sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A MANUTENÇÃO NA ZONA EURO. PORQUÊ? PORQUE SIM!

«O facto de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto as suas previsões em baixa na semana passada ilustra os perigos que aí vêm. O FMI prevê uma recessão na zona euro para este ano, acompanhada de uma descida de 0,5% do PIB para o conjunto dos estados membros. O PIB deverá descer significativamente em Itália e Espanha, e estagnar na França e na Alemanha. O ambiente é, pois, terrível para os países que procuram reduzir o seu défice orçamental. As previsões estão longe de ser satisfatórias para outros países de rendimento elevado, porém, a zona euro é hoje a parte mais perigosa da economia mundial: é a única região do mundo em que governos importantes - Itália e Espanha - têm a sua solvabilidade ameaçada.
Noutras regiões, os governos dos países de rendimento elevado estão em condições de continuar a apoiar as suas economias, em grande parte porque dispõem de um banco central e de uma taxa de câmbio ajustável. Esta combinação permite-lhes gerir défices orçamentais elevados. Nas condições pós-crise, tais défices são a contraparte natural e o principal facilitador da necessária desalavancagem do sector privado.»
Um dos aspectos mais incríveis da actual crise, é a falta de reflexão e análise das consequências de algumas decisões. Para muitos decisores políticos instalou-se a ideia de que a saída da zona Euro teria consequências muito mais inauditas que qualquer regresso à moeda nacional. 

O regresso à moeda nacional como defende Ferreira do Amaral teria sempre uma virtude. O ajustamento teria sido cruel mas eficaz porque manter-se-ia a estrutura produtiva que permitiria devidamente expurgada de ineficiências e desperdícios do estado, promover um futuro e uma recuperação mais rápida a prazo mais curto.Os mais afectados seriam os que se habituaram a comparar e em muitos casos a ultrapassar pelas rendas congéneres de outros países.

A manutenção na zona Euro, para  além de não resolver qualquer problema a curto prazo, resolve apenas o problema da credibilidade de alguns políticos que preferem sacrificar o seu país à sua carreira. A curto prazo está a significar a destruição do aparelho produtivo para níveis possivelmente bem mais baixos do que seria necessário com a reintrodução do escudo. 

A dívida mantêm-se, e com o nível que restará de actividade económica não será passível de ser paga, a não ser por perdão ou reestruturação para limites de pagamento mais longos, acrescendo a alienação dos últimos bens da república.

Mas, Passos, o coelho de Merkel, continua a afirmar este caminho a bem da sua honra e do seu futuro político. Meterá a cabeça na areia como fizeram os seus antecessores que governam sem ouvir as pessoas com opiniões diferentes - que consideram menores.

Ridículo, menor, de vistas curtas e com efeitos explosivos no presente e futuro deste país.

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