sexta-feira, 13 de abril de 2012

GRANDE GRÉCIA!


«Ex-ministro da Defesa da Grécia detido por corrupção nos submarinos; Tsochatzpoulos estava à frente do Ministério da Defesa quando a Grécia comprou, em 2000, quatro submarinos à Alemanha. O ex-ministro grego da Defesa, Akis Tsochatzpoulos, não resistiu às acusações de corrupção das autoridades alemãs e gregas na compra de submarinos e foi detido na passada quarta-feira.»

NÃO SE GANHA UM PAÍS SEM SE GANHAR UM POVO

Não é com jactância e arrogância que se ganha um povo.
É com humildade e escutar! Escutar muito!

O QUE PENSA O NYT

«Espanha pode ser a próxima economia derrubada pela má gestão da crise europeia, liderada pela Alemanha». É assim que o «New York Times» começa o seu editorial desta sexta-feira, dedicado ao país vizinho.

Para o jornal económico, «o desfecho não precisa ser este. Mas será certamente se a chanceler Angela Merkel e os seus aliados políticos não reconhecerem que nenhum país pode pagar as suas dívidas sufocando o crescimento económico».

PEDRO NUNO SANTOS E O DISSENSO EUROPEU

O consenso sobre a forma com a Europa está a responder à actual crise já não existe.

Esta mensagem que devia ser a mensagem de todos os verdadeiros partidos sociais democratas, inclusive os que se dizem do nosso social democrata de referência, Sá Carneiro, passa por:
  1. Teimosia.
  2. Pragmatismo.
  3. Cobardia política.
  4. Falta de sentido de Estado.
  5. Oportunismo político.
  6. Fim das ideologias.
  7. Outra(os).

NÃO GOSTO DESTE GOVERNO: O QUE ESCREVEM OS PORTUGUESES!

«"NÃO PRECISAMOS DE MAIS TEMPO, NEM DE MAIS DINHEIRO". Frase emblemática para Toika ouvir, mas que no actual contexto económico português tem apenas um valor residual. Frase que só faria sentido se a par das medidas de austeridade tomadas, embora injustas, porque mal distribuídas, houvesse se facto um programa de restabelecimento da economia. Mas não nada disso se passa. Continua-se a tomar medidas de manual de economia, deixando o país sem perspectivas de futuro, colocando em causa a eficácia das medidas tomadas, a confiança dos portugueses e a credibilidade do governo, que, diga-se de passagem, já esgotou em pouco tempo o seu prazo de validade. Este governo olha apenas para a equação do PIB e só vê o último termo, o das exportações. É à conta desse termo que o governo pensa que vai recuperar a economia sem ter em conta a realidade interna de um país que cada vez se afunda mais no desemprego, nas falências de famílias e empresas enfim no desespero. Se governo pensa que vai recuperar a economia retirando rendimento disponível às famílias por via do aumento dos serviços e pela baixa dos salários o que está a fazer é afogar as pequenas e médias empresas, dado 95% do tecido empresarial português é constituído por empresas dessa dimensão e apenas uma pequena parte de entre essas se insere no sector exportador. No sucessivo diz e desdiz, nas sucessivas mentiras, nos sucessivos pregões políticos sem substância, nas sucessivas ilegalidades este governo cada vez se atola mais nas contradições do programa liberal com o qual quer modelar a Nação e digo a Nação e não só o Estado porque a intenção politica está para além da economia, ela reside também na saúde, na educação, que são direitos sociais plasmados na constituição. O governo e nomeadamente o Primeiro-ministro está a mostrar desnorte, pois as suas afirmações são rapidamente desmentidas por uma realidade que o contradiz e que conduz o país ao descalabro social e económico. Este governo está ferido de ilegitimidade desde o dia em que apresentou o seu programa de governação. Nenhum português tem qualquer dever de obediência democrática a este governo, pois o programa de governo que foi proposto por Passos Coelho em troca do voto dos cidadãos não é o programa que tem vindo a ser executado, pelo que o governo rompeu o contrato que propôs aos eleitores. Deste modo é legítimo o pedido de demissão do governo e a sua substituição por um governo de salvação nacional, sustentado numa proposta alternativa e essa só pode vir do sector oposto, proposta que sem descurar o que são as obrigações financeiras assumidas (as dívidas são para se pagarem), mas onde impere o bom senso politico e não a vesga prática de uma politica marcadamente ideológica. Há que manifestar indignação para que o governo perceba que perdeu a base social de apoio que o elegeu, que a avaliar pelo descontentamento que grassa o eleitorado já percebeu do erro que cometeu.» por NÃO GOSTO DESTE GOVERNO

RESULTADOS PRECISAM-SE!

