sábado, 17 de outubro de 2009

AFINAL TALVEZ NÃO HOUVESSE SÓ PETRÓLEO NO BEATO

«Galp tem luz verde de Lula para explorar mais petróleo no Brasil

O ministro das Minas e Energia de Lula da Silva, em declarações exclusivas ao Diário Económico, convida a Galp a reforçar os investimentos no Brasil e diz que a petrolífera nacional é "uma das principais parceiras da Petrobras".»

Sinal de petróleo no nosso off-shore?

Era a salvação do orçamento e a inflexão na decadência!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MAITÊ E NOVAMENTE HITLER

QUE CADA PORTUGUÊS EXPORTE 3428 EUROS E CINQUENTA E SETE CÊNTIMOS PARA EQUILIBRAR A NOSSA BALANÇA COMERCIAL

10.000.000.000 € em sete meses, qualquer coisa previsivelmente como 17.142.857.142.85 € este ano.

Significa isto que cada um dos 5.000.000? de activos deveria exportar 3428.57 € para equilibrarmos a nossa balança comercial.

Será que conseguimos, remexendo no nosso baú, vender tudo isto no e-bay?

AUMENTO DA CRIMINALIDADE NO ALGARVE

O aumento da criminalidade no Algarve pode ter consequências muito graves no turismo Algarvio.

Ao contrário do que diz ou pensa o actual governo há em Portugal uma total falta de visibilidade policial comparada com outros países.

A quem se passeie por Espanha é visível elementos policiais ao contrário de cidades como Lisboa onde à polícia parece ter sido dado o único encargo de autuar.

Queixam-se os polícias de estar adstritos a funções burocráticas, ou será que é mais apetecível a estrada digital que a rua?

LEI DE TALIÃO

Vítima de assalto mata ladrão que já estava preso

Este o resultado de leis penais feitas à pressa, fora da realidade!
Urge acelerar a revisão do código penal sem o que a sensação real de insegurança e o desespero será o rastilho e acendalha da justiça popular!

O ESCOPRO DE SARAMAGO

«Quando o senhor, também conhecido como deus, se apercebeu de que a adão e eva, perfeitos em tudo o que apresentavam à vista, não lhes saía uma palavra da boca nem emitiam ao menos um simples som primário que fosse, teve de ficar irritado consigo mesmo, uma vez que não havia mais ninguém no jardim do éden a quem pudesse responsabilizar pela gravíssima falta, quando os outros animais, produtos, todos eles, tal como os dois humanos, do faça-se divino, uns por meio de rugidos e mugidos, outros por roncos, chilreios, assobios e cacarejos, desfrutavam já de voz própria. Num acesso de ira, surpreendente em quem tudo poderia ter solucionado com outro rápido fiat, correu para o casal e, um após outro, sem contemplações, sem meias-medidas, enfiou-lhes a língua pela garganta abaixo. Dos escritos em que, ao longo dos tempos, vieram sendo consignados um pouco ao acaso os acontecimentos destas remotas épocas, quer de possível certificação canónica futura ou fruto de imaginações apócrifas e irremediavelmente heréticas, não se aclara a dúvida sobre que língua terá sido aquela, se o músculo flexível e húmido que se mexe e remexe na cavidade bucal e às vezes fora dela, ou a fala, também chamada idioma, de que o senhor lamentavelmente se havia esquecido e que ignoramos qual fosse, uma vez que dela não ficou o menor vestígio, nem ao menos um coração gravado na casca de uma árvore com uma legenda sentimental, qualquer coisa no género amo-te, eva. Como uma coisa, em princípio, não deveria ir sem a outra, é provável que um outro objectivo do violento empurrão dado pelo senhor às mudas línguas dos seus rebentos fosse pô-las em contacto com os mais profundos interiores do ser corporal, as chamadas incomodidades do ser, para que, no porvir, já com algum conhecimento de causa, pudessem falar da sua escura e labiríntica confusão a cuja janela, a boca, já começavam elas a assomar. Tudo pode ser. Evidentemente, por um escrúpulo de bom artífice que só lhe ficava bem, além de compensar com a devida humildade a anterior negligência, o senhor quis comprovar que o seu erro havia sido corrigido, e assim perguntou a adão, Tu, como te chamas, e o homem respondeu, Sou adão, teu primogénito, senhor. Depois, o criador virou-se para a mulher, E tu, como te chamas tu, Sou eva, senhor, a primeira dama, respondeu ela desnecessariamente, uma vez que não havia outra. Deu-se o senhor por satisfeito, despediu-se com um paternal Até logo, e foi à sua vida. Então, pela primeira vez, adão disse para eva, Vamos para a cama.»

