sábado, 11 de fevereiro de 2012

A CGTP E A BANCARROTA ACTUAL DA GRÉCIA

Excelente discurso do novo secretário da CGTP intersindical na manifestação aberta a quem concorda que este não é o caminho, como o prova a Grécia.

Na Grécia um entrevistado dizia que este caminho "que vai levar-nos em breve a 30% de desempregados, não é bancarrota, o que é que é bancarrota?".

GERAÇÃO VINGANÇA?

«Presidente alemão diz que flexibilidade sim, mas com calma. Christian Wulf diz que o caminho é cumprir o acordado nos programas de ajustamento e depois se verá se é necessário mais acompanhamento das instituições.»
Estando muitas das medidas da Troika a ser negativas para os países sujeitos a um programa de "assistência?", só resta a certeza que esta geração de políticos alemães que resolveu encetar uma espécie de vendetta do orgulho nacional alemão perdido com as grandes guerras, é muito, muito perigosa - presidente Alemão "Christian Wulf", LOBO, incluso.

POLÍTICOS À PORTUGUESA OU À FINLANDESA?

«Sauli Niinistö escusou-se a dar conselhos mas explicou que, enquanto ministro das Finanças durante a crise económica que a Finlândia atravessou nos anos 1990, cortou drasticamente na despesa, com excepção da investigação e desenvolvimento, e baixou simultaneamente os impostos.»
Esta a diferença entre Portugal e a Finlândia, diferença entre bom senso e uma cultura de estado, de finanças, como ontem apregoado por Mira Amaral.
É que nem o nosso estado nem os nossos políticos sabem viver com menos dinheiro. 
Ao contrário, há uma apetência louca por manipular (há quem lhe chame gerir o dinheiro, que não parece que é de todos).
E é nesta diferença, entre baixar os impostos e diminuir a despesa ou baixar timidamente a despesa e aumentar os impostos, que se encontra a diferença entre os ajustamentos da Finlândia e de Portugal.
Façam isto (o óbvio) e Passos já não será colocado no mesmo saco dos políticos à Portuguesa, nem chamado do Finlandês de Massamá.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A VISÃO PTOLOMAICA DA POLÍTICA

Um dos maiores problemas da sociedade Portuguesa, para além do problema da natalidade, é o lugar relativo da política e da sociedade.  Uma certa visão ptolomaica da política arrasta-nos para um firmamento onde a política é geocentrada. Os políticos parecem seguir a afirmação de Ptolomeu
«Como mortal que sou, sei que nasci por um dia. Mas, quando sigo à minha vontade a densa multidão de estrelas no seu curso circular, os meus pés deixam de tocar a Terra [...]»    
— Ptolomeu.
Pois é! E é pelos seus pés terem deixado de tocar na terra que precisamos urgentemente de um novo centramento, com a sociedade bem no meio e a política centrada nela.

COMPETENZ, COMPETENZ

Cada vez mais cada um de nós tem de ponderar o seu percurso profissional tentando explicitar as competências ganhas ao longo da vida e de como as mesmas concorrem para o sucesso do eu exterior, o eu colectivo nas organizações.
Num país onde até as empresas parecem funcionar pouco racionalmente, ao desperdiçarem recursos de grande valia que lhes acrescentariam valor e as colocariam na rota da sustentabilidade e do sucesso empresarial; num país onde a gestão do conhecimento (a utilização dos recursos próprios e a sua concatenação para o sucesso) é pouco utilizada como forma de aumento de produtividade, resta perceber que só há um sector onde as competências parecem ser relativamente despiciendas: a política.
E é a ver PM's a pensarem alto que ganham mal, esquecendo-se que ganhar mal é relativo ao espaço que nos inserimos e ganhar mal está também indissociavelmente ligado ao cumprimento de objectivos da forma mais produtiva e indolor possível.
E Portugal é definitivamente na percepção da cidadania, hoje, um corpo mais doente, decadente e produtor de desperdício de recursos do que há seis meses atrás! 
Basta olhar para o número infinito de braços caídos (desempregados e inactivos) e para a depressão e inércia (desmotivação) que grassa na nossa sociedade.  

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ESCREVER ESCREVER

A escrita é um lugar onde podemos passear por outras vidas.  
Já não sendo a força da palavra o que era, a sua dimensão parece hoje mais terrena e o eco da nossa escrita solta-nos para vidas paralelas onde podemos ser quase tudo o que quisermos.
Escrever escrever é um projecto de gente que vive com amor à palavra e que nos ensina que para viver não basta respirar, é preciso também desenhar num plano horizontal ou vertical, o halo que transpira da nossa imaginação. 