Um dos aspectos mais graves em Portugal é a afirmação da superioridade de alguns e no entanto, o país definha, definha.
Em qualquer empresa o que conta são os resultados, não uma qualquer afirmação tonitruante da sua afirmação política e a cabeça como a avestruz.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A CENSURA

A censura parece que anda no ar!

OS NOVOS INQUISIDORES

Como muitos já tinham avisado, o crescimento do desemprego está a provocar mais despesa social e menos receita contributiva. 1.200.000 inactivos causam uma pressão adicional a um estado que não motiva à natalidade, não atrai a imigração, antes a empurra de mão dada com a expulsão dos "novos cristão novos" que é a geração mais qualificada de sempre. Bem avisou o Padre António Vieira, como o poderia avisar agora sem ser ouvido, mas a nossa mesquinhez inquisitiva estava plasmada mais do que na cobardia do rei, no ADN de um povo desunido, individualista, intolerante, conservador.    

Ao contrário do que se ouve muitas vezes por aí, o cumprimento nos moldes efectuados do memorando da Troika não era imperativo. Como a própria Troika sublinhou o que interessava eram os resultados, não o modo de lá chegar.

A estratégia delineada pelo actual governo da destruição criativa a todo o custo (do fazer todo o mal agora com os olhos postos no calendário, eterno crime do poder) é, assim, a responsável (no seguimento de políticas irresponsáveis com muitos anos e sem cor política definida) pelo estado do país - por nunca ter compreendido que os equilíbrios da nossa economia eram frágeis.

O problema da situação Portuguesa não é puramente ideológico, mas uma questão de ética de valores e de gestão (má gestão, atrever-me-ia eu a dizer, "acompanhado" pela lata incomensurável da irresponsabilidade. Como é possível ver hoje a comunicação social a tecer loas a Teixeira dos Santos sendo ele, por acção ou omissão, de seguidismo de Yes man, ou no plano da gestão individualista de carreira, ou da mera cobardia política, co-responsável do estado miserável das contas nacionais?

Que me desculpem os economistas financeiros porque, como dizia ontem Luís Nazaré no trio do economix, moderado por João Adelino faria, o que me interessa é a economia real a tal que vive paredes meias com as pessoas e que resolvendo problemas individuais resolve problemas colectivos.

(A resolução dos problemas económicos devia ater-se mais à dialéctica do indutivo versus o dedutivo, da resolução  dos problemas da base para o topo, do que da resolução por decreto generalista e abstracto - é também o caso da escola pública, igual para todos. Um novo paradigma  do indutivo devia ser o futuro da governação, o excesso de poder do ministério das finanças, trás muito piores resultados do que a generalização do topo para a base, o centralismo é o inimigo - o estado sou eu!, sempre dizeram os locupletadores da política - os agentes económicos são meras peças de um puzzle que um governo centralista nunca sabe montar. 
Nesse aspecto, o bom liberalismo como o bom colesterol não existe, só fica o mau liberalismo do salve-se quem puder, que entope o circuito económico de que são vítimas de excesso de AVC's e de enfartes do miocárdio os agentes económicos).

Em maré de Padre António Vieira (e basta o ler para perceber o Portugal, que pouco mudou) quando o Império Português estava a ser acossado pelo Batardo Holandês, para se perceber como já nessa altura ao padre António Vieira entristecia reconhecer a superioridade de carácter do Holandês: mais unido, comunitário, tolerante e liberal (é que mesmo no liberalismo somos mais inquisidores do que tolerantes com os novos cristão novos que podiam apartar novos cabedais para Portugal!).   
 

A DEMOCRACIA DAS TREVAS

Um dos aspectos mais exasperantes na política nacional é uma grande parte das medidas tomadas pelos governos serem sempre sentidas como indo pelo pior caminho para o equilíbrio das coisas.
A sensação que fica a todos nós é que a felicidade dos povos se faria melhor pela ausência de governos.
Ou talvez esta ausência tenha a haver com a ausência de sociedades ainda completamente irrepresentadas como governo do povo e reflexo de maiorias. 

CRISTAS E O PAÍS DOS BURROS

Assunção Cristas afirmou que cabe à distribuição fazer as contas e ver como suportará o custo.

