sábado, 17 de abril de 2010

OS LADRÕES DO ESTADO SOCIAL

Terceira etapa da grande crise: a Grécia em toda parte


Terceira etapa da grande crise: a Grécia em toda parte
À sombra da crise financeira, floresce sobretudo na Europa o negócio com a dívida pública. Os Estados são os melhores devedores que um credor pode desejar. A lógica é perversa e beira o surrealismo. Nos últimos meses, o Banco Central Europeu inundou os bancos europeus com créditos baratos, negando-se ao mesmo tempo a emprestar dinheiro a Estados membros em dificuldade. Os bancos europeus – a começar pelos alemães – tomaram empréstimos do BCE a juros ínfimos para oferecê-los como empréstimos ao Estado grego com taxas de juro elevadíssimas. Ao mesmo tempo, como resposta à crise, propõe novas “reformas” neoliberais. O artigo é de Michael Krätke
Michael Krätke – Sin Permiso
Como era previsível, à crise bancária e financeira não tardou em seguir a crise econômica mundial. E a elas vem somar-se agora a crise das finanças públicas, terceira etapa da Grande Crise. Dívida, culpa e expiação, uma luta encarniçada: os cidadãos devem subsidiar o generoso resgate dos bancos. As dívidas públicas ampliadas aceleradamente são usadas para alimentar essa lógica. Alguns pequenos povos – os islandeses no Norte, os gregos no Sul – tentam resistir a este absurdo dominante e se negam a pagar pela crise. Do dia para a noite, as dívidas de terceiros se converteram em problema de todos.
De acordo com as últimas cifras do FMI, cinco dos Estados do G-8 têm um déficit público superior a 100% do PIB, com o Japão (200%) liderando esse ranking. Alemanha e Canadá, até aqui, estão abaixo do patamar dos 100%. Já os membros da União Européia – Espanha, Portugal, Itália e Grécia – estão beirando esse limite ou já o ultrapassaram. Nunca antes em tempos de paz o déficit público havia subido de maneira tão extrema nos países capitalistas desenvolvidos como vem ocorrendo agora desde o início da crise financeira mundial, no final de2007.
Somente em 2009, os títulos de obrigações emitidos pela República Federal da Alemanha cresceram até alcançar a cifra de 1,6 trilhão de euros. Só em 1995, quando se fizeram sentir de verdade pela primeira vez os custos da reunificação, o salto da dívida pública alemã registrou um salto maior. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o nível médio dos déficits públicos chegou a alcançar cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) e, em poucos anos, poderia rebaixar de maneira generalizada a marca dos 100%. A Grécia está em todas as partes.
Os economistas estão fortemente divididos em matéria de dívida pública. Um Estado que contrai pouca dívida pública compromete o futuro; um Estado com demasiados credores arruína a economia nacional. Na Alemanha, como em todos os países governados por neoliberais, impera o dogma segundo o qual as dívidas públicas são um mal em si mesmas, levam à inflação, a uma carga fiscal exorbitante e à bancarrota do Estado. Tentam fazer esquecer, contando para isso com todo o poder dos meios de comunicação, a conexão entre crise financeira, socorro bancários e explosão da dívida pública. Em troca, entoam a cantilena do arrocho e dos cortes com o refrão do “Estado social insustentável”.
Não há razão para o pânico. Nenhum Estado europeu tem que ir à falência. Tampouco os gregos devem devolver esses quase 300 bilhões de euros (cerca de 130% de seu PIB), mas sim devem limitar-se ao refinanciamento regular, isto é, ir substituindo regularmente as velhas dívidas por dívida nova. Em princípio, isso não deveria representar o menor problema. O Estado, dotado de monopólio fiscal e monetário, é o melhor devedor. Ao contrário dos grandes bancos, só pode quebrar quando toda a economia nacional está arruinada. Mas, apesar da crise, isso não pode ocorrer em nenhum lugar da União Européia.
Quanto mais crescem as dívidas dos Estados, mais se coloca dívida pública em alguns mercados financeiros que, em geral, estão ávidos em comprá-las, inclusive com ganhos de cotização, porque os empréstimos oferecidos estão super valorizados. Nem a Grécia teve problemas no início do ano para colocar o triplo da dívida nos mercados financeiros. No conjunto da União Européia, emitiram-se em 2008 mais de 650 bilhões de euros de dívida pública. Em 2009, foram mais de 900 bilhões. Em 2010, segundo as estimativas mais prudentes, esse valor chegará a 1,1 trilhão de euros.
O conjunto dos Estados da União Européia já tem mais de 8 trilhões de dólares inscritos como dívida pública. Os EUA os acompanham com mais de 2,3 trilhões de dólares de dívida pública fresca. O negócio com os títulos de dívida pública floresce como nunca. Por que, então, a inquietude nos mercados financeiros? Por que a repentina preocupação com as dívidas da Grécia, Itália, Espanha, Portugal ou Irlanda? De onde vem o medo de uma bancarrota pública na qual, manifestamente, os mercados financeiros não acreditam nem um pouco? Agora como antes, os pacotes de dívida pública grega, espanhola e portuguesa são comprados com pães quentes saídos do forno; são tão desejados quanto os títulos públicos alemães. Naturalmente, com suculentas cobranças pelo risco, o que torna ainda mais rentável o negócio com esses pacotes.