De cada vez que leio Saramago fico sem fôlego: será pelas frases longas de uma escrita geométrica feita a martelo - de fino escultor compreenda-se - ou pelo peso do pouco simpático senhor?

LIVROS A RELER PELOS THINK THANKS NACIONAIS

THINK TANKS OU GAMES WITHOUT FRONTIERS

«Curiosamente, não me recordo de ver isto destacado entre as notícias do dia. Os quatro maiores think tanks económicos alemães divulgaram ontem previsões coincidentes para a economia portuguesa. Portugal registará uma convergência real com a UE em 2009 e em 2010, ao decrescer menos?????? que a média dos países da União, em 2009 (-3,2% contra média de -3,9%), e ao crescer mais que a média dos países da UE em 2010 (0,8% contra média de 0,7%).»


Convergência pelo decrescimento é ... bestial, pá!
O problema é que a Alemanha não têm 20% de pobres, nem uma base de partida não sei quantas vezes menor.

As ideias tem valor mas não quando começam a ficar adulteradas pelos indefectíveis das ideias. Afinal ser-se adepto de uma claque deturpa-nos a visão e turva-nos a capacidade de análise.

Cada vez mais me convenço que a idade é um posto e que antes que a testosterona nos atire para os erros do passado, há que reconduzir Portugal ao respeito a ao ouvido pelos seniores, pelo menos por aqueles que tem uma ficha ética limpa e já não a querem sujar!

CONSCIÊNCIA A TRÊS DIMENSÕES

«Não se pode viver tranquilamente numa sociedade pobre»

«Há um desajustamento entre medidas adoptadas e mundo real. Não podemos continuar a viver tranquilamente numa sociedade pobre», disse a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet».

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CHORAR SOBRE LEITE DERRAMADO

Leite: política feita apenas para «sete Estados-membros»

Ministro da Agricultura considera «inaceitável» posição de Bruxelas. «Vamos fazer o quê? Guardar a paisagem», questiona Jaime Silva

Jaime Silva lembrou-se finalmente dos agricultores Portugueses. Pena que não se tenha lembrado mais cedo e não acumule a esta novel preocupação ao restante mundo rural e às pescas.

O drama é que se esqueça dos restantes factores de produção que são responsabilidade interna e das faltas de ajuda por igual ao sector. Como o não aproveitamento dos fundos comunitários e os elevados impostos superiores ao país vizinho sobre os factores de produção: combustíveis, IVA ...

DEPUTADO À LA MINUTE OU O ESCARRO NA FONTE DEMOCRÁTICA

«João de Deus Pinheiro, que encabeçou a lista eleitoral do PSD pelo distrito de Braga, por escolha directa de Manuela Ferreira Leite, foi deputado por meia hora. Deslocou-se à Assembleia da República só para renunciar ao cargo para que foi eleito. É pena a eleição por Braga não poder ser repetida. Talvez assim os bracarenses avaliassem melhor esta 'política de mentira'»

Nobre povo?

Qual a diferença entre Maitê e Deus Pinheiro?
Uma escarra na fonte (fronte) que lhe dá fama e dinheiro o outro na fonte democrática (fronte) do povo cidadão!

A semelhança: ambos fazem parte daquela soberania de novos ricos que desprezam os honestos cidadãos que mantêm as fontes!


OS VERDES ANOS DOS DEPUTADOS

Idade não é maturidade!

Mas, ajuda. E é ver tantas "criancinhas" a querer debitar a torto e direito leis fundamentais que nos atrapalham a vida e nos fazem uma civitas de gente triste e cerzida.

Pudesse eu decretar: a cada um apenas uma lei, a cada um de acordo com a sua capacidade!

RECIBOS AMARGOS

Proposta feita pelo grupo para o estudo de política fiscal

Recibos verdes: isenção do IVA está em risco


Findas as eleições e novamente os pobres que paguem o despesismo do Estado - ou melhor do emprego manifestamente improdutivo!

Para muitos que votaram PS a desilusão e a revolta virá quando o governo decretar que os recibos verdes para rendimentos até 10.000€ ano (uma fortuna condizente com muitas mordomias que por aí andam) passarão a ser sujeitos de IVA. Afinal é mais fácil pôr recibos verdes a pagar impostos que acabar com os mesmos ou pôr algumas verdadeiras profissões liberais privilegiadas a pagar. Ou não seria preferível que em sede de S. Social não houvesse isenções para quem trabalha no Estado e no consultório?

