sábado, 15 de novembro de 2008

NÃO ME COMPROMETAM!


Quando se percorre algumas opiniões de ex-quaisquer coisa deste país, chega-se à feliz e estonteante conclusão que Portugal é um país extraordinário, verdadeira pérola, estereótipo e "o berço" da mão invisível.

Aqui neste vaporoso, esponjoso e escorregadio lugar, ninguém viu nada, ninguém sabe nada, ninguém contribuiu para nada, ninguém é responsável por nada!

No tribunal da opinião pública onde ex-post, ex-acto(s) se movimentam, estarrecidos por uma humanidade que desconheciam, é vê-los verdadeiramente surpreendidos, quantas vezes incomodados, com o resultado dos seus próprios ... erros e barbaridades!

Ah, "ganda" quintal à beira-mar pasmado! Será por isto que cada vez mais nos convencemos que a única necessária e útil qualidade do político é o bom senso!

E será por isto, também, que a srª ministra quer à viva força, de forma afinal não sinistra, conjugar o verbo ... avaliar!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

CRESCIMENTO DUPLICADO A TREZENTOS E TRINTA E TRÊS ANOS!

«No terceiro trimestre deste ano Portugal escapa ao cenário de recessão ... Tudo indica que a economia portuguesa apresentará crescimento de 0,3%»

Podem os do salário mínimo espumar de felicidade. Daqui a trezentos e trinta e três anos, quatro meses e alguns dias, a este frenético ritmo, poderão auferir perto de 900€.

Comiseração estatística, indigência estatística ou apenas política e assessoria política ... À PORTUGUESA?

DAS DUAS ... TRÊS!

«Com Nicolas Sarkozy no leme e uma notável sede de protagonismo, a União Europeia aposta forte nesta reunião, procurando imprimir um guião transformador à reunião. Bruxelas quer elevar o FMI a ‘pivot’ da supervisão financeira, apertar cerco às agências de ‘rating’, harmonizar regras contabilísticas e deixar tudo às claras – produtos, instituições e estados debaixo de regulação. Um economista da Universidade de Maryland, Peter Morici, sintetiza à AFP o pensamento americano: “Os europeus têm expectativas irrealistas; aqui não há apoio para uma regulação à europeia que conduza a 10% de desemprego e 1% de crescimento”. De Washington a tónica continua a ser mercado livre.»

A pensar, fortemente, nas opções! O que é que preferimos? Ou haverá uma via média entre um mercado aparentemente desregrado e à mão de gente sem escrúpulos, e um mercado demasiado estrangulado, com altas taxas de desemprego e crescimento? Aquilo que eu preferia era uma nova geração de políticos, diferentes de Sacorzy e quejandos.

Sobra, assim, aos homens a esperança Barac Obama (pelo menos enquanto não responsável ou simples mito sebastiânico!).

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

AS PIRITES DO DESEMPREGO

«Norte atinge número recorde de 186 mil desempregados»


E o Sul, e o deserto fronteiriço e as grandes metrópoles? Para um observador atento da realidade a situação actual já se adivinhava pouco depois da entrada deste governo em funções. O excesso de regulamentação e controle governamental, o ataque constante ao micro e pequeno tecido empresarial, a obsessão destruidora do défice, assim como a total dessintonia do país real com o país imaginário e dirigista do governo Sócrates, apenas em sintonia e vista grossa com as grandes empresas, levaram o país a este estado caótico, agora agravado pela crise internacional. Os números aliás devem pecar, em muito, por defeito, dada a vaga de emigração que já assola inúmeras regiões de Portugal.

Sócrates já devia ter aprendido, se quisesse confirmar a asua autoapregoada inteligência, que o país é pequeno demais para se esconder de si próprio. O que é triste, é que os últimos 20 anos tenham representado uma aproximação de Portugal aos seus mais directos parceiros, estando agora pelo retorno ao empobrecimento de uma parte substancial da sua população todo o capital necessário para o "take off" de mentalidades e inercias desbaratado! Não há nada pior para o afundamento de um país que uma parte substancial da sua população a contar os tostões até ao fim do mês! Ou o aparelho de propaganda de Sócrates consegue negar esta evidência?