Enquanto não começarmos a chamar os pouco inteligentes pelos seus nomes, mas mais importante ainda, enquanto não os criminalizarmos pelas medidas que tomam (afinal o que é um shampoo roubado num supermercado - mau, muito mau e com certeza reprovável - comparado com  a falta de rigor na gestão? cujas consequências contam-se por milhões - ler este artigo de Lourdes Benería), só me resta citar o Padre António Vieira no seu rapio: 

«Tanto que lá chegam, começam a furtar pelo modo indicativo, porque a primeira informação que pedem aos práticos, é que lhes apontem e mostrem os caminhos por onde podem abarcar tudo. Furtam pelo modo imperativo, porque, como têm o mero e misto império, todo ele aplicam despoticamente às execuções na rapina. Furtam pelo modo mandativo, porque aceitam quanto lhes mandam; e para que mandem todos, os que não mandam não são aceitos. Furtam pelo modo optativo, porque desejam quantos lhes parece bem... modo conjuntivo... potencial... permissivo...infinitivo...e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos.»

Quando falo no rapio é sem destinatário seguro, Deus me livre incomodar assim os meus antepassados e muito mais os meus contemporâneos. 

Nem é um furtar literal (mas um furtar da esperança do representado que não se reconhece no candidato que fez eleger, nem se reconhece em muitas medidas impensadas).
Mas é indubitável que a vários níveis da sociedade Portuguesa a coisa pública é muito mal tratada e recorrente!


Ontem ouvi de Pires de Lima (homem de bom senso, possivelmente porque fora da política - a política em Portugal tolda o bom senso - e é curioso verificar como se é outro quando se está com um pé fora da política - mas só um, que o outro pode ser muita das vezes necessário, para travar ou acelerar esta deformidade nacional que o Presidente da Áustria atalhou rápido ao nosso Cavaco Silva - à política o que é da política, às empresas o que é das empresas - quando Cavaco "ofereceu numa bandeja" para privatização as nossas jóias da república) aquilo que já qualquer dono de um olho só parecia entrever, invectivando o humor negro do funcionário Gaspar de Bruxelas, o tal que mandou aumentar o IVA na restauração com o seguinte resultado já avisado: quebra de 20% no volume de negócio, receitas com menor arrecadação fiscal antes do aumento da taxa, mais 90.000 desempregados de actividades de forte componente interna nacional, com pouca componente importada, e perguntamo-nos: é o Gaspar verdadeiramente uma mente brilhante? 
É que mais do que se querer ser ou parecer genial, é preciso sê-lo! 
E nem o Gaspar, nem a Cristas o parecem ser com algumas medidas que tomam!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O PLATÃO DA BLOGA NO PAÍS DOS CAMELOS

«Coincidentemente, hoje mesmo o chefe de governo deste país de mherda apelava a qualquer coisa que me cheirava vagamente a positivo.Alguém faria o favor demonstrar este conjunto de comentários ao pedrito? Parece-me expressivo.É que o pedrito ainda não tem noção do que está para chegar. Porque se tivesse entenderia que os sacrifícios que pede só serão aceites quando acabar com estas "coisas". Noutros tempos ninguém reparava. Hoje são, muito justamente, como faíscas numa esfera de gás liquido... É que o pedrito pensa que o equilíbrio das contas publicas se faz apenas pelos grandes números - cortando nas centenas de milhares ou nos milhões que são esmifrados ao tutano. Esquece-se que os milhares que ainda assim estão à margem da crise são obrigatoriamente chamados a dar o seu contributo - diminuir 5 mil Euros num pote abstruso e, obviamente, injusto, anacrónico, arbitrário, insensato, de 14 mil e tal Euros não é suficiente. Acabar com estes privilégios determinados pelos poderes canalhas que entre eles se governaram não é opcional, é obrigatório e urgente.Mas o pedrito lá sabe. Prefere apelar aos trouxas para que continuem a sê-lo...»

É apenas uma questão de ética e de sentimento de justiça, que já não era pouco? 
Não, não é!
É também uma questão operativa e de estratégia.
Pode um representante do povo o ser, não conhecendo as mesmas dificuldades de um seu representado?
Não, não pode! A sua visão está deturpada!

E, assim, há que começar pelo(s) princípio(s), se se querem ver respeitados!

