sábado, 31 de março de 2012

RSI UM ALVO A ABATER NA INVERSA DA PEQUENA CRIMINALIDADE A AUMENTAR

«Ficamos todos muito satisfeitos que a criminalidade mais violenta tenha diminuído, mas a pequena criminalidade está numa escalada que não sabe onde irá parar», afirmou à Lusa o vice-presidente da ASPP/PSP, Manuel Morais, quando questionado sobre os dados do Relatório Anual de Segurança Interna 2011.

Para este responsável, era previsível que «o desenvolvimento da criminalidade se desse nestes moldes», tendo em conta «o desemprego» que grassa no país.

«As pessoas deixam de poder pagar e de ter uma vida digna», lamentou, acrescentando: «Não é preciso ser especialista para ver isto, mas suponho que todos os observadores esperavam que as coisas acontecessem desta maneira».
Já todos esperavam que o airbag que afastava os da fronteira da pobreza da pequena criminalidade, esvaziado e desligado, resultasse nisto.
Para Portas o RSI sempre pareceu ser um alvo a abater, como se a sua extinção permitisse resolver alguma situação.
Para os defensores do assistencialismo de século XVIII, está aqui o resultado. 
É que não se come desemprego, no desespero! 

AI MOTA SOARES, MOTA SOARES! TER CARRO VAI DEIXAR DE DAR DIREITO AO RSI. E TER MOTA?

«Assim, os beneficiários passarão a estar ao dispor de autarquias, juntas de freguesia e IPSS para qualquer que se entenda ser útil à sociedade. Quem não quiser trabalhar, arrisca perder a prestação. 

E ter carro, por exemplo, tira também o direito a beneficiar deste apoio do Estado.»

Se isto é verdade, revela novamente como as medidas são tomadas. Em cima dos joelhos para os amantes das vespas! (tinha em boa conta até agora Mota Soares; não defraude as nossas expectativas!).

É que as medidas tem de ser congruentes e proporcionais. Não se podem tomar medidas sem reflectir. 

Quem não quer trabalhar arrisca perder a prestação? 
Correcto, se tiver condições de saúde, mentais ou devidamente justificadas.

Quem tiver carro arrisca perder a prestação?
Num país onde os transportes públicos são em muitas zonas uma miragem, o facto de se ter um automóvel que deve ser um instrumento activo de procura de trabalho (e muitas vezes é um instrumento de transporte até ao hospital), a condição da sua não posse, é ela uma medida devidamente pensada? 

Acresce que num país onde os desempregados sem o mínimo de rede social se acotovelam, o RSI devia fazer parte da política moderna chamada de  flexigurança que já teve, através da flexibilização do código do trabalho a sua parte, esperando-se agora a devida contraparte.

A não ser que as medidas se enquadrem somente no custe o que custar, que não se chama políticas públicas, mas apenas contabilidade pública!      

RIO OU PASSOS?

«Rui Rio contra CGD
«É inadmissível» que a Caixa financie a OPA à Brisa, diz autarca do Porto»

O título deste post poderia ser: como conhecer um homem recto?

É que olhamos para os homens considerados rectos e que só falam verdade e ouvimos coisa que não gostaríamos de ouvir de um homem recto. 

E de Rio, a percepção é a da rectidão?

Então afinal quem fala realmente verdade. Rio ou Passos?

 

COLONIZADOS? PERDIDOS NA DESESPERANÇA!

