Gaspar o predestinado ou Gaspar o pré-obstinado para quem os resultados são sempre diferentes à partida e à chegada daquilo que deveriam ser.
Blog da nossa consciência, do n/ umbigo, da solidariedade, da ética, do egoísmo, da ganância, da corrupção, do faz de conta, do desinteresse, do marketing, das sondagens, da elite do poder, do poder dos sem poder, do abuso do poder, da miscigenação com o poder, da democracia participativa, do igualitarismo, dos interesses, do desprezo pelos excluídos...da política, da democracia de partidos e da classe política Portuguesa séc.XXI! A VOZ DA MAIORIA SILENCIOSA AO SERVIÇO DA CONSCIÊNCIA PÚBLICA!
Posts recentes Causa Vossa:
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O EURO COMO ARMA DE DIVERGÊNCIA
Quer queiram quer não os defensores acérrimos do Euro porque não
vislumbram EU sem Euro, como se a Comunidade não fosse já uma realidade
anterior à última fase da União Monetária e Económica, a assimetria nas
condições de financiamento continua a consolidar-se na zona euro, com a
Alemanha e a França a conseguirem financiar o seu endividamento a 10
anos a taxas inferiores a 2%.
Obviamente que um argumento com esta “latitude”, poderia ser ele próprio um argumento para a necessidade ingente de novo passo em frente. O problema que se coloca, no entanto, é que desde que a unanimidade e a dimensão da União se colocaram, a tendência do processo decisório parece ir no sentido da concentração decisória polar e não da dispersão pelo consenso. Muito à medida da concentração da prosperidade e da não convergência, esse elemento central para a abdicação da soberania. E não nos esqueçamos que a União foi construída não só na ideia de paz mas também da prosperidade: e nem um, nem outro, destes elementos da “Visão” europeia sobrevive sem essa parceria.
«A hierarquia descendente de níveis de yields das obrigações soberanas a 10 anos é a seguinte entre os países "periféricos" do euro: 10,28% para a Grécia; 5,92% para Eslovénia; 5,66% para Maravilhas De Portugal Portugalgal; 4,04% para Espanha; 3,76% para Itália; e 3,5% para a Irlanda.»
Obviamente que um argumento com esta “latitude”, poderia ser ele próprio um argumento para a necessidade ingente de novo passo em frente. O problema que se coloca, no entanto, é que desde que a unanimidade e a dimensão da União se colocaram, a tendência do processo decisório parece ir no sentido da concentração decisória polar e não da dispersão pelo consenso. Muito à medida da concentração da prosperidade e da não convergência, esse elemento central para a abdicação da soberania. E não nos esqueçamos que a União foi construída não só na ideia de paz mas também da prosperidade: e nem um, nem outro, destes elementos da “Visão” europeia sobrevive sem essa parceria.
«A hierarquia descendente de níveis de yields das obrigações soberanas a 10 anos é a seguinte entre os países "periféricos" do euro: 10,28% para a Grécia; 5,92% para Eslovénia; 5,66% para Maravilhas De Portugal Portugalgal; 4,04% para Espanha; 3,76% para Itália; e 3,5% para a Irlanda.»
quinta-feira, 2 de maio de 2013
JORGE VASCONCELOS, O SEQUESTRADO DO SETOR ELÉTRICO
«O primeiro presidente da ERSE, que saiu em ruptura com a posição do Governo de limitar o aumento do preço da electricidade em 2006, considerou que o discurso da 'troika' "não tem em conta a realidade do país", rejeitando que o preço da electricidade afecte a
competitividade da economia portuguesa.
Em Março, em entrevista à Lusa, o chefe da missão do FMI, Abebe Selassie, considerou muito desapontante o facto dos preços da electricidade e das telecomunicações não terem descido e que esta questão é importante para garantir que os sacrifícios são repartidos de forma justa.
"Com essas declarações o que fez foi criar um clima muito negativo. Os investidores estrangeiros afastaram-se praticamente todos", declarou.
Jorge Vasconcelos criticou ainda a actuação da 'troika' em relação às rendas, ou margens de lucro excessivas, dos produtores de energia, no momento em que estavam à venda as participações do Estado na EDP e na REN, desvalorizando assim as empresas.
"Se havia a convicção de que existiam situações inaceitáveis deviam ter sido tratadas antes e nunca durante o processo. Não é honesto, não credibiliza a imagem do país e afasta o investimento estrangeiro
do nosso país", acrescentou.
O antigo presidente da ERSE e agora presidente da consultora em energia NEWES considera que foi "uma política de comunicação desastrosa", considerando que "restabelecer a credibilidade neste sector vai exigir muito esforço e muito empenho durante muitos anos".
"Houve no passado várias ocasiões em que esse problema podia e devia ter sido tratado. Agora, é inútil e duplamente nocivo", acrescentou.»
Antigo presidente da ERSE, agora presidente de consultora em energia.
Grandes reguladores?!
PASSOS, A ESQUIZOFRENIA!
