Tenho para mim, eu que me identifico mais com a microeconomia do que com a macro, que o grande problema deste país encontra-se mais a nível da pequena economia da empresa do que com a macroeconomia. Se bem que o Estado seja actualmente uma megera que destrói mais emprego do que constrói, que ninguém tenha dúvidas que é ao nível da gestão das empresas que os problemas se encontram.
Significa isto que temos maus gestores? Sim, significa, que há um enorme gap entre as boas práticas de gestão academizadas e a realidade empresarial.
Para vos dar um pequeno exemplo estou a lembrar-me da minha recente deslocação no Alfa ao Sul. Comboio catita, moderno, o Alfa da CP cumpre os mínimos na sua função de transportar.
Onde não cumpre os mínimos é que em metade do percurso o Alfa, por estreiteza de linha, não passa os 90Km por hora. Quando se ouve falar na necessidade de construção do TGV dá-nos uma enorme vontade de rir como um comboio que podia fazer uma média de 200Km por hora, se arrasta por falta de modernização da linha que cruza o país de Faro ao Porto.
Que trade-off é este? Construir de novo em vez de modernizar as linhas existentes?
Acresce ainda a quantidade enorme de funcionários que o comboio transporta, demonstrando como é fácil fazer mais com menos.
A produtividade é aqui não só uma questão do investimento certo, como de condução e emulação da gestão dos recursos humanos.