sábado, 22 de maio de 2010

A PALAVRA A ÂNGELO CORREIA

«O antigo dirigente do PSD considera que, para fazer crescer o país, é preciso mudar-se as regras de licenciamento existentes na administração pública, já que «o sistema burocrático português está feito para ninguém fazer nada».
Aquilo que hoje diz Ângelo Correia é aquilo que todos os pequenos e médios empresários dizem há muito. 
O país que come da gamela pública não os quis ouvir, ora pois comam-se agora uns aos outros!
 

HOW DO WE KEEP OUR BALANCE? TRADITION!

ESPERANÇA NO FUTURO



Nos piores momentos em que pensamos que o futuro se revela negro, encontramos o futuro nesta nova geração que do cimo  e vista do telhado reflecte sobre o mundo. 

Rezamos como podem rezar os não crentes para que mesmo que já não se chamem fifi, consigam com a força da ilusão reconstruir um novo e mais bonito mundo.

É TEMPO DE UM HOMEM NOVO

Sempre achei, talvez por ter vivido num país Ocidental numa das épocas mais risonhas da história mundial, época pós-guerra que reconduz os sobreviventes à necessidade do apagamento de todos os males, que as mudanças deveriam ser operadas num ambiente de racionalidade e de paz.
Mas a realidade suplanta a mais tenebrosa das fantasias e o tempo pós-guerra vai-se esgotando levado pelo esquecimento do pior de nós.
Os ciclos de guerra e paz fecham-se. O ciclo da paz, numa época de globalização, parece novamente estar a fechar-se abrindo caminho ao pior que há em nós. 
A ganância, o desrespeito pelo outro, a desumanidade, a desigualdade crescente parecem novamente desabrochar forte e feio.
Ao ver CR, o futebolista, chegar num helicóptero ao seu estágio, qual vedeta de Hollywood, pensei nos homens bons que se quedam despojados de tudo.
Para quando a próxima guerra, que dos despojos criará um homem novo?
Estranho e perturbante este desespero que se vai apossando de nós!

REDUZAM-ME O MEU SALÁRIO DE 25000€ MAS TAMBÉM O DO PRIVILEGIADO QUE GANHA 475€

«O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, considerou esta sexta-feira que qualquer medida de redução de salários para diminuir o défice deve ser aplicada tanto ao sector público como ao privado»
Este tipo de mentalidade revela da profunda crise de valores e da responsabilidade de quem ainda se dá ares de poder "palpitar".
Redução de salários, aplicada tanto ao sector público como privado? A confusão na cabeça de muitos Portugueses está instalada. Não será o sector público apenas uma discorrência do sector privado? Não serão as funções do Estado apenas formas de apoio e redistribuição? Não será a economia privada lugar de transaccionáveis sujeitos à concorrência? 
Num país onde a "força" do Estado tem imposto uma função pública cujo objectivo deixou de ser apoiar os agentes económicos para autoalimentar privilégios, amizades do poder e custos acrescidos às empresas, tornando-as incapazes de sobrevivência e de concorrência internacional, querer comparar um Estado que não fecha, que não despede e que tem uma média salarial muito superior ao do sector privado, é de gargalhada.
Poderá, aliás, o próximo vice-governador do BCE, homem versado em cambalhotas e sobrevivência política, começar por pensar, inversamente ao que fez no Banco de Portugal, em diminuir em 50% os vencimentos faustosos de toda a União Europeia!  A bem da justiça social destes socialistas de pacotilha e do envolvimento dos cidadãos Europeus no projecto Europeu!
 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O PERCURSO DOS NOVOS TURCOS DA POLÍTICA

Num país onde quase tudo tem de ser apadrinhado «os feios, porcos e maus» de José Miguel Silva revela a arte de bem aceder ao mealheiro porquinho nacional que é o orçamento Português.
É lá que a arte de vir a ser um dos privilegiados do poder se cumpre de uma forma bisonha e apocalíptica, na inversa aversão dos cidadãos por tão desilustres caminhos.
Os novos jacintos e lírios do mar político, que mais parece um dos novos pântanos do Luisiana debruado a óleo, são talvez o melhor exemplo do sistema de aprendizagem na tríade aderência-militância-jactância e irrelevância para o país.
Desligo os qualquer coisa do poder das quinta na 1º, a televisão que mais nos vai ao bolso em Portugal, e suspiro por não ter enveredado pela escola de virtudes das juventudes partidárias.   