«Quem andar por aí e tiver alguma atenção às conversas na rua no café e no restaurante facilmente chega à conclusão, que as pessoas além de estarem tristes perderam a esperança. Dizem que é a ultima a morrer, mas este governo conseguiu fazer-lhe o funeral. Depois de morta e enterrada, é tarefa muito difícil para que a mesma ressuscite, porque já há dois mil anos conta a Bíblia, que foi a tarefa mais difícil para Jesus ressuscitar Lázaro. Depois de País colonizador passamos a colonizado e ainda do orgulhosamente sós, ficamos de tanga e nus. Depois desta liquidação total é caso para perguntar a quem pertence este jardim à beira mar. Sem flores e com muitos espinhos, onde param os jardineiros que não o souberam tratar. A história um dia os julgará mas o povo é que sofrerá. Não sou eu que digo, mas sim Medina Carreira que a venda do produto só durará sete meses. Provavelmente depois ainda nos resta a Torre de Belém o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre dos Clérigos e o Convento de Mafra.»
O liberalismo desta nova geração de políticos, começada com Sócrates,  é interessante pela forma despudorada como vendem o que é do colectivo, sem visão estratégica, sem ponta do verdadeiro liberalismo dos homens livres tutelados apenas pela ética individual, sem visão de conjunto nacional, adorando apenas o Deus do imediato e do apregoado sucesso do material e do individual des solidário. Vendem-se empresas de sucesso a pacato, empresas com memória, agregadores da coesão, do colectivo e do orgulho identitário, a interesses inconfessáveis a troco de quê?, enquanto se arremessam os pobres cães de guarda, que não se apercebem, como no passado, que servem interesses que não são colectivos.  
Sócrates foi o iniciador, a sua fórmula de sucesso parece ter seguidores noutros aparentes campos ideológicos, porque a ideologia é a mesma, seguidores infinitos do Portugal de hoje vendido a pacato, comissionado, empalado na suas raízes e memórias históricas por alguns que no passado seriam empalados ou arremessados do Paço pelos bravos da nacionalidade.
Colonizados, vendidos por negreiros como escravos, tecnocratas de trazer por casa, expatriados alguns há muito por muito paga, mercenários, esbulhadores dos esbulhados como no passado até no ouro dos dentes, sacrificados no altar dos credores e dos seus mandantes penteados e arrumadinhos, irrepreensiveis no corte e na imagem, Portugal definha.

O CONTRAFOGO DA CRISE

«Crise: rendimentos encolhem 1% e impostos disparam 10%
Taxa de poupança das famílias cai para 9,7%»

Para qualquer bombeiro não passa pela cabeça atirar material incendiário para uma enorme fogueira. 
O contrafogo  colocado pelos actuais bombeiros de Portugal, no actual estado do Portugal, tímido no corte de despesa mas sem pejo no aumento da carga fiscal, parece na actual situação material combustível atirado numa fogueira da teimosia e vaidade.
O contrafogo, usado a torto e a direito, em nome de um caminho de fé, atiçou o fogo e está a tornar Portugal um cemitério de armas queimadas e "solos" abandonados.
E enquanto a classe média arde nesta fogueira, outros aproveitam o material incendiário para se afirmarem no Portugal do sucesso. 

UM CAOS COM URNAS ELEITORAIS

«Escreveu Marx que a História acontece como tragédia e se repete como farsa. 50 anos passados sobre esse episódio (e 38 anos sobre o 25 de Abril...), a Polícia de Choque mudou de nome para Corpo de Intervenção mas não parece ter mudado de métodos: violência e recurso a agentes provocadores para a justificar. E a ditadura é hoje uma farsa formalmente democrática - um "caos com urnas eleitorais", diria Borges - em que é suposto existirem direito à greve e à manifestação.»
Manuel António Pina tem esta frase de Borges que espelha bem o que se passa nas actuais "democracias", presente passado de gerações sem memória "um caos com urnas eleitorais".
  

72.000 DETENÇÕES EM 2011: CUSTE O QUE CUSTAR!

«Polícias fizeram quase 72 mil detenções em 2011
Dados avançados pelo Relatório de Segurança Interna (RASI), divulgado esta sexta-feira»

Este número para  além da constatação de que nos afirmamos novamente como um estado policial, revela a fraqueza do nosso tecido social. 
Uma economia a definhar, uma sociedade política que opta por fechar os olhos a centenas de milhar já com fome e sem qualquer tipo de rede que não a da caridadezinha e do assistencialismo mais rafeiro (não no esforço quase inglório dos voluntários que  fazem o que podem para travar o abandono do estado da esfera da solidariedade).

Hoje a óptica da segurança da antes apregoada flexisegurança morre nas mãos dos números do estado Português e do primeiro PM que de tanto apregoar a verdade e a verticalidade nas palavras, "borrifa-se" para o restante:

as pessoas mais frágeis, que são o seu povo e que são cada vez mais, com a destruição a favor do cumprimento do deficit, a imagem do custe o que custar! 

sexta-feira, 30 de março de 2012

LATA ESTRATOSFÉRICA

«O antigo ministro Teixeira dos Santos disse esta quinta-feira compreender as exigências pedidas pela Alemanha e afirmou que a questão não é o que Berlim deve dar, mas o que é que Portugal tem que dar em troca. «Acho que os países não podem fazer os orçamentos a seu bel-prazer», afirmou.»
Estas palavras de TS revelam uma lata estratosférica de quem é, em primeira instância, o grande responsável pela actual situação de castástrofe nacional.

Poderá TS contra argumentar que a isso foi obrigado pelo "chefe" da delirante orquestra. Poder pode, mas sai-se mal à mesma, que a falta de coragem pessoal de assumir-se pela positiva não é argumento suficiente para afastar a água do capote.