Enquanto a Europa tenta suavizar a carga fiscal que mata o empreendedorismo e sentencia a decadência na Europa, o governo de Portugal quer manter à viva força um Estado rico em país e sociedade pobre.

Afinal governar é preciso! Tem a palavra o BE e o CDS-PP sobre a matéria!

DEMOCRACIA EM ACÇÃO

«Acabaram as eleições e muitas elações já foram retiradas. Há, no entanto, um aspecto que não vi referido: estou a falar dos debates entre candidatos.

A campanha foi feita de casos sem conteúdo político; a campanha das eleições para as autarquias foi muito fraca, mas a campanha para o Parlamento foi, particularmente, pobre. Mas os debates não!

O formato dos debates na pré-campanha para a Assembleia da República foi muito criticado, mas injustamente. De facto, com as regras em vigor, os candidatos não podiam usar da oratória vazia para fugir aos problemas. Pelo contrário, porque tinham um pequeno número de minutos para mostrarem o que valiam sobre um problema específico —justiça, orçamento e impostos, segurança, combate à pobreza…— não podiam fugir a responder.

O povo agradeceu e as televisões tiveram audiências surpreendentemente elevadas. Só foi pena não terem existido mais debates nas autarquicas, ficaríamos todos a ganhar.

Em conclusão: para melhorar a qualidade do debate político devemos ter (mais) dabates e o formato foi, genericamente, adequado. Poderíamos, aliás, ter debates na TV mesmo fora dos períodos eleitorais. Porque não?»

Todos somos poucos para dar uma nova face à qualidade da nossa democracia e é isso que faz acima Luís Campos e Cunha.

Sem dúvida que a democracia tem de ser posta em prática e isso passa pela interacção entre os actores passivos e activos a todos os dias e a todas as horas.

Sem isso a vitória será sempre e cada vez mais da abstenção, modo sábio dos cidadãos (e não povo na sua acepção minorizante e conotante elitista designação) para evitar o cheque em branco!

NÃO SINTONIZE O RÁDIO CLUBE PORTUGUÊS

Não sintonize o RÁDIO CLUBE PORTUGUÊS
Despediu um jornalista com cancro

Solidariedade de causa humana!

MLR AO SUPERIOR

Fala-se na passagem de Maria de Lourdes Rodrigues para o ministério da ciência e ensino superior.

Socorro!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SAGA MAITÊ, AGORA VERDADEIRAMENTE A PARTE FINAL: PARA QUE NÃO RESTEM DÚVIDAS DE QUE COMO É DIFÍCIL VENCER A ADVERSIDADE DAS RUGAS NO OCASO DA VIDA



Já cheira a fixação, a importância demasiada: mas que raios, afinal a causa é humana!

Olha compartilhem isto!

«Maitê Proença deu trabalho para a equipe do hospital ao qual foi levada, em Juiz de Fora (MG), no último fim de semana, depois de cair de um cavalo. A atriz de “Três Irmãs” tratou enfermeiros de forma pouco amistosa e ainda tentou exigir que não colocassem pacientes em quartos vizinhos ao dela deu um ataque de estrelismo . Agora, Maitê já está em casa, deixou de tomar morfina e deve voltar a gravar a novela na próxima semana.»

O blog da actriz saiu de cena. Pelo menos em Portugal. Afinal, não é fácil engolir sapos!

SAIGA MAITÊ, ÚLTIMA PARTE

Há dias em que não se deve sair da cama. Marco Fortes, o nosso lançador de peso nos últimos jogos, sabia disso quando afirmou nos jogos que não devia ter saído da caminha causando alvoroço e estupefacção nacional.

Maitê também teve o seu dia ruim. A retratação um pouco a contra gosto - alguém tem facilidade em reconhecer os erros? - desta figura pública! fecha definitivamente este lamentável episódio. Acima de tudo para a própria, mais do que para qualquer anacrónico confronto de soberanias de afectos num mundo global.

Por mim, e pela maioria do povo Português estou certo que Maitê será sempre bem recebida em Portugal: com o carinho para com uma familiar que não mediu a repercussão da falta de gosto do seu vídeo!

Afinal quem é que não tem dias assim em que não se deve sair da cama?

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

A face da mediocridade

João César das Neves

DN 20091012

As legislativas confirmaram o que já se sabia: vivemos uma era de mediocridade. Depois da luta pela liberdade nos anos 70, do esforço para entrar na Europa nos anos 80 e das facilidades dos anos 90, caímos na actual apatia tonta que nos embaraça há dez anos. Sabemos ainda, com a vitória eleitoral, que esta inferioridade tem uma personificação. Se Mário Soares foi o rosto da liberdade, Cavaco a figura da modernidade e Guterres a cara da facilidade, José Sócrates é a face da mediocridade.