«FEIOS, PORCOS E MAUS

Compram aos catorze a primeira gravata
com as cores do partido que melhor os ilude.
Aos quinze fazem por dar nas vistas no congresso
da jota, seguem a caravana das bases, aclamam
ou apupam pelo cenho das chefias, experimentam
o bailinho das federações de estudantes.
Sempre voluntariosos, a postos sempre,
para as tarefas de limpeza após combate.
São os chamados anos de formação. Aí aprendem
a compor o gesto, a interpretar humores,
a mentir honestamente, aí aprendem a leveza
das palavras, a escolher o vinho, a espumar
de sorriso nos dentes, o sim e o não
mais oportunos. Aos vinte já conhecem
pelo faro o carisma de uns, a menos valia
de outros, enquanto prosseguem vagos estudos
de Direito ou de Economia. Começam, depois
disso, a fazer valer o cartão de sócio: estão à vista
os primeiros cargos, há trabalho de sapa pela frente,
é preciso minar, desminar, intrigar, reunir.
Só os piores conseguem ultrapassar esta fase.

Há então quem vá pelos municípios, quem prefira
os organismos públicos — tudo depende do golpe
de vista ou dos patrocínios que se tem ou não.
Aos trinta e dois é bem o momento de começar
a integrar as listas, de preferência em lugar
elegível, pondo sempre a baixeza em cima de tudo.

A partir do Parlamento, tudo pode acontecer:
director de empresa municipal, coordenador de,
assessor de ministro, ministro, comissário ou
director-executivo, embaixador na Provença,
presidente da Caixa, da PT, da PQP e, mais à frente
(jubileu e corolário de solvente carreira),
o golden-share de uma cadeira ao pôr-do-sol.
No final, para os mais obstinados, pode haver
nome de rua (com ou sem estátua) e flores
de panegírico, bombardas, fanfarras de formol.


José Miguel Silva, Movimentos no Escuro»

LICENCIAMENTO ZERO PARA A RESTAURAÇÃO E ARMAZENAGEM: NEM TUDO É NEGATIVO NO "REINO DE PORTUGAL"

«Aprovado «licenciamento zero» para restauração e armazenagem»

Ao contrário do que poderão pensar os maniqueístas do excesso de formalismos e de cumprimentos de actos quase obsessivo compulsivos, o licenciamento zero é o caminho da recuperação e de alavancagem empresarial.
Excesso de licenciamento gera custos de contexto agressivos desincentivadores do empreendedorismo. 
Resta agora esperar a replicação desta medida a outras áreas e sectores de actividade.

FIM DAS REFORMAS ACUMULADAS? FINALMENTE!

«PS discute pôr fim a acumulação de reformas»


Uma das maiores injustiças de Portugal parece, digo, parece, estar agora finalmente a ser pesada pelo PS.
Desde sempre que esta medida devia ter feito parte do cardápio inicial das medidas e das reformas estruturais.
Não faz sentido rigorosamente nenhum manter reformas em duplicado, sendo uma condição existente que fere de morte a relação entre o Estado e a maioria dos seus cidadãos.

 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A INSUSTENTÁVEL NEGAÇÃO DO PORTUGUÊS: EMPURRAR A CRISE PARA A FRENTE COM A BARRIGA, NÃO RESOLVENDO COISA NENHUMA

Um dos primeiros economistas a pôr o problema dos transaccionáveis, versus os  não transaccionáveis foi Vítor Bento.

Pô-lo, no entanto, na minha óptica da forma menos óptima, universalizando a necessidade urgente da queda forte dos salários nominais.

A queda dos salários nominais, ou seja receber 700€ em vez de 1000€, seria entretanto compensada com a queda generalizada de tudo o que é não transaccionável ou seja, queda nos preços do gás, da água, da electricidade...pelo que a situação real seria de uma quebra muito menos acentuada. 