Dessa irresponsabilidade e falta de consequências já estamos nós fartinhos da Silva.  

quinta-feira, 29 de março de 2012

MUDAR PARA QUE TUDO FIQUE NA MESMA?

Infelizmente não acredito que com o sistema fiscal actual e os altos índices de emigração, da mais qualificada, ambiciosa e determinada, seja possível inverter a situação de declínio que vivemos. O equilíbrio a dar-se será em níveis mais baixos de rendimento, sendo que qualquer melhoria a prazo do saldo orçamental terá no médio/longo prazo um efeito de reposição dos desequilíbrios anteriores (pelos vícios privados, públic(a)os...vícios).

As reformas para darem resultado teriam de envolver toda a população Portuguesa, a modificação, que não se decreta, do tecido industrial Português, um novo olhar sobre a agricultura, uma nova classe empresarial que apostasse no risco do transaccionável acobertada por um estado estável e com uma visão empresarial de longo prazo; um contexto amigável para as empresas e que recuperasse a segurança do investimento do século XIX com a introdução da responsabilidade limitada e a separação vida privada/vida empresarial (já alguém em Portugal se deu conta que foi com a atitude securitária do estado como credor - quase esbulhador - de 1ª instância que a economia decaiu? E é esse bom liberalismo que temos vindo a assistir ou mantêm-se o mau colesterol da intervenção na vida privada e na não libertação dos agentes económicos?). Tal tendência têm sido alterada ou agrava-se a cada dia que passa com uma complexificação e um apertar/suspeição esquizofrénica da malha?
Novamente, como homem de empresa do sector da PMeconomia concorrencial, considero que Portugal só vingará quando se alterar o paradigma do domínio da macroeconomia sobre a visão da economia de empresa - criação de verdadeira concorrência (nada do que se assiste hoje no comércio, nas commodities, etc...); criação de um quadro fiscal adequado e não constritivo da economia; libertação da economia de sectores associativos (tanto patronais como de trabalhadores) apenas representativos de pequenas franjas da economia real; de corporações; dissociação da política versus empresas/agentes económicos; introdução de uma atitude mais pedagógica, mais motivadora, menos repressiva; simplificação jurídico-processual e uma nova ética de exemplo (baseada numa contenção ética quase protestante, na humildade, sustentabilidade, solidariedade das elites Portuguesas...).

PASSOS, GASPAR, IVA... E OS REIS VÃO NÚS!

«O caso mais paradigmático é o do IVA. Neste imposto, diversos produtos passaram, no início do ano, da taxa mínima e intermédia para a máxima, como foi o caso da electricidade e restauração.
Mas, até Fevereiro, a receita do IVA recuou 1,1%, o que contrasta com a estimativa de subida de 12,6% para a totalidade do ano. Os efeitos do aumento dos impostos na restauração poderão ainda não estar totalmente reflectidos nos preços finais aos consumidores, como explicou o ministro das Finanças em entrevista ao SOL. Contudo, o encarecimento da luz e gás já está totalmente integrado nas facturas dos portugueses.»
Teria bastado analisar a sensibilidade dos Portugueses ao aumento das taxas de IVA, para perceber que o seu aumento ia degenerar em diminuição das receitas deste imposto. 

Hoje até já há Portugueses a utilizar novamente candeeiros a petróleo, face a uma carteira cada vez mais vazia. 

Passos e Gaspar deviam ter percebido que há muito que uma percentagem substancial dos portugueses já não tem margem para adequar aumentos de impostos e portanto ao seu aumento reage com uma contracção maior no consumo.

A confiança sim, baseada no tempo, na alteração dos verdadeiros desequilíbrios , era a base para  ajustarmos a nossa economia. 

A receita está assim profundamente errada, agrava a crise e só não se altera porque Passos não quer assumir o erro, insensível que é à realidade e ao desespero que grassa em Portugal.

NÃO VENDO ILUSÕES! APENAS DESILUSÕES!

«Não vendo ilusões, só não dou más notícias evitáveis»
Primeiro-ministro recusa o pessimismo e cenários negativos, garantindo mesmo que não vê necessidade de mais austeridade. Mas manteve-se prudente»
O que é verdadeiramente impressionante na política é a rapidez como a humildade se torna em soberba e arrogância, como se o poder transformasse os homens em gigantescos Deuses que nunca têm dúvidas e raramente se enganam.