Aquilo que se pergunta é: porque é que em Portugal os governos são cegos, surdo e mudos e teimam em governar não ouvindo as preocupações daqueles que deviam representar e proteger? Para quem olha à sua volta, pensa pela sua cabeça e não se deixa enganar, percebe que a falta de preparação democrática e de conteúdo de Sócrates só poderia degenerar nesta situação. Pode-se manipular muitos durante algum tempo, mas não todos a todo o tempo!

Para além de alguns poucos passos dados, embora com uma sanha louca de intervenção e legislação, o duo Sócrates/Pedro S.Pereira (como evidente figura parda), pouco acrescentaram ao País de positivo que algumas pseudo aproximações de justiça remunerativa público privada, muito menos que o mais negativo, um País desmotivado e medroso por tiques de prepotência, alicerçado na visível impreparação, cultural, profissional (e numa ética própria Socratiana) para primeiro-ministro.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

OS SINISTROS

«Alegre está sempre disponível a dar razão menos ao Governo»

Já se tinha percebido que Sócrates tinha um problema grave de má convivência com a humildade. Isto para não falar da má relação com o ensino e com os professores.

Incapaz de se retratar tem de haver por detrás deste traço de carácter, uma frustração, um trauma, algo que o tenha marcado para a vida, tornando-se um case studie dos políticos da "sua geração" conflituosos, tortuosos, infelizes e que espalham a infelicidade.

Noutros tempos, graças a Deus já passados, nos tempos dos homens de carácter e de coragem, Sócrates acabaria mal, por já há muito ter saltado por uma qualquer janela, ajudado por exasperados conspiradores ou amigos da Pátria.

Assim, será um case studie de um político da "sua geração" muito parecido com políticos de gerações totalitárias de um poder velho, passadista e criminoso do "quero, posso ou mando", podendo-se gabar de ter levado a política a parecer-se mais com os velhos, novos, anos trinta.

Para um político que está no poder "fraudulentamente", porque a mentira é uma fraude, é obra e ficará nos anais da democracia pouca ou nada representativa e participativa.

A diferença entre Alegre e Sócrates é que Alegre acredita no socialismo, Sócrates acredita no poder do umbigo.

CONSTÂNCIO O DISPENSADO DE AVALIAÇÃO

E viram-lhe os tiques?
O faz que não com os olhos?
O menear de cabeça de criança apanhada em falta?
A ironia no céu da boca?
O revirar de olhos e as ondas no ar?

Quanta ingratidão, meu Deus, para com este ser supremo!

Entretanto, onde param as minhas poupanças reforma, suor do meu corpo, roubadas pelos senhores do capitalismo popular?

Possivelmente, em algum paraíso fiscal ou em algum bolso, direi eu!

A CONDIÇÃO MILITAR VISTA POR UM CANUDO


Se é verdade que há muitos militares (não serão estes oficiais e sargentos profissionais necessários em caso de recrutamento generalizado, porque ainda não foi decretado o fim da história e as guerras vivem de "Kondratieffs" de mau estares e injustiças generalizados), também é verdade que há demasiados advogados para demasiados Portugueses sem acesso à justiça, porque excluídos dos rankings dos mais afortunados de Portugal.

Aliás penso que há infelizmente mesmo para alguns Portugueses, demasiados Portugueses incómodos no trânsito, no espaço público, na palavra e na expressão de egos e indiferenças do tamanho inverso do conhecimento dos outros.

A palavra de ordem, então, será aquilo que há de menos em Portugal: o respeito, a humildade, o estado de graça da "Baracobamização" necessária de Portugal?