Será culpa dele? Não. Essa é precisamente a primeira dimensão da tacanhez actual. Todos acusam outros, sem assumir as próprias responsabilidades. As campanhas eleitorais mostraram que, sem ninguém saber a solução, todos conhecem o culpado e todos são acusados de o serem. Perde-se o tempo em críticas e certezas sem resposta. É verdade que o primeiro-ministro tem mais influência que os demais, mas, como os anteriores, está longe de ser o réu principal da era que não determina.

Será que o mal está na recessão mundial? Claro que não. Essa é a segunda dimensão da mesquinhez. A crise actual é séria, mas não tem efeitos sequer próximos das recessões de há 25 ou 35 anos. Já ninguém se lembra da miséria das quedas dos anos 70 ou 80. Aliás, a actual situação produtiva está longe de ser o problema dominante. Nós já estávamos em crise antes de cairmos na crise e para lá voltaremos depois de sairmos dela.

Portugal é hoje um país rico. Por isso é que não sabe o que há-de fazer.
Quando éramos pobres, achávamos que se um dia atingíssemos a prosperidade os problemas estariam todos resolvidos. Agora que cá chegámos reparamos que afinal os ricos também têm dificuldades. Crises de ricos não são mais agradáveis. São só diferentes e, para nós, desconhecidas. Não sabemos como lidar com elas. Todos notam que, apesar da crise, os divertimentos estão cheios, sem perceberem que falam de coisas diferentes. Vive-se melhor mas sofre-se na mesma. Antes as recessões batiam forte mas acabavam depressa. Desta vez estamos no pântano desde que o Eng. Guterres avisou que para lá íamos. E ele disse-o a 16 de Dezembro de 2001...

Será que a mediocridade é agravada pela futura minoria governamental? É evidente que não. Essa é a terceira dimensão da mesma mediocridade. O problema não é a falta de leis nem a má qualidade delas. A questão não se resolve com portarias ou programas. Se vivermos uns tempos com menos decretos, até somos capazes de melhorar. Os políticos não fazem ideia da causa da pasmaceira, como o mostram os discursos de ministros e candidatos. Nenhum anda sequer próximo de apontar as verdadeiras razões.

A questão é simplesmente que os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o umbigo. Na ditadura, sonhavam com o império ou melhores dias. Depois, na era da liberdade, Portugal empolgou-se de valores abstractos. Na época do desenvolvimento assustou-se com as ameaças europeias. Até na era da facilidade se embebedou com benefícios do progresso. Agora deixou de ter impérios, ambições, desafios ou sequer desejos. Está mergulhado na intriga, palermice, acanhamento.

Portugal não tem projectos, tem direitos. Não enfrenta a globalização, salva empresas. Não aumenta a produtividade, desinfecta as mãos da gripe A. Não se governa o País, aumentam-se a dívida, as polémicas e as manchetes da edição matutina. É a era do crime da Casa Pia, da tacanhez da ASAE e da teima do TGV, da euforia balofa do Euro 2004 e das escutas que nunca houve. São os anos que o gafanhoto devorou. Inventam-se "casos" e depois faz-se um caso de eles serem negados. Os responsáveis são criticados por desmentir o que nunca disseram. E passa-se ao caso seguinte no carrossel da vacuidade.

Portugal viveu outras eras da mediocridade, em que esqueceu sonhos, perigos e até desejos para se perder em conflitos tolos e mexericos baixos, dançando na borda do vulcão. As caras dessa mediocridade foram Palmela e Saldanha, José Luciano e Hintze Ribeiro, Afonso Costa e Brito Camacho. Hoje, que somos ricos, a face é o Magalhães.

A CONTRA REACÇÃO OU MAITÊ PONTO TRÊS

Sousa Tavares defende a amiga Maitê Proença

«É uma reacção saloia dos portugueses», revela o escritor, criticando a atitude de protesto que se criou em volta do vídeo feito pela actriz»

De Sousa Tavares o Elitista não se podia esperar outra coisa. De Sousa Tavares, o amigo, não se podia esperar outra coisa. Os Portugueses esquisitos onde se incluem os do Contra, passam indelevelmente por ele. Aos meus amigos Brasileiros que criticam a postura e o mau momento eivado de falta de educação e de gosto chamamos o quê? Reacção saloia dos Brasileiros?