ATÉ O PRESIDENTE DO PARLAMENTO EUROPEU JÁ CONDENA AS OPÇÕES DO PORTUGAL DE PASSOS

«Há umas semanas estive ler um artigo no Neue Zurcher Zeitung que até recortei. O recém-eleito primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, deslocou-se a Luanda» e «apelou ao governo angolano a que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas...
«Com este alerta, o presidente do Parlamento Europeu quis fazer referência ao «perigo social» de uma diplomacia económica centrada em países como Angola ou como a China, uma «sociedade esclavagista, sem direitos,numa ditadura que oprime implacavelmente o seu humano».

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A ESQUIZOFRENIA PELAS MULTAS DA ASAE E AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA

«O presidente da Autoridade da Concorrência defende o aumento do valor das multas para aqueles que vendam produtos abaixo do valor da produção. Em declarações na Assembleia da República, Manuel Sebastião, referia-se a recentes casos, identificados nas grandes superfícies, onde foram vendidos produtos abaixo do preço vendido pelo produtor.

Manuel Sebastião considera a legislação actual de “insuficiente” pelo que “a revisão do regime sancionatório devia ser um dos objectivos da revisão”. “É um regime sancionatório que classificaria de brando e, portanto, mereceria ser repensado”, acrescentou ainda.»
Muitas vezes pensa-se que a responsabilidade do actual estado do país é apenas dos políticos. 
Mas quando se olha para autoridades como a da concorrência e ASAE, concluímos que a falta de senso começa muitas vezes a montante, como é o caso da fuga de algumas autoridades que "empatam" o mercado - atraídas fatal e constantemente para soluções apenas por via do aumento de penalizações (a maior parte atingindo valores desproporcionais, inimigos da flexibilidade empresarial). 
No actual panorama de dificuldades, ao nível da sobrevivência para milhões de Portugueses, as multas e as coimas desproporcionais - por práticas muitas vezes de promoção comercial (nomeadamente em ambiente concorrencial), têm um efeito negativo nos preços para os consumidores - agravante do ambiente do contexto, tornando-o esquizofrénico e quase totalitário.  
Faz todo o sentido que nas grandes superfícies ou em outro tipo de comércio se faça escoamento de produtos perto do prazo de validade, situação que significa liquidez para os produtores, não desperdício de produtos e vantagens para os consumidores com poucos recursos (infelizmente um número cada vez maior de consumidores, numa situação de desvalorização salarial).
Em vez de se preocuparem com práticas monopolistas graves para as famílias e economia por parte dos monopólios naturais e não naturais, os reguladores e as autoridades preocupam-se em desregular o mercado concorrencial onde a concorrência se centra no "chamariz" das políticas de preços aos consumidores.   

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

MERKEL, A MADEIRA, O BOM ALEMÃO E O GOVERNO EUROPEU ALEMÃO

«Na opinião de Merkel, os referidos fundos devem servir para apoiar financeiramente as pequenas e médias empresas, por exemplo, como ficou decidido no recente Conselho Europeu, em Bruxelas, e não mais para construir estradas, pontes e túneis, como sucedeu, na sua opinião, naquela região autónoma portuguesa.

«Quem já esteve na Madeira, deve ter ficado convencido que os fundos estruturais europeus foram bem aplicados na construção de muitos túneis e auto-estradas, mas isso não conduziu a que haja mais competitividade», observou a chefe do governo alemão, numa palestra proferida perante alunos, na Bela Foundation, em Berlim, noticiada esta noite pela RTP.»
Destas afirmações se podem extrair vários sinais:

1º um desconhecimento da realidade de outros estados europeus, como Portugal (muito atrasado em infraestruturas aquando da entrada na União) e a percepção errada que se podem transpor realidades estruturais e culturais tão diferenciadas como a Alemã e a Portuguesa. Em Portugal as obras públicas alimentaram, até agora, um tecido de PME's muito baseado em obras públicas - sinal de um país pouco apostado no transaccionável e em empresas de tecnologia mais elaborada.

2º que em Portugal há um político mais papista que Merkel e que "despacha" com ela.

3º que Merkel vê a UE  não como uma união de estados mas como uma federação de estados Alemães de que ela é a Chanceler(ina).

A isto responde a milenar Grécia, berço da nossa civilização, com queima de bandeiras da Federação Alemã à mistura com a Nazi, muito mau sinal para uma  Europa que se queria unida e que não aceitará uma Europa Alemã.

OS PIEGAS

LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO: A GRANDE FANTOCHADA

Nuno Ribeiro da Silva, comentando o fim das tarifas reguladas a 1 de Janeiro de 2013, disse à Lusa que, "chegada a hora da verdade", o que se verifica é que "a actuação do Governo e do regulador sectorial [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] é chocante", considerando que o processo de conclusão do mercado livre de electricidade e do gás "encaminha-se a passos largos para não passar de uma fantochada para a 'troika' ver".
O presidente da Endesa Portugal frisa, em declarações por escrito, que "é urgente que o Governo clarifique se pretende ou não cumprir com os desígnios com que se comprometeu", e que caso decida avançar com a liberalização que "os vícios da sua acção recente sejam rapidamente expurgados".
Neste País a liberalização serve para manter sectores protegidos à custa sempre dos mesmos: os consumidores e os contribuintes em geral.
As reformas estão sempre alienadas no interesse de alguns. O apregoado liberalismo de Passos não é mais que um intervencionismo encapotado, focado quase exclusivamente na liberalização e desregulamentação do mercado de trabalho. Fazer o óbvio, a separação dos interesses entre política e economia, continua  a estar sequestrado pelos interesses inconfessáveis, os mesmos que vão mudando de forma para se manterem no essencial.
Ou alguém duvida que os Catroga's e quejandos não visam blindar os sectores de renda, colocando uma mão nas empresas - que irão pescar os amigos nos tempos políticos rotativos do pousio do poder?  