Algo que anteriormente, fora de uma zona monetária comum, se faria via desvalorização da moeda, só hoje se pode processar por esta via: a chamada desvalorização competitiva por via dos salários, algo que os alemães tem nos últimos anos vindo a fazer. 

O monopólio natural foi o responsável por esta constante distorção que levou a que os sectores descritos atrás, possam pela sua posição dominante e monopolista continuar a sugar a economia transaccionável dependente destes inputs. A morte de muita desta economia tem assim como principal responsável um sector que não tem entraves à engorda.

Curiosamente a empresa do próprio sector de que Vítor Bento é administrador, a SIBS, goza desta prerrogativa do não transacionável. 

Abel Mateus, ontem, com Gomes Ferreira, levantou a necessidade urgente de um plano gizado no mesmo sentido, mas com uma nuance: a de defender nos cortes de salários, os salários dos da base.
O economês, para quem não teve educação económica, peca muitas vezes por não saber descer dos céus.

Mas Abel Mateus colocou os pontos nos i: preferem os Portugueses um corte abrupto nos salários, que originará porventura, baixa do PIB e alguma baixa nos salários reais, mas com a curto/médio prazo ganhos de produtividade e competitividade, ou preferem não resolver coisa nenhuma e assistir a mais dez anos de estagnação sem emprego, com cada vez mais perda de emprego e empresas, cada vez mais impostos e sem futuro a médio/longo prazo senão a emigração?

A CAUSA

E ainda há quem pense que o 13 e 14 mês podem, no presente-futuro, que é como quem diz ontem,  passar incólumes!

A PALAVRA A LEITORES: DE FEIOS, PORCOS E MAUS A TRAFULHAS E PULHAS

«...COM AS DEVIDAS EXCEPÇÕES, POUCAS, esta corja que nos (des)governa, não é mais do que a expressão máxima do povo (enquanto colectivo) que somos.

Um país de trafulhas, governado por uns pulhas.»

INDIFERENTES

 Estudo do Instituto Ricardo Jorge revela que 8,4% dos portugueses sentem dificuldades em comprar os medicamentos prescritos pelos médicos e que só 7,5% dos médicos questionam sobre dificuldades financeiras.» 
Um dos melhores spots da televisão Portuguesa é aquele em que polícias e manifestantes se preparam para o confronto.
Mas, genialmente, despem-se e trocam de lugares. 
Pena que uma minoria não trocasse, nem que fosse por um dia, de rendimento, com um seu semelhante. 
Talvez assim a nossa sociedade se transformasse num lugar mais solidário e onde não pululassem as chamadas - bestas quadradas da indiferença.

SE NÓS COMO POLÍTICOS, FIZÉSSEMOS APENAS O ÓBVIO E NÃO TENTÁSSEMOS INVENTAR TANTO, SERIA MUITO MAIS FÁCIL GOVERNAR O MUNDO

Com o estilo meio metalúrgico, meio garimpeiro de Lula, Lula toca na ferida.
Algo que ainda não se percepcionou na Ibérica península, porque a vaidade tem destas coisas, obstaculiza e obnubila a mente.

MFerrer pergunta: e porque não um imposto sobre o património e as fortunas?

ECONOMIA PORTUGUESA MAIO 2010

Portuguese Economy May 2010 (2)                                                            

VIDA FEITA DE PEQUENOS NADAS

A vida é recheada de clichés que não mudam.
O cliché da hipocrisia; o cliché da vida social arrepanhada de tolice e vaidade; o cliché da amizade superficial; o cliché da família como espaço de solidariedade.
Antigamente a família era uma espécie de bastião de entreajuda, de trade - off de boas intenções. 
Hoje, a família tornou-se um lugar e um extensa passarela de vaidades, onde a vaidade domina o palco e monopoliza os aplausos.
Lugar recomendável para show-off, muito pouco recomendável para almas sensíveis e projectadas.