Ou alguém dúvida que o pior dos povos são as elites sobranceiras?

SAGA MAITÊ DIA DOIS OU É AMOR

  1. «que chato o pessoal que não sabe lidar bem com o humor. já dizia um grande guru oriental: "a verdadeira sabedoria está em saber rir de si".»
É verdade o que Maitê diz ... com pouca vontade de se retratar. Afinal Português é esquisito! Acham o Miguel Sousa Tavares ... esquisito? Há quem ache que sai ao pai ...

O drama da história, Maitê, no entanto, é que o guru emigrou para o Ocidente!

CHEQUE À UE E NOTA DE RODAPÉ

O Checo Klaus e a sua petit chantagem são o último escolho à vitória do Tratado de Lisboa, que permitirá novo aprofundamento comunitário.

Querer eximir-se à jurisdição da Carta Fundamental dos Direitos Humanos é que não lembraria quase a ninguém pelo que significa de retrocesso aos dark tempos da Europa totalitária.

«Além da decisão favorável do Tribunal, Klaus pretende ver cumprida uma outra exigência feita aos parceiros europeus, de que o Tratado de Lisboa inclua uma nota de rodapé que permita à República Checa ausentar-se da jurisdição da Carta dos Direitos Fundamentais. Esta exigência deve-se ao facto da Carta poder vir a permitir teoricamente que os três milhões de alemães expulsos da então Checoslováquia no final da II GM possam vir a reclamar as suas propriedades entao confiscadas por Praga.»


SOCIALISMO A TODO O VAPOR


Como não há bela que sempre dure, o executivo próximo-futuro passada a grande banhada, prepara-se para a grande secagem.
Tudo a crédito do orçamento, tudo a crédito da irrelevância contínua de Portugal.
Resta-nos o Brasil dos descendentes do sr. D.Pedro onde podem as formiguinhas Lusitanas ir afogar as lágrimas do despesismo inconsequente das cigarras semeando os capitais.

«Cafés, refrigerantes e sacos de plástico podem vir a ter imposto especial
O café, os refrigerantes, as latas, as embalagens e os sacos de plástico poderão sofrer um aumento de preço, caso o próximo Governo aceite a proposta do grupo de trabalho que elaborou um estudo sobre a política fiscal de lançar impostos especiais sobre o consumo nestes produtos, avança o Jornal de Negócios»

A CAPIVARA OU O GRANDE GALLO DO SEXO ENCOBERTO DO GRANDE MOUSE


A celeuma tem destas coisas. Permite-nos crescer como homens ... ou como mulheres!

O meu amigo barbeiro ouviu esta história:
Barbeiro –
Então Dr. O que me diz daquilo da Maitê?
Cliente – da quê?
Barbeiro – Da Maitê, aquela rapariga que faz telenovelas e que diz que pediu um técnico informático para lhe observar o rato e ele olhou para aquilo como se fosse uma capivara?
Cliente – Sei lá, Sr. Luís. Nunca vi o rato da tal rapariga de que você fala. Sei lá se se parece com uma capivara.

Mas não é que ainda hoje o técnico informático hoteleiro e o sub-técnico porteiro devem estar de mal com a vida por não terem associado o pedido de observação do rato à ... simulada capivara! Afinal, Maitê é ... Maitê!
«DIFERENÇA SEXUAL: É muito difícil à primeira vista, diferenciar os machos das fêmeas, porque todos têm os órgãos genitais bem próximos do ânus, e encobertos, formando uma espécie de cloaca, semelhante ao coelho. É mais fácil perceber a diferença pelo calombo que o macho tem entre o focinho e a testa, uma glândula de odor forte e característico que ele esfrega nas fêmeas conquistadas, nos filhotes e nas árvores, para marcar seu território.»

O HOMEM CAMALEÃO

«...depois de ser apelidado de «animal feroz», José Sócrates é agora um homem de diálogo, um líder político de «mão estendida» aos partidos e defensor do consenso. O jornalista Nuno Amaral registou as variações do primeiro-ministro.»

terça-feira, 13 de outubro de 2009

CARTA A MAITÊ

Cara Maitê

Não a condeno como Tuga potencialmente despeitado e enfurecido pela insensatez da postura e desplante de cuspir em pura fonte.

Tentei, mas não consegui! Não pela sua externa beleza que naufragará inexoravelmente com o tempo e só deixará à vista o interior, mas pela irreverente estranha solidão que exala na embocadura da sua biografia: afinal Maité faz-se de irreverente e de rebelde, mas na impenitência da sua vida, o que precisa, para acalmar a dor que carrega desde criança, é de um forte e Lusitano humano abraço carinhoso que a reconduza à paz e ao tempo que lhe roubou a infância.

