sábado, 4 de fevereiro de 2012

PASSOS, POLÍTICO DE IDEIAS FEITAS

«O presidente da Fundação do Carnaval de Ovar defende que, ao não autorizar a tolerância de ponto no Carnaval, Passos Coelho revela desconhecer a realidade do país e ser «um mau gestor que há-de ser responsabilizado» por isso.»
Num país com uma enorme componente turística, a medida do rígido Passos (nas medidas e pensamento, que não mostra um homem novo, mas um homem velho por dentro que confunde seriedade com austeridade) para mostrar uma seriedade que não se constrói na austeridade (seja de exigência, seja de carácter - os homens sérios são os tolerantes e empáticos), é mais uma chancela na demonstração do flop PASSISTA.
E é por isso que na história da democracia, ainda não se vislumbra um homem providencial capaz de fazer o necessário, aquilo que múltiplas vezes já chamámos de óbvio. Mas para se fazer o óbvio é preciso conhecer-se o seu povo, o seu país, as suas dificuldades, as suas virtudes e defeitos. E Passos, como alguns antecessores seus, é uma imagem distorcida do seu povo, uma construção grupal de um pequeno subconjunto de Portugal.    

SOMOS NÓS QUE EMPODERAMOS O ESTADO, NÃO O SEU CONTRÁRIO

«Somos nós que empoderamos o estado e não o seu contrário - empowerment»
Depois de mil gritos sob «no taxation without representation», esta nova ideia força tinha todo o espaço para caminhar - houvesse energia na apatia nacional.
O actual sistema fiscal Português e Ocidental, de uma taxation e penhora activa à priori, sem quase nenhuma salvaguarda do cidadão, é um dos piores instrumentos de um estado totalitário e anti-democrático, forma cínica e insidiosa de calar e restringir a participação democrática.
A partir do ontem e do hoje desta forma impositiva e totalitária, até a falta de representação, estará sempre salvaguardada na colecta que a mantém a salvo da cidadania e da representatividade.
O tempo da cidadania totaliza-se, assim, nesta forma repressiva e imprecisa de representatividade.

SOBRE A DEMOCRACIA OU FARSA DELA, A FALTA DE TOMATES DE ALGUNS E A DESESPERANÇA NO HOMEM, DE MUITOS

É indubitável que o sistema democrático é o melhor dos sistemas. Mas também é indubitável que o sistema democrático não pode ser um lugar formal habitado apenas por alguns, fruto da imposição da nossa racionalidade (ou irracionalidade).  
Desde logo porque a qualidade da nossa democracia parece depender, em última instância, de nós próprios. Mas também, desde logo, porque é preciso questionar se se vive numa democracia real quando instrumentos mais de ditadura das convicções e dos princípios são diariamente usados a favor de corporações e grupos restritos de interesses.
A vantagem desta Quarta República é ser um instrumento de aperfeiçoamento, um espaço de debate e pluralismo, um afirmar de novos instrumentos democráticos rasgando novos caminhos que levem a uma verdadeira inclusão.
Para uns, "objecto" deve ser escrito como "objeto": dou de barato, soa-me a como falo sem distorções. Para outros, acto, deve escrever-se ato: não largo mão de um "acto", que me merece uma pausa. E desdenho ato, que me soa a coisa bem diferente da primeira. Da opção pela mudança, no entanto, devia a "democracia" ter-se respeitado a si própria, referendando-se e dando-se a todos os cidadãos sem excepção. A língua, mesmo na sua forma escrita, não se reescreve, inscreve-se.
A cidadania é, de facto, "um acto" que não nos pode "atar" à nossa relação com o instalado, o cómodo, os nossos egoísmos e idiossincrasias, a defesa reflexa do nosso lugar na sociedade e no mundo elitário a que julgamos desde sempre pertencer. Tem de ser um processo contínuo de melhoria colectiva sem defraudar o individual.
Muito caminho já se têm feito e muito fizeram as redes sociais, ao mostrar que a democracia é um espaço amplo, tolerante, inclusivo, de todos para todos, aberto e verdadeiramente plural. Quando olhamos para os outros devemos nos libertar de nós próprios, dos nossos orgulhos, determinação, até dos nossos tomates (ou da falta deles, já que a necessidade de tomates na vida pública significa que o jogo de interesses floresce num espaço em que nos devíamos libertar de todas as formas de ismos - até dos totalitarismos, quanto mais dos egoísmos) e isso, sim, é algo que exige de todos a maior das determinações: a de sermos capazes de pensarmos que há vida para além das nossas convicções e que o nosso mundo é apenas uma pequena partícula na construção de um espaço colectivo (não colectivizado) melhor.
Concordo, assim, com Massano Cardoso quando afasta o totalitarismo e promove a liberdade como o bem comum mais nobre e elevado. 
Não concordo com ele, no entanto,  quando desdenha a esperança num mundo melhor, como se toda a mudança sofra da inevitabilidade de não podermos transformar o homem num homem melhor (o homem transformado por valores, não têm necessariamente de ser lobo do homem).  