A dívida pública é mais velha que o capitalismo moderno. A bancarrota do Estado foi outrora – antes do descobrimento do déficit público permanente – um meio bm provado de que se serviam os governantes para submeter seus credores, que se vingavam com juros exorbitantes. Em nossos dias, a falsa demagogia sobre os perigos da bancarrota pública é um meio sumamente efetivo de submeter governos, povos e nações pretensamente soberanos aos interesses dos mercados financeiros. Se o crédito de um Estado é posto efetivamente em dúvida, isso serve sobretudo aos credores e, hoje em dia, a regra geral é que os credores não são outros Estados, mas sim investidores privados, bancos, companhias seguradoras e fundos. Uma parte considerável da riqueza de uma nação vai parar em seus bolsos.
As meras taxas de déficit e de dívida pública pouco dizem sobre o risco efetivo do devedor. Obviamente, os leigos em economia que formam a classe política adoram essas taxas, porque elas desviam a atenção das verdadeiras debilidades da economia nacional (por exemplo, no caso da Alemanha, a extrema dependência das exportações). Também se simplificam de muito bom grado os tipos de juros, a relação entre as receitas fiscais anuais e os juros pagos anualmente. Quando, como ocorre agora na Grécia, as receitas fiscais caem, então os tipos de juros sobem rapidamente até 30 ou 40%. Quando isso ocorre, ou seja, quando o serviço da dívida gera um rombo no orçamento público, o país afetado cai, efetivamente, na armadilha devedora. Para evitá-la é preciso reduzir a carga de juros. Uma comunidade como a formada pelos euro-países poderia conseguir isso de maneira mais simples, fortalecendo a credibilidade de um membro como a Grécia sem necessidade de aumentar a pressão de sua dívida pública. Com isso, seriam desfeitas todas as necessidades populistas de Merkel e companhia.
Foram e seguem sendo os bancos – no caso, os europeus – os compradores da dívida pública grega, os controladores da mesma e os principais responsáveis por sua crise financeira: seguradoras e institutos bancários franceses, suíços e alemães são os principais credores, seguidos de longe por bancos britânicos e estadunidenses. Os bancos portugueses possuem quase tanta dívida pública grega quanto os dos EUA.
Não resta dúvida: os déficits públicos podem ser enxugados com uma vigorosa inflação que desvalorize os títulos da dívida e reduza os juros nominais que o Estado tem que pagar por esses títulos. Mas, para ajudar no curto prazo, a inflação teria que ser galopante. Apesar de uma dívida pública crescente em escala planetária, isso é agora praticamente impossível, pois, dado que existem supercapacidades estruturais em praticamente todos os ramos da economia, os preços podem apenas levantar a cabeça. Por ora, o impulsionador dos preços é o Estado e algumas grandes corporações empresariais capazes de controlar a energia e os recursos. E isso não basta para uma hiperinflação.
Que saída resta então? Pois bem, por uma vez só e para variar um pouco, por que não proceder com bom juízo em vez de adotar zelo dogmático e tendência populista? Seria possível ajudar o povo grego de modo simples e efetivo sem aumentar um centavo a dívida pública do país. Por exemplo, com eurobônus ou créditos do Banco Central Europeu (BCE). Bastaria agarrar-se à regra extraordinária que permite que os bancos centrais da Zona Euro aceitem dívida pública e obrigações da Grécia e de outros países.
Para evitar crises deste tipo no futuro faria mais sentido mudar as regras. Não tem nenhuma lógica econômica que os estatutos do BCE proíbam comprar e possuir dívida pública dos países membros da Zona do Euro. Conforme essa regra absurda, o BCE inundou nos últimos meses os bancos europeus com créditos baratos, negando-se ao mesmo tempo a emprestar dinheiro a Estados membros. Ao invés disso, os bancos europeus – a começar pelos alemães – tomaram empréstimos do BCE a juros ínfimos para oferecê-los como empréstimos ao Estado grego com taxas de juro elevadíssimas. Bonito negócio. Ackerman (1) e companhia estão fascinados.
Não se trata só de necessidade; a coisa tem método. Com o medo da bancarrota pública e a ameaça de um caos monetário em caso de queda do euro, promovem-se novas “reformas” neoliberais. Na Espanha, Itália, Portugal e Inglaterra; a ordem do dia é a aposentadoria aos 67 anos. Em toda parte elas impõem aos cidadãos comuns – não aos proprietários de capital e de patrimônio – drásticos aumentos de impostos. Por toda parte se cortam serviços públicos, se reduz o setor público. Impulsionada agora pela situação de suposta emergência financeira do Estado, avança-se irresponsavelmente na privatização da propriedade pública. Os gregos são massacrados, os portugueses são torrados; as facas contra a Espanha perfilam-se com zelo digno da melhor causa. De te fabula narratur (A história fala de ti).
(1) Josef Ackerman é o presidente executivo do Deutsche Bank, o principal banco privado alemão.
(*) Michael R. Krätke, membro do Conselho Editorial de Sinpermiso, é professor de Política Econômica e Direito Tributário na Universidade de Amsterdan, investigador associado ao Instituto Internacional de História Social dessa mesma cidade e catedrático de Economia Política e diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster, na Inglaterra.
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Carta Maior