Por mim, na hora do abraço de despedida de amigos irmãos Brasileiros, absolvo-a e fraternalmente a abraço! Com a amizade de quem vê no Brasil uma herança das famílias que se apartaram em horas de desesperança!

M ... DE MAITÉ, DE MENOPAUSA, DE MADUROS ANOS, DE MALDITA COCAÍNA, A NÚ ... POSTA EM SOSSEGO DE SUA FAMA COLHENDO DOCES FRUTOS ...


Este post ia sendo um post de escarnário e mal dizer, de Tuga despeitado e enfurecido pelo desplante da Maité Balzakiana.

Mas não consegui! Não pela beleza da dama, mas pela irreverente estranha solidão que Maité exala na embocadura da sua biografia: afinal Maité faz-se de irreverente e de rebelde, mas na impenitência da sua vida, o que Maité precisa, para acalmar a dor que carrega desde criança, é de um forte e Lusitano abraço carinhoso que a reconduza à paz e ao tempo que lhe roubou a infância.

O único castigo a que a penitencio é a releitura do prefácio, de um seu livro, da autoria de Miguel Sousa Tavares, o nosso número 3 da metrópole dos recantos da moura encantada.
«Aprendi neste livro de crónicas da Maitê Proença que as mulheres também choram, não são só os homens. E, como mostra a escrita exposta da Maitê, choram com as coisas normais que fazem chorar os seres humanos: a dor da perda, a saudade, a solidão, o ciúme, o amor, a traição, o abandono.
Oh, que ventania de ar fresco! Eu estava convencido, lendo as crónicas femininas-feministas das nossas cronistas portuguesas, que as mulheres tinham conseguido sublimar definitivamente essas fraquezas da alma e pairar lá no alto, num território etéreo onde não existem vícios nem fraquezas, apenas iogurtes magros, saladas verdes, carreiras profissionais sempre em ascensão e o inigualável prazer de se contemplarem no espelho - horas, dias, anos a fio - e todas essas horas, dias, anos, gostarem do que vêem, sem uma dúvida, sem um estremecimento. Eu estava quase à beira de me deixar ficar convencido pela veemência das nossas cronistas que as mulheres de hoje vivem ao abrigo de enganos e desenganos e, sobretudo, ao abrigo do bicho-homem e das suas miudezas.
Nelas me vi reduzido à simples função de ocasional instrumento de prazer ou de escort-boy para fins sociais, a uma luz tão crua e aparentemente tão fria, que nem no tempo do meu bisavô os machos ousavam imaginar assim a função das mulheres. E, aos poucos, fui-me conformando à ideia de que, fora excepcionais situações de pura sorte, o destino inelutável de ambos os sexos era o de definitivamente se separem e cada um aprender a viver por si- não apenas fisicamente, mas culturalmente, emocionalmente. Nas minhas piores previsões, antevi os tempos em que a ciência trataria de encontrar uma resposta para este desencontro, inventando um terceiro sexo no qual os outros dois se abasteceriam - para fins sexuais, de procriação ou simplesmente para passar férias ou conversar um pouco, de vez em quando.
Mas olha que, afinal, uma actriz de talento consagrado, uma mulher bonita, inteligente e sensível, me vem dizer, sem pudor nem medo, aquilo em que eu sempre acreditei: que o amor é o verdadeiro motor da história (desculpa lá, Marx!), que toda a escrita é sobre amor ou não presta, toda a música é sobre amor ou não presta, mesmo toda a solidão é por causas de amor ou é inútil, toda a vida é em nome do amor ou não faz sentido. E por isso é que, porra!, gritamos, choramos, silenciamos, acordamos felizes ou adormecemos tristes, por isso é que há manhãs limpas ou dias cinzentos, noites de luar ou noites de breu, por isso é que nenhum pôr-do-sol é igual a outro.
A Maitê faz isso, escreve isso, sem cerimónias, sem disfarces, sem embustes. Conta ela, numa das crónicas, que às vezes lhe perguntam se o que escreve sobre si e sobre a sua vida é verdade ou é invenção. A pergunta é insidiosa e estúpida e só dá vontade de dar duas estaladas ao leitor que assim pergunta. Todos os escritores misturam verdade com ficção e toda a ficção é uma forma de verdade mais íntima, mais escondida: para ser descoberta e não para ser devassada. O sal e a pimenta, a luz das crónicas da Maitê, é exactamente esse jogo entre o confessado e o imaginado, entre o que foi e o que podia ter sido, entre a vida que passa e se agarra e aquela que escorrega diante de nós e só a agarramos em pensamento.
Uma crónica é um género literário muito especial, com regras próprias: exige entrega e desprendimento. Entrega quando se escreve, desprendimento quando se acaba e se passa à seguinte. Não existe nelas verdade nem mentira, existe entrega e desprendimento. É nossa e deixa de o ser, depois. Mistura sonhos com realidades, factos com possibilidades, encontros com eternas buscas, amores impossíveis com amores verdadeiros - que são os possíveis. Por isso, não há cronistas verdadeiros e cronistas mentirosos. Há, sim, cronistas sérios e entertainers da escrita. Pegamos no livro da Maitê e sabemos, vimos logo, que ela é séria e que o assunto é sério. Não escreve por passatempo mas porque o tempo passa e escrever é o único remédio, o único alívio, a única vingança contra o tempo que escorre.
Aqui, actriz e autora do seu próprio texto, ela resgata, com brio e com paixão, a imagem de mulher sobre a qual gerações de escritores escreveram, compositores cantaram, pintores deslizam e aos deuses inspiraram. Bem-aventurados os que sentem: os que choram, que sofrem, que têm vícios e fraquezas, dúvidas e não certezas, os que caminham à toa ou aos tropeções, os que buscam a luz no meio da escuridão, os que são honestos com a vida, os que partilham a alegria e o sofrimento, os generosos.
E os que confiam à escrita o que nem às paredes confessam.»


