quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ALIMENTO DA REVOLTA: O FIM DO ESTADO SOCIAL POR GASPAR, A REVOLTA DOS MANSOS

«Sem água, sem luz, sem gás

Para sobreviverem, cada vez mais portugueses roubam água nas bombas de gasolina, desempoeiram candeeiros a petróleo e comem apenas o que não precisa de ser cozinhado. A VISÃO foi ver como se vive hoje em oito casas nas quais já só restam as memórias de banhos longos, assados no forno ou aquecedores elétricos - antigos luxos da classe média»

Há alturas na vida em que os homens se têm de revoltar e mostrar a sua indignação sob pena de não serem homens mas apenas seres amorfos, sem coração.
O que se está a passar em Portugal, fruto de erros do passado mas fruto, também, de ideologias e homens pedra, criará uma sociedade bem pior.
Uma sociedade de homens revoltados!

À ATENÇÃO DE SANTOS PEREIRA, GASPAR E PASSOS: ONDE A TROIKA NÃO CHEGA, A VERDADEIRA REFORMA DO ESTADO!

«nem de propósito:
ando a tentar em conjunto com 1 amigo instalar umas estufas para produzir essencialmente para exportação. 
Esbarramos com uma regulamentação restritiva que as câmaras maliciosamente empolam para empurrar a agricultura para fora dos seus limites geográficos, subjugadas aos interesses da especulação imobiliária.
Para instalar umas estufas é necessário 1 processo de licenciamento semelhante ao de um loteamento urbano! É escandaloso e ninguém põe mão nisto. Têm as cãmaras um exército de funcionários em gabinetes desertos de utentes unicamente para dar estas "prendas" aos cidadãos empreendedores.»

NICOLAU, AS BOLACHAS E GASPAR, O CONDE ANDEIRO ALEMÃO

«Supermercado do centro comercial das Amoreiras, fim da tarde de terça-feira. Uma jovem mãe, acompanhada do filho com seis anos, está a pagar algumas compras que fez: leite, manteiga, fiambre, detergentes e mais alguns produtos.
Quando chega ao fim, a empregada da caixa revela: são 84 euros. A mãe tem um sobressalto, olha para o dinheiro que traz na mão e diz: vou ter de deixar algumas coisas. Só tenho 70 euros.
Começa a pôr de lado vários produtos e vai perguntando à empregada da caixa se já chega. Não, ainda não. Ainda falta. Mais uma coisa. Outra. Ainda é preciso mais? É. Então este pacote de bolachas também fica.
Aí o menino agarra na manga do casaco da mãe e fala: Mamã, as bolachas não, as bolachas não. São as que eu levo para a escola. A mãe, meio envergonhada até porque a fila por trás dela começava a engrossar, responde: tem de ser, meu filho. E o menino de lágrima no canto do olho a insistir: mamã, as bolachas não. As bolachas não.
O momento embaraçoso é quebrado pela senhora atrás da jovem mãe. Quanto são as bolachas, pergunta à empregada da caixa. Ponha na minha conta. O menino sorriu. Mas foi um sorriso muito envergonhado. A mãe agradeceu ainda mais envergonhada. A pobreza de quem nunca pensou que um dia ia ser pobre enche de vergonha e pudor os que a sofrem.
Tenho a certeza que o ministro Vítor Gaspar não conhece este menino, o que seria obviamente muito improvável. Mas desconfio que o ministro Vítor Gaspar não conhece nenhuns meninos que estejam a passar pela mesma situação. Ou se conhece considera que esse é o preço a pagar pela famoso ajustamento. É isso que é muito preocupante.»
Esta crónica que Nicolau Santos fez no Expresso poderá passar por hipócrita. Mas independentemente de o ser ou não, é real.
E a responsabilidade tendo começado há muito com a responsabilidade de muitos de várias matizes, não deixa de ser verdade.
E mais grave é afectar cada vez mais pessoas da classe média com profissões relevantes para a sociedade, mas que uma política de terra queimada de um ministro ideólogo e «demasiado amigo do seu umbigo e da alemanha» está a agravar de forma repugnante. 

 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

VÍTOR GASPAR, IMPRESSIONANTEMENTE MAU E ANTI ESTADO SOCIAL: ELE SOÇOBRA MAS POR ANIQUILAR A ECONOMIA

Vítor Gaspar é um neo-liberal radical de vistas curtas. 
Alguém que é contra o estado social, alguém desonesto do ponto de vista intelectual e carreirista. 
Disse hoje em Berlim que é preciso reformar o estado social para o defender. 
A defesa dele não passa por criar condições de sustentabilidade natal, dando condições à não emigração e ao desenvolvimento demográfico, ao crescimento económico colocando não activos a vender e produzir, reduzindo as diferenças de rendimento, procurando os responsáveis pelos BPN's desta vida e as PPP escandalosas e criminosas. Não é o estado que cria empregos sustentáveis? É verdade, em parte, não deve é o estado criar insustentabilidades como a de ir a todas as empresas que tem funcionários com mais de 80% do seu rendimento e exigir-lhes mais 5%. 
Porque isso irá criar inevitavelmente mais 100 ou 200 mil desempregados com a falência dessas empresas, que só assim se aguentam no mercado face aos custo brutais de contexto criados de todas as formas pelo estado. 
O massacre fiscal de cidadãos e empresas mata tudo.
Os tempos, no entanto, estão de mudança: a toda a reacção sucede uma contra reacção dos indignados, dos desesperados, dos injustiçados, já que a população já se apercebeu de quem são os responsáveis por esta crise. 
Pseudo tecnocratas egoístas e inchados, com visões delirantes nmas com resultados sempre negativos, insensíveis ao humano, técnicos de modelos, sem contacto com a vida real das empresas e dos agentes económicos, que colocam as suas carreiras acima do interesse colectivo e que criam uma clima de falta de empenho e de confiança.