LOST IN EUROPE OU PIQUENIQUE PELA EUROPA

«Ficar em Praga a ouvir mais umas verdades do homólogo da Rep. Checa? É claro que não... Como sugestão venha com calma a reflectir sobre as palavras do seu homólogo e tenha vergonha e execute o que for necessário para limpar o Estado corrupto que nos rodeia...ah! sacrifícios são para todos, pelo que não se esqueça de rever o orçamento da Presidência da República...» ...de um cidadão de Portugal.
No SAPO encontrei esta comentário pérola de um nosso compatriota, daqueles que muito bem já aziam e regurgitam a política e os políticos à Portuguesa por todos os poros. 
Cavaco, no entanto, o meu outrora Presidente,  lost in Europe, piquenicando pela mesma, que levado, levado por um povo habituado a coices e pouco exigente irá nas brumas e ao colo do mesmo numa próxima candidatura, já muito perto de nós, qual prémio e exigência da sua Maria e da empresa socialista da Eurosinfluênciasondagens, poderá entretanto, a cores e ao vivo, percorrer esta nossa Europa com tempo para perceber que se o Sol é nosso, a verdadeira democracia como o verdadeiro artista, não moram por estas paragens. 

MINISTRO NEM QUE SEJA POR UM DIA

Terrivelmente irritante é a ambição do mexilhão. Não de quem faz disso apelido como o Mexia, mas o mexilhão que em dada altura da vida se quer fazer Ministro e provar do saboroso sabor do poder dos Yes Ministers.

E que em melhor hora chegou para justificar o TGV de Sócas e do seu novo pupilo, o Mendonça que já se aborrecia na Academia e que queria a toda a força, mesmo negando a menina dos seus olhos, a Ciência Económica e os limites do endividamento, numa experiência para ficar na história!

IDEIAS FORTES EM ORTOGRAFIA LASSA

A leitura de alguma coisinhas de Seixas da Costa revela-se útil pelo conhecimento e dimensão do autor. Um pequeno excerto de algumas das suas intervenções são manifestamente interessantes.

«É que, no primeiro caso, estamos no “safe side”: salvo alguns auto-excluídos por viés ideológico, o compreensível apreço pelo laço transatlântico é um dado comum a uma larga faixa da opinião portuguesa que se interessa por este tipo de coisas. Já no segundo caso – a Europa –, as sensibilidades internas são diversas, comportam nuances e estão mais sujeitas a variações de humores de conjuntura. Além disso, outros terrenos em que poderíamos especular sobre a nossa projeção de interesses – África, Brasil, Mediterrâneo – incorporam variáveis tão incontroláveis que, em geral, acabam apenas por ser objeto da repetição de uma “langue de bois” que conforta os espíritos para quem a política externa se resume à reiteração do discurso diplomático tradicional.»
Mas, curiosamente, lido factualmente o texto, perdão fatualmente, o que mais me chamou a atenção foi o cuidado posto na execução do novo acordo ortográfico. Ofício oblige, talvez, mas o que mais me preocupou foi a sensação que a nova escrita, objeto em lugar de objecto, essa golpada de ar de grande dimensão, tirará ainda mais força à nossa já depauperada força e tornar-nos-à cada vez mais asténicos e arrastados.