A HERANÇA RUINOSA DO "CRIMINOSO" SÓCRATES

«Se este Governo suspender a aplicação do acordo ortográfico, o Governo terá dado um contributo inestimável à cultura portuguesa», considera João Pereira Coutinho no seu comentário desta sexta-feira no noticiário «25ª Hora».

O acordo ortográfico mais do que uma herança ruinosa é um absurdo e uma prepotência de pais indignos. O governo não é dono da língua portuguesa, não pode fazer acordos sobre o que não lhe pertence sem consultar os seus legítimos proprietários, a Nação.»
Não podia estar mais de acordo sobre o crime e absurdo de um acordo ortográfico obtuso e empobrecente, feito no segredo de gabinetes de alguns e não referendado pela população Portuguesa.
Nenhum ato governamental, que eu vejo como acto (já que a letra C do alfabeto para mim não é muda e mesmo as consoantes mudas transporto-as na minha cabeça como sinal distintivo da riqueza da nossa língua)  pode exigir a um povo que escreva de forma diversa do modo como ouve e sente as palavras - não se muda a escrita por decreto de uma língua que é património de um povo.
Por mim suspendia o acordo ortográfico já, debatia-o novamente e referendava-o depois de intenso esclarecimento sobre todas as mudanças operadas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

PASSOS! OIÇA BELMIRO ENQUANTO É TEMPO

«O presidente do Grupo Sonar, Belmiro de Azevedo, defendeu esta quinta-feira que a austeridade «não pode ser a solução» para os problemas, alertando que é necessário também crescimento económico e financiamento às empresas.
«Os governantes dizem que este é o tempo da austeridade, mas essa não pode ser a solução. A austeridade sem crescimento e sem financiamento das empresas mata a economia, mata o emprego e mata a convicção das pessoas de que os sacrifícios valem a pena», afirmou o empresário nortenho num seminário na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, cita a Lusa.
Belmiro de Azevedo, que falava na cerimónia de entrega do Prémio de Excelência ao Melhor Aluno do Mestrado em Gestão/MBA, defendeu que o tempo difícil em que vivemos «reclama uma estratégia de crescimento entendida por todos e a que uma larga maioria adira».
«Vivemos tempos difíceis, mas estes tempos têm que ser catalisadores de esperança, de um esforço para arrepiar caminho», frisou o empresário, para quem é necessária «uma liderança com capacidade de visão para enfrentar toda a floresta e não apenas as duas ou três árvores que estão à frente dos olhos».
Para o empresário, «a única maneira de criar emprego é investir, por isso, a palavra-chave é criar condições para o investimento», salientando que países mais pobres como Portugal devem aproveitar sectores como a floresta, a agricultura, o mar ou o turismo.
«É justamente o oposto dos TGV e das auto-estradas, em que quase tudo é importado».

PORQUE NÃO DESBLOQUEIA O GOVERNO 3 MILHÕES PARA OS ESTALEIROS DE VIANA DO CASTELO?

«Se fossem necessários 100 milhões para meter no BPN já tinham aparecido, mas três milhões para pôr uma empresa a exportar é que não há», criticou Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo.»
Não se percebe, de facto, o que este governo pretende com esta política?