ZÉ BRASILEIRO PORTUGUÊS DE ...

«I took my daughter to the Estação Oriente on Friday morning to catch a train to Porto (weekend excursion), and while we were waiting, it occurred to us that she should probably change her 100 euro note into something smaller – two fifties or five twenties. So we went looking for somebody to change it.

As you can imagine, none of the shopkeepers were interested. In fact, it was pretty early in the day, and I believe they really did not have enough change on hand. No problem, though – there are two banks right there in the train station. We went to the BCP Millenium… not open till noon. Hmmm… never mind… it’s just a short stroll over to the Caixa Geral – which was open.

Could I change this 100 euros for something smaller please?

No. This is a bank. You can’t do that here.

Excuse me?

It’s the law – banks are not allowed to change money.

But that’s madness. This is a bank.

Precisely. We can’t change money.

So what can I do with this 100 euro note?

You can spend it, but you can’t get change for it – not here.

But why is that? How can that be?

Because it might be a counterfeit, of course. It’s to protect the Bank, and you.

So a shop gets no protection?

LONG AWKWARD SILENCE Do either of you have an account here?

Yes, I do. (As it happens, I do.)

Good, then you can deposit the 100 euros, and then withdraw 100 euros.

So you will accept this suspicious note for deposit, but not for making change?

That’s right.

And supposing that it is a counterfeit… at the end of the day, the Bank is holding a counterfeit. How exactly is the Bank protected? And how does this protect me? And, maybe in fact, you give it to another customer? How is that other customer protected?

LONGER SILENCE Would you like to make a deposit, sir?

Excuse me, but this bank is a State institution, right? It actually belongs to the State – is that correct?

Yes.

And Portugal is a Member State of the European Union, of course…

Of course.

And this 100 euro note is issued by the ECB – so in fact, it belongs to the ECB – and it is the State’s currency?

That is correct.

So, are you telling me that the State has enacted a law whereby the State can or must refuse to accept its own currency, as currency?

THE LONGEST SILENCE It’s the law, sir. Would you like to make a deposit?

The last time I was in the United States I noticed that every time I gave a shopkeeper or cashier a $20 bill (or anything higher) they picked up a special pen they had right there next to the cash register, and made a mark on the bill. Through the wonders of modern chemistry the mark appeared in a certain color – thereby testifying to the authenticity of the money. I gather that if another color had appeared, the bill would have been identified as false. Every shop and supermarket I went to had this remarkably low-tech system in place and operating.

Can it be so difficult to employ a similar (or identical) system here in Europe? Yes, the bank tellers stick it under an ultraviolet light, and look for the watermark, and check some of the other built-in security features, but even after all of that… there is apparently a law out there that excludes banks from having to accept the same risk that citizens must accept. And the banks have got the ultraviolet lights, and I usually don’t carry one of those around in my pocket.