E é aí nesse momento que a ilusão se transforma em desilusão.

quarta-feira, 28 de março de 2012

ATIREI O PAU AO GATO: FORMATADOS PARA A INOCUIDADE!

nUM mOMENTO eM qUE oS pORTUGUESES sE vÊEM dESPOJADOS dA sUA lIBERDADE, cOMO cIDADÃOS a cRÉDITO, nUMA iNVERSÃO dA rEALIDADE, Agora sim resolvida, nesta altura verificamos como Portugal é um Homem doente, doente nas opções e doente nas manifestações e nos interesses que comandam a vida.

O Atirei o pau ao gato, que extravasa os relvados e adorna o soturno dos dias, da clubite execerbada, de demónios que foram entranhados neste corpo doente a necessitar de exorcismo, exorcismo dos demónios que nos carregam, a clubite execerbada, a clubite idiota, sem nexo, de corpos incapazes de gesto, doença que arrasta milhões de Portugueses, pobres e ricos, velhos e novos, ignorantes e letrados, empregados e desempregados, alienados da realidade pobrezinha e mesquinha dos seus dias.
"Contra o Benfica não, contra o clubismo exacerbado". É desta forma que se justifica em declarações ao Relvado o pai portista que se queixou da versão "Vai- te embora pulga maldita / batata frita / viva o Benfica" da canção infantil "Atirei o pau ao gato". Eduardo Mascarenhas provocou a polémica depois de denunciar e de contestar o facto de a cantilena ser cantada no jardim de infância que a sua filha frequentava, em Mafra.

"Se não batessem na minha filha, não me chateava tanto", ressalva, denotando que tinha conhecimento da situação desde o início do ano lectivo, mas realçando que só agiu depois de a mulher ter reparado que o caso "começou a criar conflitos na sala de aula". Eduardo Mascarenhas revela ao Relvado que "aquilo começou a trazer problemas" e justifica assim que tudo isto se transformou numa "causa" pedagógica, garantindo que não está particularmente interessado na questão clubística.

PORQUÊ PORTUGAL SE NOS PODERÍAMOS CHAMAR IF?

A realidade aumentada de um país faz de conta, que deveria deixar de se chamar Portugal para se chamar IF.
A ver e a "chorar por menos", MUITO MENOS, de um país que avança a trote para o país dos trabalhadores sem rosto e do que vêm Portugal ao longe.

OS 8 EUROMILHÕES DE RODRIGO COSTA



Zon: Rodrigo Costa ganhou 965 mil euros em 2011 «Chairman» Daniel Proença de Carvalho recebeu 250 mil euros 

Estas 2 notícias dão-nos uma visão do Portugal moderno.

Uma em que alguns ganham 8 x o Euromilhões! Um país descoeso, sem ponta por onde se pegue!    

O SALÁRIO MÍNIMO COMO REFERENCIAL DE MODERAÇÃO SALARIAL

«O Governo reconhece que o Salário Mínimo Nacional (SMN) é baixo, mas há outras prioridades ¿ designadamente o emprego. O secretário de Estado do Emprego argumenta que esta remuneração está a funcionar como referencial de moderação salarial e o seu aumento poderia levar ao crescimento do
desemprego.»
Argumentar com um salário mínimo, que se reconhece baixo, como referencial de moderação salarial e como "o emprego como prioridade", é uma visão redutora que cabe na teoria de um modelo de emprego desqualificado  e incapaz de motivação e de produtividade.

Acresce a isto que com a dimensão dos aumentos de todos os custos de contexto operados pelo governo, aumentos de impostos com efeito nos produtos essenciais, transportes, electricidade, gás, água, ... é de uma total cegueira não perceber a impossibilidade real superveniente por efeito da medida (a não ser que o governo seja a favor do esclavagismo ou de mendigos no trabalho) e o impulso único dado à emigração. 

Para além disto o governo cujos membros parecem estar hoje em aprendizagem com um modelo real (cujo sujeito é o povo Português) esquece-se do efeito dos estabilizadores automáticos de alguma "despesa" (nem tudo o custo tem a dimensão que se lhe pretende dar!). 

SE O GOVERNO QUERIA MODERAR OS CUSTOS COMO FORMA DE AUMENTAR A COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA NACIONAL, QUE DIMINUÍSSE OS CUSTOS DE CONTEXTO E NÃO O SEU CONTRÁRIO. A CONTRADIÇÃO É TOTAL, A IMPOSSIBILIDADE POR ESTA VIA IGUAL.      