FALSO AMOR PRÓPRIO POR PASSOS

«António Silva. E volta-se a erguer...
Há montanhas, ou pequenos montes, que foram erguidos sobre detritos de destruição (2ª GG), sobre ossos de vítimas (Camboja), sobre ruínas queimadas de cidades vezes sem conta...E, o topo, aparecem os Passos Coelho deste mundo. Dos que estão debaixo, de uma forma ou de outra, e que têm, cada um, uma história para contar, ninguém fala. São os anónimos, o povo de desempregados cada vez mais deficitário, de idosos cada vez mais desapoiados, de trabalhadores de direitos cada vez mais cerceados, de reformados cada vez mais reduzidos à malga de sopa, à bisca lambida, ao olhar perdido nos bancos de jardim. De jovens que, a pedido, a sugestão, vão ter que emigrar. Só destes. Porque, à sombra do topo, permanecem, em quase absoluto silêncio, a massa dos afilhados, boys, girls, afiliados e lobistas, tentando não dar nas vistas. Até pagando para não dar nas vistas...do povo. Estes moralismos de Passos Coelho, este discurso patriótico, tão vazio de ideias e tão bolorento, porque parcial, porque desajustado, porque ineficaz, fica-lhe tão mal como o momento de incoerência do PR. O governo de cortes e austeridade e falho de ideias de crescimento e de empregabilidade é fraco remédio e mesmo fraco lenitivo para esta situação - para sair da situação - e a clara impreparação deste executivo para uma tarefa que lhe passa as competências. País honrado? Semre fomos. De mão estendida? Sempre andamos, e isso não impediu a compra dos submarinos bacalhoeiros - nem para isso - que jazem, em exposição, numa qualquer doca. Agora já começam a assacar responsabilidades aos anteriores executivos...Bem diferem dos primeiros meses de contenção. Mau sinal. »
Lastimo. Lastimo que um social democrata ande a fazer esta triste figura, a figura de um homem deserto, de discurso motivador e de ideias vazias.
Em todo o lado, nos transportes e nos passeios tristes da capital, ouve-se a classe média, média baixa, menos a do mundo dos boys, os papagaios dos regimes, indignada com um homem que mentiu para ser eleito e se colocou ao serviço de um oca ideologia em nome de um levantar que deixa corpos - cadáveres por todos os lados. 
Fazer austeridade, à bruta, é não perceber os equilíbrios instáveis há muito já instalados na sociedade Portuguesa, equilíbrios que só podiam ser quebrados defendendo verdadeiramente os mais fracos, os mais frágeis, ao mesmo tempo brandindo um discurso de esperança que agiornasse os Portugueses.
Salva-se no meio desta total desgraça a medida, "é de homem!", de VGM, que pôs o idiota acordo ortográfico na prateleira do CCB.
Parabéns António Silva. 

A MANUTENÇÃO NA ZONA EURO. PORQUÊ? PORQUE SIM!

«O facto de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto as suas previsões em baixa na semana passada ilustra os perigos que aí vêm. O FMI prevê uma recessão na zona euro para este ano, acompanhada de uma descida de 0,5% do PIB para o conjunto dos estados membros. O PIB deverá descer significativamente em Itália e Espanha, e estagnar na França e na Alemanha. O ambiente é, pois, terrível para os países que procuram reduzir o seu défice orçamental. As previsões estão longe de ser satisfatórias para outros países de rendimento elevado, porém, a zona euro é hoje a parte mais perigosa da economia mundial: é a única região do mundo em que governos importantes - Itália e Espanha - têm a sua solvabilidade ameaçada.
Noutras regiões, os governos dos países de rendimento elevado estão em condições de continuar a apoiar as suas economias, em grande parte porque dispõem de um banco central e de uma taxa de câmbio ajustável. Esta combinação permite-lhes gerir défices orçamentais elevados. Nas condições pós-crise, tais défices são a contraparte natural e o principal facilitador da necessária desalavancagem do sector privado.»
Um dos aspectos mais incríveis da actual crise, é a falta de reflexão e análise das consequências de algumas decisões. Para muitos decisores políticos instalou-se a ideia de que a saída da zona Euro teria consequências muito mais inauditas que qualquer regresso à moeda nacional. 

O regresso à moeda nacional como defende Ferreira do Amaral teria sempre uma virtude. O ajustamento teria sido cruel mas eficaz porque manter-se-ia a estrutura produtiva que permitiria devidamente expurgada de ineficiências e desperdícios do estado, promover um futuro e uma recuperação mais rápida a prazo mais curto.Os mais afectados seriam os que se habituaram a comparar e em muitos casos a ultrapassar pelas rendas congéneres de outros países.

