sexta-feira, 31 de outubro de 2008

666: O APÓSTATA DA LUSITÂNIA



O Magalhães é J.P.Couto, sou eu, és tu, é Português, Europeu, Ibero, Americano, Ibero - Americano, Global, Universal.

O Magalhães é esmurrado, abanado, dependurado, assaltado, esbofeteado, derrubado, ridicularizado, bebe, chora, ri, fuma, até arrota, defeca, desconversa, irrita, impreca, calúnia e arrota: porreio, pá, porreiro!

O Magalhães é incapaz de bondosas emoções, ferve em pouca água, incógnita e preconceita, manipula e batota, mente, é triste, é mau, é vilão, é a besta, é tomado do demónio, exorcista, simulado, farsante e disfarçado, mal amado, é oportunista pela calada, é cínico, é hipócrita, é apóstata, tudo isto é o Magalhães!

O Magalhães é o que tu quiseres ser: criança, ancião, sábio, poeta, jornalista, celebridade, artista, mágico, palhaço, escritor, vendedor, o estado democrático, engenheiro e até ... primeiro-ministro dos outros pequeninos Magalhães!

A TESE DO PORTUGAL DOS PEQUENINOS

Da tese e da recensão do Portugal dos pequeninos , a antítese desta Causa Vossa:

P... que finalmente perceberam quem é o P. Sousa e a sua iminência parda. Como os gatos, só sai de noite e foge do dia, para não se lhe ver a "cor da pele". Articula e gesticula, mas tudo lhe sai nasalado e descompassado pelo nariz! E acreditem quem viu e quem me contou, que não é bonita de se ver!

Cheira tanto a sapo que queria ser boi!

Mas a peçonha continuará por mais cem anos, porque do outro lado a M.F.L., já ressona mais que entusiasma e o Zé Portuga, ressonará com ela por mais cem anos!

Não há já aí um sapo "pront à porter", já devidamente transformado em Princípe?

A EUROPA PÓS-SHUMAN E J.MONNET OU
QUO VADIS EUROPA FILHA MIA?

Sendo eu agora já quase um apóstata da "Nova Europa", NESTES TEMPOS DO NOVO MITO DA EUROPA, "FILHA MIA" RUMANDO A NOVAS PARAGENS RAPTADA POR NOVO MARIDO, "entreolham-se-me" as entranhas de ler a estranha unidade da Europa.

A crise financeira mundial é grave e global, é um facto! A crise é mesmo real, mas de uma realidade feita de um estranho pavor, de uma espécie de "monstrengo do fim do mundo", de um pavor de "perda de valor do vil metal" (mas será que já ninguém se lembra de Lavoisier, "nada se perde tudo se transforma" ... ou neste caso retorna!), perdido em "bonds e futuros", tão longe do padrão metal!

Por um canudo vejo também a minha parcela de poupança do capitalismo popular a definhar no medo irracional ... mas não me assusto (ou devia?)! Pois no mercado, do desespero à euforia vai um passo! Será, assim, desta vez ( pelo menos foi o que in illo tempore me ensinaram em economia, sobre a volatilidade dos mesmos)?

Mas o que mais me revolta as entranhas, é a Europa Orwelliana do "todos são iguais mas alguns são mais iguais que outros", a Europa a 4 vozes e meia ou a 4 velocidades e meia (mesmo que escondida a malfeitoria dos directórios nos meandros do G8), a União do "puto" (e aí vai ele montado no seu novo libré!) a 23 mais a Europa BBMS (Berlusconi,Brown, Merkel-Sacorzy - que bonito casal este par dava!), e ouvir o diáfono "linguarejar multicultural" de Merkel à agência EFE:

«Merkel diz que reunião do G20 deve trazer soluções à crise»

Berlim, 29 out (EFE) - A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que a próxima cúpula do Grupo dos Vinte (G20) em Washington não deve ser apenas uma reunião, mas dela deve sair um "mandato claro" para que sejam fixadas as novas regras dos mercados financeiros.

"Deve haver um mandato para que se inicie um processo de negociações", ressaltou Merkel no congresso anual da Federação Alemã das Empresas Atacadistas e de Exportação (BGA).

