sábado, 24 de janeiro de 2009

RECEITAS DO PASSADO OU DO PRESENTE?

V.B.

Não estou a ver baixar os 450€ dos trabalhadores para 400€ e dizer-lhes: agora passas a gastar 2€ por dia para alimentação! O trabalhador que já só gasta 2€50 por dia para alimentação, uma lata de atum por dia misturado com meio kg de arroz para três pessoas, porque entretanto a mulher já abortou 5 vezes porque o dinheiro não dava para a 4ª, agravando o nosso deficit demográfico ainda só ligeiramente coberto pelo saldo emigratório, e o da S.S., pensa então, dois caminhos se divisam: ou vou engrossar os gangues especializados em car-jacking, robin dos bosques do séc.XXI, os futuros home-jackings e street-jacking e sequestros (mexicanização e brasileirização da urbe Portuguesa), ou emigro definitivamente (daqui a dois anos quando uma nova revolução energética e tecnológica impuser o paradigma eléctrico) ou se já trabalhava pouco (e como isso é evidente na função pública!), agora é que me arrastarei o dia todo, fazendo da produtividade um conceito algo estranho: trabalho tantas horas como os parceiros continentais, mas produzo pouco mais de meio.

Honestamente V.B. penso que há outras saídas, até porque penso que há um costume antigo de misturar duração de trabalho com produtividade. Aumentar a produtividade de trabalho com recurso ao exclusivo aumento da duração de trabalho? Será que o Zé Povinho (que, atenção, está mais sofisticado, embora infelizmente nem sempre mais civicamente educado!) está pelos ajustes? E o aumento da intensidade de trabalho por via da motivação? E o instrumento fiscal? Porque não tem sido utilizado?
Rigidez da despesa? Administração pública ineficiente, sem dúvida! Aliás digo-lhe que teria sido o meu caminho encostar 150.000 f.p. para não ter de encostar como agora se passa e se passará algum milhão de trabalhadores dos transacionáveis. E será, V.B., que não seria mais avisado baixar a taxa da S.S. em para aí 8%, com uma reforma universal tecto de 1.000€, que aliás será inevitável a prazo? Mas muitas outras ineficiências ainda pululam! Concursos públicos 5.000.000 €? Para mim nem 5 tostões!

Além de que V.B. a repartição de rendimentos terá apenas raízes na falta de formação e de energia dos activos?1) porque é que os nossos empresários não “alargam” as mãos do sector terciário “merceeiro” para a produção de bens transaccionáveis?2) porque é que os empregados/trabalhadores (e note trabalhadores, distinção feita em relação ao excesso de generais) ganham o dobro ou o triplo por essa Europa fora?3) porque é que não se faz uma verdadeira reforma do arrendamento (nenhuma casa sem estar habitada!), que pare de vez a cimentização desenfreada e se faça de Portugal um país verde (mesmo no Alentejo!)?4) porque é que não se utilizam os recursos públicos com parcimónia e se actua por via da despesa e não do estrangulamento por via da receita (da garganta dos agentes económicos). Aliás até me espanto como é que ainda há agentes económicos. Os 1,1% de crescimento da última década são ainda devidos a essa raça de heróis!

Além de que, caro V.B., eu ex-ante um adepto das privatizações, torço hoje o nariz e sou mais comedido no pouco restante: privatizações para manutenção de monopólios e oligopólios? Energia cara, 800 milhões de lucro para a EDP, que vê o seu lucro constante em ambiente de crise! Deficit tarifário? Diminuição de custos de produção?

Eu estou um pouco como Teixeira dos Santos com o seu GPS: nada disto vem nos manuais! É talvez mais do campo da ética! Será, então, preciso mais imaginação? Ou será que precisamos é de um novo condutor, um novo timoneiro que assente Portugal em três ou quatro vectores: envolvência dos Portugueses com diálogo, verdade sem arrogância, ética política e “distensão” da sociedade, libertação dos agentes económicos, combate real às desigualdades. Em suma governar menos, olhar com maior distanciamento, fazer menos, ouvir mais e deixar fazer mais!
Não se pode deixar a diminuição de salários para quando houver uma verdadeira diminuição dos custos gerais? Se calhar uma pequena deflação em Portugal é bem vinda, desde que o Estado dê o exemplo e cometa a graça de um emagrecimento dermoestético das gorduras doentias e inestéticas !