COMO POUPAR 819M€ NA SEGURANÇA SOCIAL TORNANDO-A MAIS JUSTA E SUSTENTÁVEL

É sabido que as reformas num país dito rico como a Suíça não ultrapassa os 1800€ mês.
Notícia hoje diz-nos que o regime de reformas passou a contar num período curto com mais 39 (novos) reformados com reformas no valor de 5000€ mês - enquanto nos escalões mais baixos muitos se reformam com 250€ mês (um ratio de país decadente e quarto - mundista na distribuição de riqueza). Tudo a bem de uma sociedade justa, como se vê.
Se por hipótese multiplicarmos por 1000 este nível de reformas chegamos ao número de 39.000 os reformados com reformas deste teor (dados aleatórios só exemplificativos).

Se as reformas fossem plafonadas perto do valor da Suíça, por exemplo 1500€ (reforma com perfeita dignidade e sustentabilidade para um reformado) esses 39.000 significariam  cerca de 1638 M€ de poupança bruta, qualquer coisa como 819 M€ se descontado o retorno para o estado em forma de impostos.

Sabendo nós que face à actividade económica e ao ratio de activos, a situação terá tendência a agravar-se, pergunta-se porque o governo não toma uma medida como esta que funcionará simultaneamente em duas vertentes: a da sustentabilidade do sistema de pensões e a equidade na distribuição de riqueza.

Talvez assim os Portugueses se sentissem mais solidários com as medidas dos políticos e os sentissem como verdadeiramente ao serviço do interesse público. 

NÃO BASTA DIZERMO-NOS SÉRIOS, É PRECISO PARECÊ-LO

Governo cria nova taxa para o comércio alimentar??????????
Governo não garante participação dos pilotos na TAP????????
a MAC «uma unidade histórica em Portugal que não pode ficar parada no tempo, tem de evoluir????
Estradas: menos 2 mil milhões para as concessionárias?????????
Passos: repor subsídios daria «imagem precipitada» do país????????

  • Criar novas taxas que se vão repercutir nos cidadãos é de "louca?"
  • Não garantir a participação dos pilotos na privatização da TAP é criminoso para os interesses nacionais! 
  • Se é verdade que tudo tem de evoluir, também é verdade que nem tudo se pode destruir, principalmente o que funciona bem e está ligado a um dos maiores problemas nacionais: a demografia!
  • Fosse o governo tão diligente a atacar a gestão danosa do governo anterior e já teríamos a bem dos interesse nacional o problema resolvido, sem cosméticas pequeninas que só atiram poeira para os olhos de quem em primeira instância viu interesses legítimos e adquiridos "passados a ferro!"
  • Imagem precipitada mais do que a que aumentou rapidamente todos os impostos e nos colocou numa situação para além da Troika, de ajustamento com recessão autosustentada?
Governar, mais do que fundar-se numa afirmação de tudo julgar saber, é saber ouvir.
Sócrates anteriormente governou "loucamente", há quem diga "criminosamente". Seria bom que Passos arrepia-se caminho nalgumas matérias e ouvi-se a sociedade civil que não se deleita com lutas políticas, mas com a resolução inteligente dos problemas do seu país. 
O seu desnorte é tão grande, a sua teimosia começa a ser igual à do senhor anterior, que já dúvida de alguns dos conselhos do FMI, anteriormente intocável.  
E saber ouvir, para bem discernir e bem decidir, no interesse de todos e não daqueles que sempre se fazem ouvir!

terça-feira, 10 de abril de 2012

TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS DOCENTES, UMA NECESSIDADE URGENTE

«A OCDE diz que Portugal deve reduzir a excessiva atenção dada às notas dos alunos.
A OCDE diz que Portugal deve melhorar as práticas educativas e reduzir a excessiva atenção dada às notas dos alunos - a avaliação sumativa. Isto porque existe actualmente no sistema educativo um "problemático actual uso excessivo do ‘chumbo' e a desmesurada atenção às notas". Esta é uma das recomendações que vêm no último relatório da OCDE sobre educação "Reviews of Evaluation and Assessment in Education" que analisa as políticas de avaliação no sistema de ensino português e faz uma série de recomendações para melhorar a eficácia dessas políticas.
Assim, a OCDE entende que o aluno deve ser o elemento central das políticas de avaliação no sistema de ensino, deve ser tida em conta a sua contribuição para a sua avaliação e deve ter uma atenção individualizada para as suas necessidades e sistemas de apoio em caso de dificuldades específicas. Receita que a OCDE considera como ferramenta para combater os níveis de reprovação.
Assim, o refere que uma das prioridades para o sistema educativo português passa pela transformação das práticas docentes, consideradas como sendo ainda muito tradicionais, e de encorajar, na aprendizagem diária na aula, uma maior interacção e um retorno individualizado sobre o desempenho.
A OCDE sublinha ainda que o sector educativo tem sido afectado pelas medidas de austeridade, incluindo cortes nos salários dos professores e uma redução do apoio administrativo e de gestão das escolas e que o sistema de avaliação de desempenho dos professores deve contar com uma maior participação da direcção das escolas.»
Infelizmente o actual ministro apesar da sua boa vontade é demasiado tradicionalista, demasiado arreigado à avaliação como se a avaliação fosse a solução para os problemas da escola Portuguesa.
Um dos maiores problemas da escola Portuguesa continua a ser comungar de um dos maiores problemas da sociedade Portuguesa: a falta de democraticidade, flexibilidade e abertura. Há alunos que não progridem em ambientes normalizados, por questões variadas. 