Essas negociações, ressaltou, não devem se prolongar "além de um ano" e, no final deste período, deverão ter sido marcadas
"as novas regras para os mercados internacionais".

Merkel considera ainda que a Europa (?) desempenhará "um papel diretriz" na cúpula do G20, grupo que reúne as grandes potências econômicas e as emergentes.

A chanceler alemã anunciou também que seu Governo aprovará na próxima quarta-feira um programa "muito definido" de fomento aos investimentos para atenuar o impacto da crise financeira.

As medidas de incentivo serão "muito definidas, corajosas e sustentáveis", afirmou Merkel.

A governante rejeitou reiteradamente a aprovação de um grande pacote de ajudas à economia, como pedem parte da oposição e do setor empresarial, mas não um pequeno programa de incentivos.

Entre as medidas previstas estão investimentos dedicados a melhorar a eficiência energética, por exemplo, no saneamento de edifícios ou incentivos fiscais no setor do automóvel.

A cúpula do G20 foi convocada por ocasião da crise financeira internacional e se desenvolverá entre 14 e 15 de novembro em Washington.

O G20 é formado pela União Européia (UE) (?), o Grupo dos Oito (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Rússia), além de Brasil, Coréia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.»

REPÚBLICA DOS DESESPERADOS

A propósito da mensagem do 4R-Quarta república e de alguns dos seus comentários:

«Falta de consideração...

O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas abriu “guerra” à actualização em 2009 do salário mínimo nacional anunciada pelo governo, com a ameaça de que, se o aumento for para a frente, vai “determinar junto dos associados que não renovem os contratos”. Está em causa um aumento de 426 € para 450 €, ou seja, de 27 €. A ameaça abrange 43.720 trabalhadores com contratos a termo certo, de um total de 200.000 que auferem o salário mínimo nacional.
Considero inqualificável a total ausência de sentido de responsabilidade social retratada nas palavras daquele responsável.
O aumento pode gerar desemprego, mas abordar a medida da forma como o fez demonstra não apenas falta de tacto relativamente à justeza de um aumento ínfimo, mas também, do meu ponto de vista, uma imoralidade, por incitar publicamente à dispensa dos trabalhadores.»

Com todo o respeito pelos comentadores antecessores do artigo colocado no 4R, o que este senhor me parece que "queria" dizer era (reflectindo estados de alma, de desespero, de quem vê um governo que não governa para eles mas para um qualquer umbigo e garotice:

-Chega de liquidar, de inventar taxas, multas, de perseguir as pequenas e médias empresas, que num ambiente de dificuldade não suportam mais agravamentos, vindos de quem os devia apoiar!

Por outro lado, a resposta de outros será:

-Mas até é bom que as empresas acabem, revigora o tecido económico, cria um novo fenómeno de concentração, os mais fracos desaparecem!

E isto é que é o busílis, meus senhores: é que ninguém quer desaparecer, ou fazerem-no desaparecer (principalmente porque para além de enfrentar o mercado, ainda se tem de enfrentar o governo por nós eleito), e para mais num ambiente de depressão global.

E quando, um pequeno empresário que não vive dos impostos dos outros, vive do seu trabalho, paga a sua segurança social e depois apertam a sua empresa, lhe dizem: sóis os mais fracos, senhores!

Ah, não se esqueçam, também, gravidade das gravidades, como vivem depois se este Estado de "chulões" nem um subsídio de desemprego lhes dá: do ar, de consultadorias, de contratos viciados?

E é por isso que é muito, muito perigoso, sobrecarregar o tecido (e o desespero) das pequenas e médias empresas, só para manter os que vivem do Estado, risonhos e anafados! E mesmo, esses, a prazo sofrerão as consequências do desaparecimento das colectas dos primeiros! Ou aposta-se tudo na concentração dos grandes grupos económicos?

O prestigitador perante a diminuição das audiências e das sondagens tira, então, da cartola: que tal indignar-me com o que dizem os pequenos patrões, dá muitos votos e podemos continuar a "chular" ... ora venha lá mais multas para quem não paga o IVA daquilo que ainda não recebeu! É encher, meus senhores, é encher o saco do governo e dos deputados da nação!