Em último caso, resta-nos sempre a hipótese de congelarmos por um tempo a moeda única, repormos o Escudo com a face de Sócrates no verso e a de Teixeira Santos no reverso, desvalorizarmos de 200.482 para 800, acabando com a saltada de fim de semana a Londres para as compras e abrindo o Pestana Algarve à classe média Angolana e a todas as economias emergentes que amam e mimam os seus agentes económicos!

ENERGIA DESPERDIÇADA


Porque é que há tanta gente a pôr o dedo nas feridas e outros que teimam em só abri-las? Henrique Neto pertence à primeira categoria!

AS TEIAS


Muito interessante este excerto de post de Henrique Pereira dos Santos em AMBIO.

«Por isso Pedro Serra, na já longíqua campanha interna para eleição do Secretário Geral do PS em 2004, podia escrever um artigo de opinião no diário económico que era um panegírico de apoio a um dos candidatos, onde constava este parágrafo que no contexto do artigo não era uma crítica mas um fortíssimo elogio, sem que aparentemente alguém ficasse sobressaltado com o seu conteúdo:
«Os dois anos em que foi Ministro do Ambiente e em que teve na sua mão a distribuição dos fundos comunitários utilizou-os ele a tecer a trama de influências regionais e nacionais,partidárias e não só, que o fazem imbatível em qualquer contenda no seio do PS (...)»
henrique pereira dos santos

HOMEM TOTAL

MUITO BOM ESTE HOMEM TOTAL ... GLOBAL! A CIÊNCIA ECONÓMICA COMO APROXIMAÇÃO, NUNCA COMO RESOLUÇÃO OU PRETENSÃO! ESSA FICA A CARGO DO HOMEM TOTAL, DE PREFERÊNCIA EM AMBIENTE GLOBAL!

POR ISSO TEIXEIRA DOS SANTOS DIXIT: ESTA CRISE NÃO VEM NOS MANUAIS; É ALGO INTEIRAMENTE NOVO! SE ASSIM É, E É, MAIS ATENÇÃO EM VELOCIDADE DE CRUZEIRO À CONDIÇÃO E RAZÃO DOS SEUS CONCIDADÃOS!

EM ECONOMIA E FINANÇAS ANA ROQUE, BRILHANTE JURISTA DE DIREITO ECONÓMICO DIZIA-ME: SEJA RACIONAL, SEJA POLITICAMENTE CONSTANTE! SE ASSIM FOSSE TECNOCRATICAMENTE ASSERTIVO, ASSEPTICAMENTE CONSTANTE, FALTAR-ME-IA ARGUMENTOS PARA RESPONDER A TEIXEIRA DOS SANTOS: TÃO ARRUMADINHO, TÃO CERTINHO, TÃO CONSTANTE, MAS TÃO
PROFUSAMENTE INIMAGINATIVO FACE A UM MANUAL AINDA EM BRANCO!

