quinta-feira, 6 de novembro de 2008

MUDAM-SE OS TEMPOS, MANTÊM-SE OS VÍCIOS

Ao ler More, Thomas, enunciar que uma sociedade estruturada hierarquicamente não pode constituir um commonwealth virtuoso já que em todas as hierarquias, são sempre os piores que ganham poder e o usam em benefício próprio, para além da existência das hierarquias encorajar o orgulho, que é o pior dos vícios, já que destrói todo o sentido de justiça e equidade, pergunto-me: afinal estamos assim tão perto de 1535?

T.M.:
- O orgulho é lixado, vicia e inebria, dá-nos uma falsa sensação de superioridade sobre os outros, de imparidade, tão inteiramente ignorante e mesquinho de gente fraca!

P.S.:
- Mas e as hierarquias?

T.M.:
- As hierarquias tem de ser hierarquias paritárias de verdadeira superioridade moral e humanitária! Todo o resto não são hierarquias, são orgulho de poder em comprimido!

P.S.:
- Mas desconfio tanto dos moralistas!

T.M.:
- Desconfias, desconfias porque verdadeiramente só conheces ... os falsos moralistas!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

OBVIAMENTE, NÃO ME DEMITO!


«Constâncio reage a acusações de Miguel Cadilhe
BdP diz que erros no BPN foram detectados antes de actual direcção»

Na luta dos privilégios do que é de todos, os privilegiados defendem-se e os que o querem ser atacam-nos.

Num país de valores o obviamente demito-me também se exercia. Mas este não é um país de valores, nem um país onde se percam privilégios!

À cause de ça quem é que se lembra dos pequenos accionistas e das suas pequenas poupanças, carne para canhão do apregoado capitalismo popular, que devia ter nas entidades de supervisão os seus defensores ?

SOCIEDADE A VÁRIOS TEMPOS

Vindo da SEDES o rapto:

«Quando as eleições despertam no horizonte em Portugal, logo os partidos políticos mais importantes tratam de reivindicar uma parte daquilo a que erradamente chamam “sociedade civil”: personalidades com destaque nas respectivas profissões ou actividades são convidadas a integrar grupos, grupinhos, movimentos, missões e quejandos; neles reflectem e opinam sobre o futuro da governação e o destino das estrelas.»

É verdade! O rapto dos cidadãos não é muito diferente do rapto da Europa, uma espécie de rapto iluminado e voluptuoso, onde se congregam mitos e forjam incertezas e demasiadas certezas identitárias.

E essa é a originalidade Portuguesa! A sociedade da angústia identitária, é angustiada porque é frágil de pequena, muralhada e não partilhada.

Porque não somos uma sociedade e muito menos uma comunidade, somos um conjunto de esparsas, desconfiadas e fechadas tribos de Lusitanos, sedentos e orgulhosos de si e esquecidos dos outros, ordenadas por pequenos e astutos Viriatos, sempre com medo do partilhar da gamela e da traição dos seus também pequenos e astutos lugares tenentes.

Abra-se a sociedade à sociedade e talvez de lá saia uma inevitável e estrondosa surpresa ... a verdadeira comunidade Portuguesa!