades para os agentes no mercado. 

É que o que está em causa não são posições dominantes eventualmente conseguidas à custa de eficiência, e portanto não é o mercado que está em causa, mas o abuso dessas posições dominantes no tal bem estar social, que não é mais que a parcela que é deixada ao consumidor em detrimento de um  lucro desequilibrador por abuso de posição dominante.

É este o caso do sector do gás, da electricidade e dos combustíveis em Portugal. Era este o caso do sector das telecomunicações antes de se proceder à liberalização do mercado e à efectivação de verdadeira concorrência de mercado.

Estes são os verdadeiros cancros nacionais que matam a economia Portuguesa - por abuso de posição dominante. 

E porque não muda a situação?
Porque o conúbio e a simbiose entre estas empresas e os agentes partidários que usam estas empresas como chapéus de chuva em caso de desemprego na rotatividade do poder, e para outras coisas  que a nossa imaginação alcança, foi alargado até aos chamados reguladores que parecem mais agentes de um poder regulatório sem dois sentidos, que verdadeiros agentes da proficiência dos mercados.   

O PORTUGAL CASTRADO

Com a pavorosa morte de Carlos Castro é chamado à colação o delírio de uns tantos.

Como a castração a Carlos Castro por um louco delirante, a castração do Portugal é também uma realidade e um crime de lesa povo às mãos de um político delirante e megalómano. 

Como bem diz o nosso colega economista José Ferreira da SIC, o padrão Irlandês do pedido de ajuda foi despoletado pelo Directório Europeu.