«Não é suficiente ensinar a um homem uma especialidade.Através dela ele pode tornar-se uma espécie de máquina útil mas não uma personalidade desenvolvida harmoniosamente.A sobrecarga necessariamente leva à superficialidade.EINSTEIN, Albert, cit.PAIS, Abraham, Einstein viveu aqui: 271.
NÃO HÁ RAMO sem excessão, mas à Economia lhe é essencial, no sentido de exceder as parcas fronteiras acadêmicas. Nesses bancos, como nos congêneres financistas, o que mais importa são contabilidades; mas enquanto nesses coexistem apenas duas operações, nos estudos econômicos é mister uma infinidade de cálculos. São milhares os vetores incidentes sobre nossas casas, e seu guardião, tal qual se apresenta o designativo eco, e tampouco qualquer computador de última geração, não tem capacidade para dimensioná-los. O futuro faz-se a cada instante, por cada átomo do Universo. Impossível calculá-los. O que pode emprestar guarida são os muros arrimados da Física, esta abandonada porque taxada complexa, a Filosofia, relegada por estéril, mesmo a História, olvidada pelo tempo transcorrido, e fundamentalmente a Ciência Política, desprezada porque dúbia, portanto, pretensamente ideológica, ainda que pragmática. Mas é deste delta, e não da simplória metafísica pitagórica, que a realidade pode ser melhor aprendida. Os sistemas matemáticos não podem dar conta de todas as verdades matemáticas; haverá sempre um conjunto de axiomas que estará fora de seu sistema. Fulgurantes catedráticos, todavia, ainda se baseiam nesses moldes cartesianos, em parcas coletas, não raras vezes embaladas em invólucros mais ou menos marxistas. A fim de dourar a pílula, costumam propalá-la social, e geralmente altruística. No entanto, a doutrina prescinde de âncoras jurídicas e filosóficas, consideradas motivo de atraso:
Essa perda da compreensão dos fatores que determinam tanto o valor do dinheiro como os efeitos dos eventos monetários sobre o valor de bens específicos é um dos principais danos que a avalanche keynesiana causou ao entendimento do processo econômico.HAYEK, F. 1986: 73Von Mises (1990: 112), com pesar, já identificara:"O que ocorreu foi que as premissas tecnocráticas quanto à natureza do homem, da sociedade e da natureza, deformaram-lhe a experiência na fonte, tornando-se assim os pressupostos esquecidos de que se originam o intelecto e o julgamento ético."Evidentemente é deplorável que a loco motiva atropele ética, leis e costumes através de maciça divulgação de dúbias estatísticas, vários macetes numéricos, e arranjada publicidade, em nome de um suposto progresso material. Malgrado o ideal que projeta, a ciência mater já demonstrou, na simplicidade de E=Mc2, que o materialismo é desprovido do próprio objeto; todavia, a mais famosa equação, como sói acontecer nas congêneres, ainda não parece assimilada no interior da academia. Urge atenção. A viagem da Economia é repleta de infortúnio, e se dirige ao despenhadeiro:"Não é de causar espanto que a economia seja, com freqüência, chamada de ‘triste ciência'!" (PILZER , Paul, Deus quer que você enriqueça : a teologia da economia: 35)
Assim, a economia, a ciência social matemáticamente mais avançada, é também a ciência social e humanamente mais fechada, pois se abstrai das condições sociais, históricas, políticas, psicológicas, ecológicas, etc., inseparáveis das atividades econômicas. Por isso, os seus experts são cada vez mais incapazes de prever e de predizer o desenvolvimento econômico, mesmo a curto prazo.MORIN, Edgard, Compreender não é preciso; cit. MARTINS e SILVA: 30Na carência dessarte, ficam por aí colhendo e difundindo boatos e fatos, sem distinções:
A ciência econômica é a ciência humana mais sofisticada e mais formalizada. Contudo, os economistas são incapazes de estar de acordo sobre suas predições, geralmente errôneas. Por quê? Porque a ciência econômica está isolada das outras dimensões humanas que lhes são inseparáveis.MORIN, E., Em busca dos fundamentos perdidos : textos sobre o marxismo: 16
O pensamento econômico contemporâneo é esquizofrênico. A teoria clássica foi quase virada de ponta-cabeça.CAPRA, 1995: 207)As relações inerentes à matéria em tela, social por excelência, não podem ignorar nenhuma fonte do conhecimento:.Qualquer economista deveria ser, mesmo que pouco, matemático, historiador, homem de Estado e filósofo. PASSET, René, Economia: da unidimensionalidade à transdisciplinaridade; cit. MORIN, E., 2002: 224.Um denominador traçou o psiquiatra ex-Deputado Federal Dr. Eduardo Mascarenhas (1994: 3):