«Passos Coelho responde. “Podemos lançar as bases de um crescimento mais sustentado. Sabemos que iremos recuperar lentamente, mas recuperar. Que o desemprego não vai baixar rapidamente, mas tem de baixar e procurar manter esse rumo de orientação de justiça em todos os sacrifícios que tenhamos de fazer. E sim, ainda temos de fazer sacrifícios.”
Sim, ainda vêm aí mais sacrifícios, mas não vale a pena fingir, defende o chefe do Governo, que é possível cumprir os compromissos sem fazer a reforma do Estado. “É uma demagogia inaceitável vir dizer que haveremos de cumprir as nossas obrigações e respeitar os nossos compromissos sem diminuir resta despesa.”
“Isto pode ser dito, mas é uma demagogia pura. Temos de encontrar um entendimento sobre a realidade e não sobre a ficção, e a realidade é esta - não interessa quem governa, dizia bem o senhor presidente da República, a realidade é esta”, afirma Passos Coelho.»
Os agentes económicos são racionais.
São racionais porque são seres humanos, que respondem a estímulos.
Quando os sacrifícios impostos significam fome, desemprego, negação de expetativas, os agentes económicos reagem negativamente.
Como reagem quando são confrontados com a esperança e com o apelo à mobilização com um caminho visível.
Tudo isto em Passos falha.
Falha a mobilização, impera a desconfiança (tão necessária nos processos de produção/consumo), as medidas consecutivas para não positivar o seu falhanço.
A esquizofrenia de Passos é total. Para ele o crescimento não é caminho. É preciso ajustar a despesa à receita. Mesmo que a diminuição indiferenciada e cega, afete cada vez mais a receita: até ao infinito e à morte de uma economia e de um povo. Um louco?
Um indivíduo estranho, como estranho (impressionante, dizia um dos elementos da Troika com um sorriso trocista nos lábios), Gaspar, o mago, que faz cair o cabelo em vez de potenciar «a sua poção de mágico".
Mereceria este povo Passos, Gaspar, Sócrates, ...?
terça-feira, 30 de abril de 2013
BRUTO DA COSTA E UMA NOVA VISÃO PARA A SEGURANÇA SOCIAL
«O economista e investigador na área da pobreza sublinhou que cada benefício da Segurança Social (SS) tem um objetivo. No caso da pensão de reforma é «permitir ao idoso viver uma vida digna, que esteja num contraste mínimo possível com a vida que tinha em tempo laboral».
Contudo, lamentou, «temos pensões mínimas que não dão para viver. A isso eu chamo falência social».
Bruto da Costa defendeu a mudança do sistema de financiamento da SS, que deve passar a ter como referência o valor acrescentado da empresa.
«Hoje a Segurança Social não pode ser apenas uma instituição de solidariedade da classe trabalhadora. Tem de ser uma instituição que reflita a solidariedade de toda a sociedade» e, como tal, tem de ser «financiada por todas as formas de rendimento».
À margem do encontro, Bruto da Costa disse à agência Lusa que «o financiamento da SS não se resolve da forma como tem sido encarada até agora, tendo as contribuições sobre os salários como a principal fonte da Segurança Social».
A sociedade mudou e hoje há situações no mercado de trabalho muito mais precárias e uma «substituição progressiva da mão-de-obra por tecnologia», como tal «o célebre rácio» população ativa/população idosa já «não faz sentido nenhum».
«Se a contribuição continuar baseada apenas nos salários vai ser cada vez menor», disse.
Para o especialista, tem de haver «um salto qualitativo de política de financiamento da Segurança Social». Se isso não acontecer, «vamos arrastar os problemas do financiamento da Segurança Social», com a consequente redução dos benefícios.
Alertou ainda para o «grande risco» de remodelar o Estado Social a partir de preocupações orçamentais: «Vamos destruir valores que estão subjacentes à vida da sociedade sem darmos conta disso».
segunda-feira, 29 de abril de 2013
ÁLVARO SANTOS PEREIRA, BARÃO DE S.JOÃO E...
«Barão de São João é uma pequena e pacata
aldeia localizada a cerca de uma dezena de km. da cidade de Lagos. A
povoação já conheceu dias melhores, nos últimos anos o abandono de
Portugal (e particularmente da aldeia) por parte de residentes
estrangeiros, a partida em massa de emigrantes que aqui se tinham
estabelecido, a fuga de jovens em direcção às cidades, conjuntamente com
a crónica falta de emprego pioraram as coisas. O abandono da
agricultura tradicional e o quase desaparecimento da construção
imobiliária (grande parte dos homens trabalhavam actualmente na
construção civil, como pedreiros, pintores, carpinteiros, canalizadores,
etc.) deixaram a comunidade local em estado de letargia quase total.
Um único acontecimento animava a
localidade, proporcionando algum fluxo de dinheiro aos cafés, bares,
restaurantes , pequenos produtores agrícolas e artesãos: a chamada feira
de velharias de Barão de São João, um mercado informal realizado no
último Domingo de cada mês, onde se vendia sobretudo velharias, objectos
em segunda mão e artesanato. Gente das proximidades aproveitava assim
para, uma única vez por mês, arredondar os seus quase nenhuns proventos.