O CORSO DE PASSOS

A carnavalada de Passos, acrescentada ao desrespeito do mesmo pelas dificuldades de um povo, começa a soar a um total descalabro de comunicação e a um enorme vazio de empatia pessoal e de estado. Todos os dias Passos, cada vez mais vaidoso e teimoso, afunda-se na asneira do seu próprio discurso.
Dizer que os Portugueses não podem ser piegas, quando todos os dias empresas fecham, por um sobreajustamento que está a ter um efeito empobrecedor e depressivo sem fim à vista, e querer destruir a tradição (a tradição está nas mãos dos Portugueses, não de um político que começou a trabalhar aos 38 anos), não mostra inteligência nem bom senso.
Passos, como já várias vezes aqui disse, arrisca-se a ser um dos homens mais odiados e desprezados de Portugal conseguindo essa façanha no menor tempo da democracia.
Os Portugueses já não estão para brincadeiras de aprendizes de políticos, agora que está em jogo a sua própria sobrevivência pessoal e as suas tradições que não podem deixar de ser o que eram por um simples capricho de inflexibilidade e irrazoabilidade.   

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

FILME DE HORROR, PROTAGONIZADO POR PASSOS: ATÉ À DESTRUIÇÃO TOTAL! AGORA, É A RETENÇÃO DE IRS!

«IRS: tabelas de retenção actualizadas, salários encolhem
Montante retido pelas empresas vai crescer 10%, trabalhadores vão receber menos no final do mês».
Passos parece firme no seu propósito de destruir os seus compatriotas. A Troika não justifica tudo. A política estalinista de Passos, pretende destruir e desestruturar a vida nacional. Irá acabar por destruir Portugal! Ou, em alternativa, Passos é mais um louco na política!

PRIVATIZAR É REGENERAR, SEGUNDO JEAN CLAUDE JUNCKER: SERÁ?

Ficámos a saber, através de Jean Claude Juncker, que a imposição das privatizações aos países em resgate financeiro tem uma componente de irradiação do pecado da corrupção.
Para Juncker  
"A Grécia deveria saber que não vamos ceder no tema das privatizações", advertiu o chefe de governo luxemburguês, que considera ser prejudicial para a imagem do país a "existência de elementos corruptos em todos os níveis da administração", 
o problema da Grécia, como de Portugal (por acréscimo) é um problema de um estado eivado de níveis de corrupção. O país só pode ser regenerado através das privatizações, o que parece estranho já que falamos de empresas públicas e não de administração pública.

Claro que em Portugal, antecipando-se a esta regeneração pelas privatizações dos monopólios, a fórmula encontrada foi "privatizar" o ouro público soberano Português para uma outra soberania de estado: o Chinês. Para além disso, com a experiência "das saudáveis" relações Luso Chinesas provindas de Macau, tudo ficará no mundo que Juncker gostaria de extirpar. E é por isso que as privatizações em Portugal terá como parceiros privilegiados de futuro, a China e países irmãos como Angola.   

POLÍTICO, ESSE GESTOR DE TRAZER POR CASA

«Por outro lado, as vendas de veículos novos na Europa baixaram em 2011 pelo quarto ano consecutivo, uma tendência que se espera que se mantenha este ano, o que também contribui, de acordo com o Nikkei, para a vontade de a empresa deixar o mercado europeu.»

Esta notícia da preparação da retirada da Mitsubishi Motors da EUROPA - pondera abandonar produção na Europa - é significativa de um elemento essencial na avaliação do investimento estrangeiro: um mercado mínimo interno a funcionar.
Durante muito tempo se tem usado em Portugal a arma do agravamento fiscal que leva ao corte do consumo interno.
A sobrecarga constante sobre empresas e consumidores por parte do estado, é um dos maiores inimigos da sustentabilidade e do crescimento sustentável empresarial e nacional. 
Muitos na política, com o pensamento sempre centrado no acessório, esquecem-se que a avaliação dos países como destino de investimento é feito de múltiplos interesses, nomeadamente um mercado interno que ajude a escoar os produtos produzidos como forma de diversificação de risco e como mais valia para as companhias. 
Pensar que se pretende o investimento sem gerar uma envolvente nacional amiga do investimento é pura fantasia própria de político.