Tanto o psicanalista quanto o economista proclamam o poder de influência desse inconsciente coletivo composto de mitos, lendas, crenças, ideologias, valores e ideais - o imaginário social - sobre as subjetividades individuais. Ou seja, ambos, psicanalista e economista, sublinham a importância dos investimentos efetuados por cada uma destas subjetividades nas suas circunstâncias. Entre o psicanalista e economista existe uma poderosa convergência: ambos estudam as reações e as expectativas das pessoas (agentes econômicos) quando imersa no espaço social. Até porque desse formigueiro intersubjetivo ninguém escapa.Como todas as ciências, especialmente a econômica, que deve ter por objeto o ser humano, e não apenas quantificações, tem obrigação de ser multidimensional e interdisciplinar, com isto melhor aferindo, podendo e até devendo ampliar seus horizontes, pelos faróis das ciências mais tradicionais:
Uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis relacionadas à renda. Sem desconsiderar a importância do desenvolvimento econômico, precisamos enxergar muito além dele.SEN, Amartya: 28Talvez por isso o ex-todo poderoso Alain Greenspan tenha escrito:
O problema essencial é que os nossos modelos tanto os de risco quanto os econométricos, por mais complexos que se tenham tornado, ainda assim são simples demais para capturar a ampla gama de variáveis que definem a realidade econômica mundial.É óbvio:“Há infinitos universos paralelos formando ramificações. Em cada um se atualiza uma realidade." (TOFFLER, Alvin e TOFFLER, Heidi, p. 20)
Não podem as bifurcações ajudar-nos a entender a inovação e a diversificação em áreas outras do que a física ou a química? Como resistir à tentação de aplicar essas noções a problemas da esfera da biologia, da sociologia e da economia? Demos alguns passos nesta direção e hoje muitas equipes de pesquisa em todo o mundo seguiram este caminho. Só na Europa, foram fundados nestes últimos dez anos mais de cinqüenta centros interdisciplinares especializado em estudo dos processos não-lineares.PRIGOGINE, I.,: 74"Tudo o que é humano é ao mesmo tempo psíquico, sociológico, econômico, histórico, demográfico. É importante que esses aspectos não sejam separados, mas concorram para uma visão 'poliocular'." (MORIN, Edgar, Contrabandista dos saberes, cit. PESSIS-PASTERNAK: 86)
Hoje a Antropologia não pode abster-se de uma reflexão sobre: o princípio de relatividade einsteniano; o princípio de indeterminação, de Heisenberg; a descoberta da ‘antimatéria’, desde o anti-elétron (1932) até o antinêutron (1956); a cibernética, a teoria da informação; a química biológica; o conceito de realidade. Tudo o que diz respeito ao homem nos revela ao mesmo tempo o homem em movimento e o homem permanente; o homem diverso e o homem uno.MORIN, E.: 64.We can change. I hope. »Não é suficiente ensinar a um homem uma especialidade.Através dela ele pode tornar-se uma espécie de máquina útil masnão uma personalidade desenvolvida harmoniosamente.A sobrecarga necessariamente leva à superficialidade.EINSTEIN, Albert, cit.PAIS, Abraham, Einstein viveu aqui: 271.
NÃO HÁ RAMO sem excessão, mas à Economia lhe é essencial, no sentido de exceder as parcas fronteiras acadêmicas. Nesses bancos, como nos congêneres financistas, o que mais importa são contabilidades; mas enquanto nesses coexistem apenas duas operações, nos estudos econômicos é mister uma infinidade de cálculos. São milhares os vetores incidentes sobre nossas casas, e seu guardião, tal qual se apresenta o designativo eco, e tampouco qualquer computador de última geração, não tem capacidade para dimensioná-los. O futuro faz-se a cada instante, por cada átomo do Universo. Impossível calculá-los. O que pode emprestar guarida são os muros arrimados da Física, esta abandonada porque taxada complexa, a Filosofia, relegada por estéril, mesmo a História, olvidada pelo tempo transcorrido, e fundamentalmente a Ciência Política, desprezada porque dúbia, portanto, pretensamente ideológica, ainda que pragmática. Mas é deste delta, e não da simplória metafísica pitagórica, que a realidade pode ser melhor aprendida. Os sistemas matemáticos não podem dar conta de todas as verdades matemáticas; haverá sempre um conjunto de axiomas que estará fora de seu sistema. Fulgurantes catedráticos, todavia, ainda se baseiam nesses moldes cartesianos, em parcas coletas, não raras vezes embaladas em invólucros mais ou menos marxistas. A fim de dourar a pílula, costumam propalá-la social, e geralmente altruística. No entanto, a doutrina prescinde de âncoras jurídicas e filosóficas, consideradas motivo de atraso:
Essa perda da compreensão dos fatores que determinam tanto o valor do dinheiro como os efeitos dos eventos monetários sobre o valor de bens específicos é um dos principais danos que a avalanche keynesiana causou ao entendimento do processo econômico.HAYEK, F. 1986: 73Von Mises (1990: 112), com pesar, já identificara:"O que ocorreu foi que as premissas tecnocráticas quanto à natureza do homem, da sociedade e da natureza, deformaram-lhe a experiência na fonte, tornando-se assim os pressupostos esquecidos de que se originam o intelecto e o julgamento ético."Evidentemente é deplorável que a loco motiva atropele ética, leis e costumes através de maciça divulgação de dúbias estatísticas, vários macetes numéricos, e arranjada publicidade, em nome de um suposto progresso material. Malgrado o ideal que projeta, a ciência mater já demonstrou, na simplicidade de E=Mc2, que o materialismo é desprovido do próprio objeto; todavia, a mais famosa equação, como sói acontecer nas congêneres, ainda não parece assimilada no interior da academia. Urge atenção. A viagem da Economia é repleta de infortúnio, e se dirige ao despenhadeiro:"Não é de causar espanto que a economia seja, com freqüência, chamada de ‘triste ciência'!" (PILZER , Paul, Deus quer que você enriqueça : a teologia da economia: 35)