A manutenção na zona Euro, para  além de não resolver qualquer problema a curto prazo, resolve apenas o problema da credibilidade de alguns políticos que preferem sacrificar o seu país à sua carreira. A curto prazo está a significar a destruição do aparelho produtivo para níveis possivelmente bem mais baixos do que seria necessário com a reintrodução do escudo. 

A dívida mantêm-se, e com o nível que restará de actividade económica não será passível de ser paga, a não ser por perdão ou reestruturação para limites de pagamento mais longos, acrescendo a alienação dos últimos bens da república.

Mas, Passos, o coelho de Merkel, continua a afirmar este caminho a bem da sua honra e do seu futuro político. Meterá a cabeça na areia como fizeram os seus antecessores que governam sem ouvir as pessoas com opiniões diferentes - que consideram menores.

Ridículo, menor, de vistas curtas e com efeitos explosivos no presente e futuro deste país.

A CONCORRÊNCIA POR PPC

«A venda da REN - Rede Eléctrica Nacional pode até ser um bom negócio para o Estado português, mas prejudicial para os consumidores, avisa Mira Amaral.
Em declarações à Renascença, o ex-ministro de Cavaco Silva, que em 1995 criou a REN, alerta que esta transacção coloca em risco a concorrência no sector da energia»

POBRES JÁ NÓS ESTAMOS! OU A POBREZA É DE ESPÍRITO E VISÃO?

«Pobres já nós estamos. Há é pessoas que ainda não se deram conta disso e continuaram a viver como se não fossem pobres. Viveram não daquilo que tinham mas daquilo que lhes emprestaram», refere Pedro Passos Coelho.
Questionado sobre se a receita que pretende aplicar é a de Oliveira Salazar, ¿Produzir e Poupar¿, o primeiro-ministro deu a seguinte resposta: «Não é preciso ir buscar o dr. Salazar para perceber que os países que querem crescer têm de poder financiar esse crescimento; e que só é possível financiar crescimento com poupança».
PPC acha que já estamos pobres. Eu acho que ele é que nos está a empobrecer. 
Senão vejamos: se o problema Português foi na sua origem um problema de finanças públicas, competia a um governo responsável ter actuado do lado da mesma e baixado gradualmente com medidas duras para travar os brutais desperdícios que existem no estado e as verdadeiras gorduras que se escondem por detrás de muita gente com ordenados públicos criminosos e irrealistas - que comparam com países como os EUA

(sobre esta temática uma enfermeira do IPO do Porto falou-me ontem na "palhaçada" instalada nos hospitais, com médicos que dão-se ao luxo de fazer traqueotomias parciais sabendo da necessidade das totais, só para as fazerem novamente em horários onde as horas contam financeiramente mais. 
E é isto que a Ordem dos Médicos defende ao afirmar que há já médicos a mais? Ou a Ordem ao se tornar um lobby da defesa dos interesses dos médicos é indirectamente responsável por situações como esta?).

Um governo com visão centrava-se no estado onde há 700.000 funcionários, poupando todo o sector privado que sustenta 4.000.000 de funcionários. 

Tendo aumentado os impostos da maneira criminosa como o fez com o único intuito de suavizar o ajustamento do estado criou-nos um problema mais grave. 

É que destruiu uma parte substancial do sector privado que alimentava, ainda, as receitas do estado, que seriam passíveis de manter um estado mínimo.  Erigiu-se como o paterfamílias que em vez de salvaguardar os bens essenciais ao sustento da família, vende os seus negócios e os seus bens de trabalho e investimento.  Sem cana, com o seu arresto, penhora, com taxas e custos de contexto (custos estatais de pesca) todos os dias a subir, como se pode pescar?

Depois da EDP e REN aos Chineses (falta de visão estratégica) fala-se na entrega da TAP através do amigo dos negócios Relvas aos Angolanos (aos Angolanos que nem a manutenção dos seus aviões fazem!).