Impressionante Gaspar? Só se for no sentido negativo! Como Constâncio, o Constâncio responsável pela omissão da regulação bancária que permitiu BPN's e afins, terá no  futuro lugar em mais uma organização internacional. 
Até que os ventos de mudança levantem uma nova internacional que os «passará» a ferro!  

DEPOIS DA CIMPOR SER RETALHADA VIRÁ A ANA, A TAP...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O PROBLEMA DE PORTUGAL NÃO É A INCOMPETÊNCIA MAS CORRUPÇÃO OU COMPETÊNCIA A MAIS: E QUANDO É QUE ESTA GENTE É PRESA?

«Paulo Morais com Nilton, a desvendar a ironia da corrupção.
Denúncias deste video de Paulo Morais. Impediu negócios ilegais que rondam 600 a 700 milhões de euros na área do Porto quando era Vice-Presidente. E levou a cabo 30 processos de denuncia na câmara municipal do Porto... Paulo Morais tinha 2 pelouros na Câmara do Porto, o do tráfico de Droga nos bairros sociais, e o do urbanismo. Ele ironiza que havia margens de lucro semelhantes ao tráfico de droga, na área urbanística, o que o fazia sentir que tinha dois pelouros na área do tráfico. Tráfico de droga e de terrenos.
Refere ainda um caso em Valongo (com o genro de Narciso Miranda), que ele denunciou, em que ás 4 da tarde compra um terreno por 4 milhões e ás 4.30, vende-o por 20 milhões.
A corrupção é a principal actividade politica em Portugal.
Estamos numa situação tão má e desapareceu tanto dinheiro, que a incompetência já não é suficiente para explicar o que foi feito a Portugal.
Por isso a única explicação é que há é competência a mais, mas na corrupção.
Na politica só temos tido gente séria e competente.
Mas os sérios não são competentes.
E os competentes não são sérios.
Foram 20 anos... muitos a roubar muito, cerca de 6 a 7% do orçamento iria para desvios e corrupção.
Não foi a despesa com a saúde, nem com o ensino foi a despesa com a corrupção.»

domingo, 18 de novembro de 2012

OS BURROS GASPAR E PASSOS VERSUS DILMA

«"Não creio que o problema na Europa seja o Estado social. A questão é que foram aplicadas soluções inadequadas para a crise, e o resultado foi um empobrecimento das classes médias. A este ritmo, vai produzir-se uma recessão generalizada", afirmou Dilma Rousseff em entrevista ao jornal ‘El País'.
A chefe de Estado, que esteve em Espanha para participar na cimeira ibero-americana, recordou que a América Latina "já passou por isto. O FMI impôs-nos um processo que chamaram de ‘ajuste' e que agora classificam de austeridade. Tínhamos que cortar nas despesas todas, incluindo no investimento. Garantiam que assim chegaríamos a um alto grau de eficiência, os salários desceriam e todos os impostos se ajustariam. O que aconteceu foi uma falência quase geral dos países da região nos anos oitenta".
A chefe de Estado brasileira não poupou críticas à política de austeridade, afirmando que "as medidas de ajuste não resolvem nada se não há investimento e estímulos ao crescimento. E se toda a gente reduz os gastos ao mesmo temo, o investimento nunca acontece".
Questionada sobre se já manifestou a sua opinião à chanceler alemã Angela Merkel, com quem disputa a posição de mulher mais influente do mundo, Dilma respondeu que "tenho-lhe dito isto em todas as reuniões do G-20 (...). As receitas que estão a aplicar levarão a uma recessão brutal. Sem investimento é impossível sair da crise. Aceito que é preciso pagar as dívidas e levar a cabo a consolidação orçamental, mas é preciso tempo para que os países o façam em condições sociais menos graves. Não só por questões éticas, mas também por exigências económicas.
Relativamente à moeda única, a presidente brasileira disse que "o euro é um projecto inacabado, e se a Europa quer solucionar os seus problemas tem que completá-lo através da supervisão e da União Bancária. Na realidade, hoje em dia o euro não é uma moeda única. O mercado distingue entre o euro espanhol, o euro italiano, francês, grego ou alemão. O BCE tem que ser o credor de último recurso, mas precisa de ir para além disso: é preciso que seja um comprador da dívida [dos governos], como acontece nos outros países (...) Não pode continuar como está se quiser vencer a crise. É altura de construir consensos, e para isso é importante que exista liderança".»