O DESBOCADO PRESIDENTE VACLAV

A propósito da deselegância do desbocado Checo Vaclav.

É verdade: é feio, pouco simpático e difícil de digerir estas quase verdades!

Mas no vórtice desta nossa santa terrinha, onde se conjuga hipocrisia, ganância, iliteracia e uma arrogância elitista muito composta, onde dizer a verdade e a esconder na hipocrisia reinante está a um passo do palco momentâneo, esquecemo-nos que a verdade é dolorosa mas é revolucionária.
A este propósito estava a comparar os índices de Gini da impoluta República Portuguesa e da poluta República Checa e pasmei: não é que República Checa há só uma e República Portuguesa há pelo menos duas! 
Como dizia uma deputada Brasileira no seu palco preferido: a corrupção está nos genes do político Brasileiro! 
Pudessem eles ter sido descendentes de Checos!

A CINZA E AS NUVENS DA HISTÓRIA

Num tempo e espaço de cinzas destes vulcões que reflectem o mau humor da terra com os seus maiores predadores, na altura em que analiso localismos globalizados e globalismos localizados, preocupa-me cada vez mais as nuvens que nos toldam o juízo interno.

Os fumos de corrupção, a decadência, a indiferença, a falta de reverência, a acomodação o "é a vida de toda uma geração", que nos abate e deprime.

Vale-me olhar para os meus antepassados e entre estóicos heróis governadores da Índia e do Brasil perceber,que afastadas pelas nuvens da espuma dos séculos, e dias, a indiferença, a falta de reverência, a acomodação, o "é a vida de toda uma geração" daqueles illo tempores, já se desvaneceram em nuvens de cinza.

SEAJACKING, BALANÇO

«V. Bilan des attaques (source : BMI / Ecoterra)
Hausse très nette en 2008 et 2009. Le bilan de la piraterie est régulièrement effectué par le Bureau maritime international (BMI).

• En 2008, le nombre des actes de piraterie dans la région du Golfe d’Aden a explosé (il a été multiplié par trois par rapport à 2007). Selon le BMI, 111 navires ont été attaqués au large de la Somalie (mer rouge et Golfe d’Aden) et 43 détournés. A cela il faut ajouter 17 attaques dans l’Océan indien (Tanzanie, Kenya, Seychelles). Soit 128 attaques dans la zone. L'ONG Ecoterra a recensé 134 incidents (incluant tentatives et attaques avortées) dont 49 ont réussi par une capture du navire.

• En 2009, l’escalade continue. Pour le seul premier trimestre 2009, on recense 114 bateaux attaqués et 29 saisis. Avec un renforcement notable du danger autour des Seychelles et de l’Océan indien : une attaque sur deux ou trois se produit dorénavant dans cette zone. Début octobre, selon Ecoterra, il y avait 173 attaques avec 49 "sea-jackings". Lire le bilan à fin septembre 2009
NB : Le nombre de bateaux détenus par les pirates évoluent au gré des prises et des négociations de rançons : entre 10 et 20 navires et plus de 200 membres d'équipage en otage durant l'année 2009. Largement moins (4 navires) à la fin de l'été 2009,  (lire opération déstockage), 8 environ fin octobre 2009 (après la fin de la mousson et la reprise des attaques).

VI. Bilan financier (source : assureurs / agences de presse) • Le montant cumulé des rançons pourrait atteindre, au total, selon les estimations, entre 30 et 150 millions de $.
80 millions de dollars de rançon ont été versés en 2008, d'après les assureurs.

Bilan de la CTF 151. Ce bilan est sensiblement différent de celui que je dresse et de celui du BMI. Mais il se recoupe en bonne partie et est complémentaire, au moins sur les pirates libérés et les armes saisis (établi au 28 mai 2009).
Pour la période 26 août 2008 - 28 mai 2009:
• 443 pirates encountered
• 212 released
• 184 turned over for prosecution
• 8 killed; 39 pending
• 26 pirate vessels destroyed; 12 pirate vessels confiscated
• 189 small arms, 39 RPGs, 80 RPG projectiles confiscated

Attaques pirates (2009) : 115 piracy events. 27 successful attacks, 85 unsuccessful attacks.
Attaques pirates (2008) : 122 piracy events: 0.37 % of overall traffic. 42 successful attacks, 80 unsuccessful attacks.»