Criem-se mais apoios, currículos mais adequados aos interesses dos alunos, mais diversificados, formas mais versáteis de dar as matérias e unidades curriculares com mais aulas práticas. 

Ao contrário do que pensa o actual ministro mais do que ensinar matérias estandardizadas, que o ambiente fora da escola veicula melhor que a escola, é preciso educar para o interesse, para a autoaprendizagem e a avaliação não pode rotular, segregar, excluir.

Mas tudo isto só é possível numa escola do século XXI que não seja segregadora, não sendo possível numa escola do século XIX que devia poder estabelecer currículos próprios e corpos docentes próprios - com experiência actualizada do que melhor se faz nas empresas.

Atenção devia o actual ministro tomar às Universidades com professores ultrapassados, acomodados, incapazes de pedagogia e mudança.   

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CIDADÃO MULTIPARTIDÁRIO

Se me perguntarem em que quadrante partidário me encontro só posso responder.
Sou comunista quando concordo com os comunistas quando dizem da necessidade de revitalizar o tecido do transaccionável. 
Sou Verde na necessidade de criar uma sociedade mais sustentável.
Sou bloquista quando o bloco fala na necessidade de acabar com os recibos verdes.
Sou socialista quando dizem que há vida para  além do deficit.
Sou social democrata quando o PSD fala na necessidade de flexibilizar a economia, libertá-la do estado, torná-la um sítio mais concorrencial.
Sou centrista quando o PP falava na necessidade de dar mais competitividade à economia através da diminuição de impostos.
Sou monárquico quando Cavaco não tem um atitude mais actuante na sociedade Portuguesa.
Sendo tudo isto só posso afirmar que sou um cidadão multipartidário, cujo único objectivo é criar um País mais feliz, mais sustentável, mais produtivo e muito menos desequilibrado.

PORQUE O GOVERNO NÃO OUVIU O FMI

«FMI insiste que tabelas salariais do Estado são para alterar este ano» e «O Governo perdeu uma boa oportunidade para baixar a TSU quando anunciou a suspensão dos subsídios de Natal e férias dos servidores do Estado. Nessa altura, deveria ter proposto aos privados transferir parte da TSU das empresas (está em 23,75%) para o factor trabalho. Mas poderia tê-lo feito como propôs o FMI: eliminar a taxa intermédia do IVA e criar um "imposto" sobre o sector não transaccionável (a União não deixa baixar a TSU apenas nos transaccionáveis). Não o fez. E como não foi suficientemente longe na reforma laboral, que poderia "melhorar consideravelmente as perspectivas de crescimento", corre dois riscos: ouvir o FMI, que está genuinamente preocupado com o nosso crescimento, dizer "I told you so!" e ser acusado pela oposição de falhar o programa. "Aguar" reformas não costuma dar bom resultado…»
É interessante ver neste crise que o FMI anteriormente tão acusado de políticas suicidas para os países intervencionados, tem uma visão muito mais correcta do modo de intervenção.
O FMI insiste e bem na necessidade de revisão das tabelas salariais do estado...mas também do aumento de competitividade via  desvalorização fiscal. 
É que uma desvalorização fiscal em termos de taxas revitaliza a economia actuando simultaneamente no lado do ajustamento orçamental sem atirar a economia nacional para uma espiral de empobrecimento e recessão sustentada.   

CABORA BASSA

Agora que a barragem de Cabora Bassa começa a dar lucro é que Portugal vende a participação restante. 
Entretanto a participação de Portugal na TAP, REN, EDP, ... vai também sendo vendida, alienando o estado Português sob a batuta de Passos Coelho tudo o que há para privatizar.
 