Irrealisticamente, a posição de Passos é uma posição egoísta, que pensa como mau político que é em  primeiro lugar na sua credibilidade e futuro, arrastando consigo todo o Portugal.  Com isto Passos, o economista de universidade privada, faz com que os cidadãos Portugueses já não acreditem no seu país, puxando o país cada vez mais para baixo.

A política tem de mudar. Tem de se tornar amiga do cidadão e feita de fora para dentro, não permitindo que gente que se julga iluminada despreze as opiniões dos seus representados.
Sem isso estaremos todos os dias mais pobres, até à revolta  final. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PORQUE PORTUGAL NÃO ATRAI O INVESTIMENTO EXTERNO?

«Outra desvantagem, segundo o "Handelsblatt", é a baixa qualidade da formação profissional, um dos factores que mais influenciou a partida dos investidores estrangeiros para os países no Leste da Europa. Mas também a posição periférica de um país com um mercado interno pequeno e frágil torna Portugal pouco atraente para fábricas estrangeiras. A produção apenas para exportação afigura-se-lhes demasiado cara, quando comparada com outras localizações na Europa ou na Ásia.»
Esta é a verdadeira causa da falta de atractividade de Portugal. Por isso Portugal precisava de: custos de contexto baixos (nomeadamente atractividade fiscal) e precisava de apostar nas PME's de origem exclusivamente nacional.

E o que fazemos e continuamos a querer fazer? 

Criamos um ambiente fiscal insustentável para todos e para além disso só apoiamos quase exclusivamente o investimento externo. 

PRIVATIZAÇÕES: A AGENDA DE GASPAR!

«O processo de privatização da TAP será lançado «muito em breve» e a conclusão pretendida «o mais depressa possível», anunciou na quarta-feira o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, em Londres.

«Tencionamos lançar o processo de privatização muito em breve», afirmou após uma palestra na universidade London School of Economics.»
O arrastado Vítor Gaspar, que alguns "venderam" como um excelente putativo ministro das finanças, apressa-se a vender tudo o que ainda é detido pelo estado, mesmo que vendendo a outros estados.

Chama-se a isto traição a Portugal e ao seu povo, que no fim não ficarão melhor. A teimosia face à realidade de um ajustamento que mata o doente, à opinião de todos os observadores internacionais e à grande maioria dos nacionais (mesmo verdadeiros sociais democratas) que já nos dá como não tendo nada a perder e necessitando de perdão de dívida, paga-se em sofrimento atroz todos os dias e destruição do futuro. 

Qual será a punição deste "anão" económico e político que está a matar Portugal rapidamente?

Mesmo com os erros de Mário Soares, que saudades de políticos que ainda tinham alguma lealdade com Portugal e tinham visão estadista e soberana!

CANAVILHAS, A IGNORÂNCIA AO DESERVIÇO DE PORTUGAL

"A lei prevê que sejam os importadores e os fabricantes que façam o pagamento da taxa”, diz a deputada, mas “os retalhistas acabam por imputar o custo ao consumidor”, admite. “Eu gostava que a taxa fosse suportada um pouco de cada lado e não pesasse nem muito nos importadores, nem muito nos consumidores”, comentou Gabriela Canavilhas, referindo-se à taxa como um “valor residual”.
Um dos problemas de Portugal é o excesso de intervencionismo na economia que a mata todos os dias um bocadinho. 
Canavilhas, que é tudo menos economista, é mais uma das que tendo acesso ao poder, vá-se lá saber porquê, ajuda ao empobrecimento colectivo.

"Eu gostava que a taxa fosse suportada um pouco de cada lado" diz ela, como se as taxas não fossem sempre repercutidas no consumo - além de estas taxas serem taxas sobre impostos, que já pagamos. O estado de confisco e dos interesses continua, assim, nas mãos de quem se apropria do estado.

A MACROECONOMIA, ESSA INSTÁVEL

«É que me lembro da definição: um economista é alguém que no futuro nos explicará a razão pela qual as previsões que fez no passado acabaram por não se confirmar no presente. Nem sempre é assim, mas...»: Seixas da Costa
É verdade que a economia só se encontra no futuro. A imprevisibilidade depende da soma das racionalidades e de factores aleatórios não explicáveis por mais que diletantes e arrastados apostem nos modelos da econometria.
E é talvez por isso que Talcott Parsons, o sociólogo, começou a sua carreira como economista e acabou como sociológo. 
Faltava à economia, para Parsons,  a compreensão do tecido social.
E é por isso também que há muitos anos penso que o que necessitamos como figura central não é um ministro das finanças, mas o da economia (MEF- ministério da economia e finanças).
E em vez de valorizarmos os grandes agregados e a macroeconomia, temos de mimar a micro (onde os fenómenos são mais estáveis e assertivos) e são a semente da macroeconomia.