Assim, a quartelada, será assim a expressão do mau estar da relação de uns com outros, construção de um mundo de uns e outros, e que alastra a cada vez mais desafortunados na relação directa da fortuna de poucos, "com as armas que temos nas mãos"!

E é nesse espaço que se enquadram os militares. Num mundo virtual, virtuoso e justo, seriam por certo, e por tudo, excedentários! Assim, abramo-nos aos outros e desconstruamos esta nova frase constante do aburguesamento indiferente: temos pena!

Será que vivemos e criámos para nós e para os outros o melhor dos mundos, ou será que traímos no caminho, com medo do reflexo da nossa imagem, as nossas esperanças !


NASCI PARA TE INFERNIZAR A VIDA

«Deverá, agora, suspender:
· A elaboração escrita do Plano de Aula assistida?
· A entrega do mesmo?
· A assistência da aula?
· A elaboração do Portfólio?
Deste constam:
1. O Projecto Educativo de Escola;
2. O Plano Anual de Actividades;
3. Os programas das disciplinas e níveis que lecciona:
4. A Planificação Anual das disciplinas e níveis que lecciona;
5. A Planificação Trimestral das disciplinas e níveis que lecciona;
6. A Planificação das Unidades didácticas das disciplinas e níveis que lecciona;
7. As grelhas de avaliação, a partir das quais vai ser avaliada;
8. A redacção da reflexão crítica de todas as aulas que deu até ao momento;
9. A redacção da reflexão crítica de todas as leituras que fez até ao momento,
10. A análise dos resultados anteriores dos alunos, para verificação do cumprimento da taxa final de sucesso escolar.
11. Não constam as taxas de abandono escolar, por terem sido consideradas desprezíveis nesta Escola.»

Portugal está cheio de uma espécie de gente "pequenina" que para fugir ao "trabalho criador de riqueza" se refugia numa espécie de sacrosanta "ética" reformadora e reformuladora.

O País avança pois nesta linha pequenina, a linha da "burrocracia" da hierarquia mandante, que para fingir que não faz coisa nenhuma delicia-se com a feitura de pérolas "aos seus porcos"

E, é por isso, que andamos todos a "grunhir" há muitos anos!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

À VOL D' OISEAU

«Com o beneplácito do PORTUGAL DOS PEQUENINOS»
«A presidência francesa da UE quer à viva força "obrigar" a Irlanda a ratificar o malfadado "tratado de Lisboa". Como não é possível ao respectivo e crédulo primeiro-ministro irlandês, a braços com uma recessão, chamar os seus concidadãos a repetir o referendo para ver se dá "sim", brilhou na cabeça dos mandantes da UE a possibilidade de o Parlamento local "mudar" a constituição de forma a que a aprovação do "tratado" possa ser realizada a preceito. A União Europeia é suposto ser um espaço de liberdade e não um imenso campo de sentido único, atafulhado em burocracia e articulados mistificadores. Infelizmente tem sido este último o caminho escolhido pelas digníssimas cabeças que gerem a coisa e onde pontifica a nossa glória nacional, o dr. Barroso. Sarkozy quer o seu "momento Pirâmide do Louvre" à conta da pobre Irlanda. Não chega lá. Não vale a pena.»




O mundo é e continua isto!

Depois de um período brando de aparente felicidade face à bruta adversidade da segunda guerra mundial, o homem voltou ao seu melhor. À estupidez natural, ao olhem para mim, que eu é que mereço a condecoração ... à insensibilidade, à individualidade!

Nova guerra precisa-se, com urgência, mais bruta e brutal que as anteriores, alicerçada na maldade ainda mais bestial do homem mais civilizado e mais maquiavélico, de artes cada vez mais requintadas, nova guerra precisa-se que o mundo está a precisar de se encontrar com a dor e humanidade de si próprio!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

RESPOSTA AO GURU DA ECONOMIA CÉSAR DAS NEVES

Para "o microeconomista" César das Neves a solução é simples. Mantenha-se os ordenados minímos a nível da miséria, pois assim o equilíbrio do mercado rapidamente se dará com alguns milhões a morrerem de fome. Aí, então, os ordenados subirão por equilíbrio natural!