But I could carry a special pen, you know. We could all have special pens. All of the shops and cafés and tascas could get one from the ECB or the Banco de Portugal or anywhere, really. They could even have advertising on them.

Imagine if laws made more sense. Is that unachievable, really?

And imagine the time saved and shorter queues at the bank if people did not have to conduct a full-scale banking operation to get two fives for a ten.»


Portugal, anos 70, do século XX:
- Queria pagar o imposto de 100 escudos, por favor.
- É um selo fiscal de 100 escudos.
- Tenho dois de 50!
- Ah, então não pode pagar.
- Não posso?
- Só pode pagar com um de 100!

Portugal, ano 9, do 2 milénio:
...
O tempo medeia e passa, mas a caturrice mantêm-se. Afinal o três invertido de Sintra, srª Maité Proença, é apenas o modo de indignação de um cidadão que se rebela contra a imposição numérica!


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O PORTUGAL DO OVERBOOKING

Se há algo que os regulamentos comunitários já deviam ter extirpado é o overbooking na aviação, mesmo se há pouco Regulamentos Comunitários tenham duplicado as verbas das penalidades para os infractores.

Aeroporto de Lisboa, 11 de Outubro, noite em Lisboa. Mais de uma dezena de passageiros da pública TAP, na sua maioria incautos irmãos Brasileiros, indignam-se com esta companhia dos outrora bons costumes: a companhia tinha vendido mais bilhetes do que aqueles que assegurava a bordo do Airbus 330. Alguns passageiros com conexões e sem experiência deste mau hábito da aviação não queriam acreditar que ficavam em terra, já que tinham in illo tempore comprado o respectivo bilhete dourado.

Que uma destas naves voadoras se avarie e tenha de ser trocada por um avião de menor capacidade, compreende-se. Mas que se teime em fazer overbooking propositadamente como política comercial para ganhar mais alguma "plata" é que já não se compreende: por motivo de imagem e de ética das organizações e porque os 600€ de indemnização nestes casos de voos intercontinentais ainda parece pouco face à ganância das companhias voadoras.

Afinal a ganância do quem tudo quer tudo perde não se fica pelos pilotos, é política de companhia!


Afinal o que as companhias mereciam é serem obrigadas a fretar Táxis Aéreos de luxo, na hora, para levar os pobres passageiros-consumidores que ainda acreditam na ética empresarial!

ANTES A OBRA QUE O HOMEM ... MUITO MAIS À FRENTE!

De algumas coisas os Lisboetas podem estar cientes: o aeroporto sairá de Lisboa com todo o cotejo de erro histórico - do ponto de vista do turismo de fim de semana e da boa gestão financeira - com a única contrapartida? ... da segurança; o terminal de contentores, da Liscont, desfigurará inevitavelmente o porto de Lisboa com pouca garantia da alteração de uma localização - de bom senso - alternativa; António Costa "produzirá" uma cidade mais contida nos custos com tudo o que de positivo isso acarretará; não mais se produzirão dez piscinas municipais a 3.000.000 € aproximados cada uma, para Lisboeta ver e pagar e - nalguns casos bem - usufruir. O metro alargar-se-à numa perspectiva correcta de reganhar os utentes para um meio de transporte que necessita de fechar a malha para ser totalmente atractivo. A terceira ponte tem a via aberta integrando o Barreiro numa nova "Grande Lisboa", mas trazendo novos problemas para a cidade, só resolúveis pela integração do metro à outra banda e por uma nova territorialidade administrativa e "metropolidade".

De algumas coisa os Oeirenses, imagem de um país entranhado de activos e passivos corruptores, podem estar cientes: Isaltino é o espelho de um país "esperto" mas falho de inteligência, pelo menos de uma inteligência crítica e ética. Como bem disse Carlos do Carmo sob Amália: os homens e mulheres, bons e frágeis, gostam dos inteligentes, não de uma raça de espertos a qualquer preço.

De algumas coisas os Gondomarenses tem a certeza: é que Valentim ...

De algumas coisas os Felgueirenses, os de Marco, ... se aperceberam ...

Como disse a velha-nova Presidente da Câmara de Almada, Emília de seu nome, a ver iremos se não haverá mudanças na lei que restringe os mandatos dos dinossauros autárquicos - aqueles que se apropriaram do jogo democrático: afinal, como ela diz, porque já não há lugar para o "antes a morte que tal sorte", fugindo-lhe a boca "muito mais à frente "para a pequena democracia de interesses , pressões e financiamentos - são muitos autarcas que não querem largar - nas palavras de Elisa, a Eurodeputada "muito menos à frente" ... a pública gamela!