PORTUGAL ATRACTIVO

«A saída de José Duarte de Portugal foi tanto pela oportunidade de trabalho, como pela vontade de conhecer mais mundo e viver diferentes realidades. O líder sempre se sentiu atraído pela experiência de vida, a sofisticação das realidades empresariais internacionais, a diversidade de culturas e formas de ser. Componentes que o aliciaram a uma experiência internacional que, reconhece, foi sobretudo motivada pelas perspetivas de crescimento profissional.

Mas ainda que reconheça os benefícios de evolução de uma carreira internacional e que aconselhe a experiência, José Duarte é crítico e perentório em afirmar que “um primeiro-ministro não deve convidar os seus concidadãos a abandonar o país” e adianta que este “apelo” pode ser uma clara demonstração de falta de fé no futuro “. O líder da SAP diz que há uma clara diferença entre emigrar por opção e emigrar por determinação e enfatiza que “o último a perder a fé tem de ser o máximo governante do país”. Mas reconhece: “claramente não teria chegado aqui, nem ter a experiência que tenho, se tivesse continuado em Portugal”. Falta a Portugal “um projeto e uma visão para se tornar numa nação profissionalmente aliciante”, lamenta. José Duarte confessa que num futuro próximo não pensa regressar a Portugal, mas não diz nunca. Aliás, José acredita que um dos grandes desafios do país é exatamente criar as bases necessárias para ser atrativo ao regresso dos talentos que partiram. Mais do que travar a saída dos profissionais qualificados, há que criar condições para os trazer de volta»

APOSTAR NA FORMAÇÃO TIPO FSE OUTRA VEZ?

Portugal só mudará no dia em que se libertar a sociedade civil e em que o Estado não constrinja a economia. 
Para isso é necessário mudar a mentalidade de abuso fiscal sobre as pessoas e as empresas e reduzir o estado à sua significância - fora o aspecto fundamental da estabilidade e diminuição legislativa significativa.
Sem isso, bem podem apostar em formação tipo FSE, que só serve para mascarar a realidade de um país onde as empresas não se criam nem se mantêm.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A PREOCUPAÇÃO DO ÁLVARO E DO PASSOS


Primeiro sangram a economia mantendo uma sobredose que está a liquidar tudo à sua passagem, depois fazem-se um ar hipócrita e preocupado. 
Entretanto Relvas fica conhecido como "o empresário".

O BANCO DE PORTUGAL E A IRRESPONSABILIDADE

«Banco de Portugal desafia Gaspar a cortar subsídios aos seus funcionários». Governador diz que corte no 13º e 14 mês a trabalhadores significa uma perda de impostos de 2,1 milhões e 2,3 para a Segurança Social»
No Banco de Portugal há perda de impostos e contribuições para a segurança social. E nos outros trabalhadores que ficam sem o 13 e 14º mês?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

POLÍTICOS IRRESPONSÁVEIS

«A chamada «regra de ouro», que os países devem inscrever «preferencialmente» na Constituição, embora o texto final agora aprovado admita a possibilidade de ficar consagrada de uma outra forma desde que com valor vinculativo e permanente, obriga cada Estado-membro subscritor do pacto a não ultrapassar um défice estrutural de 0,5 por cento e a ter uma dívida pública sempre abaixo dos 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Quem não cumprir estas disposições poderá sofrer sanções pecuniárias, até 0,1 por cento do PIB, impostas pelo Tribunal Europeu de Justiça, e cada Estado-membro compromete-se a colocar em prática internamente um «mecanismo de correcção», a ser activado automaticamente, em caso de desvio dos objectivos, com a obrigação de tomar medidas num determinado prazo.
«Estas medidas estão isoladas de quaisquer outras, é uma espécie de carro que só tem travão e que se espera que ande assim. Não há outras medidas ligadas à governação económica que na Europa sabemos que são importantes: capacidade orçamental da UE, políticas sociais comuns, política fiscal, capacidade conjunta de gerir o financiamento do Estado e questões da dívida», nomeou o professor de economia.»