Assim, a economia, a ciência social matemáticamente mais avançada, é também a ciência social e humanamente mais fechada, pois se abstrai das condições sociais, históricas, políticas, psicológicas, ecológicas, etc., inseparáveis das atividades econômicas. Por isso, os seus experts são cada vez mais incapazes de prever e de predizer o desenvolvimento econômico, mesmo a curto prazo.MORIN, Edgard, Compreender não é preciso; cit. MARTINS e SILVA: 30Na carência dessarte, ficam por aí colhendo e difundindo boatos e fatos, sem distinções:
A ciência econômica é a ciência humana mais sofisticada e mais formalizada. Contudo, os economistas são incapazes de estar de acordo sobre suas predições, geralmente errôneas. Por quê? Porque a ciência econômica está isolada das outras dimensões humanas que lhes são inseparáveis.MORIN, E., Em busca dos fundamentos perdidos : textos sobre o marxismo: 16
O pensamento econômico contemporâneo é esquizofrênico. A teoria clássica foi quase virada de ponta-cabeça.CAPRA, 1995: 207)As relações inerentes à matéria em tela, social por excelência, não podem ignorar nenhuma fonte do conhecimento:.Qualquer economista deveria ser, mesmo que pouco, matemático, historiador, homem de Estado e filósofo. PASSET, René, Economia: da unidimensionalidade à transdisciplinaridade; cit. MORIN, E., 2002: 224.Um denominador traçou o psiquiatra ex-Deputado Federal Dr. Eduardo Mascarenhas (1994: 3):
Tanto o psicanalista quanto o economista proclamam o poder de influência desse inconsciente coletivo composto de mitos, lendas, crenças, ideologias, valores e ideais - o imaginário social - sobre as subjetividades individuais. Ou seja, ambos, psicanalista e economista, sublinham a importância dos investimentos efetuados por cada uma destas subjetividades nas suas circunstâncias. Entre o psicanalista e economista existe uma poderosa convergência: ambos estudam as reações e as expectativas das pessoas (agentes econômicos) quando imersa no espaço social. Até porque desse formigueiro intersubjetivo ninguém escapa.Como todas as ciências, especialmente a econômica, que deve ter por objeto o ser humano, e não apenas quantificações, tem obrigação de ser multidimensional e interdisciplinar, com isto melhor aferindo, podendo e até devendo ampliar seus horizontes, pelos faróis das ciências mais tradicionais:
Uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis relacionadas à renda. Sem desconsiderar a importância do desenvolvimento econômico, precisamos enxergar muito além dele.SEN, Amartya: 28Talvez por isso o ex-todo poderoso Alain Greenspan tenha escrito:
O problema essencial é que os nossos modelos tanto os de risco quanto os econométricos, por mais complexos que se tenham tornado, ainda assim são simples demais para capturar a ampla gama de variáveis que definem a realidade econômica mundial.É óbvio:“Há infinitos universos paralelos formando ramificações. Em cada um se atualiza uma realidade." (TOFFLER, Alvin e TOFFLER, Heidi, p. 20)
Não podem as bifurcações ajudar-nos a entender a inovação e a diversificação em áreas outras do que a física ou a química? Como resistir à tentação de aplicar essas noções a problemas da esfera da biologia, da sociologia e da economia? Demos alguns passos nesta direção e hoje muitas equipes de pesquisa em todo o mundo seguiram este caminho. Só na Europa, foram fundados nestes últimos dez anos mais de cinqüenta centros interdisciplinares especializado em estudo dos processos não-lineares.PRIGOGINE, I.,: 74"Tudo o que é humano é ao mesmo tempo psíquico, sociológico, econômico, histórico, demográfico. É importante que esses aspectos não sejam separados, mas concorram para uma visão 'poliocular'." (MORIN, Edgar, Contrabandista dos saberes, cit. PESSIS-PASTERNAK: 86)
Hoje a Antropologia não pode abster-se de uma reflexão sobre: o princípio de relatividade einsteniano; o princípio de indeterminação, de Heisenberg; a descoberta da ‘antimatéria’, desde o anti-elétron (1932) até o antinêutron (1956); a cibernética, a teoria da informação; a química biológica; o conceito de realidade. Tudo o que diz respeito ao homem nos revela ao mesmo tempo o homem em movimento e o homem permanente; o homem diverso e o homem uno.MORIN, E.: 64.We can change. I hope. »