TRADE-OFF

Trocar votos maduros alicerçados em incompetência por votos verdes mas recheados de boas medidas é uma constante da política.
Num mundo de cidadãos minimamente letrados em questões económicas, o trade-off não se ficava pela opção entre a má política dos votos, pela boa política que perde eleições, pois os cidadãos saberiam separar, à légua, a boa, da má moeda. 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O PEDIDO DE DESCULPAS DO ALTO DIGNITÁRIO

Antes de sair de Portugal sua santidade o Papa, Bento XVI, deixou cair esta carta que se presume ser de um específico alto dignitário da nação, um homem conhecido pela sua incapacidade de humildade de carácter. 
A título de perdão consta que Sua Santidade o tenha admoestado ao que a alta figura, atirando para o chão a sua missiva, retorquiu: e não vistes nada que para a semana a santa igreja se irá ver confrontada com o incómodo final, o de assumir com o nome de  casamento o instituto do casamento a dois gays ou duas lésbicas! 

Queridos Portugueses,

espero que recebam e aceitem esta cartinha como mais um sincero pedido de desculpas. Errei, fui extremamente infeliz quando disse o que disse, mas não o fiz com intenção de ofender-vos ou aproveitar-me de vós, mais importante, intimamente jamais acreditei que pudesses fazer o que eu, numa brincadeira leviana e irresponsável, sugeri. Fui indelicado como quase sempre costumo ser, e o meu maior erro foi ter sido assim indelicado com as pessoas que menos merecem indelicadezas e torpezas da minha parte, pois são as pessoas que me fizeram recuperar a alegria de viver e me deram de mão beijada a cadeira do poder, que tão pouco mereço: o humilde povo de esquerda! Peço, portanto, o vosso perdão e tenho esperanças de que mo concedam, pois a vossa alma é nobre e deixei-me citar este grande poeta: «alma vossa gentil que passeis pela vida descontentes, repouseis lá no céu eternamente e eu aqui na terra sempre triste». Nela não há lugar para o rancor, apesar da mágoa e do calvário que eu sei que vos causei e do qual me arrependo e penitencio - depois de recebido e admoestado pelo santo Padre.
Passadas algumas longas horas (tristes, a bem da verdade), penso que fui muito estúpido, pois já vos conheço o suficiente para saber que aquilo que disse seria ofensivo para vós. Não vou agora cantar um fado, citar outro poeta,  ou falar de amor a metro, pois sabes o quanto gosto de vocês, e eu sei e acredito no quanto gosteis de mim, embora neste momento estejais magoados com razão.
Estou triste e ao mesmo tempo irritado comigo mesmo pela estupidez que cometi. Perdoa-me, por favor, bom e crédulo povo Português.

(José Pinto de ...)

A FRASE DE BELMIRO. DISRUPÇÃO SOCIAL

«Belmiro de Azevedo acha que o Governo está «a brincar com o fogo».

E deixa o aviso: «Quando o povo tem fome, tem o direito de roubar».
Esqueceu-se Belmiro de acrescentar: «mais a mais todos aqueles que nas últimas décadas, aproveitando-se da generosidade da relação povo - MFA, já mandaram o MFA para os quartéis e se apropriaram do: em nome do POVO.»

PRAGMATISMO, PRECISA-SE

Este artigo de Aurora Teixeira não vai novamente ao fundo do problemas e peca por se deixar ficar a meio caminho naquilo que tem sido o pecado de muitos «não transaccionáveis» em Portugal. Basta aliás para isso estar atento aos sinais. Todos os Portugueses que vêem hoje TV por cabo se apercebem da diferença entre os investigadores, normalmente ligados à matrix pragmática Anglo-Saxónica, sempre muito no campo e investigadores que não traduzem na prática - seja por culpa própria, seja pela inexistência a montante de empresas que possam absorver a I&D. 

A responsabilidade parece estar assim no lado de um estado que olha demasiado para o seu umbigo e não quer perceber que as fundações são os agentes económicos e a sua dinâmica. O telhado, simplesmente, o reforço da sua robustez. 

