«O primeiro presidente da ERSE, que saiu em ruptura com a posição do Governo de limitar o aumento do preço da electricidade em 2006, considerou que o discurso da 'troika' "não tem em conta a realidade do país", rejeitando que o preço da electricidade afecte a
competitividade da economia portuguesa.
Em Março, em entrevista à Lusa, o chefe da missão do FMI, Abebe Selassie, considerou muito desapontante o facto dos preços da electricidade e das telecomunicações não terem descido e que esta questão é importante para garantir que os sacrifícios são repartidos de forma justa.
"Com essas declarações o que fez foi criar um clima muito negativo. Os investidores estrangeiros afastaram-se praticamente todos", declarou.
Jorge Vasconcelos criticou ainda a actuação da 'troika' em relação às rendas, ou margens de lucro excessivas, dos produtores de energia, no momento em que estavam à venda as participações do Estado na EDP e na REN, desvalorizando assim as empresas.
"Se havia a convicção de que existiam situações inaceitáveis deviam ter sido tratadas antes e nunca durante o processo. Não é honesto, não credibiliza a imagem do país e afasta o investimento estrangeiro
do nosso país", acrescentou.
O antigo presidente da ERSE e agora presidente da consultora em energia NEWES considera que foi "uma política de comunicação desastrosa", considerando que "restabelecer a credibilidade neste sector vai exigir muito esforço e muito empenho durante muitos anos".
"Houve no passado várias ocasiões em que esse problema podia e devia ter sido tratado. Agora, é inútil e duplamente nocivo", acrescentou.»
Antigo presidente da ERSE, agora presidente de consultora em energia.
Grandes reguladores?!
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