«Na opinião de Merkel, os referidos fundos devem servir para apoiar financeiramente as pequenas e médias empresas, por exemplo, como ficou decidido no recente Conselho Europeu, em Bruxelas, e não mais para construir estradas, pontes e túneis, como sucedeu, na sua opinião, naquela região autónoma portuguesa.
«Quem já esteve na Madeira, deve ter ficado convencido que os fundos estruturais europeus foram bem aplicados na construção de muitos túneis e auto-estradas, mas isso não conduziu a que haja mais competitividade», observou a chefe do governo alemão, numa palestra proferida perante alunos, na Bela Foundation, em Berlim, noticiada esta noite pela RTP.»
Destas afirmações se podem extrair vários sinais:
1º um desconhecimento da realidade de outros estados europeus, como Portugal (muito atrasado em infraestruturas aquando da entrada na União) e a percepção errada que se podem transpor realidades estruturais e culturais tão diferenciadas como a Alemã e a Portuguesa. Em Portugal as obras públicas alimentaram, até agora, um tecido de PME's muito baseado em obras públicas - sinal de um país pouco apostado no transaccionável e em empresas de tecnologia mais elaborada.
2º que em Portugal há um político mais papista que Merkel e que "despacha" com ela.
3º que Merkel vê a UE não como uma união de estados mas como uma federação de estados Alemães de que ela é a Chanceler(ina).
A isto responde a milenar Grécia, berço da nossa civilização, com queima de bandeiras da Federação Alemã à mistura com a Nazi, muito mau sinal para uma Europa que se queria unida e que não aceitará uma Europa Alemã.
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