sábado, 26 de maio de 2012

EUROPA SEM EUROPEUS


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O PORTUGAL AGRILHOADO DE LOUÇÃ

O PORTUGAL AGRILHOADO de Francisco Louçã merece uma reflexão independentemente da ideologia do leitor.

Excelente economista, Louçã afirma algo que é fundamental os menos interessados pelas questões da economia perceberem. É que a economia não é uma ciência exacta, mas uma ciência social. 

NÃO PERDOAR A VENDA DA TAP E ANA

Vender activos como a TAP e a ANA é criminoso. Nunca perdoarei ao PSD e CDS a venda destes activos estratégicos nacionais.
"Não estou preocupada com a falta de interesses na TAP. Não vejo razão nenhuma para preocupação, a TAP é um activo muito interessante e teremos certamente procura significativa, tanto para a TAP como para a ANA", realçou.

EXTREME MAKEUP

«Chamo-lhes quase pobres. São pessoas que têm rendimentos e por isso não recebem os apoios e os benefícios que os pobres recebem», diz a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares ao TVI24.

Exemplos. «Uma pessoa que receba 700 euros e tenha compromissos com créditos de 400. Como recebe aquele salário não consegue ter os descontos sociais, passes mais baratos e essas coisas, que recebem pessoas sem esses rendimentos. São mais pobres que os pobres», analisa: «Uma mulher que recebe 400 e tal euros de rendimento social de inserção e que esteja a divorciar-se tem direito a um advogado oficioso. Uma que receba 700, esteja a divorciar-se e tenha um crédito que foi contraído quando tinha outras condições tem que pagar um advogado.»

«Estas pessoas estão aflitas. Temos hoje em dia situações terríveis», conta Isabel Jonet. Parte do dia a dia das pessoas que estão no Banco Alimentar é passado a ouvi-las. «Tenho três pessoas em permanência, só em Lisboa, a ouvir essas pessoas, que muitas vezes só querem desabafar.»

ATÉ TU, HU JINTAO DIZ MERKEL

«A Alemanha foi um dos países que mais beneficiou com a criação da zona euro e da moeda única, e, a longo prazo, os seus interesses na estabilidade do euro e do bloco poderão pesar mais do que aquilo que hoje lhe é pedido», argumenta a Xinhua.

A agência chinesa salienta que «em última análise», a zona euro «só sobrevivirá se todos os membros se unirem para encontrar a opção certa e não fugirem às suas responsabilidades».

AS LEITURAS DE ESCRITORES

Nas horas extraordinárias que passamos a ler de Maria do Rosário Pedreira há um artigo interrogativo sobre o que lêem os escritores que nos interroga.

Um das primeiras observações que o Rodrigo ... me fez, quando comecei a escrever num dos títulos da empresa Jornal de Notícias, foi «jornalismo não é literatura!». Nessa altura vinha muito cheio de mim, com o assombramento próprio dos jovens quase pós universitários, porque entrava num lugar onde a relação entre chefe de redacção e colaboradores media-se por uma hierarquia quase militar. Além desse diploma de quase economista que me granjeava alguma superioridade mental, arrogava-me também o facto de ser um leitor voraz de clássicos e não clássicos que me recheava a estante filial, para além de uma cadência diária de mudança de terras e lugares que confirmava aquilo que o nosso autor dizia da nossa pátria ser a língua Portuguesa. Mas a minha era já muito mais que isso. Era o chão que pisava, os colegas novos que se faziam e desfaziam quase ao passar do calendário e uma estranha devoção às letras e às artes mas também às ciências.
Mas nada disto seria suficiente, pensava, não fosse uma relação de prazer com a escrita que me foi sempre fazendo atirar originais para o baú. Já nessa altura, desportista, que era, percebia que havia poucos desportistas e muitos treinadores de bancada. Relação de prazer e insatisfação permanente que marcou, claramente, a arca de Noé que todos temos em nós. Ao longo dos anos mudei de lugares e empregos, invadi por prazer outras áreas de formação que me iam dando novas visões dos pontos, tornando-me um actor multifacetado do meu destino, sempre vergado à relatividade das coisas.
Quando escrevia, era essa arca de Noé que transportava. Era eu e todas as coisas que tinham vindo dar à costa que transportava. E como é bom emocionarmo-nos e aos outros através de uma síntese daquilo que somos e daquilo que gostaríamos de ser. E é por isso que saber se é a leitura que faz o escritor ou o escritor que faz a leitura é desafiador e eventualmente nada despiciendo. Mas será que tem resposta universal?
 