COMO O FISCO PORTUGUÊS É UM ELEMENTO DE DESTRUIÇÃO DE VALOR E NÃO COMPETITIVIDADE PELA IRRAZOABILIDADE

»(…)Como também não serão de descurar alterações a outras taxas vigentes, ainda que atropelando a razoabilidade que a situação também exige.
É, disto, exemplo o aumento aplicado em 2011 e 2012 ao IMI sobre imóveis detidos por “entidades” sediadas em regimes fiscais mais favoráveis, de 1% para 5% e 7,5%, respectivamente. Ou seja, uma medida que foi implementada, e bem, para penalizar empresas ‘offshore’ de fachada, detidas por nacionais, acabou também, mal, muito mal, por esbulhar portugueses efectivamente emigrados em lugares como Andorra ou o Dubai. No caso específico destes portugueses (e não são assim tão poucos), correm agora o risco (se a sensatez não vingar) de pagar mais pelo IMI dos seus apartamentos em Portugal do que pela própria prestação da casa que, muitos, não conseguiriam pagar se não tivessem emigrado! Em suma, se exemplos como este se generalizassem, esperemos que não, então sim, seria uma verdadeira execução…»

CONCEITO ESCLAVAGISTA ALEMÃO

«O Governo alemão chegou a um acordo para reduzir o salário mínimo dos trabalhadores qualificados naturais de países fora da União Europeia e que são contratados por empresas da Alemanha, dos atuais 66 mil euros anuais para 44.800 euros.

O diário «Financial Times Deutschland» revela esta quarta-feira que os partidos da coligação governamental, liderada pela chanceler Angela Merkel, decidiu adotar esta medida devido à falta de mão-de-obra qualificada no país e à forte procura das empresas locais.»
A Alemanha de Merkel parece ter uma visão esclavagista e muito anti Europeia.
A desuniversalização e o conceito de dentro, fora, raça, discriminação, não promete nada de bom para a Europa... mesmo se para os não Europeus e para os Europeus do Sul estes valores de remuneração sejam valores de encher o olho.   

terça-feira, 27 de março de 2012

O EUROSTAT, O USO DA INTERNET E A SOBREAUSTERIDADE

Quando Passos fala na necessidade da sobre austeridade a tudo o custo, será que conhece estes dados do Eurostat e o seu efeito futuro. 

«The average annual decline was around 4
percentage points in the period from 2006 to 2010.
Although the rate of decline has slowed down,
reaching the share of not more than 15% non-users
set as an EU target for 2015 in the Digital Agenda
remains possible.
Large digital divides were evident when looking at
the share of the population who have never used
the internet across Member States (figure 5). The
highest shares of the population with no past
experiences in internet use at all whether at home,
at work or at any other place were registered in
Romania (54%), Bulgaria (46%), Greece (45%),
Cyprus (41%) and Portugal (41%), and the lowest
in Sweden (5%), the Netherlands and Denmark
(both 7%), Luxembourg (8%) and Finland (9%).
Another four Member States (Italy, Lithuania,
Malta and Poland) showed proportions between
30% and below 40% for the population being
excluded and without...»

SHORT SELLING: O REGULAMENTO COMUNITÁRIO

FERNANDO PINTO, O EXCELENTE GESTOR DA TAP

«TAP extremamente endividada? Isso é «bobagem»

Garantia é dada pelo presidente da companhia aérea
A TAP tem uma dívida de quase 1,2 mil milhões de euros. Estará super endividada? «Isso é bobagem», garante o presidente executivo da empresa.

«O endividamento de uma empresa aérea é alto porque os aviões são caros. Cada avião de longo curso custa 100 milhões. Nós temos 16. Os aviões de médio curso vão de 30 a 50 milhões. São investimentos altíssimos. E 70% da nossa frota é adquirida. Por isso é natural que tenhamos endividamento. Quando falam que a TAP é extremamente endividada estão dizendo bobagem. Como empresa aérea tem hoje um endividamento muito baixo», assegurou Fernando Pinto, em entrevista ao «Jornal de Negócios».

E justificou que, «dentro das empresas do universo empresarial do Estado, nós somos uma das poucas que reduz ano a ano o seu endividamento, de forma consistente. Do ano passado para cá reduzimos em 40 milhões o endividamento».

O problema é outro: «A empresa precisa de capital», pelo que a privatização deve ser feita por essa via.

Os resultados dos últimos três anos são, segundo Fernando Pinto, aliciantes para potenciais candidatos à compra da TAP.

O presidente executivo da companhia explica porque é que esta é a solução: «Antes de mais, para se estabilizar definitivamente, a empresa precisa de capital. Se não estamos sujeitos a chuvas e trovoadas o tempo todo». Depois, «o Governo não pode injetar capital por razões óbvias e nós precisamos de alguém que o faça».