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A CHINA E A UNIÃO EUROPEIA

“Nós somos como os prisioneiros… Nós não temos uma vida, apenas o trabalho!”

É aqui que se joga o futuro da União Europeia? Sabendo nós que metade das empresas exportadoras Chinesas são de empresas de origem Europeia e Americana, há que perguntar à locomotiva Europeia. É assim que vocês liquidam a produção industrial nos países vossos parceiros Europeus? É esta a União que querem? Baseada no vosso tecido empresarial que explora trabalhadores na China, liquida os nossos tecidos empresariais e falha na coesão e solidariedade?

O PORTUGUÊS OCO DAS EUROSONDAGENS: BURRO MAS ETERNAMENTE SOLIDÁRIO!

Poderá cair o Carmo e a Trindade, o default da República Portuguesa, a descoberta de dezenas ou centenas de milhões de euros nas contas de governantes, EM OFFSHORES. Tudo poderá acontecer que alguns Portugueses gostam e pedem mais: socialistas uma vez, camaradas e socialistas para todo o sempre.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O DIA MAIS FELIZ DA VIDA DE SÓCRATES

«Face Oculta: escutas de Sócrates já foram destruídas»
 
Há uns anos Isaltino dizia: Oeiras vale a pena!
Hoje Sócrates diz: Portugal vale a pena!

TAXAÇÃO DAS MAIS VALIAS EM 2O%. OUTRO TIRO NOS PÉS DAS EMPRESAS MORIBUNDAS.

Mais um tiro no porta - aviões Português. Taxar as mais valias a 20%, num mercado que não compara com os outros mercados, destruindo por motivos demagógicos alguma discriminação positiva? E a seguir querer privatizar? Idiotas!
O Bloco de Esquerda aplaude, aplaudirá quando o mercado de capitais se afundar ainda mais? O Presidente do Euronext, Athayde Marques, avisa. Alguém da corporação do sabemos tudo e nunca nos enganamos o ouve? 
Vieira da Silva, esse ministro economicamente morto,  indignava-se, ontem, com José Gomes Ferreira pelas críticas deste último, considerando que toda a decadência Portuguesa está na ponta da crise. Tudo? E em nada eles ajudam? Ler a peça do 31 da Armada onde se destacam as palavras: alternativa, fundamentalismo patológico, vantagens competitivas, poupanças, privatizações, fuga de capitais.

«Foi ontem adiada a propostas do Bloco de Esquerda de tributação das mais valias. Adiada, mas por maus motivos.

A tributação das mais valias bolsistas é uma aspiração antiga da extrema esquerda que nunca compreendeu o capitalismo nem a função do mercado de capitais. Nunca percebeu que o mercado de capitais fomenta o investimento e é uma alternativa ao sector financeiro no que se trata do financiamento de longo prazo das empresas. Nesta acção, ao que parece,  o PS aderiu.

Neste momento, é um dos poucos mecanismos fiscais onde Portugal tem alguma competitividade fiscal. No entanto, existe entre os nossos burocratas da esquerda,  um fundamentalismo patológico e quase doentio para acabar com tudo aquilo que sejam vantagens competitivas do nosso País quando comparados com a concorrência.

Ao contrario daquilo que a demagogia do Bloco de Esquerda possa transparecer, esta medida destina-se apenas a retirar benefícios e vantagens á classe média. As empresas, ( ou os grandes capitalistas como eles lhes chamam)  fiscalmente eficientes, via SGPS, não serão afectados pela medida, já que a base de incidência são apenas as famílias. São mais de 1 milhão e meio de famílias ou indivíduos que possuem poupanças aplicadas no mercado de capitais e que o fazem numa perspectiva de longo prazo.  O Bloco confunde especulação com poupança como confunde ricos com classe média. Da mesma forma não percebe que a remuneração tem uma expectativa directa com o risco assumido.  Se o tivesse percebido, não teria proposto que a base do imposto fosse o saldo entre as mais valias e as menos valias apuradas.

No PEC estão considerados cerca de 6 mil milhões de Euros de privatizações. Estas têm e devem ser feitas via pequenos investidores no mercado de capitais, as famílias - a classe média. No mínimo exigia-se um pouco mais de prudência e bom senso contra a demagogia quase estrutural que se instalou na sociedade Portuguesa.  Depois queixem-se que há capitais portugueses no estrangeiro. Não é por acaso.(31 da Armada)»