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

DE COMO O ESTADO SE DEFENDE DO ESTADO DANDO ORÇAMENTO (AJUSTES) A PRIVADOS

«Parque Escolar Um dos mais recentes ajustes directos de que Sérvulo Correia é adjudicatário é deste mês e o adjudicante é a Parque Escolar, no valor de 20 mil euros. A sociedade foi contratada para defender a empresa num caso de ajuste directo chumbado pelo Tribunal de Contras (TC). Em causa está o contrato de obras na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, executado pela Mota-Engil. O TC chumbou aquele contrato, no valor de 1,1 milhões de euros, considerando-o “nulo”. Entre várias ilegalidades apontadas está o facto de o ajuste directo ter sido feito já depois da obra estar concluída e também por o contrato não ter sido sujeito à fiscalização prévia do TC.»

CARTA DE UM PAI E UMA MÃE A UMA FILHA

«Há alturas na vida em que os nossos sonhos, quase sempre os sonhos que tínhamos para os nossos, parecem desabar como um castelo de cartas.
Um dos nossos maiores sonhos é, indubitavelmente, conseguirmos transmitir aos mais novos um caminho com menos dificuldades, um caminho já desbravado que mantenha mais tempo as portas da sua felicidade e opções abertas, num mundo que muda de forma, de gostos, paladares, amores e desamores, mas que pode num repente, rapidamente, deixar escolhos para a vida. Neste novo tempo, até os sonhos de querer ser um qualquer piloto ou aeromoça, de conhecer - crescendo novos lugares e gente, podem se esgotar numa realidade crua de uma responsabilidade que abafa e afasta para sempre os sonhos e os desejos mais lindos.
Na história da humanidade a história conta, os erros repetem-se, apesar dos avisos e das preocupações dos pais que amam os filhos e que temem a cada instante a reprodução de alguns erros que os fizeram desviar do caminho dos sonhos e que lhes trouxeram sofrimento, nesta amálgama de sensações e sentimentos que é a vida. Filhos que escolhem ilusoriamente um caminho que lhes parece no momento, divino e romântico, mas que está pejado de dificuldades e que lhes mata alguns sonhos para sempre, ilusões que se desfazem para sempre nos caminhos da vida. Umas vezes por revolta, outras por idealismo, outras por uma qualquer necessidade de chamada de atenção a pais às vezes adormecidos, algumas vezes desesperados e incomodados por momentos menos felizes da vida, circunstâncias que se conjugam num mesmo momento – mesmo que, embora, atentos e reescrevendo a vida e os seus sonhos. Caminho raiz de amadurecimento precoce, parecendo um caminho único, mas recheado de dificuldades brutais. Desaproveitando um tempo de alegria que deve ser de reconhecimento e formação e para o futuro, não aproveitando a experiência dos mais velhos, atirando-se irreversivelmente num frágil momento, de forma imatura, romântica, sem recurso a uma visão clara, para os braços de um mundo adulto recheado de enormes dificuldades e responsabilidades de vida, onde as traições e as desilusões nos amigos, até na família, estão em cada esquina, em cada casa, em cada lugar.
Nada disto necessitava ser assim. Há alturas de dor e desilusão profundas para um pai ou uma mãe, que deposita nos seus filhos expectativas de um novo rumo, que não abafe o seu melhor, o seu desconhecido, que não replique os seus erros e que não signifique o fim dos seus sonhos mais profundos transpostos para o futuro. Ainda é tempo de reverter o futuro, não amarrando os actos impensados ou fortuitos a qualquer carga inevitável futura, escolhendo um outro caminho, nos múltiplos caminhos que a vida nos coloca, não desperdiçando o nosso bem mais escasso, o nosso tempo, a nossa liberdade de escolher e optar, caminhos - muitos sem retorno, que nos traçam o futuro, em direcção a um futuro mais risonho e desprovido de tantos escolhos!
É a hora de pensares e optares, minha filha, num tempo que ainda não se esgotou. É a hora de pensares se queres ser livre de escolher o teu futuro em liberdade, o teu tempo de realização, o teu momento de futuro e opção de vida, ou aceitar uma inevitabilidade da vida que te traça um futuro e te diminui a tua opção voluntária de escolha. O nosso melhor bem é a liberdade. A liberdade de optarmos na estrada da vida. O nosso futuro é a opção que tomamos em cada momento! Em liberdade e consciência do caminho que nos espera!»