«Não podemos ter a ilusão de que vamos conseguir, sempre, esta posição de solteiros». São necessárias «sinergias de um grupo», sendo que Fernando Pinto defende que esse grupo «deve ser estratégico». Prefere um parceiro da indústria e vê margem para que um grupo português compre parte do capital, embora desconheça que haja interessados.

O único candidato assumidamente interessado na TAP é o International Airlines Group (IAG), que resulta da fusão entre a Bristish Airways e a Iberia.

O IAG pretende manter o centro de operações da companhia aérea em Lisboa, mas não está disponível, segundo o «Diário Económico», para partilhar o capital da companhia com os pilotos, como eles querem.

Ainda em entrevista ao «Jornal de Negócios», Fernando Pinto argumenta que «o objetivo de venda da TAP é que ela continue a crescer e a ser a empresa que é, contribuindo para o Estado de forma eficaz. Ou seja, com exportações e com uma enormidade de fatores».

«Já ouvi de muita gente boa dizerem: Nós sustentamos a TAP. não sustentam não. A TAP, hoje, é o inverso. Ela é que contribui para o Estado. Além de turismo e exportações, o ano passado fizemos 1,7 mil milhões de euros. Vendas lá fora e o dinheiro vem para cá. O turismo que trouxemos para o país equivaleu a mil milhões de euros e tudo o que recolhemos em termos de impostos pagamos e cumprimos religiosamente. À volta de 250 milhões».

Por outro lado, Fernando Pinto defende a solução, «temporária», do «Portela + 1», por causa das dificuldades em aprovar horários de descolagem de novas linhas.

Esta solução consiste em «ter um aeroporto que acomode um outro tipo de tráfego que permitiria à TAP continuar a crescer».

A ideia seria transferir para lá as companhias low cost, mas «obrivamente há outros tráfegos», como charters e cargueiros «que podiam ser deslocados».

«Tanto Montijo como Sintra são excelentes aeroportos», assegurou. O primeiro é «próximo e pouco interfere nas aproximações à Portela»; no segundo «existem questões técnicas».

Fernando Pinto, questionado sobre o futuro, diz que «não deixaria a empresa numa hora destas, por minha vontade. Mas o Governo pode achar conveniente ter outra pessoa aqui». «Não costumo abandonar o barco. Se eu for chamado a ajudar ficarei para a privatização e para a transição. Depois logo se vê»

A TAP, sendo a empresa dos Portugueses, e pela importância que tem na captação de verbas e impostos, é uma daquelas empresas onde o estado deveria ter sempre uma palavra a dizer. Privatização parcial, sim, mas não total.

Para além disso, o Luso - Brasileiro Fernando Pinto, que teve a visão de guindar a TAP a empresa da Lusofonia e um dos maiores operadores do mercado Africano e Brasileiro, demonstra ser o homem certo no lugar certo, pela sua experiência e fidelidade à empresa.

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM! MAS CONVÊM NÃO EXAGERAR! A PARTIR DE HOJE, OS DESEMPREGADOS COMERÃO CULTURA!

A partir de hoje os desempregados comerão cultura!

PAI, PERDOA-LHES QUE NÃO SABEM O QUE FAZEM!


«Pois a mim não me choca assim tanto. Tenho para mim que as cargas policiais, para além de terem a função imediata de repor a ordem, têm também a de servir de exemplo e dissuassor de pantominas futuras. Daí que... quando há disturbios, só se perdem as que caem no chão.


Simultaneamente não ponho, de todo, ao mesmo nivel a violencia exercida pelas forças policias e a dos manifestantes, em absoluto. A violência é monopólio do Estado, disse Max Weber, e eu concordo plenamente tanto com o enunciado como com o desenvolvimento que Weber fez sobre o tema. E as forças policiais são representantes da autoridade do Estado. Portanto, numa carga policial não são policias a bater em cidadãos mas sim o Estado a exercer a sua autoridade contra uns quantos arruaceiros que atentam contra a liberdade individual e os direitos da sociedade, incluindo contra o direito de manifestação pacífica. Desde onde vejo a coisa, atirar uma chávena que seja contra um polícia justifica só por si que o que a atirou leve automaticamente uma belissima sova até se lhe acalmarem os nervos. É que ele não atira essa chávena contra um Polícia. Atira-a contra o Estado»
O Estado tem o monopólio da violência?! Zuricher não se afasta muito da visão de quem alimentou o Estado Novo e o Estado Totalitário Hitleriano. Também este tinha o monopólio totalitário da ordem pública e do direito  a abafar o direito à indignação e ao pensamento diferente.

