sábado, 5 de setembro de 2009

E A PEÇA JORNALÍSTICA?

«Apesar da suspensão do «Jornal de Sexta» apresentado por Manuela Moura Guedes - caso que levou à demissão em bloco da direcção de informação do canal - os portugueses mostraram qual é o seu canal de eleição.»
Esta pérola da Agência Financeira é demonstrativa daquilo que é necessário e urgente mudar na formação de acesso à profissão de jornalista. A ética, de facto, é um valor supremo.

Pior ainda, quem escreve pensando que remete as palavras para o sentido que pretende sem se fazer notado, ou é diletante, ou ignorante, ou desonesto, ou burro, ou um bocadinho de cada adjectivo.

E como nós como espectadores nos lembramos de alguns, jornalistas?, a tentarem adjectivamente levar a água ao seu moinho.

AUTOESTRADA TEIXEIRA DOS SANTOS!

O ministro da Economia e Inovação apelou ontem ao esforço dos empresários para que apostem na exportação dos seus produtos e ponham em prática um processo de internacionalização "ambicioso" e "agressivo"»

Como? Com tau-tau, oferta de kit-kats ...?

É pena é que TS se esqueça que Portugal tem hoje dos custos mais elevados dos inputs industriais, seja energia, seja combustíveis e que não se fazem omeletes sem ovos no quadro da concorrência internacional. Obviamente poderá sempre manter e reforçar as prestigiantes condições de trabalho e a aproximação aos salários Chineses, como advogava o eufórico comendador Pinho na estreia da Avenida da sua vida ou agravar ainda mais o estupendo e atraente quadro fiscal.

Veremos ainda TS, a quem o poder deslumbrou duplamente forte e feio, depois de ter ajudado a liquidar a economia nacional, a descerrar a placa: auto-estrada Teixeira dos Santos!


JOSÉ E BERNARDO: PRIMOS DE SANGUE

O PORTUGAL REAL DE SÓCRATES E TEIXEIRA DOS SANTOS


Por vezes, a descontracção pode ser uma forma válida de lidar com a adversidade. É possível encontrar nos lados mais negros da vida uma ou outra razão para sorrir. Mas quando Paulo Sousa, de 42 anos, o faz é porque a experiência lhe tem mostrado que há coisas ainda piores do que perder o ganha-pão. É assim, sorrindo, que se senta à nossa frente: "Estou no activo do desemprego".

Não serão aqui chamadas as vicissitudes pessoais que levam a tal atitude, mas a circunstância de algum optimismo persistir neste homem que, posto sem trabalho pelo fecho da unidade de Valongo de uma multinacional americana, a Lear, tem visto fechadas as portas de regresso à vida activa, quantas vezes por a idade, sendo pouca de facto, pesar como chumbo no recrutamento pelas empresas. Desde Março de 2007, Paulo é um dos que engrossam as fileiras do desemprego, que recentemente ultrapassaram a barreira psicológica das cinco centenas de milhares. Para o Governo, que iniciou a legislatura prometendo 150 mil postos de trabalho, este revés é um dos mais duros efeitos da crise internacional. Para a Oposição, trata-se da falência das políticas do Executivo. Para os desempregados, é a escuridão de um túnel sem fundo à vista.

Naquela empresa, especializada em componentes eléctricos para automóveis, Paulo, que fez de tudo um pouco ao longo de 17 anos, da produção ao trabalho de escritório, foi delegado sindical durante três anos e diz que tal lhe valeu "muitos problemas": "Fui para o escritório e ouvia muita coisa. Então, mandaram-me para a produção outra vez".

Isso de ouvir pouco ou muito relaciona-se, em boa parte, com o controverso processo de encerramento da fábrica de cablagens, corolário de um processo de redução de pessoal que passou por rescisões por mútuo acordo e pelo despedimento colectivo de 45 trabalhadores, entre os quais a mulher dele, que permanece igualmente no desemprego. "Estamos os dois em casa, com duas filhas, de 14 e oito anos, e uma casa por pagar", descreve Paulo Sousa, explicando que os dois estão a receber o subsídio social, uma espécie de prolongamento da prestação de desemprego. No caso dele, a procura de trabalho vai sendo acompanhada da frequência de cursos de formação, cujos resultados práticos estão ainda por ver: "Já fiz um de formação de empresas, no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), fiz de informática e estou agora a tirar um de metalomecânica, concretamente de programação de máquinas de corte. Disseram-me que há mercado de trabalho nesta área, pode ser que esteja aí a minha saída".