A SANDUÍCHE FISCAL

Muito já se falou sobre a sanduíche fiscal que tem como protagonista intermédio o Império dos Países baixos (sim, baixos, com b pequeno, de golpe baixo).
A UE tem esta estranha coisa de querer ser uma defensora do alienar das soberanias, mantendo em algumas uma estranha forma de vida a que se chama dumping. 
Do mesmo modo como A China foi usada pelos "grandes empresários" da Alemanha pós Prussiana como lugar de enriquecimento sem "espinhas", do mesmo modo a Holanda é uma plataforma para lavagem de lucros chorudos que teimam em voar para paraísos cada vez mais fiscais, verdadeiros infernos para países ditos de indisciplina orçamental. 

ÁFRICA NO SEU PIOR

«Professor catedrático na Universidade Católica de Luanda, Alves da Rocha afirmou que a instituição já está a sentir o problema: "Os nossos jovens licenciados não têm um leque de oportunidades junto das empresas estrangeiras e as empresas angolanas ainda são poucas e não têm capacidade para absorver a capacitação técnica que as universidades vão lançando para o mercado".
Para o economista, compete às autoridades angolanas reservar segmentos de emprego para os nacionais, porque os jovens angolanos se confrontam com uma concorrência desleal: "Estamos a concorrer com quadros portugueses com alguma experiência, o que os nossos quadros não têm".
Alves da Rocha alertou também para a grande diferença salarial entre expatriados - entre os quais os portugueses - e angolanos, recordando que os estrangeiros auferem salários "duas, três, quatro vezes superiores" aos nacionais, o que pode implicar "reacções sociais indesejáveis".
Para o economista, tudo isto "gera fissuras sociais, quando o que se pretende é que haja uma cooperação salutar, em que as pessoas que falam a mesma língua se possam entender".
Alves da Rocha criticou ainda as linhas de crédito que existem em Angola, nomeadamente a brasileira, recentemente aumentada para cinco mil milhões de dólares, a chinesa ou a portuguesa.
"São linhas de crédito que servem as empresas portuguesas, brasileiras, chinesas, e não as empresas angolanas", disse, defendendo que esta situação "tem de ser mudada".
Ressalvando que o financiamento para aquisição de equipamentos pode ser positiva, explicou que quando uma linha de crédito financia a importação de bens de consumo finais, "Angola contrai dívida e não tem património, stock de capital fixo, que possa ser introduzido para pagar essa dívida", explicou.
Trata-se de uma situação que "mesmo as autoridades portuguesas têm de rever", defendeu, apesar de considerar natural que Lisboa queira apoiar as empresas portuguesas.
"Toda a linha de crédito destinada a salvar as empresas portuguesas produtoras de bens de consumo final da situação de crise em Portugal é um canal de transmissão da crise portuguesa para a crise angolana", concluiu.
Para o especialista, compete ao governo angolano definir os limites de utilização dessas linhas de crédito.
Ainda sobre as relações económicas entre Portugal e Angola, Alves da Rocha lamentou que continue a prevalecer uma atitude comercial em prejuízo de uma atitude de investimento, embora reconheça que tem havido um aumento do investimento privado português em Angola.»
Quando se lê isto, para além do claro conteúdo racista e xenófobo, percebe-se que há economistas que o não deviam ser - aliás sabe-se como se compram e vendem diplomas em Angola.
Este senhor Alves da Rocha percebe pouco de economia e menos ainda da realidade transnacional e global do mundo actual - NO MUNDO ACTUAL JÁ NÃO HÁ ESPAÇOS PARA NACIONALISMO SERÓDIOS, NEM FRONTEIRAS. 
Indubitavelmente num "continente" como o Angolano, Angola pode-se dar por feliz por esta emigração que a fará crescer a ritmos não possíveis no continente Africano.