É DIFÍCIL DE PERCEBER OS GRITOS DE DESESPERO, OU PREFEREM CONTINUAR A COZINHAR UMA NOVA COLIGAÇÃO MFA-POVO?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

FIGUEIRA DE P.S. ... E OS BIMBOS SOMOS NÓS?


Geneologia de Oliveira da Figueira: trata-se de uma personagem portuguesa que, apesar de aparecer poucas vezes, consegue salvar Tintim e o Capitão Haddock de várias situações muito complicadas. É que, como bom português que é, Oliveira da Figueira é um rei do "desenrasca".

Invulgarmente esperto, este comerciante de Lisboa consegue vender tudo, mas tudo, mesmo em pleno deserto. Até mesmo areia ... já para não falar no M ...!

Ah, perdão isso é noutro álbum!

Aparece em "Os Charutos do Faraó", "No País do Ouro Negro", "Carvão no Porão" e "As Jóias de Castafiore", sempre a falar pelos cotovelos.

"GOLPE DE ESTADO MILITAR NÃO É UTOPIA"


Estranha notícia esta veiculada por Loureiro dos Santos, num aparente regime democrático, destes estranhos tempos de desespero e aflição! Mensagem, forma de pressão ou aviso por terceiros?

Seria estranho na Europa a 27?
Seria!
Seria injusto?
Talvez não!
E porquê?
Porque a iniquidade, a injustiça e o desespero campeiam ... e não só na família militar!

A quase esquizofrénica obsessão pelo déficit, a total incompetência do ministro das finanças e de Sócrates ao apoiar anos a fio diminuições reais de rendimentos, levou a este estado de coisas. A economia Portuguesa precisa de se tornar mais competitiva.

Mas não é pela via do empobrecimento geral, destruindo toda a melhoria efectuada nas décadas anteriores, amarfanhando a pouca auto-estimativa e poupança dos Portugueses. Só os Portugueses podem construir um Portugal melhor. Só as empresas Portuguesas podem produzir um Portugal melhor, devidamente enquadradas pelo Estado, não garrotadas por ele.

Sócrates andou a brincar aos primeiros-ministros! A cometer erros sobre erros à custa dos Portugueses. Com arrogância, jactância e paternalismo! Hoje, apercebendo-se do autismo e dos erros cometidos até já se tornou um comercial vendedor de computadores!

E apoiou os grandes grupos económicos (quase todos especulativos) contra as pequenas e médias empresas (destruindo o equilíbrio das cidades), contra a classe média que crescia e se alargava em Portugal, criando um regime mais desigual, fazendo precisamente o contrário daquilo que apregoa e um socialista devia fazer, sob o falso e bisonho argumento do socialismo moderno.

A solução para Portugal é uma diminuição dos custos de contexto! E isso significa diminuir o Estado, diminuir a "burrocracia". Criou as lojas do cidadão? Pois criou, mas entretanto os tiros nos pés sucedem-se! O retrocesso chegou! A burrocracia dos fazedores de leis a metro, totalitários no espírito, democráticos só na língua, ocasionam (como exemplo) filas de horas para se renovar a carta de condução, porque uns senhores se lembraram de obrigar os cidadãos a renovarem-na vezes a fio! O mal no Estado mantêm-se: impede a economia de funcionar, de se tornar mais competitiva, de combater com as mesmas armas no mercado internacional.

A segurança social é outro exemplo. Para manter o sistema, retiram-se subsídios de desemprego, muda-se a lei laboral para promover a desprotecção social, obrigam-se as pessoas a tornarem-se prestadores de serviços e a pagar para a segurança social não lhes dando protecção de desemprego. O objectivo não é o equilíbrio do sistema, o objectivo é a continuação de chorudas reformas. O sistema não é democrático!

Gente a quem deixam sem o mínimo de proveitos, desempregados sem subsídios, recibos verdes sem subsídios ... e viagens de deputados a subir, mordomias a subir, roubos descarados na E.M's e similares ... empresas e empresários afogados ... autismo declarado ... se apoiava um golpe de Estado? Não sei! Sei que a Constituição da República Portuguesa consagra o direito à justiça e à indignação ... e esses direitos estão-nos a ser sonegados por uma classe política rasteira e vilã! E esse dado, esse sim está consagrado!