Ainda tentou avançar com a criação do próprio emprego, através dos programas disponíveis no IEFP, mas assustou-o o risco que tal acarretava: deixar o subsídio para entrar num período três anos de ligação umbilical àquela entidade, que poderia significar a perda de pau e bola em caso de fracasso do projecto. "Vem qualquer pessoa de fora e tem mais ajuda do que um português", desabafa.

A área da carpintaria, em que trabalho em tempos, chegou a ser uma saída aventada, mas também aí não encontrou oportunidade. Ao longo deste tempo, diz que o IEFP apenas lhe apresentou uma proposta de trabalho, "para substituir uma pessoa doente, durante um mês". Nada de durável, portanto, que o fizesse largar a situação actual: "Em casa estou a ganhar mais e posso tirar cursos, para ver se tenho oportunidades melhores. Se não pensasse bem nas coisas, já tinha feito muita asneira na vida".

"Pelas leis que temos, os patrões fazem o que querem e lhes apetece. Foi o que a Lear fez", diz Paulo Sousa, lembrando que o encerramento da empresa gerou situações absolutamente dramáticas: "Tenho colegas que já entregaram a casa e o carro ao banco. Alguns já se separaram por causa desta situação. Havia muitos casais naquela fábrica".

Embora tarde em encontrar saída, recusa-se a ceder. "Nasci morto, já fui operado ao coração... Sempre consegui brincar com as adversidades da minha vida, e esta é só mais uma", diz. O que o move? A necessidade de garantir às filhas aquilo de que necessitam e, também, a esperança de que as coisas mudem: "Acho que isto vai virar para melhor, um dia. Este curso que eu estou a fazer, por exemplo, dá equivalência ao 12.º ano. Estou a fazer Matemática, a ver se deixo de ser velho para trabalhar, que é o mais importante".

É na religião, também, que encontra forças, ou, por reflexo, ao dirigir o grupo coral da capela de N.ª Senhora da Saúde, em Susão: "Faz passar o tempo e ajuda muito a cabeça. E ainda consigo dar apoio a muita gente".»

Para aqueles que tem uma enorme capacidade de nos inundar com lágrimas de crocodilo quando o que está em causa é a manutenção em cargos públicos a negra realidade é esta. Poderá Sócrates e quem tem falta de visão pensar que o problema é exclusivo da crise internacional. Esses, obviamente, são aqueles que desconsideram as competências, a experiência e a opinião dos outros.

A peça acima demonstra que Portugal só tem um caminho a seguir, e que passa por devolver aos Portugueses a sua capacidade de fazer, removendo as enormes peias que lhes tem sido criadas.

Quando os homens preferem ficar no desemprego a assumir o risco de criação do próprio emprego, algo se passa. Tentem lá adivinhar porquê, ou perguntar a quem podia criar riqueza e trabalho!

Um pequeno exemplo: para todos os que já se relacionam com as finanças através do seu portal, fica uma enorme vontade de permanecer no desemprego ao verificar a preocupação máxima desta entidade. O enunciado eventual de todos os bens à penhora, como se todos os contribuintes (mais tarde ou mais cedo tenham obrigatoriamente de cair nas malhas da brutal complexidade do sistema fiscal e da sua tolerância zero), fossem para o Estado apenas um enorme mealheiro sem fim para alimentar as ineficiências de um grande empresa monopolista de elites do poder, são um convite pleno ao baixar de braços de todos os que sentem que passaram a ser carne para canhão da engorda parasitária - de uma elite que acha que a formação in illo tempore, lhe dá direito e privilégio ad eternum de viver à custa do esforço de todos os outros.

Afinal quando é que deixamos de ser uma sociedade de antigo regime e de notáveis, onde o que conta é a via estreita do privilégio e do dinheiro?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ALTO E PÁRA O BAILE

Os últimos anos em Portugal demonstram que precisamos urgentemente de mudar de vida. Não é possível, a nenhum país, a continuada zizanie que desbarata e destrói paulatinamente as poucas energias que nos restam.

O actual sistema enquistado de partidos e a mesclada com os órgãos de comunicação política que não social, empobrece inexoravelmente um país em constante diatribe consigo próprio.

Hoje até um jovem imberbe percebe porque tantos rumaram a outras paragens, fazendo deste país um país cada vez mais irrelevante. Hoje percebe o fado como destino, hoje percebe que estamos condenados à mais parca irrelevância e mediocridade, mesmo que alguns como peixes tentem vir à superfície gorgolejar pedindo mais oxigénio para respirar.