A feira foi crescendo pouco a pouco e,
com o seu colorido e diversidade, atraía gente de vários pontos, como
vendedores, clientes ou simples visitantes que, após o passeio pelo
mercado, se aventuravam pelo interior da aldeia.
Ontem, uma mega operação conjunta da GNR,
ASAE e SEF, deu uma machadada quase final neste quadro quase edílico.
Dezenas e dezenas de pessoas foram multadas por,
segundo me narraram, falta de cartões de venda ambulante, por
estacionamento deficiente (a feira realiza-se num descampado junto a uma
pequena estrada) e por, pasme-se, participarem numa feira não
licenciada. As estradas em redor da localidade foram fechadas e alguns
vendedores que procuravam fugir foram mandados parar em busca de guias
de transporte e facturas provando que objectos em segunda mão lhes
pertenciam.
Uma publicação online em língua inglesa o Algarve Daily News titula sobre os acontecimentos “Polícia de intervenção portuguesa usada em acção desproporcionada num mercado de Domingo” e descreve:
O mercado é descrito como o único evento social na área que atrai novos e velhos……numa das áreas mais pobres do Algarve, onde o desemprego atingiu o seu pico histórico máximo e muita gente está desesperadas por alguns poucos euros
Ou adiante
Adolescentes vendendo roupas usadas foram multados num mínimo de 12euros pela ASAE, mesmo se a maioria não tinha ainda vendido nada.
e
Seis polícias da força de intervenção em uniformes pretos com bastões pendurados alinhavam-se ameaçadores em frente à feira como uma barreira visual para todos os que quisessem partir, protestar ou fazer uma cena.
Mais à frente
Uma professora local, reformada, que começou a tirar fotografias foi avisada de que a sua máquina seria confiscada. Que lei estaria com isso a infringir não foi explicado.
Segundo o jornal
Toda a experiência, para moradores em dificuldades, serviu como um lembrete assustador de que a polícia de Portugal funciona como instrumento de uma máquina de estado que está sendo usada para coibir liberdades, acabar com a criatividade, cobrar impostos a cada operação por mais insignificante que seja, e multar crianças pela a venda de roupas velhas ..
E conclui
Os diversos serviços da polícia comportando-se como fizeram hoje numa pequena rural no meio do nada, vão conseguir o oposto do que eles foram incumbidos de conseguir. As multas não serão recolhidas, mas apenas o suficiente para cobrir o custo da “operação”. Mais importante ainda, várias centenas de membros do público estarão agora mais inclinados a desrespeitar a lei, fugir do IVA, pagar em dinheiro, não pedir recibos, a sub-declarar em suas declarações de imposto de renda, e e a não colaborar com as autoridades em todas as oportunidades.
Mas continua
Outra testemunha disse: “Eles não estavam apenas perseguindo vendedores de alimentos, eles multaram cada barraca aberta: Eu vi com meus próprios olhos um senhor português de idade ser multado por ter a ousadia de vender dois sacos plásticos cheios de roupas usadas.Mesmo o filho de um amigo meu foi multado por vender os seus brinquedos antigos: o garoto tem 13 anos, mas os tipos uniforme não ligaram uma **** a isso, a criança apanhou uma multa (a propósito: ninguém sabe o quão alta a multa será).
Mais
Outra vendedora local comentou: “Um vendedor foi espancado e toda a acção foi horrível, especialmente a maneira como eles trataram algumas das pessoas É tão triste: todos os eventos sociais importantes são destruídos E não é só mau para a reputação do estado entre os portugueses (algumas mulheres choravam), mas também para os muitos estrangeiros que gostam de vir a esse mercado e para os turistas. “
E finaliza
É um sistema tolo que tenta esmagar esforço humano por assédio e intimidação por parte do estado. Acções como esta, que não são originais, podem ter efeitos surpreendentes sobre o funcionamento da máquina estatal.Depois disto, resta-me pouco para acrescentar, apenas duas perguntas:
Um casal de Derbyshire, de férias na Praia da Luz durante duas semanas de descanso e relaxamento, estava na feira, quando esta foi invadida e comentou: “Portugal tem sido maravilhoso e apaixonei-me pelo lugar e pelas pessoas, mas se esse tipo de comportamento da polícia é normal, então nós certamente não gostariamos de viver aqui. “
1- Foi-me dito que a própria feira estaria ilegal, no sentido de que não estaria licenciada, e isso terá sido motivo para algumas multas. A assim ser, como poderiam os utilizadores sabê-lo se a feira é publicitada oficialmente pela Junta de Freguesia de Barão de São João, pela Câmara Municipal de Lagos ou pelo Ministério da Cultura?
2- Durante a crise actual, numa zona tão deprimida e fustigada pelo desemprego, num Algarve que busca oferecer algo mais do que sol e praia, numa aldeia que sofre de grave envelhecimento e desertificação humana, este tipo de acção pretende o quê de realmente positivo?»
Subscrever:
Mensagens (Atom)