Está explicado porque dificilmente teremos uma democracia ao estilo das sociais democracias, que colocam o homem no topo das preocupações. Sá Carneiro, que foi um dos nossos melhores, não ia gostar do que viu e do caminho por onde anda a sua social - democracia!

Há ainda há muitas reminiscências do Estado Novo, hoje corporizadas numa "elite", ontem "contada" no Prós e Contras em 40-50.000 almas, que já não se distingue pela formação, pela virtude ou pela decência, que vive na ilusão e ilude, apenas pelo sequestro do Estado trauliteiro, que vive de enganos e más contas.

Deve o Estado defender a maioria? Deve, mas dentro dos limites da decência, da proporcionalidade, não jogando com as mesmas armas de quem tem comportamentos desviantes ou frustrações sentidas.

Zuricher, pessoa com certeza de bem, só podia mesmo estar a ironizar!

JUSTIFICAR O INJUSTIFICÁVEL

«A paralisação convocada pelo sindicato ver.di, que representa dois milhões de trabalhadores do setor público, afetou sobretudo os serviços de tráfego em terra, de manutenção, administração e de carga e descarga das aeronaves.

O ver.di exige aumentos salariais de 6,5% e, pelo menos, mais 200 euros mensais para cada trabalhador»
Na Alemanha o tempo é de luta, de repartição justa do rendimento contra o neo - liberalismo de Merkel e dos que ela representa.
Luta por direitos, luta por uma divisão justa do rendimento.
Anota-se que só a pretensão de aumento é quase metade da retribuição mínima mensal Portuguesa.
Em Portugal a aprendizagem de uns e o experimentalismo de outros demonstra, como demonstrado ontem no Prós e Contras, que o caminho do custe o que custar é um caminho desprovido de inteligência.

PRECISAMOS DE UMA MADRE TERESA DE CALCUTÁ NA POLÍTICA!

Excelente o Prós e Contras desta semana. 
Porquê? 
Porque se libertou da dimensão exclusiva da política, de uma dimensão limitada e parcelar da vida, mesmo que a vida e a tecnocracia seja uma dimensão política.

Precisamos de um novo olhar sobre nós próprios?
De uma nova ética?
De um olhar mais desprendido sobre a vida, mais do ser e menos do ter e parecer, mais minimalista do material e mais arrojado até na espiritualidade?
Precisamos com certeza!

Mesmo que isso não nos faça esquecer que precisamos de um regresso às raízes do sistema, de um sistema político mais baseado na participação activa e no seu universalismo, no uninominal que nos dá um rosto humano, no desprendimento de nós próprios e na aspersão do colectivo.
 

segunda-feira, 26 de março de 2012

CORRUPÇÃO, DISSE ELE!

«A testemunha, que disse ter recebido um documento de Charles Smith e Manuel Pedro a pedir 22 milhões de escudos para fazer "lobby" a favor da aprovação do projeto, comentou que em Portugal os pagamentos fazem parte da «maneira de negociar culturalmente» os empreendimentos.»

A QUEBRA DE UTILIZAÇÃO DE UTENTES NAS EX SCUTS

«Segundo o documento, relativo ao movimento nas autoestradas no quarto trimestre de 2011 e divulgado este mês, as quatro concessões perderam, no total, 13.990 viaturas em cada dia do mês de dezembro.

A Via do Infante (A22) movimentou diariamente, naquele mês, 6.528 viaturas, correspondente a uma quebra, face a 2010, de 48,4%.

Aquela antiga SCUT do Algarve contabilizou menos 6.111 viaturas por dia, face ao mesmo mês de dezembro de 2010 (12.639). Em dezembro, mas de 2009, a Via do Infante registava um Tráfego Médio Diário (TMD) de 13.523 viaturas.»
A brutal quebra de utilização das ex - Scuts permitem concluir da correlação entre o custo para o utilizador e o preço de utilização destes troços.
A pergunta que fica é: porque a uma queda de cerca de 50% de utilizadores diários, não se assiste a uma queda de 50% no seu preço de utilização?
A concorrência apregoada pelo actual governo é isto, uma adaptação ao mercado, ou uma imposição ao mercado?
E é por estas, e outras, que as regras apregoadas não são do mercado por encontro da procura e oferta, mas pelo encontro dos interesses via a hipocrisia dos interesses e da má gestão da coisa pública! 

ZECA AFONSO , O PSD E O ESPÍRITO DE PASSOS

Passos tinha tudo para se ter tornado uma espécie de salvador de Portugal, depois do delírio fantasista e criminoso do senhor anterior.
Mas Passos já revelou nestes primeiros meses de homem do leme, que lhe sobra em teimosia aquilo que lhe falta em visão de futuro e sensibilidade para governar um povo.