MADAME SEAGULL

Aqui desta chaminé diviso homens insanos que se degladiam como pelicanos de pele verde rubra.

Onde é que estou? Ah, muito longe, à beira de uma falésia perto do monte St. Michel de Mr. Sacorzy e da sua pluma aparentada de madame de Bovary!

SANEAMENTO IDIOTA



Se tal aconteceu demonstra que alguns Espanhóis ainda conseguem ser mais idiotas que alguns Portugueses.

É que mais que formadores ou desinformadores de opinião, os telejornais são cada vez mais uma pequena acha na fogueira dos novos meios informais onde se acumula e filtra a opinião.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ENTRE A CENSURA E A CABALA

Que democracia é esta que vive entre a censura e a cabala?

Que democracia é esta que fomos deixando construir, mais aparentada com uma guerra civil surda intestina, completamente esquizofrénica e auto-destrutiva?

O AZAR DE UNS É A SORTE DE OUTROS

«Impresa dispara 9,5% com demissões na TVI»

O ÚLTIMO BEIJO E OS ÓRGÃOS SOCIAIS DA PRISA E MEDIA CAPITAL

ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES ESPECÍFICAS

Conselho de Administração

Jaime Roque de Pinho d’Almeida – Presidente do Conselho de Administração

Bernardo Bairrão – Administrador Delegado

Juan Herrero – Administrador Executivo
Juan Luís Cebrián – Administrador Não Executivo
Manuel Polanco – Administrador Não Executivo
Miguel Gil – Administrador Executivo
Pedro Garcia Guillén – Administrador Não Executivo
Tirso Olazábal – Administrador Não Executivo Independente

Comissão de Auditoria

Tirso Olazábal (Presidente)
Jaime Roque de Pinho D'Almeida
Pedro Garcia Guillén

Revisor Oficial de Contas

Deloitte & Associados, SROC, SA

Mesa da Assembleia Geral
Presidente -
Pedro Azevedo Maia
Vice Presidente - Tiago Ferreira de Lemos

Secretário da Sociedade
Francisco Sá Carneiro
Mafalda Ordonhas Pais (suplente)

Comissão de Governo Corporativo e Remuneração de Quadros Directivos

Jaime Roque de Pinho D'Almeida (Presidente)
Manuel Polanco
Pedro Garcia Guillén

Comissão de Nomeação e Remuneração dos Órgãos Sociais

Ignacio Polanco Moreno
Iñigo Dago Elorza
Gregorio Marañon y Bertrán de Lis



É Portugal um mar encarpelado onde navegam e se engendram dramas, vinganças, actos de pirataria, traições, planos, conspirações, auto-imolações e as mais estranhas e diabólicas formas de vingança e de conquista de poder?

No fim o engenheiro, será um homem só, abandonado pela tripulação aos sinais finais de naufrágio, vítima do quem com ferro mata com ferro morre?

Onde está o Wally, vestido de pirata, na abordagem?

COMUNICADO DA ERC-P

Relativamente a notícias que dão como certa a erradicação do jornal nacional da TVI por interferência directa do proprietário e tendo em conta a liberdade de imprensa num país democrático, resolveu a ERC-P, com o espírito democrático, utilitário e nacional que se lhe reconhece, multar a PRISA-E em 5.000.000 € e na reposição do jornal nacional de sexta da TVI. Assinado, a Presidência, a bem da razão da Nação! ERC-P: entidade reguladora das causas política - patrióticas.

EXTRA:CONTAS PÚBLICAS EM ORDEM

«A Força Aérea Portuguesa participará a convite das autoridades líbias, hoje, dia 1 de Setembro, nas Comemorações do 40º Aniversário da Revolução Líbia, no Aeroporto Internacional de Mitiga.»

A participação portuguesa materializa-se com quatro F16 da Base Aérea Nº5, em Monte Real, que participarão num desfile aéreo em Tripoli, juntamente com 90 aeronaves líbias e estrangeiras, designadamente europeias»

Amado é o último dos convertidos à diplomacia das canhoneiras , ao fervor e idolatria Revolucionário e à máxima hipocrisia comum.

Em bicos de pés como convêm aos imenso interesses estratégicos que Portugal ambiciona na Líbia, Amado dita, com óbvia visão e interesse estratégico, a ida de 4F16 a um Festival na Líbia. A uns milhares de quilómetros de Portugal quantos meses mais de desemprego sem subsídio tal medida acarretará para os desgraçados Portugueses que não são milionários nem vivem da gamela do orçamento. Ou irão os F16 prestar uma última homenagem em nome do governo Socratiano, à coragem do recém-libertado carrasco de Lockerbie?