«O problema português está nas fundações, não no telhado
9 Maio 2010, por Aurora Teixeira

A história da economia portuguesa nestes últimos 30 anos tem-se caracterizado por um incessante tapar e abrir buracos, um remendar contínuo do ‘telhado’, do que é mais visível (os défices externos, numa primeira fase, com o FMI, e, mais recentemente, com o PEC, os défices orçamentais) sem se cuidar de forma capaz do estado das ‘fundações’ (educação/formação e capacidade de inovação do país).
As debilidades estruturais do nosso país têm se tornado mais visíveis na medida em que fomos perdendo algumas das nossas ‘melhores’ (e mais enganadoras) ‘muletas’, designadamente, as desvalorizações artificiais do escudo na década de 80 e as entradas massivas de fundos estruturais europeus, que suportaram,em grande parte, avultados investimentos públicos relativamente aos quais se confundiu frequentemente custos com benefícios e que contribuíram de forma não negligenciável para uma re-afectação interna dos recursos dos sectores dos bens transaccionáveis internacionalmente (indústria em geral) para os sectores dos bens não transaccionáveis(construção, restaurantes, serviços pessoais e de lazer) levando os primeiros, sujeitos à concorrência externa, a definhar e com eles o escalar da nosso défice externo.
A resolução do défice externo e da competitividade passa, em grande medida, por uma reorientação de recursos no sentido dos sectores dos bens transaccionáveis, o que implica, face à crescente globalização, maiores níveis de produtividade que compensem e suportem os necessários e socialmente exigíveis aumentos salariais. Atingir maiores níveis de produtividade e, portanto, de competitividade, requer recursos humanos bem apetrechados em termos de habilitações e qualificações que constituam uma base sólida da capacidade de absorção de inovação e da capacidade de produção de inovação de uma nação (via, designadamente, investimentos em Investigação e Desenvolvimento – I&D). Estes recursos humanos e a associada capacidade de inovação gerarão ganhos de eficiência, ganhos em termos de diferenciação e produção de bens completamente novos e tecnologicamente avançados, permitindo exportar mais (em valor) e potenciando ciclos virtuosos de maior produtividade-melhores salários-mais crescimento.
Os resultados obtidos num artigo publicado recentemente por duas investigadoras da FEP (Universidade do Porto) 1 não deixam margem para dúvidas: o capital humano tem um efeito directo muito substancial sobre a produtividade da economia portuguesa; adicionalmente, os esforços de I&D das empresas, quando interligados com as importações de máquinas e equipamentos, emergem como um factor ainda mais crítico para essa mesma produtividade. A importação de máquinas e equipamentos é, no caso português, o ‘motor’ do crescimento, tendo como ‘combustível’ chave os esforços das empresas em I&D. Assim, não se trata aqui de uma mera adopção passiva de tecnologia externa, mas antes de uma absorção activa, via esforços internos em I&D, do que de mais avançado (em termos tecnológicos) se faz no exterior. As autoras provam, de forma inequívoca, que para Portugal ser competitivo é fundamental tratar-se das ‘fundações’ da economia: capital humano e I&D.
Notas:
1. Aurora A.C. Teixeira e Natércia Fortuna (2010) “Human capital, R&D, trade, and long-run productivity. Testing the technological absorption hypothesis for the Portuguese economy, 1960-2001”, Research Policy, 39(3): 335-350.»

ECONOMIA VIRTUAL VERSUS ECONOMIA REAL

«A Alemanha avançou ontem com a proibição do 'naked short-selling', uma medida que entrou em vigor às 00h00 de hoje.
O 'naked short-selling' consiste na venda a descoberto de títulos de empresas das quais os intermediários financeiros não detêm acções, o que é proibido na banca em Portugal, desde de 23 de Setembro de 2008.
"A proibição do 'naked short-selling', que limite o risco nos activos denominados em euros, irá apenas levar os investidores a aplicarem o seu dinheiro em outro sítio", afirmou um especialista à CNBC.»

É curiosa esta  guerra supra às claras entre quem quer limitar e retornar à economia real, a Alemanha, e entre quem quer manter os mecanismos especulativos que tanto mal têm feito à estabilidade, os especialistas da CNBC.

terça-feira, 18 de maio de 2010

WORK TIME: PREGUIÇOSOS, NÓS?