O CRIME ECONÓMICO DAS PORTAGENS DAS EX SCUTS

«O presidente da principal associação de hoteleiros da região disse que, passados quatro meses da introdução de portagens na A22, «já deu para perceber que o impacto negativo e a descida no número de turistas espanhóis é de tal ordem que justificava que o Governo arrepiasse caminho e revisse a medida, decretando a isenção do pagamento para os carros de matrícula estrangeira».

«Os políticos e os governos revelam ser maiores quando reconhecem os erros em medidas que são lesivas e prejudiciais para os interesses nacionais», apontou Elidérico Viegas»
Elidérico Viegas com a falta de liberdade e dependência que sempre os agentes económicos revelam perante o poder e perante o poder do estado em Portugal, que por mais liberal que se diga, é só liberal no que a ideologia tem de negativo, "pede" ao governo que reveja a sua posição soberana.

O problema deste país é não puxar as orelhas de vez a estes senhores da política, que cometem crimes económicos atrás de crimes económicos, sem serem verdadeiramente castigados e punidos pela sua incompetência e arrogância.

Alguém já fez um estudo económico sobre as perdas brutais para a região e para o país, de medidas que parecem apenas beneficiar o interesse de algumas grande empresas?  

SUBIDA DO PREÇO DA ÁGUA INEVITÁVEL?

Quando se lê a afirmação de que o preço da água é inevitável, feito pela cristã e com muita fé Assunção Cristas, percebemos que estamos perante uma geração impreparada, incompetente, sem noção de serviço público, de gente na política,  cujo único móbil é sustentar lobbies e alimentar minorias locupletadoras de bens públicos. 
A inevitabilidade do aumento dos preços da prestação de um serviço essencial como a captação e distribuição de água, só existe no quadro de privatizações, pelo que um estado de bem não o faria, já que em primeiro lugar está o serviço deste bem essencial à vida das populações. 
Infelizmente os partidos políticos tornam-se inimigos da democracia quando se apoderam dos bens públicos para auto-sustentarem com empregos as suas clientelas.
Até hoje a água sempre foi, nas mãos do sector público, um bem que proveu com equilíbrio e com razoabilidade os seus utilizadores.
Infelizmente o actual governo, que se apresentou como de maioria social democrata, à imagem do anterior que se apresentou como socialista, só compreende a linguagem dos negócios e das negociatas para alguns e não a linguagem do bem comum.
Para este governo tudo é inevitável, a austeridade, o aumento de impostos, a exclusão, a destruição do tecido produtivo, a emigração, quase tudo, quase tudo à excepção do combate às desigualdades; à proporcionalidade das medidas, aos princípios da parcimónia e boa gestão que deviam promover a sustentabilidade das famílias. Para a ministra centrista que enchia a boca de defesa das famílias, o aumento anunciado do preço da água não está mal como continuação depois do apelo à fé nas medidas para suster os prejuízos da seca deste ano.  

A falta de princípios democráticos de um estado de partidos a precisar urgentemente de reforma (e esta será impossível de dentro para fora) que perdeu a vergonha relativamente à sua representatividade chega a um estado tal, que reforça-se a arbitrariedade das polícias como forma de sustentar as aleivosias que se cometem às populações (despovoamento do país, apelo à emigração e à descrença, ...) esquecendo-se que as forças da ordem pertencem ao povo e não podem ser usadas como instrumento contra o estado democrático.

Neste espaço quando os órgãos de comunicação social eram ainda inertes em crimes públicos como o que se passava na parque escolar, com a sua caterva de ajuste directos, fomos avisando que Portugal precisava de uma nova identidade de serviço público. O aviso mantêm-se com este governo. 

A única subida inevitável é, assim, a da ética de serviço público, a auscultação mais directa das populações sobre assuntos que lhes dizem respeito, a maior vergonha nos cargos públicos.   

domingo, 8 de abril de 2012

OS PRAGMÁTICOS

«O prof. Marcelo, preclaro oráculo da nação, não tem as mãos sujas como Sócrates, mas esta crise também tem a sua assinatura. Na última década, o nosso espaço público não discutiu ideias. Discutiu tácticas e timings. A culpa disto não é do povo, é dos Marcelos Rebelos de Sousa. Alguém se lembra de uma convicção profunda de Marcelo?»
E ainda acham que alguns Portugueses não são pragmáticos.
O pragmatismo em Portugal comanda a vida... das elites!