MANDATO DE TERROR! EU SEI O QUE TU QUIZESTE E FIZESTE NO MANDATO PASSADO!

  • 5 mil bens em fase de venda??? (ler)
    «E vão vende-los a quem??
    Só se for a quem o Estado dá o rendimento minimo... He He. Sufocaram tanto os portugueses que se o dinheiro chegar para comer já nao é nada mau... NÂO SE ESQUEÇAM DE IR VOTAR NO FINAL DESTE MÊS....»
Esta é obviamente a resultante final do estrangulamento fiscal e da falta de liberdade dos particulares e dos agentes económicos, fruto de um arrepiante centralismo de um tutor paterfamílias tipo big-brother. Eu sei o que fizeste no ... passado! , que medo!

EURO-DISTRAÍDOS

«Eurodeputados socialistas criticam Nuno Melo por atacar o "país e a sua credibilidade internacional»
Um deputado Europeu não defende interesses exclusivos nacionais, defende sim a matriz mais importante do projecto Europeu: a liberdade e a justiça no quadro da cidadania Europeia.

A mancha no EuroJust não têm nacionalidade, sendo uma mancha transversal que afecta ou infecta, quando não limpa, o ideário Europeu.

O POLVO

«"iriam acabar com o noticiário das sextas-feiras, que não haveria mais 'Jornal Nacional" das sextas. Mediante tal medida, os responsáveis resolveram apresentar a demissão dos cargos que exerciam, explica Manuela Moura Guedes.»
Com os seus tentáculos o polvo devorou o jornal nacional.

É por estas e por outras que as eleições nacionais precisam de varrer, sem dó nem piedade, o joio que infecta a democracia Portuguesa. Antes que Portugal se transforme numa imagem do amigo Venezuelano:
«Procuradora-geral, muito próxima do presidente Hugo Chávez, anuncia que as manifestações de rua contra o Executivo passarão a ser equiparadas a "delitos de rebelião civil", com penas entre os 12 e os 24 anos de prisão»

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A EXPANSÃO DO METRO E O REORDENAMENTO DA CIDADE DE LISBOA



O alargamento e expansão do Metro é uma boa notícia para Lisboa e demonstra que é injusto dourar a negro todas as medidas deste governo.

Peca apenas, este alargamento e extensão a mais 33 estações, por ser manifestamente uma obra tardia que há muito já deveria ter avançado. A cidade agradece a melhoria brutal na atractividade deste meio de transporte, único capaz de assegurar uma muito melhor mobilidade na cidade. A mobilidade na cidade melhorará assim por via positiva e natural e não por via de fecho ou interdição de circulação à superfície.

A construção da terceira ponte de Lisboa deveria também aproveitar esta onda positiva do metro e alargá-lo até ao Barreiro, criando assim uma verdadeira área metropolitana integrada de transportes, reduzindo custos de mobilidade e construindo uma verdadeira metrópole conurbada.

O próximo passo seria posteriormente avançar para uma profunda reforma administrativa que criá-se entre outras, uma verdadeira região metropolitana de Lisboa, sem os quintaizinhos que permitiram a Isaltino e outros autarcas modelos o esvaziamento do núcleo central da cidade de Lisboa e a betumização das regiões verdes circundantes a Lisboa.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

CHEQUE AO REI

Independentemente da cor política que a muitos cega, Pacheco Pereira saiu a terreiro com uma constatação de facto de cidadão:

«Nestes abusos do Estado socialista contra os indivíduos, há um
maximalismo de deveres e um minimalismo de direitos», no entanto na segurança dos cidadãos «tudo se passa exactamente ao contrário», com um «maximalismo de direitos para os criminosos e um minimalismo de direitos para as vítimas», disse.

É que na segurança, os bairros
problemáticos crescem como cogumelos, e o Portugal destes tempos parece-se cada vez mais com um misto de Chicago e de Sanzala Africana.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A TEIA


Para melhor visualizar a luz ao fundo das grades que a teia foi tecendo... é clicar, como quem se quer libertar desta teia que a vida vai urdindo ...

O REGRESSO


De 14 de Agosto a 31 paira um tempo de banho. Banho retemperador, banho de civilização, banho remix.

Neste banho, nem tudo é mau, nem tudo é bom. Não há lugar para facciosismos bacocos, há apenas lugar a um olhar atento despido das habituais nuvens que nos toldam a visão.

Portugal renasce, assim, não a preto e branco, mas com todas as colorações que o sol grava nos corpos e nas despoluídas mentes de Verão!