A EXPERIÊNCIA DE XUXU: A VOZ A QUEM FALA DO QUE SABE

«O brainwashing é engracado, quando emigrei (para o último da tabela acima), para mim foi tudo um choque: estava á espera de autoritarismo, trabalho duro, afinal, “lá fora”, na Europa civilizada, trabalhava-se muito e tal. Duvidava até que me aturassem por uma semana, a mim portuguesinho preguiçoso.
Ao fim da dita semana, e depois de um choque completamente inesperado percebi que tinha aterrado na terra da calma. Calma eficiente e criativa.
Dos três anos que trabalhei na Holanda, fiz 3 horas extraordinárias. Separadas por 2 dias. No segundo emprego tinha 30 dias úteis de férias. Apesar da lei ditar 20, ninguém tem menos de 25.
O salário mínimo era ~1250 Euros, RMG por volta de 600.
Por outro lado teve uma consequência política engraçada: deixei de ser marxista/confrontacionista. E até ganhei alguma simpatia aos democratas-cristãos.
Democratas cristãos que pouco ou nada têm a ver com os nossos. Aliás, boa parte deles estão à esquerda do Sócrates.
Ah… uma das razões pelas quais os Neerlandeses trabalham poucas horas é por causa de trabalho em part - time: quando o desemprego aperta é uma boa maneira de garantir que todos têm emprego…
Pergunta: Uma parte da classe trabalhadora portuguesa (eg, professores acima de certo escalão), poderiam facilmente deixar 20% do seu salário (e ganhar um dia livre) em troca de outros colegas terem emprego. Algum sindicato português propôs isto? Não digo que quem ganhe o SMN deva partilhar, mas há muita gente que ganha mais do que isso.
A ganância portuguesa existe em todas as classes… Ninguém está disponível para partilhar os sacrifícios… há sempre um bode expiatório qualquer…»

COMEÇAR DE NOVO: O HOMEM E AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS II


«Segundo a Caixa Geral de Aposentações, há 399 políticos e ex-políticos abrangidos por pensões vitalícias.
Segundo o Correio da Manhã, a média do valor das pensões ronda os 1900 euros por mês.
Criada em 1985, a pensão vitalícia era atribuída a quem tivesse assumido cargos durante 12 anos. Foi extinta 20 anos depois e, de 2005 a 2009, vigorou num regime transitório. Este ano, o Estado terá de gastar 8,8 milhões de euros com este encargo.
Luís Filipe Menezes (autarca do PSD) e Fernando Moniz (do PS) pediram a pensão em 2010. Ao Correio da Manhã, o social-democrata diz tratar-se de «um pedido legítimo e legal, mas só tem efeitos após 2013 ou após fazer 65 anos».
Enquanto isto acontecer nunca os restantes Portugueses encontrarão em qualquer político a legitimidade moral para serem ouvidos, ou tomados a sério!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O ARTÍFICE DAS PALAVRAS: O HOMEM E AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS.

«Tudo reformas que «nos ajudam a enfrentar as dificuldades neste momento. E são reformas que vão continuar». Sobretudo aquelas que se prendem com a atribuição de subsídios. «A nossa ideia do estado social é dar apoio do Estado apenas a quem precisa».

A VELHA ALBION, OS ORTODOXOS ALEMÃES E A RECONFIGURAÇÃO DA NOVA EUROPA

Basta olhar para isto, conjugado com já não há dinheiro nos cofres da velha Albion,  para perceber que uma meia Europa federal não tem grande futuro, sem subsídios de consolidação orçamental. 
Urge, assim, reconfigurar rapidamente a zona Euro.
«O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, vai propor um travão à dívida para os Estados membros da União Europeia semelhante ao que já foi introduzido na Alemanha através de uma emenda constitucional, noticia esta segunda-feira o jornal «Sueddeusche Zeitung».
Os planos que estão a ser elaborados no Ministério das Finanças, em Berlim, destinam-se a evitar situações de endividamento excessivo, como aconteceu com a Grécia, afirma o mesmo matutino.
Um porta-voz do referido ministério confirmou, entretanto, que a Alemanha levará novas propostas para combater a crise monetária e financeira à reunião dos ministros das finanças da zona Euro com o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, na sexta-feira, em Bruxelas.
O mesmo porta-voz confirmou também que está a ser examinada a possibilidade, em consonância com outros ministérios, de propor a nível europeu um mecanismo de travão das dívidas públicas, baseado no modelo germânico, escreve a Lusa.
A Alemanha aprovou, no ano passado, uma emenda constitucional que obriga a federação, a partir de 2011, a não contrair dívidas superiores a 0,35% do Produto Interno Bruto (o que actualmente corresponde a cerca de nove mil milhões de euros por ano).
Os 16 Estados que compõem a federação, por sua vez, não poderão contrair mais dívidas a partir de 2020, e os mais fracos financeiramente - Berlim, Bremen, Sarre, Saxónia-Anhalt e Schleswig-Holstein - receberão subsídios de consolidação orçamental no total de 800 milhões de euros anuais, entre 2011 e 2019.