Zeca do alto do seu pedestal, lutador de causas e lutador por povos, até já fez por certo as pazes com Sá Carneiro, não podendo obviamente ser tomado como um dos de Passos, um homem que tem demonstrado na prática ao leme ser tudo menos um verdadeiro social democrata em espírito. 

domingo, 25 de março de 2012

MANDATOS, A DESCREDIBILIDADE: A JOGADA DE SECRETARIA

Descredibilidade!
Limitações de mandato para os autarcas, desde que não mudem de autarquia!
Palhaçada, como diriam os nossos irmãos Brasileiros! 

VERGONHA!

«O movimento Precários Inflexíveis manifestou-se esta manhã junto à Gare do Oriente, a poucos metros do congresso do PSD, contra as políticas do governo para os precários e desempregados.

Num pequeno momento de teatro, os precários deram a conhecer a sua posição do governo em relação à situação do emprego e criaram uma nova figura: O comissário para a emigração.

Lembrando as polémicas declarações do Governo sobre uma eventual solução para os jovens desempregados, afirmaram: «Existe 1 milhão de pessoas para emigrar».

A ação performativa não passou despercebida, nem à PSP, que no fim identificou os intervenientes

CÍCERO E A VIDA POLÍTICA: SENTEM NA PELE, AGORA, MAIS DO QUE AQUELES A QUEM LHES TIRARAM APENAS O LOMBO?

Quando pensamos que vivemos num mundo novo, descobrimos que muito antes de nós já outros homens tinham reflectido sobre o caminho do homem.

Já dizia Cícero que a vida política obriga a conviver com homens desonestos e mesmo a competir com eles.
E esse é o preço necessário a pagar e que, se não for assim, serão sempre os homens desonestos que triunfam, o que é necessário evitar a tudo o custo.

E esse é sem dúvida um custo que os Portugueses estão hoje a pagar, o de se alienarem nos momentos de aparente bonança daquilo que lhes diz respeito.

Sentem na pele, agora, mais do que aqueles a quem lhes tiraram apenas o lombo?

A CORAGEM E BOM SENSO DE MIGUEL FRASQUILHO

«Com a mesma frontalidade de sempre, penso, claramente, que o tempo para mais cortes de salários e pensões, como aconteceu, isso acabou. Não será mais possível porque não é suportável», afirmou Miguel Frasquilho perante o Congresso do PSD.

Para Miguel Frasquilho, «alguma coisa terá que ser feita, e é do lado da despesa», admitindo que não se pode «fustigar mais a economia com mais impostos». «Assim, não cresceremos»
Aquilo que Miguel Frasquilho disse de viva voz no congresso do PSD revela que há no PSD quem esteja do lado do bom senso.
Desde o início desta crise que venho dizendo que o ajustamento era necessário, mas um ajustamento do lado da despesa não do lado da receita, através de uma bateria de impostos que coloca dezenas ou centenas de milhar de Portugueses à beira de ficar sem casa e numa situação de miséria ou pré-miséria - através do aumento do IMI, das novas avaliações da propriedade, do aumento das rendas - além do efeito destrutivo nas micro e pequenas empresas.

O que a Troika pretendia e era claro, era uma desvalorização salarial de salários de sectores não transaccionáveis claramente exagerados e uma diminuição do peso do estado de molde à economia Portuguesa reganhar competitividade.

O que este governo tem feito insensatamente não são muitas medidas de correcção de abusos (nomeadamente os das PPP, BPN, etc...), o combate aos desperdícios em sectores como o da saúde ou do ensino, que se aplaudem, nem a diminuição das deduções fiscais, nomeadamente as da saúde que têm um efeito degressivo de impostos, cortes (infelizmente tímidos) em algumas estruturas do estado, cortes em massa salarial da administração e SEE, mas a insensatez do aumento das taxas dos impostos, a começar pelo IVA, e a terminar no IMI (retirando qualquer competitividade que a economia pudesse ganhar com a diminuição de despesa pública e combate aos desperdícios).

Nesse aspecto a posição de Seguro é correcta, ao falar na dimensão dos cortes como o pomo da discórdia, idêntica à correcta posição de Frasquilho (a identificação e resolução dos problemas não pode nunca ser uma questão ideológica de barricadas dos contrários, como forma afirmativa das diferenças, como se a população Portuguesa necessita-se desse tipo de opostos para afirmar as suas lealdades).

O problema não se pode subsumir aos contrários que os partidos tem necessidade de afirmar, mas ao senso de matar o doente económico Português com o sobre excesso do grau de medidas.