Como a estupidez anda à solta e a deturpação é um exercício, gostaria de acrescentar que apenas apoiaria um auto golpe de Estado pacífico e ... mental (das consciências), onde a estupidez, a corrupção e a ganância fossem substituídas pela honradez, a justiça, a igualdade e a esperança ... mas esse, verdadeiramente democrático, estará sempre a mil-anos luz, numa qualquer unidade de missão, desprovida de brilhantes assessores, aferrolhoada numa qualquer catacumba para nunca ver a luz do dia!

Políticos diferentes precisam-se: honrados, com sentido de justiça, com sentido de missão e, esses, estarão sempre a salvo de gente injustiçada e desesperada!

APLAUSOS PARA ANA GOMES

?

VARINHA DE CONDÃO


Pudesse eu ter uma varinha de condão
e tudo o que nos incomoda,
e é excremento,
seriam definitivamente varridos da terra!

Pudesse eu ter uma varinha de condão
e esta criança,
nascida ao mesmo tempo que outros meninos,
menino ainda rosado e puro,
não se pareceria nunca mais
com aqueles meninos-velhos gordos,

sudentos e anafados,
que se realizam a semear a tristeza

entre os presentes,
com os seus grandes tridentes
em forma de grande

e reluzente cifrão
que tudo ceifa,
metendo o garfo em toda a seara!

Pudesse eu ter uma varinha de condão,
e decretaria que todo o novo homem
só se realizaria na solidariedade e amizade!

Pudesse eu ter uma varinha de condão,
que se sobrepusesse à varinha de mandão
do outro homem,que da solidariedade
só conhece a espada e o bastão,
a força e a ilusão
do seu desmando,

pudesse eu ter uma varinha de condão
e a fome, a violência, a corrupção e a guerra,
eram apenas formas de canção
em tom piano,
fininho, fininho,
até à extinção e explosão
num grande solfejo!

COMO SERIA ESTA CIDADE, LISBOA ... COM GENTE!



Olhar de forasteiro é sempre mais benevolente!

Mas, ao menos, podia viajar montado na minha bicicleta camarária, sem tropel ou atropelamento e com a doce ignorância do desconhecimento ... da miséria, do aproveitamento, da insensibilidade e da ganância!

A luz e o sol da nossa cidade, é verdade, é a nossa coroa e o nosso encantamento, mas reflecte tão mal na pobreza e no abandono de uma cidade nua, despida ou vestida de ... velha abandonada doente!

É Lisboa, uma cidade, ou apenas um ajuntamento à hora de almoço?

TEATRINHO BUFO DE PORTUGAL

Do dono do cavalo não nos haveremos de esquecer.
Quando menos esperar, espera-o um valente coice, pois quem trata mal os seus animais, ao reino dos mesmos não merece pertencer!


Arre, arre meu burrinho
que as costas vou-te alforjar,
quanto menos dinheirinho,
maior a leveza no andar!

Dou-te há vinte, trinta anos
mais três, quatro ou cinco,
mas tiras de cima dos manos
por conta, os mesmo cinco.

Não vês que fico indignado
com o patrão do moinho,
porque eu não sou o zangado
sou amigo do pequenininho.

Por conta da tua jactância
quando nada te fizer esperar,
com enorme elegância
valente coice te vou dar.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E A VIDA AQUI TÃO PERTO

Mais um ida e regresso a uma melhor irmandade.

Barcelona estava quente, nestes idos de Outubro, mais quente que Lisboa! As praças e ruas cheias, os restaurantes e cafés nem tanto, as ruas quadriculadas e direitas decoradas de indígenas saracoteando nas "pasteleiras" do ajuntamento. Havia um ténue cheiro a crise, embora a cidade cheirasse a vida! Mas um cheiro leve, tão diferente da tristeza e do cheiro a injustiça do nosso ajuntamento!

Barcelona continua a ser uma cidade acolhedora, organismo vivo tão distante desta linda Lisboa, morta, sem vida, destruída por multitudes de homens e Gebalis que a crucificam, que a parasitam, que a sugam como vampiros.