CANSADO. O VELHO SÓCRATES E A TERNURA DOS 70!

OUVIR OS PORTUGUESES

«Estar 5 minutos a ouvi-lo é como ficar hipnotizado que está tudo bem e tudo é cor de rosa, mas depois acordamos, puxamos pela memória e vemos que realmente vivemos num pesadelo e que entregámos os destinos do nosso país a um simples vendedor de banha da cobra que apenas deseja protagonismo e auto afirmação.»

«Um fraco rei faz fraca a forte gente»

«o esforço de todos os portugueses " todos, ele e a turma dele estão incluídos no "todos" ?»

«para mim um politico é um ladrão de fato....»

«A sua figura entristece de já tão caricatamente ridícula... Vá-se embora! Faça um favor a todos, aos portugueses que estão fartos de si, das sua desgovernação, da sua incompetência e, a si próprios e aos seus filhos, deixa com uma réstea de dignidade um cargo que nunca devia ter ocupado porque não tem nenhuma competência»

«Para roubar são só uns quantos para pagar já se apela ao patriotismo»

PATRIOTISMO DE INCENDIÁRIO

Enquanto Sócrates já glosa Camões, naquilo que neste tempo não seria mais do que "esta é a decadente pátria minha amada" e se mostra contra um esforço feito apenas «por uns grupos especiais», referindo-se concretamente aos funcionários públicos, em estado de negação e percepção que chegámos a este estado por possuirmos um Estado demasiado gordo face à realidade económica o JN  
diz que «Carga fiscal atinge nível mais elevado de sempre» e o ministro de Estado e dos negócios estrangeiros diz querer limitar o défice e o endividamento via constituição.
«Sei que todos os portugueses estão disponíveis para fazer esse esforço. Um esforço nacional, colectivo, patriótico, distribuído por todos», diz Sócrates, 
principalmente pelas classes médias e baixas, que em grande medida começam a necessitar de almoçar apenas às segundas, quartas e sextas, jejuando nos outros dias a bem do descalabro do festim dos dinheiros públicos do valente soldado Sócrates.

domingo, 16 de maio de 2010

OS PAPA REFORMAS. PORQUE NINGUÉM MEXE NESTA MEDIDA DA MAIOR EQUIDADE?

«O ECOFIN GRITOU O GOVERNO MEXEU-SE O PSD SERVIU DE BENGALA AO PS E AGORA OS PORTUGUESES QUE TRABALHAM VAO PAGAR O COMPULSIVO DESVARIO GASTADOR DOS POLITICOS... O POVO SABE QUE HAVIA OUTRAS SOLUÇOES BEM MAIS JUSTAS DE COMBATE AO DEFICE TAIS COMO ACABAR COM A MULTIPLICAÇAO DAS REFORMAS DOS PAPA-REFORMAS DO REGIME ENTRE OUTRAS COISAS AINDA BEM MAIS INJUSTAS E QUE O POVO PORTUGUES SABE MUITO BEM QUAIS SAO ESSAS INJUSTIÇAS E QUE NAO FORAM CORRIGIDAS ...) »

A PÁSSARO E A QUERCUS QUEREM TIRAR A ÁGUA QUE BEBEMOS

Francisco Ferreira, da Quercus secunda Dulce, a pássaro, neste ninho seco de cidadania.
Subida da água é inevitável, declaram!
A este governo já só falta taxar o ar que respiramos. 
Aumentar o preço da água neste momento de grande dificuldade é perfeitamente criminoso.
Francisco Ferreira, do lobby da  Quercus, concorda. 
Pena é que este lobby que tem voz até no Comité Económico Social em Bruxelas, não tenha escrutínio democrático.