sábado, 2 de março de 2013

HENRIQUE MONTEIRO E A EUROPA DOS PALHAÇOS: NÃO ERA O HITLERIANISMO, NA SUA FASE DE OVO, TAMBÉM UMA PALHAÇADA?

«Para irmos diretos ao assunto, não há qualquer dúvida de que os palhaços lucram bastante com a balbúrdia que vai na Europa. Viu-se na Itália e ver-se-á em todos os países onde descomprometidos com o sistema político façam promessas irrealizáveis, demagógicas e absurdas. Podem ser palhaços propriamente ditos, como Beppe Grillo, ou partidos extra-sistema, à esquerda e à direita. A crise de valores que está na origem da crise financeira, que por sua vez originou a crise económica, que ditou a crise social que agora impõe a crise política - ah! como é bom saber História para reconhecer esta cíclica sucessão de fenómenos que, cada vez que é superada, se jura ser a última - dita este tipo de comportamentos. Como aqui já escrevi, as emoções tomam o palco da razão e o caldo fica entornado. Mas há uns senhores que nunca mudam. Estão em Bruxelas. Paul De Grauwe, um reputado economista belga que ensinou em Lovaina e está agora na London School of Economics, salienta que esta situação é insustentável. "As consequências políticas da austeridade, que foram aplicadas pelo governo Monti, permitem que as instituições europeias que as impuseram se mantenham" diz de Grauwe ao Wall Street Journal. Na verdade, como se tem visto um pouco por todo o lado, os governos mudam na periferia mas o centro (Bruxelas) não lhes permite alterar a política. Esta situação, acrescenta De Grauwe, "é insustentável, tem de ser abandonada ou alterada nos seus fundamentos". Como se diz em Espanha, é possível dizê-lo mais alto, mas não mais claro. O assunto tornou-se demasiado sério para ser comandado apenas por economistas. É na política e - sublinhe-se - na política democrática ao nível europeu que as coisas têm de ser jogadas. Se na própria União Europeia não se derem passos firmes e rápidos no sentido de uma maior democratização, temos a Europa entregue a palhaços, a fascistas e a radicais. No fundo, às versões pós-modernas do que já conhecemos tão bem na História do Velho Continente.»

Henrique Monteiro
Aquilo que falta na crónica de Henrique Monteiro é que a Europa desvirtuou os seus princípios basilares. 
Por onde anda o princípio «quase constitucional» da subsidiariedade?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TRAIÇÃO A PORTUGAL

Há limites para a tolerância da soberania. 
Estes limites foram ultrapassados e todas as medidas que o governo toma de aumentos de impostos e cortes contínuos irão gerar 20 ou 30% de desemprego a breve trecho:  se este governo cortar mais 4.000 M€, não se opondo à Troika, este governo e todos os seus elementos colocam-se na posição de traidores a portugal; e se o povo assim o decidir, no futuro, deverão ser considerados pela sua irresponsabilidade de genocidas, como traidores a portugal. 
Apela-se a todas as forças repressivas que a democracia, quando falsa, espera deles que se assumam como povo que são. Assim foi no 25 de Abril, assim deverá ser se continuarem a ser ultrapassados os limites da democracia. De outro modo portugal implodirá!   

INEPTOCRACIA

 
Há hoje uma palavra, ineptocracia, que mal interpretada pode ser destrutiva para uma sociedade. 
Mal interpretada no sentido de deixar cada um por si à fúria dos elementos.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

NÍVEL ZULU: O NÍVEL ONDE A DEMOCRACIA DEIXOU DE SER EXERCIDA

«É o resultado da recente onda de protestos que tem seguido os membros do Governo por todo o país. No espaço de uma semana o grau de ameaça subiu de nível. Numa escala de 5 (o menor grau) a 1 (o mais elevado), o grau de ameaça ao Executivo está a agora a meio da tabela: grau 3, o que equivale a uma ameaça significativa.

Nesta fase as autoridades têm informações que apontam para protestos mais organizados e com maiores recursos técnicos e humanos. A operação já pode envolver o Gabinete Coordenador de Segurança e um maior número de efetivos. Este nível de alerta pode ser designado de «Zulu», isto porque a partir de agora é considerado provável que os membros do Governo possam ser atingidos por objetos ou até empurrados.»
Num país democrático este arsenal de ameaça não existiria. Num país pouco democrático onde a democracia é apenas uma formalidade, as questões de segurança confundem-se com um estado onde a soberania dos povos não existe: com níveis de segurança de estado não democrático onde a voz do povo só hipocritamente é pedida de 4 em 4 anos. 
Quem não tem assim a certeza que a responsabilidade está neste sistema político de antigo regime?