segunda-feira, 9 de abril de 2012

PORQUE O GOVERNO NÃO OUVIU O FMI

«FMI insiste que tabelas salariais do Estado são para alterar este ano» e «O Governo perdeu uma boa oportunidade para baixar a TSU quando anunciou a suspensão dos subsídios de Natal e férias dos servidores do Estado. Nessa altura, deveria ter proposto aos privados transferir parte da TSU das empresas (está em 23,75%) para o factor trabalho. Mas poderia tê-lo feito como propôs o FMI: eliminar a taxa intermédia do IVA e criar um "imposto" sobre o sector não transaccionável (a União não deixa baixar a TSU apenas nos transaccionáveis). Não o fez. E como não foi suficientemente longe na reforma laboral, que poderia "melhorar consideravelmente as perspectivas de crescimento", corre dois riscos: ouvir o FMI, que está genuinamente preocupado com o nosso crescimento, dizer "I told you so!" e ser acusado pela oposição de falhar o programa. "Aguar" reformas não costuma dar bom resultado…»
É interessante ver neste crise que o FMI anteriormente tão acusado de políticas suicidas para os países intervencionados, tem uma visão muito mais correcta do modo de intervenção.
O FMI insiste e bem na necessidade de revisão das tabelas salariais do estado...mas também do aumento de competitividade via  desvalorização fiscal. 
É que uma desvalorização fiscal em termos de taxas revitaliza a economia actuando simultaneamente no lado do ajustamento orçamental sem atirar a economia nacional para uma espiral de empobrecimento e recessão sustentada.   

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