http://allmirante.blogspot.com/2009/01/economia-interdisciplinar.html

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

MAS ALGUÉM LHE EXPLICA O QUE É A DEMOCRACIA!


«Sócrates: «Vi elementos do PS a votar com o CDS e não gostei»

É natural. Democracia é algo que lhe não está no sangue! Seguidismo, absolutismo e intolerância, sim!
Agora que a postura arrogante, autoritária é pouco consentânea com um verdadeiro socialista humanista, isso é!

UM GOVERNO EM GUERRA COM O PAÍS!
É ESTE GOVERNO UM GOVERNO PATRIÓTICO?

«Projecto do CDS-PP gera polémica. Ministro Santos Silva já canta vitória»
Vitória de quê? De se governar constantemente em confronto com o País? Vai a educação melhorar contra os professores? A quem aproveita este estado constante de confronto? A Portugal e aos Portugueses?

QUIMONDA, O SUPERÁVIT DA PROPAGANDA DE PAPEL!


CRIME, DIGO EU!

Porquê crime? Porque é POLITICAMENTE criminoso andar este governo a vangloriar-se da nossa balança tecnológica ser superavitária BASEADA EM TIGRES DE PAPEL como a Quimonda!
Quando será que percebem que apenas o apoio a empresas nacionais poderá ser uma verdadeira mais valia para a construção de um futuro não assente sobre investimentos de papel?
Espero bem, também, que o apoio dos 100.000.000 € não tenha saído dos cofres da CGD! Porque se saiu, convém ver onde pára!

FACTOS


Para mais tarde recordar a brilhante década da economia Portuguesa e nos relembrarmos de quem operou este milagre de crescimento.

Este será o panorama que a história económica de Portugal fará para o início do milénio! Alguém, como sempre, em Portugal se achará responsável por esta situação?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

EM LINHA RECTA ...

Tios e primos são figuras gradas da política à Portuguesa! Depois do primo de Isaltino, os familiares de Sócrates!

AINDA HÁ MORAL E ÉTICA NO PARLAMENTO?


Ao contrário do que pensa Alberto Martins, Afonso Candal e Cia. Lda, a intervenção do deputado do PS, Joaquim Ventura Leite, não desprestigia mas prestigia e credibiliza o Parlamento e o próprio PS, pelo menos um PS construído para o interesse nacional.

«Em declarações à Lusa, Ventura Leite, eleito pelo distrito de Setúbal, disse que irá entregar uma declaração de voto a justificar a sua abstenção, dizendo que "está em perfeita sintonia com o interesse nacional de que o país reduza a despesa em medicamentos".»

Tanto na questão das Unidoses como na questão da Airbus, Ventura Leite pode-se congratular de ser um exemplo de parlamentar, da postura que os cidadãos esperam dos seus representantes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A INFINITA REPÚBLICA!

Variação sobre um olhar sobre a vida da QUARTA REPÚBLICA:

Sendo ainda novo para a reforma e velho para o trabalho, arrastado pela voracidade de um país invertido, entusiasmo-me hoje mais que nunca pela maior riqueza que o mundo me devolveu: o desfrutar do tempo! Quanta tristeza tenho de ver o meu país correndo celere, abotoando-se de rugas materiais, do sempre mais e mais, escondendo-se desta suprema felicidade de tudo fazer nada fazendo! É com certeza um luxo, mas não será este o verdadeiro luxo de corpos que se afundarão eternamente despojados de tudo, menos do sorriso eterno de termos vivido ou sonhado completamente? Celebremos novamente o valor da vida, a leitura, o pensamento, o tempo para recordar e sorrir, a contemplação de uma flor no jardim, o prazer do lento arrastar do nosso olhar.