O que sei é que, quando colaborei num título especializado da mesma empresa, o Rodrigo tinha antecipado a pergunta, «o menino não lê jornais desportivos?».

VISÃO DE MONTANHA DE CORDILHEIRA

«Certo é que a própria Comissão Europeia, nas suas previsões de primavera, prevê que os salários vão baixar 6% este ano.

O democrata cristão, que também esteve presente na reunião da manhã, preferiu sublinhar que «no primeiro trimestre, a recessão económica ficou bem abaixo do que estava previsto» e que o momento atual será «o pior».

Adolfo Mesquita Nunes disse, por último, que Rasmus Ruffer, do BCE, Jurgen Kroger, da Comissão Europeia, e Abebe Selassie, do FMI, salientaram que «Portugal tirou, nas últimas décadas, pouco proveito das oportunidades de estar na União Europeia».
Um dos problemas dos decisores políticos e económicos é analisarem tudo do alto de uma montanha, quando a nossa vida se passa numa cordilheira. 

Nessa montanha onde estão normalmente montados, o que se vê normalmente é outras montanhas que tapam por sua vez mais e mais montanhas. Mas para os decisores políticos a sua montanha é a maior e a única.

A decisão parece ser sempre assim incompleta e desfocada de todos os seus actores.

E assim vamos nós sendo incomodados por brisas que sopram de montanhas que nos vão devastando os prados e destruindo as forragens que tínhamos para alimentar o nosso gado.  

terça-feira, 22 de maio de 2012

A TROIKA É IGUAL A UMA COMISSÃO LIQUIDATÁRIA?

«A “troika” quer um inventário, até Junho, com todos os activos que podem ser vendidos nas Câmaras e regiões. Os autarcas já disseram que só têm para privatizar as redes de água e saneamento.
Sobre este assunto, o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, prefere não se pronunciar, pelo menos, não antes de sexta-feira.
“Vou ter uma reunião na sexta-feira com a troika e espero ouvir de viva voz o que é que querem e não farei declarações antes da reunião”, sublinha Fernando Ruas.»
O que é lastimável é os Portugueses e os seus representantes aceitarem de bom grado e como inevitável o esbulho por parte dos credores e cujo representante é a TroiKa!
A situação que vivemos faz lembrar a convenção de Évora, quando os Ingleses permitiram a saída dos Franceses (e até os transportaram em barcos Ingleses) de Portugal com tudo o que tinham esbulhado na 1ª Invasão.
Já não há estadistas e patriotas em Portugal? 

É que a dignidade não têm preço e há alturas em que os credores tem de se vergar às exigências de justeza dos devedores, sob pena de a sua vontade em arrestar o que emprestaram antes com juros agiotas limitar a capacidade voluntária do devedor.

OS JOTAS: OLHA QUE DOIS


A NOMENCLATURA

 «CORTES SÓ PARA ALGUNS. A IMPRENSA DESCOBRE. O GOVERNO CALA-SE»
 O governo que se dizia e queria sério afinal não passa de um conglomerado do que há pior em Portugal. 
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A HISTÓRIA DAS ALEIVOSIAS DE PORTUGAL CONTADA AOS PEQUENINOS

«Só puderam fazer isso porque, naturalmente, contaram com a conivência dos governadores que
Portugal mandava, apesar do “escândalo extraordinário” que era aquela situação – para se usar uma
expressão que consta de um códice do Arquivo Público Mineiro (Gonçalves, 1999: 103). Quer dizer:
quem podia roubava o erário. Ainda hoje é assim no Brasil. O Estado serve para financiar partidos,
campanhas políticas e, obviamente, dar boa vida a muita gente que posa de “pai” da pátria.
Quando pressionados a pagar o que deviam, aqueles “grossos devedores” de Minas Gerais lembraram-
se de que poderiam ficar livres das dívidas. Bastava se livrar do jugo de Lisboa. Mas a quem...»