Mas, César das Neves, não haverá outra solução diminuindo as ganâncias secularmente instaladas, destruindo monopólios, custos de contexto, aumentando produtividades por via de minímos reais de subsistência? Onde está o mercado perfeito justo redistribuidor? Será este possível na sociedade da desigualdade dos homens, nos homens desiguais e na ganância, na relação do homem lobo do homem? O mundo já não é do "Magalhães", o mundo será dos filhos do "Magalhães"!

Não é essa a esperança corporizada em Obama? Um mercado mais amigo da igualdade, contribuindo para a felicidade dos povos? Ou temos que continuar a comer e calar, sob a falsa candura e inexorabilidade dos mercados os milhões das Edp´s, Constâncio´s, Teixeira Pinto's, Cadilhe´s e muitos outros milhares de exemplos de um mercado dito perfeito?

Se se "decreta" o fim da história porque é que não se decreta o fim da desigualdade?

Ah, pois é, só algumas "patifarias" é que se fazem por decreto! Uma nova democracia precisa-se!

OBVIAMENTE, VÁ-SE TRATAR!

De tanta luta política este governo ensandeceu de vez! Do excesso de "porreirismo" de António Guterres, passou-se para o "porreiro pá musculado, arrogante e autista" de Sócrates e da sua equipa, contaminada pela arrogância do "patrão". Não se pode governar contra as pessoas! Não se pode mesmo querer impor modelos sob um falso manto de Cristos salvadores! Duas, três, quatro pessoas não podem mesmo querer pensar melhor que centenas de milhar ou milhões que dizem representar! A democracia representativa está em perigo, por uma "clique" que se legitimou na mentira. O simplex degenerou em "burrocracia", diz-se uma coisa e faz-se outra! Nunca tão poucos, dificultaram a vida a tantos, em tão pouco tempo!

Quem se legitima na mentira não tem legitimidade nem representatividade, quanto mais moral, para se achar mandata!

As palavras de Valter Lemos sobre o novo estatuto do aluno e as manifestações de desagrado são exemplo disso.

«Significa que as faltas deixaram de ser um direito. Não há um direito a faltar. A assiduidade é um dever que tem de ser cumprido pelos alunos», afirmou o secretário de Estado da Educação.»

Pois é, sr. Secretário de Estado, não há um direito a faltar! Mas também não há o direito à punição e ao castigo cego! Não se pode estar doente? A partir de agora, doentes levantai-vos e andai! Obviamente, sr. Secretário de Estado o sr. e a sua equipa estão a precisar de se irem tratar! Pare, afrouxe a sua frenética hiperactividade normativa! Vá para fora cá dentro! Há quanto tempo é que não tira umas férias?

domingo, 9 de novembro de 2008

DEFINIÇÃO DO POETA


Excelente Eloah,
a definição do poeta,
o poeta e o momento,
porque na poesia da vida
e na vida da poesia,
está a vida encarcerada
numa longa e funda escarpa,
onde só escapa...
alcandorada pela maresia,
a rainha das rainhas,
a nossa formidável ...
poesia!

E o que seria a vida,
mecânica, nua e trágica,
sem a mágica desse instante,
vida só, pobre e fria
descarregada de poesia?

E a rosa é o abraço,
um miminho da poesia,
ténue traço,
formidável e esparsa via,
desta insólita emérita raça,
provida da vida que cria!

Que a vida te continue a fluir,
desta única e bela forma,
porque o poeta é o momento,
com o poder do iluminar...

feliz forma de evangelizar
desprovidos e infelizes,
alegre e única forma
de caminhar desfrutando,
pelas praias da poesia,
semeando nossas raízes...

desta nossa curta,
mas feliz e trágica vida,
sempre em forma de despedida!