Afinal estes cadáveres adiados que procriam, também podem aspirar à real felicidade despojada e desmascarada do quase-tudo-nada! Afastemos um pouco a cortina do sucesso e descortinemos através dela um tempo de menor ansiedade e maior felicidade! Afinal para quê apressar o nosso tempo presente?

AINDA E SEMPRE OS POBRES EMPRESÁRIOS!

P.S.: ...pois, FMC, ainda pelo menos faltaram elencar os funcionários da Banca e os funcionários do BdP!

Mas a esses não os convém perturbar agora, para se evitar instabilidade no periclitante sistema financeiro!

SER EMPRESÁRIO, HOJE!

É verdade FMC, http://www.sedes.pt/blog/?p=599 ser empresário também é isso!

Mas ser empresário, hoje, é também não ter rendimento certo ao fim do mês! É fazer do seu rendimento o rendimento de outros! Polícias municipais, polícias estaduais, funcionários do fisco, funcionários da S.Social, funcionários da Banca, funcionários do BdP, funcionários da ASAE, funcionários empresários da CTOC, funcionários dos sindicatos, funcionários sem abrigo, funcionários de partidos, ...

É fazer do seu negócio, o negócio dos outros! Burocracias, proibições, multas, coimas, juros, moras, certidões, normalizações, Regulamentos, directivas, decisões, recomendações, decretos-leis ...

É fazer do seu negócio o seu seguro de vida! Seguro de subsídio privado de doença, seguro de trabalho, seguro de responsabilidade civil, seguro de incêndio, seguro de calamidade pública, seguro de paralisação, seguro de galheteiro, seguro de colher de pau, seguro de HCCP, seguro de desemprego e de falência, seguro de falta de assistência social, seguro de funcionário com excesso de zelo, seguro de legislação com excesso de normas e alíneas, seguro de condenação social por tentativa de sobrevivência, seguro de condenação por inveja de actividade com receitas e sem contabilização de despesas, seguro de apropriação fiscal de 50% do Estado nada social (pelo menos para ele), seguro de algum desvio fiscal e criminalização por tentar sobreviver nos meses maus, ...

É verdade FMC, ser empresário é tudo isto! Aliás nem percebo é como em Portugal ainda há empresários, tão longe estão os tempos dos desbravadores que no Oeste montavam tenda em qualquer lugar apenas com medo de algum estouro de alguma manada não parasita e selvagem de bisontes!

domingo, 18 de janeiro de 2009

ESTAR, MUITO, MUITO ATENTO!


Estar atento por José Gião é uma condição do Portuguesinho! Estejamos, pois, muito, muito atentos, para que não nos continue o céu a cair em cima da cabeça!

http://www.sedes.pt/blog/?p=595

Obviamente num Estado decente, muito diferente do que temos actualmente, obviamente perante tais respostas, e antes que fosse (seja) tarde de mais, demitia-os: responsáveis da marinha, da protecção civil, da força aérea e em última instância responsáveis das tutelas! É que a coisa pública, não é para cumprir horários (poucos) ou fazer negócios (muitos). A coisa pública é para pensar a todo o momento no interesse publico (devia ser!).

Agora quem vive em prédios de condomínio, e que ideia a minha que lá vem o estado inventar coimas e prover legislações com imprecisões, omissões e outros “comilões”, é que devia ter o civismo no seu exercício de educação e cidadania de contratar (pelo menos um vez no ano) com os seus vizinhos exercícios de emergência!

Mas a coisa pública em Portugal é tão pouco pública, que os Portugueses arregimentam usualmente para si “a coisa” e deitam fora “a pública!”.

É por isso que o problema de Portugal não é tão só um problema “da educação-formação” como perpassa muitas vezes neste “sítio”, que essa a bem ou a mal lá se vai cumprindo em Universidades tipo “inn of court” e pouco “grammar school”, ou mesmo a escola contínua da Net. É acima de tudo um problema de condição de … educação!

Mas essa não são os políticos que a decretarão, mas uma nova estruturação das famílias e o cultivo e disseminação da rectidão e dos “bons exemplos”!

Será que teremos de voltar ao puritanismo?